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Princípios ecológicos necessários ao processo de RAD

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Apresentação em tema: "Princípios ecológicos necessários ao processo de RAD"— Transcrição da apresentação:

1 Princípios ecológicos necessários ao processo de RAD

2 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação.
Um dos maiores desafios do homem tem sido utilizar de forma equilibrada os recursos naturais. Na intensa busca de tirar da natureza os meios para seu sustento e desenvolvimento, o homem, com freqüência, provoca intensa degradação ambiental comprometendo a vida futura. Propõe-se, portanto, ampliar o conceito de recuperação de áreas, para que seja feita através da sucessão de todos os elementos: solo, microflora, fauna e flora.

3 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação.
Se não levarmos em conta as interações planta-animal, a recuperação de áreas degradadas será sempre utópica, pois não respeita os princípios nem promove a biodiversidade, o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável. É fundamental promover uma nova dinâmica de sucessão ecológica, onde a área impactada é considerada o ponto de partida para o restabelecimento de novas espécies.

4 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação.
É fundamental conhecer as inter-relações entre plantas e animais envolvidos, para estabelecer um processo contínuo de regeneração, que pode auto-sustentar-se. Ou seja, Aproveitar a incrível teia de ligações entre plantas e animais, que se responsabilizarão pelo papel de “semeadores” e “plantadores” naturais na área que necessita ser revegetalizada e posteriormente recuperar sua resiliência ambiental.

5 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação.
A vegetação é uma das características mais importantes do hábitat para os animais e, mudanças nesta, produzem efeitos diretos sobre a fauna, alterando dois fatores básicos: alimento e abrigo Firkowslki (1990) O profissional responsável deverá prever e provocar o aparecimento de diferentes espécies, tanto da flora, quanto da fauna. Deverá considerar as etapas de sucessão, reconhecendo em quais estágios os diferentes grupos ecológicos de espécies ficarão inseridos.

6 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação.
É extremamente importante escolher espécies que darão novo início à sucessão local, adequadas às restrições locais condicionadas pelo solo, que após distúrbios é geralmente pobre em minerais e fisicamente inadequado para o crescimento da maioria das plantas. Na seleção também considerar as espécies que apresentam um grau máximo de interação biótica – por exemplo, optar por um vegetal cujos frutos atraiam muitos e diversificados pássaros dando-lhes alimento e abrigo, e cujas flores sustentem diferentes tipos de polinizadores.

7 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação.
Quanto maior o nível de interação, maior a capacidade de diversificar as espécies envolvidas e consequentemente, mais rápida a recuperação. A RAD necessita da ação humana apenas no início do processo, sendo que a própria natureza se encarregue de sua continuidade. Espera-se que o incremento da biodiversidade local ocorra gradual e naturalmente.

8 4. Princípios ecológicos necessários ao processo de recuperação
Sistema de manejo, além de condizente com as características ecológicas e propiciador do aumento da biodiversidade, representa também uma minimização de esforços dispendidos. Assim, pode-se considerá-lo como um programa de regeneração menos oneroso..

9 4.1. Sucessão ecológica O conceito de sucessão está ligado à tendência da natureza em estabelecer novo desenvolvimento em uma determinada área, correspondente com o clima e as condições de solo locais.

10 SUCESSÃO Início Fim Em seu sentido mais amplo, pode ser definido como
o processo contínuo, direcional e não estacional de modificações no padrão de colonização e extinção de espécies em determinada área, resultando em um estágio onde estas transformações são muito lentas ou inexpressivas. Início Fim

11 Leitos de lava vulcânica
4.1. Sucessão ecológica Sucessão primária Quando o desenvolvimento inicia-se a partir de uma área que não tenha sido antes ocupada, como por exemplo uma rocha, ou um exposição recente de areia Ex: Leitos de lava vulcânica

12 4.1. Sucessão ecológica Sucessão secundária O desenvolvimento se processa numa área que já sofreu modificações, como uma área utilizada pela agricultura, ou que já sofreu desmatamento (Odum, 1988) Como estamos tratando de recuperação de áreas que foram impactas pelo homem, nos interessa a sucessão secundária.

13 SUCESSÃO Sucessão Primária: Ex: Rochas nuas, ilhas vulcânicas
Sucessão Secundária: Após distúrbios florestais Ex: Florestas exploradas, pastagens, queda de árvores

14 Sucessão secundária Corresponde ao processo que ocorre quando há destruição da comunidade instalada num dado local em um meio que já foi povoado mas do qual foram eliminados os seres vivos, quer seja por catástrofes naturais ou ação antrópica, ou seja, retorno de uma área à sua vegetação natural após uma perturbação. Esta sucessão é, normalmente, mais rápida que a primária, uma vez que existe um solo bem desenvolvido, com presença de microorganismos e um razoável banco de sementes e propágulos vegetativos que tornam o substrato, previamente ocupado, mais favorável à recolonização. Ex: Abertura de uma clareira em uma floresta

15 Exemplos de situações que posteriormente ocorre a sucessão secundária

16 EXEMPLO DE SUCESSÃO SECUNDÁRIA
T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 O inicio era uma floresta. Através de um distúrbio virou um pasto Que foi abandonado e as espécies se instalaram novamente Houve uma sucessão de espécies e a recomposição da vegetação

17 DISTÚRBIO Um distúrbio de fato, deve consistir de um evento grave, provocando forte impacto sobre a vegetação local. Podem ser: 1)Autogênicos – provocados por fatores internos à floresta. Ex.: morte de árvores que abrem uma clareira. 2)Alogênicos – provocados por fatores externos à floresta. Ex.: fogo, clareiras por extração de madeira, desmatamento humano, etc.

18 Quais as espécies que irão regenerar???????
Distúrbio Início da Regeneração Severidade do distúrbio Histórico de distúrbios Tamanho da área Condições ambientais durante o distúrbio

19 SUCESSÃO + Luz - Luz -Luz Estágio Final Estágio Inicial Estágio Intermediário

20 SUCESSÃO

21 Sucessão secundária. . . Ocorre em etapas. Desenrolam-se desde a área desocupada, onde começam a se estabelecer as primeiras espécies vegetais, até a nova formação de uma floresta madura. Começa com um distúrbio. Um grande distúrbio geralmente mata a maioria dos indivíduos do estrato arbóreos, mas deixa grande parte do banco de sementes, do chão da floresta e do sub-bosque. Entretanto, muda radicalmente as condições ambientais e os fatores bióticos e abióticos. As espécies pioneiras (heliófilas) irão se estabelecer. Os indivíduos pioneiros começam a invadir a área até que todos os espaços disponíveis sejam ocupados. As comunidades animais também participam intrinsecamente do processo .

22 Sucessão secundária. . . As etapas sucedem-se à medida que uma comunidade modifica o ambiente, preparando-o para que uma outra comunidade possa ali se estabelecer. Substituição de uma comunidade por outra, até atingir um nível onde muito mais espécies expressam-se, no seu tamanho máximo, e onde a biodiversidade também é máxima.

23 Sucessão secundária. . . Cada etapa da sucessão: uma condição de ambiente distinta. Para que as espécies, tanto vegetais como animais se restabeleçam em determinada etapa (continuando no processo, ou desaparecendo com sua progressão), elas dispõem de uma série de estratégias de adaptações. Estas estratégias facilitam a sobrevivência e a reprodução dentro da sucessão de ambientes (Piña-Rodrigues et al., 1990).

24 Sucessão secundária Exemplo: roça abandonada ou pasto, representando áreas degradadas pela ação humana

25 Primeira comunidade estabelecida: espécies herbáceas
Sucessão secundária – 1ª Etapa Herbácea Primeira comunidade estabelecida: espécies herbáceas Plantas consideradas “daninhas” ou “mato”. Em geral samambaias (Pteridium aquilinum ou Gleichenia pectinata, ou outras) e capins formando grandes touceiras. Propágulos (sementes, frutos e esporos) transportados pelo vento

26 4.1.2. Sucessão secundária – 1ª Etapa Herbácea ...
Mantêm níveis menores de interação com animais, devido à adaptação ao transporte eólico (pelo vento) Já apresenta uma vegetação perene. Iniciam o processo de modificação do solo, aumentando sua aeração e quantidade de matéria orgânica. Retém, ainda de forma inadequada, os processo erosivos; é preciso deixar a sucessão continuar para que haja uma efetiva proteção do solo.

27 4.1.2. Sucessão secundária – 2ª Etapa Arbustiva

28 Espécies herbáceas, substituídas pelas de arbustos
Sucessão secundária – 2ª Etapa Arbustiva Espécies herbáceas, substituídas pelas de arbustos Raízes mais profundas, exploram outros horizontes Forte interação com animais Solo com maior quantidade de matéria orgânica, e pode conter larvas de insetos e decompositores, insetos herbívoros e roedores. Estes animais, atraem outros, os seus predadores.

29 Em geral polinizados por insetos
Sucessão secundária – 2ª Etapa Arbustiva ... Plantas arbustivas podem atingir 1-2 m e assim produzem muita biomassa. Em geral representados pelas vassouras (Baccharis spp.) e outros arbustos da família Compositae (Senecio spp., Eupatorium spp., Vernonia spp.). Em geral polinizados por insetos Frutos/sementes dispersados pelo vento.

30 Sucessão secundária A comunidade de arbustos é visitada por pássaros onívoros (sabiás, bem-te-vis...) à procura de larvas. Neste ato, levam sementes provenientes dos ambientes de floresta, permitindo a chegada de uma grande diversidade delas. As primeiras sementes de formas arbóreas, que se estabelecerão devido às condições criadas no ambiente, dentre as quais um maior sombreamento.

31 Sucessão secundária São naturalmente vistas como “mato” e tendem a ser eliminadas através de fogo ou mesmo de roçadas. Sua retirada representa a estagnação do processo e o retorno para a degradação, ficando cada vez mais difícil a recuperação da resiliência local. A manutenção representa a propulsão para o aparecimento de uma comunidade local com diversidade ainda maior e grande probabilidade de garantir a resiliência local.

32 Sucessão secundária Evitar queimadas e roçadas representa ação recuperadora mais eficiente que o plantio de árvores de forma indiscriminada, sem critérios de escolha das espécies

33 4.1.2. Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea

34 4.1.2. Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea

35 4.1.2. Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea
Ação do vento e dos animais estabelece uma nova comunidade: das árvores. Primeiras árvores crescerão por entre os arbustos, onde a penetração da luz é intensa – são adaptadas a estas condições de solo e luminosidade (pioneiras) provenientes das circunvizinhanças. Provoca grande transformação, principalmente no solo, que apresenta muito mais matéria orgânica e boa aeração.

36 4.1.2. Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea...
Devido ao entrelaçamento de galhos e folhas, o solo passa a ficar todo sombreado, sementes que necessitam de umidade e sombra podem germinar. A biodiversidade, representada pela comunidade de espécies florestais propriamente ditas, passa a caracterizar uma sucessão florestal. Sob as árvores pioneiras: banco de plântulas, que aguardam novas oportunidades para se desenvolver. corresponde à futura floresta, a do amanhã, que se desenvolverá e manterá toda uma dinâmica própria.

37 Existência de animais capazes de transportar as sementes;
Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea... Nas condições criadas se instalarão as espécies climáticas. A velocidade de implantação dependerá de uma série de fatores, tais como: Proximidade ou não de outras florestas em estádio sucessional mais avançado do que a área em recuperação (que podem suprir os propágulos); Existência de animais capazes de transportar as sementes; Existência de plantas com flores e frutos durante todo o ano, evitando a migração de animais na busca de alimentos.

38 Sucessão secundária A sucessão é um processo complexo e concomitante, ou seja, evoluem as condições de solo, o microclima, a biodiversidade da flora e da fauna. Assim qualquer interferência antrópica, em qualquer destes elementos, interfere no processo sucessional de todos os setores.

39 Sucessão secundária Se a recuperação de uma área consistisse em uma revegetalização, então o trabalho seria fazer crescer plantas na região. Este fato pode representar – e geralmente o faz – o primeiro passo no processo. Não pode prevalecer, a idéia de se manter apenas uma comunidade estática, ou ainda, realizar simplesmente a plantação de uma só espécie de árvore. A sucessão de todos os elementos (solo, microflora, flora e fauna) deve ser induzida, e fará com que a área ganhe nova resiliência.

40 Sucessão secundária As plantas, como produtores primários (capazes de absorver a energia solar e transformá-la em matéria orgânica), devem ser escolhidas de forma a se implantarem na área e cumprirem sua tarefa. Tentativas de querer quebrar o processo sucessional, simplificando ou acelerando de forma quase instantânea, levam a grandes probabilidades de insucesso e perda de muito recurso

41 O meio ambiente pode servir de parâmetro para a RAD
Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea... O meio ambiente pode servir de parâmetro para a RAD Naturalmente, apresenta uma situação similar na qual devemos buscar as espécies adequadas para o manejo.

42 Sucessão secundária A seleção de espécies capazes de induzir uma nova resiliência deve basear-se na escolha de espécies: Pioneiras, agressivas, capazes de rapidamente cobrir o solo, evitando a erosão. Que permitem processos sucessionais. Especializadas em nutrir o solo, simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio (nitritos e nitratos) e com fungos micorrízicos (fósforo) – leguminosas Capazes de atrair animais através da polinização e dispersão de sementes.

43 4.1.2. Sucessão secundária – 3ª Etapa Arbórea...
Espécies exóticas podem fazer bem o trabalho inicial de cobertura, mas muitas delas, de tão agressivas que são, impedem ou permitem de forma muito lenta o processo sucessional. A seleção é fundamental para permitir uma nova resiliência ambiental; devem estar presentes diferentes formas de vida (ervas, arbustos, liana, árvores e epífitas). É necessário também envolver distintas síndromes de polinização e dispersão de sementes, de forma a garantir o todo o ano a presença de animais na área

44 podendo indicar as mais apropriadas.
Sucessão secundária Os conhecimentos populares podem ajudar muito na recuperação. As populações tradicionais, acostumadas com a regeneração das florestas, sabem quais espécies são mais adequadas para crescerem em solos degradados, também conhecem o papel das plantas e dos animais, podendo indicar as mais apropriadas.

45 Sucessão secundária Implantação de Centros de Alta Diversidade – com espécies: Que contemplem todas as formas de vida das espécies vegetais, adaptadas aos estágios sucessionais: - pioneiras, oportunistas, climáticas, - erva, arbusto, árvore, liana (cipó) e epífita. Adaptadas aos processos de polinização Com fenofases (principalmente floração e frutificação), distribuídas em todo o ano

46 Sucessão secundária Uma vez estabelecidos, os centros de diversidade podem então representar centros de dispersão de propágulos necessários para a ocupação do restante do terreno. O processo simplifica-se, pois os centros de alta diversidade propiciam o reinicio de um processo sucessional para toda a área, restabelecendo a resiliência local. A implantação dos Centros de Alta Diversidade, não deve ser o único passo no processo de recuperação.


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