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Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais.

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1 Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais Sidinei M. Thomaz Un. Estadual de Maringá, Paraná

2 Volpato (2010)

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5 O que vamos abordar? 1) Porque os cientistas escrevem? 2) Antes de iniciar um artigo – o que fazer? 3) A importância de hipóteses e predições. 4) Organização de um artigo de pesquisa primária: título, abstract, introdução, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências.

6 O que vamos abordar? 5) O processo de publicação: da submissão ao aceite final. 6) Qual revista escolher? Fatores de Impacto de revistas e autores.

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9 A Ciência envolve várias atividades: Administração Ensino Orientação Execução de processos industriais Divulgação científica Pesquisa (publicação)

10 Religião x Artes x Ciência Todas tentam convencer, mas de formas diferentes A redação difere em cada forma de conhecimento humano, seguindo seus objetivos específicos

11 Razão baseada em testes de hipóteses e argumentos que podem ser DESMORONADOS. Menos sujeita a subjetivismos. Abordaremos a redação para expressar os resultados dessa forma específica de conhecimento humano

12 A ciência é um processo constante de autocorreção; algo que hoje é considerado errado pode vir a ser correto amanhã!

13 “In science, the credit goes to the man who convinces the world, not the man to whom the idea first occurs.” Sir Francis Darwin (1848 - 1925) The better you write, the more people will take notice

14 “A naturalist's life would be a happy one if he had only to observe and never to write.” Charles Darwin

15 Volpato (2010) Erros conceituais aparecem no texto Epistemologia: também chamada de teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimentofilosofianatureza

16 1) Porque os cientistas escrevem?

17 Porque escrever um artigo científico? “Publish or perish” or “Publish and flourish”  Para conseguir emprego  Para manter o emprego  Para conseguir um emprego melhor … e ganhar mais dinheiro  Para se tornar famoso  Para ganhar o Nobel! Por razões científicas  Para comunicar seus resultados: –Tornar suas descobertas públicas –Evitar pesquisas repetidas –Para conseguir mais fundos para pesquisa –Para aprender a partir de outros

18 Que língua usar?

19  A linguagem científica internacional é o inglês  Porque não utilizar espanhol, português?  Em termos democráticos, deveria ser o chinês (> 1 bilhão de pessoas!)  Em termos democráticos, deveria ser o chinês (> 1 bilhão de pessoas!) – sorte nossa que é o inglês!

20 Alguém se habilita?

21 A ciência fala inglês (Volpato, 2010, Dicas...) - Isso não é subserviência! - Quantos congressos internacionais em sua área não usam o inglês como idioma oficial? - Se o texto todo não estiver em inglês, a pesquisa continua escondida por detrás de um idioma restrito. - Nacionalismo é publicar em inglês, para mostrar ao mundo que na Argentina há ciência de boa qualidade!

22 2) Antes de iniciar um artigo – o que fazer?

23 Conteúdo  Um artigo começa a ser escrito na concepção da pesquisa

24 Ou seja, tente traçar uma trajetória

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26 Em um projeto, testou-se a hipótese de que “uma espécie de planta exótica afetava negativamente a diversidade de plantas nativas”. Pelo menos duas predições foram geradas: (i)As curvas cumulativas de espécies resultariam em menor riqueza em quadrados colonizadas pela exótica; (ii) Haveria redução da S de espécies nativas com o aumento da biomassa da exótica.

27 Predição (i): Quadrados As curvas cumulativas de espécies resultariam em menor riqueza em quadrados colonizadas pela exótica

28 Predição (ii): Haveria redução da S de espécies nativas com o aumento da biomassa da exótica

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30 Antes de iniciar... É sempre bom lembrar: faça um bom planejamento amostral, pois NÃO HÁ REMÉDIO PARA ERROS FATAIS (“FATAL FLAWS”)! Então, leve MUITO A SÉRIO seu planejamento experimental, de outra forma seu trabalho não será publicado em uma revista internacional.

31 leste entrada da estufa oeste fundo da estufa Gradiente de temperatura Exemplo real de um erro fatal: criação de gradiente de temperatura em uma casa de vegetação para testar efeito do aquecimento global sobre o crescimento de plantas

32 Antes de iniciar... Faça um bom levantamento bibliográfico porque... HÁ UMA ENORME CHANCE DE QUE ALGUÉM JÁ TENHA FEITO ALGO PARECIDO OU... EXATAMENTE IGUAL AO QUE VOCÊ ACHA QUE SERÁ INÉDITO!

33 Cuidado na hora de escolher um projeto...

34 Escolha um problema importante, para a ciência ou para a sociedade. “...um cientista de qualquer idade que quer fazer descobertas importantes, deve estudar problemas importantes.” “Uma grande parte da arte do solúvel é a arte de propor hipóteses que possam ser testadas por experimentos praticáveis.”

35 3) A importância de hipóteses e predições

36 De uma maneira mais geral, os seguintes elementos aparecem no método científico (M. Shermer, 2011): Indução: formulação de uma hipótese extraindo conclusões de dados existentes; Dedução: fazer predições específicas com base nas hipóteses; Observação: coletar dados a partir de hipóteses que nos dizem o que procurar na natureza; Verificação: testar as predições confrontando-as com observações adicionais para confirmar ou invalidar as hipóteses iniciais.

37 Conteúdo: a importância das hipóteses A hipótese direciona o estudo, determinando o que o pesquisador pretende buscar, dentro de um universo maior.

38 Algumas perguntas são mais facilmente respondidas com a formulação de uma hipótese (Volpato, 2010).

39 Nem sempre a hipótese é a melhor estratégia da pesquisa (Volpato, 2010). Pesquisa descritiva

40 Conteúdo: a importância das hipóteses HIPÓTESE: ideia pré-concebida acerca dos resultados que serão obtidos; Uma pergunta que já contém a resposta; Deve ser passível de rejeição.

41 “A menos que uma hipótese restrinja o número de observações possíveis de eventos no universo, um experimento não produzirá nenhum efeito. Uma hipótese totalmente permissível diz nada.” P. Medawar

42 Reorganizando as ideias (segundo Farji- Brener, 2003 e Singer, 2007) Conteúdo: a importância das hipóteses A distinção entre hipóteses, predições e pressupostos (ou premissas) não é clara para a maioria dos pesquisadores.

43 Hipótese: suposição de uma coisa possível, da qual se extraem consequências (Larousse). Predição: consequências das hipóteses (as predições são testadas). O uso de uma predição como se fosse uma hipótese não permite ao leitor conhecer as IDEIAS que estão sendo avaliadas pelo autor.

44 Exemplo: Hipótese de trabalho: “A complexidade estrutural de habitats afeta positivamente a diversidade de espécies.” Stiling (2002)

45 Predições: “Córregos com fundo pedregoso terão maior diversidade de invertebrados do que córregos com fundo arenoso.” “A diversidade de invertebrados associados a macrófitas aumenta com a dimensão fractal (um indicador da complexidade).” “Florestas com maior número de estratos suportam maior diversidade de insetos”. “Florestas com maior número de estratos suportam maior diversidade de aves”.

46 HIPÓTESE OU TEORIA: IDEIAS GERAIS Predição 1 Predição 2 Predição 3 Predição 6 Predição 4 Predição 5

47 Pressupostos (premissas): O que levou a formular a hipótese. A maior complexidade estrutural dos habitats fornece abrigo e mais nichos (inclusive alimentar), o que eleva a diversidade. Stiling (2002)

48 Ex. duas espécies de Typha aparentemente colonizam profundidades diferentes.

49 Hipótese: a profundidade determina a distribuição dessas espécies. Predição 1: uma das espécies colonizará regiões mais profundas que a outra.

50 Ex. duas espécies de Typha apresentam preferência por profundidades diferentes. Hipótese: a profundidade determina a distribuição das espécies. Predição 2: quando ambas crescem isoladamente, uma das espécies continuará colonizando locais mais profundos.

51 Ou seja, uma hipótese aceita pode ser refutada por um futuro experimento. Exemplo anterior: A zonação era aparentemente o fator determinante, mas a competição parece ser mais importante

52 Porém, os conceitos em ecologia são contingentes (dependem de cada caso) e assim, uma hipótese mais geral normalmente não é rejeitada por um único experimento.

53 Conselho de P. Medawar (sobre hipóteses): “Não posso oferecer a nenhum cientista de qualquer idade melhor conselho que esse: a intensidade da convicção de que uma hipótese é verdadeira não tem nenhuma influência sobre o fato de ela ser verdadeira ou não.”

54 Sugestões de leitura

55 Tipos de trabalhos (Volpato, 2010): Descritivos: descrevem fenômenos, medem e comparam resultados de variáveis etc. De associação: testam associação entre variáveis De interferência: testam relação de interferência entre variáveis As duas últimas envolvem testes de hipóteses

56 Volpato (2010) Exemplo: Durante as águas baixas em lagoas de planície, há um aumento da densidade de peixes e também do fitoplâncton. Conclusão (errônea): o fitoplâncton causou a elevação da densidade de peixes.

57 Exemplos de trabalhos: Descritivos: comparar a diversidade de duas áreas De associação: testar a hipótese de que a complexidade de habitats encontra-se positivamente relacionada com a diversidade De interferência: testar uma hipótese acerca dos mecanismos envolvidos na relação entre complexidade de habitats e diversidade

58 Não devemos fazer pesquisa descritiva? Pelo contrário, elas são necessárias! A crítica se justifica somente quando os cientistas nunca vão além da descrição. Os resultados mais importantes da ciência são as generalizações e teorias que derivam do material factual bruto. E. Mayr, 1997, p. 160.

59 Revistas melhores: Em geral, o mesmo trabalho deve mostrar a associação e os mecanismos envolvidos

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61 Caso você tenha feito um trabalho de associação, pode inferir sobre os mecanismos com base em dados da literatura Volpato (2010)

62 Importante: O conteúdo de um artigo científico (título, introdução, métodos, resultados e discussão) deve ser coerente com cada uma dessas formas de trabalho.

63 4) Organização de um artigo de pesquisa primária: título, abstract, introdução, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências

64 Conteúdo  A estrutura de um artigo segue a sequência de argumentos críticos: –Apresenta-se uma pergunta (ou hipótese); –Mostra-se evidências que suportam possíveis respostas para a questão; –Tenta-se persuadir o leitor de que as respostas escolhidas são verdadeiras.

65 Regra 1 Um artigo, uma (es)história!!!

66 PORÉM, evite fazer “ciência salami”! Quando todos os resultados juntos produzem uma mensagem única que pode ser apresentada em um artigo com tamanho normal, elas se completam e devem ficar juntas.

67 Regra 2 SEJA SIMPLES! Pratique a habilidade de síntese, pois ela é de extrema importância para um cientista.

68 Regra 3 USE A LINGUAGEM CORRETA

69 Organização de um artigo científico primário

70   INTRODUÇÃO – –O que você fez? Porque você fez essa pesquisa?   MATERIAIS E MÉTODOS – –Como você fez sua pesquisa?   RESULTADOS – –O que você encontrou?   DISCUSSÃO – –Qual o significado dos seus resultados?   (CONCLUSÕES) Organização de um artigo científico primário – IMRAD:

71   Título   Abstract   Introdução   Materiais e Métodos (Métodos)   Resultados   Discussão   (Conclusões)   Agradecimentos   Referências   Tabelas e Figuras, legendas   (Apêndices) Organização de um artigo científico primário

72 Sugestão de leitura:

73 4) Organização de um artigo de pesquisa primária: título, abstract, introdução, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências

74 O artigo científico deve: - priorizar teorias, conceitos ao invés dos dados e resultados; - ou seja, MANTER O FOCO; - ser coerente com as ideias gerais, hipóteses e objetivos do trabalho;

75 -Aprenda com os artigos publicados em grandes revistas (Ecology, Nature, Science etc.) Porque o artigo foi publicado nessa revista? Quais métodos empregou? etc...

76 Como escolher um título? A primeira impressão é a que fica. Faça-a valer de fato!

77 Como escolher um título? Não se esqueça: o título é a porta de entrada para seu trabalho! Títulos sugestivos levam o leitor para a segunda porta (o Abstract).

78 Como escolher um título? Mas títulos ruins...

79  Ser correto e conciso: –“Absence of allelic divergence shows that there is no Meselson effect in an ancient asexual ostracod”  Ser atraente –“No slave to sex” Duas maneiras de atrair a atenção Como escolher um título? A primeira impressão é a que fica. Faça-a valer de fato!

80 Apesar de ser atraente, esse título não é muito informativo Alguns de seus colegas não vão gostar desse título televisivo Absence of allelic divergence in ostracod: no slave to sex

81 Como escolher um título? As conclusões podem ser colocadas no título (tendência moderna nas grandes revistas)

82 Como escolher um título? O problema pode ser colocado no título

83 Como escolher um título? Em trabalhos ecológicos, evite colocar nomes de espécies e do local de estudos no título

84  Títulos muito descritivos e pouco atraentes devem ser evitados:  “Studies on….”  “Characterisation of ….”  “Observations on….”  “Investigations into….” Como escolher um título?

85 1.Título atraente, mas não televisivo, como em uma propaganda. 2.Não pode ser descritivo, mas relacionado com hipóteses ecológicas/evolutivas gerais 3.KISS: Keep it simple and stupid (or: keep it simple, stupid…) (or: keep it simple, stupid…) Como escolher um título? Resumo

86 Uma dica final: tente deixar o título curto.

87 Physical complexity provided by macrophytes reduce fish predation on aquatic invertebrates Um exemplo próprio de título mal formulado

88 Como escolher as palavras chaves? - Não repetir as palavras que já ocorrem no título - Utilize palavras que não apareçam no abstract ou até mesmo no texto todo

89 Abstract (extremamente importante) “Um abstract bem preparado capacita os leitores a identificar o conteúdo básico de um documento rapidamente e acuradamente, determinar sua relevância a seus interesses e, assim, determinar se ele VAI LER O DOCUMENTO INTEIRO OU NÃO.” (Am. Natl. St. Inst. 1979)

90 Abstract Assim como o título, essa é frequentemente a única parte do seu artigo que será lida por um público mais geral. “A good abstract offers the promise of being followed by a good paper. A bad abstract…...” Martin Welch

91 Curto (c 200-250 palavras) Curto (c 200-250 palavras) Geralmente em um único parágrafo (há exceções) Geralmente em um único parágrafo (há exceções) Escrito no passado (o trabalho já foi feito) Escrito no passado (o trabalho já foi feito) Sem referências Sem referências Sem abreviações (exceto DNA, pH,…) Sem abreviações (exceto DNA, pH,…) Quando colocar abreviações, defina-as novamente no texto Sem dados brutos Sem dados brutos

92 Abstract Deve POSSUIR conteúdo: NUNCA “esses resultados serão discutidos” Deve se compreendido por um público mais amplo.

93 Abstract SUGESTÃO: 1. Contexto geral (não necessariamente), pergunta da pesquisa ou hipótese a ser testada 2. Principais métodos 3. Principais resultados (não apresentar dados brutos!) 4. Principal significância dos resultados (por exemplo: a hipótese foi rejeitada ou não) Em algumas revistas, essas sessões são numeradas

94 Introdução “Aqui você deve validar a proposta de seu trabalho” Volpato (2010 – Dicas para...)

95 Introdução Contexto e “histórico”: Não utilize literatura excessiva, apenas os artigos principais que ilustram o conflito. Coloque em um contexto amplo () Coloque em um contexto amplo (paradigma)

96 Explore as lacunas (justificativa): porque você fez essa pesquisa? Introdução Mostre e valorize a novidade (“novelty”) de sua pesquisa Repetições não são aceitas em revistas internacionais

97 IMPORTANTE: A falta de dados ou de estudos NÃO é jusfiticativa para a realização de um estudo! Pense em uma justificativa teórica (quais lacunas serão preenchidas?)

98 Citações de artigos na Introdução (mas tb válido para discussão) É desejável que ocorra um balanço entre clássicos e artigos mais recentes (que sejam os mais importantes de seu campo).

99 “The written introduction is not an exhaustive review of the literature, but a documentation of the critical supporting ideas and results of the study at hand.” Schulte (2003)

100 Introdução (mas tb válido para discussão) Valorize a ciência nacional e latino- americana!

101 Introdução Que hipótese você testou? Quais são as predições de sua hipótese?

102 Quantos detalhes devemos passar? Introduction A Introdução deve fornecer informação suficiente para permitir ao leitor entender e avaliar o presente estudo SEM se referir a publicações prévias sobre o tópico. (Instructions to authors, J. Bacteriol, 2001)

103 Introduction Sequência da Introdução: Uma boa dica é seguir do GERAL (contexto amplo) para o ESPECÍFICO (o que seu trabalho vai testar)

104 Exemplo: trabalho sobre efeito de uma espécie exótica sobre a biodiversidade aquática Introduções de espécies podem afetar as comunidades Ambientes aquáticos sofrem danos mais severos de introduções e têm maiores taxas de extinção Plantas aquáticas são importantes para a manutenção da diversidade aquática Várias espécies de plantas aquáticas são invasoras e têm comprometido a diversidade Um exemplo é XXX (estudada nesse trabalho) HIPÓTESE PREDIÇÃO CONCLUSÃO

105 RESUMINDO: Embora essas dicas possam ajudar, a Introdução pode ser redigida com relativa liberdade, desde que capacite o leitor a compreender o histórico, as lacunas, a novidade de seu trabalho, os pressupostos, e o que você estudou (a hipótese/predição que você testou).

106 Materiais e Métodos  posição geográfica e uma curta descrição  Local de estudos: posição geográfica e uma curta descrição  número de amostras, organismos, deposição de material referência ou número de entrada em bancos de dados públicos (ex. Genbank)  Material: número de amostras, organismos, deposição de material referência ou número de entrada em bancos de dados públicos (ex. Genbank)  tipo de amostragem, tipo de equipamentos utilizados, réplicas, frequência amostral ou de controles...  Protocolo das amostras e experimental: tipo de amostragem, tipo de equipamentos utilizados, réplicas, frequência amostral ou de controles... –Forneça detalhes suficientes para permitir a reprodutibilidade do estudo  quais tipos de análise, quais softwares, versões do software...  Análises estatísticas: quais tipos de análise, quais softwares, versões do software...

107 Importante: descreva o objetivo de cada análise estatística

108 Exemplo: “A detrended correspondence analysis (DCA) was performed to summarize fish assemblage structure (composition and abundance). Then, sample scores of the ordination were generated and analyzed through a two-way ANOVA (time of the day and position as factors). We assumed that samples apart in the ordination presented distinct fish assemblage structure.” Agostinho et al. (2007) ANÁLISE OBJETIVO

109 Resultados  Apresente apenas os resultados de sua pesquisa  Não inclua todos os experimentos que você fez, apenas aqueles relevantes para a questão biológica (ex., o teste de suas hipóteses)  Enfatize somente os resultados que o leitor deve olhar (aqueles necessários para suas conclusões)

110 Resultados  Os resultados devem aparecer em uma tabela ou figura, nunca em ambos.  Indique no seu manuscrito onde as tabelas e figuras devem ser posicionadas.  Não discuta os resultados, mas algumas frases sucintas podem fazer seu manuscrito fluir melhor.

111 Exemplo: “Species distribution patterns among positions (middle, border and open area) were strongly influenced by time of the day (6 h, 12 h and 18 h) (Fig. 2b), suggesting an intense fish movement in the area.” Agostinho et al. (2007)

112 Discussão   Provavelmente é a sessão mais fácil de escrever, mas a sessão mais difícil de acertar...

113 Tente começar a discussão com os resultados mais importantes do seu trabalho. Apresente a principal conclusão sem detalhá-la. Depois discuta-os com mais detalhes.

114 A DISCUSSÃO e as CONCLUSÕES visam a teoria, mas devem se embasar nos dados. “Veja o concreto e fale do invisível.” Volpato 2010 (Dicas para... Pag. 35-37)

115 A discussão ilustra o significado dos resultados em um contexto mais amplo introduzido no início do artigo (na Introdução). A discussão inicia com a interpretação dos resultados à luz dos objetivos e alarga esse contexto colocando o presente estudo dentro da teoria colocada na Introdução.

116 Discussão  Não reitere todos os seus resultados, –embora você possa lembrar o leitor em poucas sentenças quais foram os principais resultados.

117 The high proportion of nonsignificant relationships indicates that peaked species diversity–disturbance relationships are actually not as prevalent as commonly believed. For two reasons, our data set probably underestimates the proportion of… A alta proporção de relações não significantes indica que as relações entre diversidade de espécies e distúrbio não são realmente tão prevalentes quanto comumente se acreditava. Por duas razões, nossos dados provavelmente subestimaram a proporção de…

118 Discuta TODOS os resultados que vc apresentou: - Para isso, você deve ter apresentado somente os resultados necessários para sustentar suas conclusões.

119  Discuta a relevância de seus resultados considerando as hipóteses citadas na Introdução. Discussão  Especulações/implicações/inferências: alguma especulação/implicaçao é desejável mas devem ser baseadas nos resultados... Não é incomum encontrarmos discussões que ignoram os objetivos/hipóteses/perguntas colocadas na Introdução! O FOCO, NOVAMENTE O FOCO!

120 “Esta figura é puramente diagramática. As duas cintas simbolizam as duas cadeias fosfato-açúcar e as hastes horizontais, os pares de bases que mantêm as cintas juntas.” Ver San-Jensen (2007, Oikos)

121 “Não nos escapou o fato de que o pareamento específico que postulamos sugere um possível mecanismo de cópia para o material genético.”

122 A importância das especulações – algumas podem ser revolucionárias! “Esta figura é puramente diagramática. As duas cintas simbolizam as duas cadeias fosfato-açúcar e as hastes horizontais, os pares de bases que mantêm as cintas juntas.” “Não nos escapou o fato de que o pareamento específico que postulamos sugere um possível mecanismo de cópia para o material genético.”

123 Nunca empregue a “chisme discusión” (“gossip discussion”) “Neste estudo o peso médio foi de 53,7 kg. Fulano encontrou valores médios de 62,0 kg, Sicrano de 50,2 kg e beltrano de 56,6 kg. O ganho médio de peso foi de 1,2% ao dia. Fulano relata ganho de 2%, sicrano de 1,0% e sicrano de 1,8%.” Volpato (2010, Dicas para...)

124 Conclusões - Devem ser breves; - Sempre no presente; - Sem citações (as conclusões são suas); - NÃO COLOCAR RESULTADOS – conclusão é algo que você CONCLUI! Exceção: quando seu objetivo é medir a intensidade de algum processo, tamanho de organismos, tamanha de algum efeito etc. (comum nas ciências agrárias)

125 -Quais questões novas se apresentam como resultado do trabalho? -Como você ou seu grupo seguirão essas questões? -O que é necessário para resolver essas questões? Conclusões

126 Although we do not know how the stability of other ecosystems depends on biodiversity, these results lend further urgency to pleas for conservation of the biodiversity. Embora não saibamos de que forma a estabilidade de outros ecossistemas depende da biodiversidade, esses resultados apontam para a urgência de se fundamentar a conservação da biodiversidade.

127 Conclusões As conclusões são o mais importante do seu trabalho; não tenha medo de repetí-las: - No título; - No abstract; - No início da Discussão; - No final de Discussão.

128 Abstract Último parágrafo da Discussão:

129 Agradecimentos  Agências financiadoras  Todos que não são co-autores mas contribuíram: –Ofereceram assistência técnica –Discutiram os resultados com você –Leram o manuscritos e ofereceram comentários –Corrigiram o inglês

130 Referências  Estilo consistente  Problemas potenciais: –URLs: não são necessariamente permanentes –Melhor não usar “grey literature”  Abstracts, teses, relatórios,…  Liste apenas os artigos que estão referenciados no texto e referencie apenas aqueles listados nas referências

131 Referências Adapte o estilo para cada nova submissão

132 DICA IMPORTANTE: Nunca cite informações de um artigo o qual você não teve acesso (o famoso “apud”). Duvide sempre do autor, pois no processo de transcrição, erros podem ocorrer e você pode citar informações incorretas no seu trabalho.

133 Exemplo de um artigo publicado na Biod & Conser: “Unlike the Challenger discovery's fall into obscurity, the findings of Sanders et al. (1965) were immediately recognized to be a paradox of the plankton question (Hutchinson, 1959),…”

134 Evite o Narcisismo: cite seus artigos na medida do necessário.

135 O maior erro que um cientista pode cometer… Plágio Cuidado com o auto-plágio!

136 5) O processo de publicação: da submissão ao aceite final

137 O processo de publicação  Submissão  Revisão pelos editores  Revisão pelos pares  Publicação

138 Submissão O´Connor (1991)

139 Cover letter: extremamente importante Um primeiro parágrafo confirma a submissão Em seguida, tente demonstrar porque você acredita que seu trabalho mereça ser publicado na revista Seja breve e objetivo

140 Dear Dr. Daniel Simberloff, We would like to submit our manuscript “Associations between a highly invasive species and native macrophytes differ across spatial scales” to be considered as a contribution to Biological Invasions. In this manuscript we addressed the patterns of co-occurrence between a highly invasive Poaceae (tropical signalgrass) and individual native species of macrophytes, common in Neotropical ecosystems. Our results showed that (i) patterns of co-occurrences (and thus, the impact of this Poaceae) differed across scales and that (ii) invasion is not explained by phylogenetic relatedness between tropical signalgrass and other species of Poaceae (Darwin’s naturalization hypothesis). These approaches have been applied in terrestrial ecosystems, but have rarely been tested in aquatic habitats. It seems that the use of T-scores for pairs of species (differently of its common use in entire communities) opens new possibilities for ecologists like for example, the study of the ecology of invasions, as we did here. We hope that our ms brings at least some novelty to deserve being sent out for revision. Sincerely,

141 Submissão  Siga as “Instructions to Authors”  Para onde submeter –“Editorial office” –Editor Chefe –Editor Associado  Formatos –Papel vs. submissões eletrônicas

142 Revisão  O(s) editor(es) pode(m) rejeitar antes mesmo de mandar para revisão  O editor pode pedir para que os autores façam uma revisão antes de mandar para os revisores

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146 Revisão por pares  Editores mandam manuscrito para revisores (>= 2)  Recomendação para o editor  “Peer review” - revisão por pares = seus colegas, que verificam se: –Adequado para uma determinada revista –Conteúdo científico –Qualidade técnica (inglês, lógica,…)

147 Recomendação  Aceito sem revisão (quase impossível!)  Aceito, “minor revisions” (ídem)  Aceito, “major revision” (comum)  Rejeitado, mas encoraja ressubmissão  Rejeitado

148 Revisão por pares anônimos  Implantado em 1665 pelo Journal des Sçavants  Assumido integralmente em 1750 pela Royal Society of London Volpato (2010 – Dicas para...pag. 55) Minimiza os erros de publicação e torna os resultados mais confiáveis Para isso o anonimato é fundamental!

149 Como responder às críticas, caso haja possibilidade de resubmissão?  Parta do princípio de que os revisores e editores estão corretos!  Pense muito antes de responder; não responda com rancor.

150 Publicação: como responder?  Responda a TODAS as críticas e enderece TODAS as sugestões individualmente e cuidadosamente.

151 Publicação: como responder? MESMO QUE O Dr. X SEJA O GANHADOR DO NOBEL!!!! - nunca responda que você seguiu um certo procedimento “because X also used” - Caso você não concorde com alguma crítica, RESPONDA SEMPRE COM ARGUMENTAÇÃO CIENTÍFICA. É assim que funciona o processo de revisão.

152 De preferência, responda à questão e mostre de que forma a mesma foi endereçada na NOVA VERSÃO DO MANUSCRITO

153 Ex. Thomaz et al. (2009). Resposta aos editores da revista Acta Oecologica. Query 2: Were your sampling points and procedures the same as those of Thomaz, et al (2003)? Response: Yes, we used exactly the same protocol. We tried to clarify this point (lines 164-166): “Even so, our fetch results can be considered a surrogate for wave disturbance caused by wind, as shown previously for the same sampling points by using the same protocol (Thomaz et al., 2003).” Publicação: como responder? Exemplo:

154 Publicação: como responder? Para questões mais simples: Ex. Reviewer: use “conductivity” instead of “electrical conductivity” Response: Done.

155 Publicação: como responder? Não tenha preguiça de trabalhar na nova versão (muitas vezes a correção é mais difícil do que escrever o manuscrito) Se for preciso, seja ousado (RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÃO PODEM SER MUDADOS DA PRIMEIRA PARA A SEGUNDA VERSÃO)

156 RARAMENTE UM PAPER SERÁ REJEITADO COM BOAS RESPOSTAS, EXPOSTAS SEM PREGUIÇA, DE FORMA CLARA E MOSTRANDO RESPEITO AOS EDITORES E REVISORES! Nunca se esqueça: revisores e editores empenham tempo em revisão e ODEIAM ver que suas sugestões foram endereçadas de forma displicente.


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