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Marisa Carvalho | M. Regina Álvares | Richard Faust

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Apresentação em tema: "Marisa Carvalho | M. Regina Álvares | Richard Faust"— Transcrição da apresentação:

1 Marisa Carvalho | M. Regina Álvares | Richard Faust
Origem: das estrelas até nós Engenharia e Gestão do Conhecimento Fundamentos Cognitivos da Informação Marisa Carvalho | M. Regina Álvares | Richard Faust

2 Título: Crianças de Amanhã Autora: Riane Eisler
Origem Livro Título: Crianças de Amanhã Autora: Riane Eisler Assunto: Educação para o Século XXI Abordagem: Ante-projeto para Parceria Aprendizagem de parceria: Tensão subjacente entre os modelos de parceria e de dominação Currículo com tramas verticais

3 Origem Abordagem: Narrativas: Visão Sistêmica: Capítulo 3
Modelo de Aprendizagem de Parceria e de dominação Narrativas: Trama Evolução do Universo, da Vida e Evolução Cultural Visão Sistêmica: Ênfase na diversidade para construção do conhecimento Aprendizagem de parceria: Tensão subjacente entre os modelos de parceria e de dominação Currículo com tramas verticais

4 Drama em desenvolvimento Emergência e Evolução do Universo
Origem Seções Drama em desenvolvimento Emergência e Evolução do Universo Emergência e Evolução da Vida Visão equilibrada da Evolução Humanos e outros Primatas

5 Origem Questionamentos
Qual o significado de nossa jornada? O que em nós nos conecta com, e nos distingue, do resto da natureza? Existem padrões no movimento das estrelas, do sol, e da lua no céu e em nossos próprios movimentos na vida? Quais são nossas responsabilidades morais e éticas como seres humanos? O que nos impele a pensar nessas coisas?

6 Origem Respostas Filosofia Ciência
Religião Filosofia Ciência Ciência é geralmente ensinada em pedaços e partes desconectados uns dos outros e também das questões que motivam o intelecto e a imaginação à explorar os mistérios de nosso universo e do significado das nossas vidas Desde tempos imemoriais, as pessoas têm procurado respostas para estes tipos de questões através religião, filosofia, e pelo método empírico de investigação que nós chamamos de ciência. Mas ciência é geralmente ensinada em pedaços e partes desconectados uns dos outros e também das questões que motivam o intelecto e a imaginação a explorar os mistérios de nosso universo e do significado das nossas vidas.

7 Origem Evolução Planetária Evolução Biológica Evolução Cultural
Interconexão Evolução Cósmica Evolução Planetária Evolução Biológica Evolução Cultural Modelo de Ensino – aplicação desde o jardim de infância ao ensino médio Neste capítulo, nós veremos evolução cósmica, planetária e biológica. Estudar as ciências naturais neste quadro mais amplo destaca a interconexão de toda a vida – dando um bom argumento para a ética ambiental que precisamos com urgência nesta época de crescentes problemas ambientais causados pelo uso irresponsável de tecnologia a serviço da conquista e domínio da natureza. E como exemplo da evolução podem contribuir para um novo modelo de aprendizagem desde a infância ao ensino médio

8 Origem Abordagem Integradora Visão panorâmica criativa da evolução Movimento evolucionário geral em direção a cada vez maior variabilidade Complexidade de estrutura, integração de funções e flexibilidade de comportamento Drama ainda em desenvolvimento – não uma seqüência predeterminada, mas um processo no qual a cada momento existiram, e existem, diferentes resultados possíveis Existe uma maneira mais excitante e efetiva de ensinar ciência. Um arcabouço integrador para aprender mais do que uma serie de “fatos científicos” desconexos, em constante mudança e que crescem exponencialmente, que fale à imaginação das crianças e lhes ajude a se tornar mais interessados em ciência como uma exploração dos mistérios do universo. Esta abordagem oferece aos jovens uma visão panorâmica da evolução criativa da evolução. Ela revela o movimento evolucionário geral em direção a cada vez maior variabilidade, complexidade de estrutura, integração de funções, e flexibilidade de comportamento. Também possibilita ver as nossas vidas como parte de um drama ainda em desenvolvimento – não uma seqüência predeterminada, mas um processo no qual a cada momento existiram, e existem, diferentes resultados possíveis.

9 Origem Estimular Abordagem Integradora
Procurar padrões e conexões maiores Não memorizar grandes quantidades de dados Formular questões pertinentes Explorar assuntos básicos: histórias e as possibilidades de nosso universo, da vida e da nossa espécie Como é reconhecido por vários professores de ciência, um arcabouço integrador é particularmente importante nesta época quando existe tanta agitação e mudança. Ele ajuda os estudantes a procurar padrões e conexões maiores ao invés de memorizar grandes quantidades de dados, a formular questões pertinentes, e a explorar assuntos básicos como a historia e as possibilidades de nosso universo, da vida e da nossa espécie.

10 Origem Abordagem Integradora
“Sentido de reverência e admiração em relação ao mistério e grandiosidade de nosso universo” Maria Montessori Sentido de significado e propósito Estimula questões: “O que eu sou? Qual é a nossa tarefa neste maravilhoso universo? Nós simplesmente vivemos aqui para nós mesmos, ou existe algo maior para nós fazermos?” “Nós descobriremos nosso papel maior somente pela reinvenção do humano como uma dimensão do universo emergente” Brian Swimme Mais importante ainda, como observado como Maria Montessori, ele ajuda a despertar nas crianças o sentido de reverencia e maravilhamento em relação ao mistério e grandiosidade de nosso universo e, com isso, um maior sentido de significado e propósito. Ele estimula questões como “O que eu sou? Qual é a nossa tarefa neste maravilhoso universo? Nós simplesmente vivemos aqui para nós mesmos, ou existe algo maior para nós fazermos?”. Como Brian Swimme escreve em O universo é um dragão verde, “Nós descobriremos nosso papel maior somente pela reinvenção do humano como uma dimensão do universo emergente”.

11 Drama Desenvolvimento Discussão da evolução Proposta abordagem : aberto a questão sobre se há inteligência criativa na evolução A questão que cada um irá finalmente ter que responder por si próprio: se é de origem divina o processo de evolução Existem, é claro, aqueles que ainda consideram qualquer discussão da evolução uma heresia. Numa estranha repetição do julgamento de Scopes nos anos 20 (quando um professor de biologia foi julgado pelo “crime” de ensinar a evolução), existe hoje novamente pressão de alguns grupos religiosos fundamentalistas para forçar o ensino da criação bíblica nas escolas publicas. Ao mesmo tempo, um dos lideres religiosos mais poderosos do mundo, o papa João Paulo II, recentemente afirmou que acreditar na evolução e ter fé religiosa não são incompatíveis. Ao invés de condenar descobertas cientificas sobre a evolução (como um papa do século dezessete fez com as descobertas de Galileu), ele falou de forma aprovadora sobre a teoria da evolução de Darwin como “mais do que uma hipótese” e como não sendo incompatível com a fé em Deus. A abordagem que a autora propõe deixa em aberto a questão sobre se há inteligência criativa na evolução. Ela deixa a porta aberta para a questão que cada um irá finalmente ter que responder por si próprio: se é de origem divina o processo de evolução.

12 Essência Divina Ideais Humanos Drama
Emergência Essência Divina Criatividade e sensibilidade, justiça, beleza e amor Ideais Humanos Valores, normas e crenças Mas ele também mostra que o que chamamos de divino incorpora muitos dos nossos maiores potenciais – nosso grande potencial para criatividade e sensibilidade, e nosso esforço pela justiça, beleza e amor. Estes e assuntos similares com respeito a normas, valores e crenças constituem o ideal para o qual procuramos nos voltar como espécie e como indivíduos.

13 Condicionamento Humano
Drama Consciência Dimensão Espiritual Desejo de unidade com os outros seres vivos e com o que chamamos de divino – é parte da evolução da consciência Condicionamento Humano Evolução biológica e cultural Busca beleza, justiça e amor Em outras palavras, esta abordagem não nega uma dimensão espiritual à evolução. Pelo contrario, ela mostra que a emergência de espiritualidade – de nosso desejo de unidade com os outros seres vivos e com o que chamamos de divino – é parte da evolução da consciência. Mais importante, ela mostra que através de um entendimento claro de como nossas alternativas humanas são condicionadas tanto pela nossa evolução biológica quanto cultural, nos podemos criar as condições que suportem, ao invés de impedir, nossa poderosa busca por beleza, justiça e amor (ver quadro “Evolução com Sentido”).

14 Drama Educação em geral Teorias Sistêmicas
Evolução do sentido moral e do amor Habilidade de aprender e raciocinar Ensinada desta perspectiva maior, a evolução geológica, biológica e cultural nos traz uma perspectiva da evolução do cosmo, de nosso planeta e da vida na Terra – incluindo a emergência da consciência humana e a possibilidade de nos tornarmos co-criadores conscientes de nosso futuro Isto leva a um importante ponto que foi aludido anteriormente. Quando eu falo de evolução biológica, não é somente no sentido que os biólogos usam o termo procurando explicar como uma determinada espécie se desenvolveu ou evoluiu. É no sentido muito mais amplo da historia da vida neste nosso planeta. É numa perspectiva sistêmica, seguindo a tradição de cientistas sistêmicos de muitas áreas – Humberto Maturana, Paul MacLean, Vilmos Csany, e Elisabet Sahtouris da biologia; Adrienne Zihlman da paleoantropologia; Fritjof Capra da física; Nancy Tanner da antropologia; Ervin Lazlo da filosofia; e David Loye e Allan Combs da psicologia. Isto não significa ensinar somente as teorias de “evolução natural” e “variação aleatória”. Como o próprio Darwin afirmou, estas são apenas parte de uma coisa muito maior. Particularmente no nível humano, a evolução do sentido moral, amor, de nossa habilidade de aprender e raciocinar, e educação em geral, são fatores importantes.

15 Drama Aprendizagem Vertical Evolução cósmica, planetária e biológica
Evolução cultural: a pré-história e história humanas Nova perspectiva – uma que faz visível a tensão subjacente entre os modelos de parceria e de dominação como duas possibilidades humanas, e as conseqüências que seguem de cada uma Material apresentado depende da maturação das capacidades dos estudantes Formas de histórias: entendimento claro de como ciência e tecnologia são guiadas por valores culturais, e como estes valores diferem, dependendo do grau em que uma sociedade se orienta para o modelo de aprendizagem de parceria e de dominação As tramas verticais da tapeçaria da aprendizagem da parceria seguem a seqüência geral deste caminho. Elas começam com evolução cósmica, planetária e biológica. Elas continuam então com evolução cultural: com a pré-história e história humanas. Mas, novamente, isto se dá de uma nova perspectiva – uma que faz visível a tensão subjacente entre os modelos de parceria e de dominação como duas possibilidades humanas, e as conseqüências que seguem de cada uma. No contexto desta narrativa mais ampla – ou melhor, narrativas – estão uma miríade de outras narrativas menores. Como o material é apresentado depende da maturação das capacidades dos estudantes. Por exemplo, sites web, tais como o National Geographic e o Scientific American, são fontes interessantes para várias faixas etárias sobre a diversidade da vida neste planeta. Estudantes da escola primária podem ser convidados a estudar outras espécies começando com uma estória de aventura: a história da jornada de Darwin às ilhas Galapagos e suas explorações na América do Sul. Para crianças menores, podem ser usadas estórias de como diferentes espécies se relacionam (algumas das quais seguem), associadas com excursões para observações em primeira mão de animais em zoológicos para crianças. Alguns dos elementos visuais neste livro – por exemplo, dos cavalos marinhos- também podem ser usados para crianças pequenas.

16 História da evolução do Universo
Modelo Aprendizagem Parceria História da evolução do Universo Narrativa da evolução do universo Estudantes a criar imagens do nascimento de nosso sistema solar ou imagens da evolução da Terra em seu estagio inicial de lava e pedras, muito antes da primeira aparição da vida Incluindo mulheres e pessoas não-brancas, as quais são raramente referenciadas em livros-texto sobre o assunto Partnership Learning tapestry= IM e Antroposofia A narrativa da evolução do universo é a primeira maior trama vertical no currículo da tapeçaria da aprendizagem da parceria. Como escreve o astro-fisico Eric Chaisson em seu livro The Life Era, os cientistas tem montado esta estória através “do estudo de galáxias que iluminam o distante e o antigo”. Cientistas também descobriram que o nosso é o que eles chamam de universo contingente, onde em cada estágio existem diferentes possíveis resultados. Isto é, o nosso é um universo de incertezas e também de probabilidades. Como mostra a mecânica quântica, ao invés de ser pré-determinado, diferentes possibilidades surgem a cada estagio. Nós sabemos, por exemplo, que existem uma grande probabilidade de que o sol vai “nascer” amanhã. No entanto, o inesperado pode acontecer; por exemplo, furacões podem surgir ou bolsas de valor quebrar sem aviso. Professores podem despertar o interesse nesta saga numa variedade de abordagens novas e antigas. Eles podem convidar os estudantes a criar imagens do nascimento de nosso sistema solar ou imagens da evolução da Terra em seu estagio inicial de lava e pedras, muito antes da primeira aparição da vida. Professores podem trazer diferentes tipos de rochas para a sala de aula e perguntar aos estudantes como eles imaginam que a Terra era antes de haver vegetação ou qualquer outra forma de vida. (ver Figura 3.1)

17 Universo Estratégias Imagem de Estereótipos Imagem de Identificação
Técnica do desenho e materiais culturais: maneira de aumentar e aprofundar a percepção que as crianças tem de cientistas e ciência Aprender historias sobre mulheres, hispânicos e negros, e outros cientistas que não se encaixam nos estereótipos convencionais Resultado: desenhos mais variados e inclusivos e próprias histórias ( ou pesquisas) Os professores podem começar pedindo aos estudantes que desenhem um astrônomo. Esta é uma boa maneira de evidenciar algumas pressuposições para posterior discussão. Como o astrônomo é retratado nos desenhos dos estudantes? Que sexo? Qual raça ou etnia? Tipicamente, os estudantes pensam nos astrônomos – e na maioria dos cientistas – como homens Americanos-Europeus que usam óculos e jalecos. A maioria não vai se reconhecer nas imagens que desenhou porque eles são de sexo ou etnia diferente. Alguns podem não querer se tornar como esta pessoa, que tem a aparência do que eles chamam de “nerd”. Esta imagem dos cientistas acaba prejudicando a maioria das crianças. Por não conseguirem se identificar com ela, elas não se vêem seguindo as carreiras que no século 21 serão não apenas bem pagas mas que também vão determinar muitas das políticas que vão moldar o destino de todos. Para ir contra estes estereótipos, os estudantes aprendem sobre uma mulher que viveu há anos atrás, e foi considerada a mais importante intelectual de sua época. Estudantes podem também aprender sobre cientiastas negros e hispânicos – por exemplo, o cientista cubano Carlos Finlay ( ), que identificou o mosquito como o hospedeiro de um germe mortal da febre amarela. Depois de aprender historias sobre mulheres, hispânicos e negros, e outros cientistas que não se encaixam nos estereótipos convencionais, as crianças podem novamente ser solicitadas a desenharem astrônomos e cientistas. É provável que agora os desenhos sejam muito mais variados e inclusivos.

18 Histórias, Desenhos e Imaginação
Universo Estratégias Histórias, Desenhos e Imaginação Contador de histórias: professores podem iluminar o estudo da evolução planetária e cósmica, astronomia e física, no contexto da emoção, da exploração, tanto física quanto mental Usando esta estratégia de contador de histórias, professores podem iluminar o estudo da evolução planetária e cósmica, astronomia, e física no contexto da emoção da exploração, tanto física quanto mental.

19 Vida História revolucionária
Conhecimento desde um simples organismo de uma célula até outras formas de vida mais complexas que podem rastejar, voar, andar e falar. Hoje mão e mentes humanas - e a extensão dessas capacidades através de tecnologias cada vez mais complexas - estão literalmente co-criando o nosso planeta juntamente com os processos da natureza Contextualizados em uma história: grande variedade de formatos, tamanhos e formas que a vida assume esse nosso extraordinário planeta Esta história fascinante da evolução da vida na nossa terra é a segunda maior trama vertical do currículo, seguinte à anterior era inanimada de nosso planeta. É uma trama revolucionária que nos leva numa viagem extraordinária: dos mais simples organismos de uma célula até outras formas de vida mais complexas que podem rastejar, voar, e mais recentemente, andar e falar. E hoje mão e mentes humanas - e a extensão dessas capacidades através de tecnologias cada vez mais complexas - estão literalmente co- criando o nosso planeta juntamente com os processos da natureza Esta segunda trama cronológica, a história da vida em nosso planeta, permeia todo o currículo, do jardim de infância até o fim do nível médio. Através da ênfase na diversidade, os professores podem ajudar os estudantes a entender que contrariamente ao que lhes é dito com freqüência, em um comportamento humano da natural só porque ele também pode ser encontrado na alguma outra espécie relacionada Esta é uma perspectiva mais equilibrada da evolução biológica do que aquela oferecida pela visão das teorias neo-Darwinistas que focam primariamente no conflito competitivo pela sobrevivência genética. É diferente das teorias evolucionárias sobre como e porque espécies específicas surgem e/ou mudam. E é diferente das divulgações sociobiológicas que fazem parecer que os seres humanos são inatamente falhos e violentos, e que isto é algo que compartilhamos com todos primatas – uma impressão frequentemente dada pelos especiais televisivos sobre evolução.

20 Vida Diversidade Perspectiva mais equilibrada da evolução biológica:
Visão das teorias neo-Darwinistas que focam primariamente no conflito competitivo pela sobrevivência genética Teorias evolucionárias sobre como e porque espécies específicas surgem e/ou mudam Divulgações sociobiológicas que fazem parecer que os seres humanos são inatamente falhos e violentos, e que isto é algo que compartilhamos com todos primatas – uma impressão freqüentemente dada pelos especiais televisivos sobre evolução Através da ênfase na diversidade, os professores podem ajudar os estudantes a entender que contrariamente ao que lhes é dito com freqüência, em um comportamento humano da natural só porque ele também pode ser encontrado na alguma outra espécie relacionada. Esta é uma perspectiva mais equilibrada da evolução biológica do que aquela oferecida pela visão das teorias neo-Darwinistas que focam primariamente no conflito competitivo pela sobrevivência genética. É diferente das teorias evolucionárias sobre como e porque espécies específicas surgem e/ou mudam. E é diferente das divulgações sociobiológicas que fazem parecer que os seres humanos são inatamente falhos e violentos, e que isto é algo que compartilhamos com todos primatas – uma impressão frequentemente dada pelos especiais televisivos sobre evolução.

21 Vida Informação Aprendizagem da parceria oferece o tipo de informação mais crítica E, mais importante, oferece aos estudantes um ponto de vista mais amplo que inclui duas diferentes visões, ou histórias, da evolução biológica – incluindo a humana: aquele contada da perspectiva do modelo de dominador, e outra contada da perspectiva mais ampla que inclui, e muitas vezes destaca, o modelo da parceria Estudantes precisam de informação que os capacite a assistir estes programas de forma mais crítica. Educação da parceria oferece este tipo de informação. E, mais importante, oferece aos estudantes um ponto de vista mais amplo que inclui duas diferentes visões, ou estórias, da evolução biológica – incluindo a humana: aquele contada da perspectiva do modelo de dominador, e outra contada da perspectiva mais ampla que inclui, e muitas vezes destaca, o modelo da parceria.

22 Seleção natural de Darwin
Vida Histórias Complementares Seleção natural de Darwin Visão Dominadora: nossa espécie é orientada pelo egoísmo e pela violência “natural” para competir sem misericórdia uns com os outros Visão Integradora: Elementos de cooperação como a consciência e a moral A primeira estória, que se baseia primariamente nos escritos neo-Darwinistas e sociobiológicos que são encontrados em muitos livros-texto, foca a seleção natural. Geralmente, o quadro que obtemos destas e de outras fontes é que a nossa espécie é orientada pelo egoísmo e pela violência “natural” para competir sem misericórdia uns com os outros. Esta visão é reforçada pelos filmes de natureza que focam sempre os animais predadores assassinos, com fragmentos de teoria neo-Darwinistas como pano de fundo, como um “lembrete” de que a violência é natural para nós porque descendemos de animais. Ao discutir esta visão de dominador Eles podem então apresentar aos estudantes citações de Darwin, tais como sua afirmação de que a seleção natural não é o único princípio que operando a evolução biológica – que especialmente quando falamos de evolução humana, outros fatores tais como evolução do que ele chamou de “sentido moral”, também atuam. Um fato há muito ignorado é que em The Descent of Man, Darwin identifica “consciência” como o monitor e juiz supremo de nossa espécie. E ainda, e especificamente nos diz que "as qualidades morais avançam direta ou indiretamente muito mais pelos efeitos dos hábitos, dos poderes da razã,o instrução, religião, etc. do que pela seleção natural".

23 Vida Histórias Complementares
Desenvolvimento da capacidade humana: comunicar através da linguagem, que é o núcleo de nossas complexas redes sociais “Desenvolvimento da linguagem surgiu das relações de cuidado entre mães e filhos, e que a inteligência social evoluiu em grande parte através das brincadeiras” Paul MacLean Linguagem tem suas raízes nos comportamentos de cuidado e introduzindo o conceito de biologia do amor Maturana e Gerda Vender-Zöller Base para o desenvolvimento da capacidade humana mais importante: a capacidade de se comunicar através da linguagem, que é o núcleo de nossas complexas redes sociais Paul MacLean assume uma posição similar. Baseado em extensiva pesquisa do cérebro, ele propõe que o desenvolvimento da linguagem surgiu das relações de cuidado entre mães e filhos, e que a inteligência social evoluiu em grande parte através das brincadeiras. Os neurobiologistas Humberto Maturana e Francisco Varela também enfatizam que a linguagem tem suas raízes nos comportamentos de cuidado; e em sua introdução ao El Caliz y la Espada, Maturana introduziu o conceito de biologia do amor, o qual desde então foi mais desenvolvido em Origins of Humanness in the Biology of Love, é escrito com a psicóloga Gerda Vender-Zöller Um aspecto significante e fascinante da evolução do amor como intrínseco à biologia humana é o fato de que nós humanos temos um prazer intenso no amor - não apenas recebendo mais também dando. Cientistas hoje estão descobrindo o que nossos corpos estão equipados com a capacidade de liberar poderosas substâncias quando nós nos engajamos em comportamentos de preocupar e cuidar - liberações que compensam essas atividades nos fazendo sentir bem. Estas substâncias, conhecidas como neuropeptídeos, nos dão sensações que vão desde euforia ou excitação de "se apaixonar", até o enorme prazer que os pais e outros adultos com freqüência experimentam quando cuidando de bebês, até o sereno contentamento relatado pelas pessoas em relacionamentos amorosos de longo prazo. Um bom recurso aqui é o meu livro Sacred Pleasure, o qual sugere que ao olharmos para a história da vida nós precisamos nos focar mais nessas recompensas biológicas para os comportamentos de amor - já que eles representam o desenvolvimento do que, no sentido normativo da palavra, são as formas mais evoluídas de vida nesta Terra.

24 Vida Vida Histórias Complementares
“Dimensão psicológica e humanista no estudo da evolução humana permite insights que não estão disponíveis na maioria da literatura dos biólogos, os quais normalmente não têm formação em ciências sociais. Adicionalmente, como veremos, a psicologia social e a sociologia fornecem uma terceira dimensão que deve ser incluída no estudo da evolução humana. É aqui que as duas configurações sociais características dos modelos de dominador e do de parceria tem um papel essencial” Riane Eisler O trabalho de psiquiatras e psicólogos tais como Abraham Maslow, Robert Assagioli, Kasimierz Dabrowski, Robert Ornstein e Allan Combs a adicionar outra dimensão a esta segunda história sobre evolução da "natureza humana". Estes trabalhos não devem ser confundidos com alguns dos escritos no campo que se auto-denomina psicologia evolucionária, já que estes tenderam a se restringir à visão de mundo orientada ao dominador compartilhada pela maioria dos sociobiologistas, focando plenamente o que Maslow denomina de necessidades de "defesa" ou sobrevivência. Em contraste, Assagioli e Dabrowski estão primariamente interessados no que Maslow chama de necessidades de “crescimento” ou auto-realização, tais como a necessidade de amar e ser amado, e a necessidade de trabalhar para alguma meta maior. Em contraste com a ênfase de Freud no subconsciente, Assagioli foca no que ele chama de "superconsciente" como fonte de nossas mais altas aspirações e de nossas orientações morais. O trabalho de Maslow o qual se tornou a base para a psicologia humanística e para posterior movimento do potencial humano, foca na orientação do que ele chamou de personalidade da auto-realização, e se dirige ao altruísmo como a parte integral da auto-realização. Baseando-se no pensamento evolucionário ocidental e oriental, Ornstein e Combs focam a evolução da consciência. Dimensão psicológica e humanista no estudo da evolução humana permite insights que não estão disponíveis na maioria da literatura dos biólogos, os quais normalmente não têm formação em ciências sociais. Adicionalmente, como veremos, a psicologia social e a sociologia fornecem uma terceira dimensão que deve ser incluída no estudo da evolução humana. É aqui que as duas configurações sociais características dos modelos de dominador e do de parceria tem um papel essencial

25 Vida Equilíbrio Multidisciplinar Visão mais multidisciplinar nos oferece um olhar equilibrado da evolução Ao lidar com nossa própria espécie, é possível ver além do egoísmo como nossa única motivação evolucionária (indo contra a teoria do sócio-biológica dos “genes egoístas”) Olhar para a evolução humana desta perspectiva mais multidisciplinar nos oferece uma visão mais equilibrada (ver caixa 3.3). Ao lidar com nossa própria espécie, é possível ver além do egoísmo como nossa única motivação evolucionária (indo contra a teoria do sócio-biológica dos “genes egoístas”). Esta perspectiva mais ampla reconhece que nós humanos temos um vasto repertório de emoções e comportamentos - incluindo a crueldade e o cuidar, a violência e não-violência, o ódio e o amor. Mas enfatiza que esses traços que mais distinguem os humanos das outras espécies - nossa enorme capacidade para a criatividade e o cuidado, assim como a nossa enorme capacidade de aprendizagem - o que significa que a maioria dos nossos comportamentos é moldada pela evolução cultural e não pela biológica.

26 Equilíbrio Repertório de emoções e comportamentos:
a crueldade e o cuidar a violência e não-violência o ódio e o amor Olhar para a evolução humana desta perspectiva mais multidisciplinar nos oferece uma visão mais equilibrada Ao lidar com nossa própria espécie, é possível ver além do egoísmo como nossa única motivação evolucionária (indo contra a teoria do sócio-biológica dos ‘genes egoístas’). Esta perspectiva mais ampla reconhece que nós humanos temos um vasto repertório de emoções e comportamentos - incluindo a crueldade e o cuidar, a violência e não-violência, o ódio e o amor.

27 Equilíbrio Ênfase dos traços humanos : Significado dos comportamentos:
Evolução cultural Ênfase dos traços humanos : a criatividade o cuidado a aprendizagem Significado dos comportamentos: moldada pela evolução cultural e não pela evolução biológica Mas enfatiza que esses traços que mais distinguem os humanos das outras espécies – nossa enorme capacidade para a criatividade e o cuidado, assim como a nossa enorme capacidade de aprendizagem – o que significa que a maioria dos nossos comportamentos é moldada pela evolução cultural e não pela biológica.

28 Equilíbrio Comportamentos Comportamentos de cuidado podem ser observados em outras espécies Temas fascinantes interconectados:evolução do amor e da empatia Aprendizagem pelo comportamento cooperativo: de elefantes, golfinhos e baleias e espécies inteligentes com complexos sistemas de comunicação As primeiras raízes dos nossos comportamentos de cuidado podem ser observadas em outras espécies. Realmente, a evolução do amor e a evolução da empatia são dois temas fascinantes interconectados que se tornam aparentes uma vez que olhamos a história da vida em nosso planeta deste ponto de vista mais equilibrado. Começando nas primeiras séries, os professores podem contar histórias sobre a ajuda mútua e altruísmo mostrado por muitas espécies. Por exemplo, gansos em vôo vão muitas vezes auxiliar um pássaro ferido ou exausto, ajudando a continuar sua longa jornada migratória. Morcegos não somente vão compartilhar a comida, mas cuidam dos mais velhos e doentes, e com freqüência adotam órfãos e cuidam deles. O que nós estamos aprendendo hoje sobre o comportamento cooperativo de elefantes e golfinhos e baleias - também espécies inteligentes com complexos sistemas de comunicação - é de particular interesse aqui. Um bom recurso para os professores é When Elephants Weep: The Emotional Lives of Animals de Jeffrey Moussaief Mason e Susan McCarthy, o qual contém muitas histórias sobre os animais e seus comportamentos de cuidado e empatia.

29 Equilíbrio Comportamentos Cuidado paternal também é vivamente aparente em algumas espécies: sagüi, macacos-corujas e em muitas espécies de pássaros Contrário ao paradigma freudiano de rivalidade assassina entre pais e filhos, o qual às vezes tem sido usado como representando o estado na natureza, várias espécies demonstram comportamentos contrários Cuidado paternal também é vivamente aparente em algumas espécies. Por exemplo, quando o sagüi no Jersey Zôo deu a luz aos usuais gêmeos, o pai os pegou, lavou-os, carregou com ele para todo lugar que ele fosse, muitas vezes com um cada quadril, somente retornando os para mãe para amamentação. Sagüis machos na natureza também já foram observados auxiliando no nascimento e sendo muito protetores dos jovens. Machos de outras espécies de primatas - por exemplo, os macacos-corujas - carregam seus bebês, brincam com eles, e compartilham comida com eles. O cuidado paternal direto também é visto em muitas espécies de pássaros. Por exemplo, nos pássaros kiwi os pais chocam os ovos em criam os filhotes sem ajuda da mãe. Contrário ao paradigma freudiano de rivalidade assassina entre pais e filhos, o qual às vezes tem sido usado como representando o estado na natureza, e pais zebra continuam se dando bem com seus filhos adultos e já foram vistos em luto pela morte de seus filhotes.

30 Equilíbrio Cuidado e a proteção envolvem todo o grupo: Comportamentos
Casos de resgates, salvamentos são relatados por pesquisadores Laços de afeto entre elefantes são tão fortes que eles normalmente voltam para ‘cemitério de elefantes’ para tocar os ossos de seus mortos Em algumas espécies, o cuidado e a proteção dos jovens foram observados de forma a envolver todo o grupo. O explorador Peter Freuchen relatou que, quando um filhote de lobo caiu numa armadilha feita de um cercado de pedras, e os lobos adultos da matilha afastaram as pedras grandes e rasparam a terra ao redor da armadilha num esforço para libertar o filhote. Elefantes muitas vezes foram observados formando um círculo para proteger seus mais novos. E laços de afeto entre elefantes são tão fortes que os elefantes normalmente voltam para ‘cemitério de elefantes’ para tocar os ossos de seus mortos. Histórias de salvamento de elefantes também abundam. Em um caso, quando um bebê elefante caiu em um fosso e estava sendo sugado pela lama, todo o bando se mobilizou e arriscando sua própria segurança trabalharam de forma bem sucedida para libertar o filhote.

31 Equilíbrio Comportamentos Laços de cuidado entre parceiros, entre família e amigos são comuns também: diversos animais sofrem de dor, tristeza, depressão, principalmente com relação à morte Em alguns casos, o cuidado atravessa a fronteira entre as espécies: animais arriscam suas vidas para salvar e defender pessoas De acordo com o naturalista George Steller, quando a tripulação de um navio matou a fêmea de um peixe-boi, o macho retornou ao corpo por dois dias consecutivos. Quando Kiko, um golfinho em um parque marítimo no Havaí morreu de repente, seu companheiro Hoku se recusou comer, nadando nem círculos lentamente com seus olhos fechados, claramente de luto. Os elefantes cujas mães foram assassinadas na caça ilegal os elefantes, uma prática em expansão, se tornaram tão depressivos que, apesar dos esforços de conforto e cuidado para com eles, em sua maioria morreram “de tristeza”. Em alguns casos, o cuidado atravessa a fronteira entre as espécies. Cães são conhecidos por sua devoção aos homens, arriscando suas vidas para salvá-los. Sabe-se de grupos de golfinhos que atacaram tubarões para salvar pessoas. Em 1996, um gorila da África oriental chamado Binti-Jua (suáli para “filha do raio de sol") foi destaque na mídia no mundo todo quando um menino de três anos caiu na jaula dos gorilas no zoológico de Brookfield perto de Chicago, e ficou caído o inconsciente. Este tipo de comportamento - se preocupar não somente com um indivíduo sem relações mais também por outras espécies - é ainda uma outra maneira na qual as teorias de sobrevivência, ou de passar os genes de um indivíduo como as únicas forças da evolução, são desafiadas.

32 Mito do domínio e sedução
Equilíbrio Comportamentos Mito do domínio e sedução Muitos animais se esforçam para evitar afugentar as fêmeas durante a sedução: por exemplo, o cabrito da montanha ao cortejar a fêmea abaixa suas costas para aparecer menor, mantém seus chifres baixos, e anda com pequenos passos. Ursos marrons andam de forma relaxada, baixam suas orelhas e são brincalhões SEDUÇÂO E DOmínio Em relação à noção que os machos dominantes cruzam mais do que os outros também é um mito que hoje está sendo desbancado. Como nota a primatologista Barbara Smuts, a fêmea dos babuínos que ela observou, com freqüência não cruzava somente com os machos dominantes, mas também com os machos com os quais ela tinha desenvolvido uma amizade. Em outras palavras, ao invés de escolher o macho maior e mais agressivo (presumivelmente, como sociobiologistas nos dizem, porque ele tem ‘genes superiores’), elas preferiam machos que elas não temessem. Realmente, longe de tentar obter parceiros mostrando dominância, muitos animais fazem grande esforço para evitar afugentar as fêmeas que eles estão seduzindo. Por exemplo, um cabrito da montanha quando está cortejando abaixa suas costas para aparecer menor, mantém seus chifres baixos, e anda com pequenos passos. Ursos marrons andam de forma relaxada, baixam suas orelhas, e são brincalhões.

33 Equilíbrio Comportamentos Dentre nossos parentes primatas mais próximos, os bonobos (chipanzés pigmeus) têm laços baseados no compartilhamento: compartilhar o prazer sexual é mais importante que hierarquias de dominação os bonobos não foram observados na natureza em conflito violentos com outros grupos Entre nossos parentes primatas mais próximos, os bonobos (o chipanzés pigmeus como eles também são chamados, embora eles não sejam menores do que chimpanzés), têm laços baseados no compartilhamento - especialmente o compartilhamento do prazer sexual que - são mais importantes do que hierarquias de dominação. LIDERANÇA= PODER Realmente, esta é uma das razões pelas quais os bonobos não foram observados na natureza em conflito violentos com outros grupos. Um exemplo que lembra o slogan dos anos 60 "faça amor não faça guerra" foi relatado por um primatologista que testemunhou dois grupos de bonobos se encontrando na floresta. Ele observou com a tensão foi distendida através da iniciação de uma fêmea em uma ligação sexual.

34 Equílibrio Biografia As descobertas atraem o interesse das crianças de todas as idades para a diversidade biológica: as crianças têm interesse especial nas histórias das pessoas que passaram suas vidas estudando os animais e seus habitats naturais oportunidade de incluir exemplos de mulheres cientistas – se destacam na observação do comportamento animal As crianças estão interessadas também nas histórias das pessoas que passaram suas vidas estudando os animais e seus habitats naturais. REFERÊNCIA PARA OUTRO SER HUMANO = BIOGRAFIA Aqui novamente os professores têm uma oportunidade de incluir mulheres fornecendo exemplos de mulheres cientistas para as meninas. De fato, alguns dos mais destacados observadores do comportamento animal nas últimas décadas têm sido mulheres: Goodall, que continua a estudar os chipanzés, Barbara Smuts e Shirley Strum, que estudaram os babuínos; Diana Fossey, que, como mostrado no filme Gorillas in the Mist, perdeu sua vida protegendo o bando de gorilas com os quais ela estava vivendo, de caçadores; e Cynthia Moss, que passou muitos anos entre manadas de elefantes africanos e que escreve de forma tocante os laços emocionais entre estas extraordinárias criaturas, que estão sendo hoje mortas de forma irresponsável, da mesma forma que os bonobos e outras espécies.

35 Humanos e primatas Evolução Humana: humanos primatas
Modelo multilinear Evolução Humana: humanos primatas Ao invés de usar espécies específicas para afirmar que nós humanos somos naturalmente inclinados a ser violentos e com macho dominante, a autora propõe destacar a variabilidade dos comportamentos e organizações sociais dos primatas Um modelo multilinear ao invés de unilinear para evolução dos primatas (incluindo aqui a humana), no qual as lentes analíticas dos modelos de dominador e de parceria são ferramentas úteis Já que nós humanos somos primatas, o trabalho que trata da evolução humana com freqüência dá atenção especial aos nossos parentes primatas: macacos e chipanzés. Uma vez mais, ao invés de usar espécies específicas para afirmar que nós humanos somos naturalmente inclinados a ser violentos e com macho dominante, como muito desses relatos fazem, a noção mais equilibrada que eu proponho, destaca a variabilidade dos comportamentos e organizações sociais dos primatas. Como nota Linda Marie Fedigan, em seu livro Primate Paradigms: Sex Roles and Social Bonds, em muitas teorias sócio-biológicas os babuínos da savana, uma espécie caracterizada por hierarquias rígidas de dominação nas quais os machos são aproximadamente duas vezes o tamanho das fêmeas, têm sido apresentados como o protótipo de nossos ancestrais primatas. Em contraponto, eu estou propondo um modelo multilinear ao invés de unilinear para evolução dos primatas (incluindo aqui a humana): um modelo no qual as lentes analíticas dos modelos de dominador e de parceria são ferramentas úteis. Esta teoria dá atenção especial às duas das espécies mais próximas do homem: os chimpanzés e os bonobos.

36 Humanos e primatas Teoria sobre as espécies próximas do homem:
Modelo multilinear Teoria sobre as espécies próximas do homem: Os chimpanzés e os bonobos (o DNA de ambos é basicamente o mesmo, e não é muito diferente do homem) Os bonobos se orientam muito mais para o modelo da parceria do que chimpanzés Isto mostra que os primatas podem se fundamentar mais em laços baseados em prazer e o compartilhamento de benefícios do que em que hierarquias baseadas em medo e força Os bonobos se orientam muito mais para o modelo da parceria do que chimpanzés. Isto mostra que os primatas podem - e no caso dos bonobos que isto acontece - se fundamentar mais em laços baseados em prazer e o compartilhamento de benefícios do que em que hierarquias baseadas em medo e força. Isso contradiz a noção de que a organização social orientada primariamente para um modelo dominador é inevitável em primatas, ou que tem suas raízes nos ‘genes egoístas’. Para comunicar isto de forma mais clara, os professores podem distribuir o artigo "The Bonobos´ Peaceable Kingdom" do primatologista Takaioshi Kano, juntamente com partes que falam dos bonobos em Sacred Pleasure.

37 Humanos e primatas Teorias sobre evolução humana: Evolução humana
Evolução Biológica e História da Emergência uma que coloca nossas origens na África e a outra que argumenta pelas origens multiregionais Existem controvérsias sobre as escalas temporais, seqüência, e sobre a evolução da capacidade de comunicar, e pensar usando complexos sistemas de linguagem. Aprender mais sobre como esses e outros animais formam comunidades coesas e onde os membros se importam uns com os outros é um importante componente no estudo da evolução biológica. A zoologia e etologia animal deixam de ser assuntos áridos e técnicos e se configuram como as histórias de outros seres conscientes com os quais compartilhamos nosso planeta. Um dos capítulos mais interessantes neste entendimento e da evolução biológica é a história da emergência de nossa própria espécie humana. Existem duas teorias sobre evolução humana: uma que coloca nossas origens na África, e a outra que argumenta pelas origens multiregionais. E existe também bastante controvérsia sobre as escalas temporais, seqüência, e sobre assuntos críticos como evolução da capacidade humana mais distintiva - a nossa habilidade comunicar, e pensar, usando complexos sistemas de linguagem. Alguns cientistas argumentam que a linguagem remonta a mais de um milhão de anos, enquanto outros argumentam que ela é tão recente quanto o período paleolítico superior, apenas anos atrás.

38 Humanos e primatas Evolução humana e gênero Adrienne Zilhman está entre um número crescente de cientistas – a maioria delas mulheres - que têm desenvolvido uma narrativa mais balanceada em relação ao gênero na evolução humana batalha difícil: teorias centradas no macho, coloca os homens e com eles uma ênfase em agressão e competição no centro da aventura humana retratam a dominação do macho como natural: representações visuais em livros, museus, etc Como observa Zihlman, esta tem sido uma batalha difícil. Assim que as teorias centradas no macho são desafiadas por novas evidências surgem novas teorias que novamente fazem as mulheres invisíveis, ou no melhor dos casos as colocam como ajudante dos homens - colocando os homens e com eles uma ênfase em agressão e competição no centro da aventura humana. E isto não fica por aqui: estas teorias centradas no macho - e a as quais invariavelmente retratam a dominação do macho como natural - continuam a se replicar nos livros-texto, assim como em representações visuais da evolução humana. São típicas as representações em museus onde o macho aparece em de pé e na frente enquanto um grupo de fêmeas senta no fundo, ou com um macho aparece alto à frente de uma fêmea que se a agacha, como naqueles dos Neandertais e do homo sapiens no museu de história natural americano. Em cenas de livros - Diane Gifford-Gonzales - a autora fala de um clássico padrão de retratar as mulheres sentadas ou trabalhando com peles de animais como escravas sem rosto.

39 Humanos e primatas Evolução humana e gênero Zilhman – assim como outros teóricos tais como Glynn Isaacs, Nancy Tanner, Ralph Holloway, Paul MacLean e Humberto Maturana - enfatiza o papel da comunicação e do cuidado na evolução humana Zilhman e Nancy Tanner desenvolvem a teoria que enfatiza nossa enorme capacidade de criatividade Nós humanos, somos co-criadores de nossa própria evolução biológica – e que as mulheres tiveram um papel chave neste processo Zihlman vai além das teorias antigas sobre o que distingue nossa espécie: nossa postura ereta, a qual deixa livre as mãos para o uso de ferramentas, nossos grandes cérebros, os quais nos dão uma grande capacidade de aprender, tornando possível a nossa grande flexibilidade de comportamento. Como outros teóricos tais como Glynn Isaacs, Nancy Tanner, Ralph Holloway, Paul MacLean e Humberto Maturana, ela enfatiza o papel da comunicação e do cuidado na evolução humana. A teoria que ela desenvolveu juntamente com Nancy Tanner também enfatiza nossa enorme capacidade de criatividade. De fato, Tanner e Zihlman propõem que, em algum grau, nós humanos temos sido co-criadores de nossa própria evolução biológica – e que as mulheres tiveram um papel chave neste processo.

40 Humanos e primatas Evolução humana e gênero Segundo Tanner (em Becoming Human), as mulheres desenvolveram e usaram algumas das primeiras ferramentas: faixas e outras formas de carregar bebês, cestos para coletar plantas, e ferramentas para cavar em procura de raízes e tubérculos. As mães podiam coletar mais comidas para seus filhos, que podiam então ser cuidados por mais tempo antes de se tornarem independentes Como Tanner escreve em Becoming Human, não somente é mais provável que as mulheres desenvolveram e usaram algumas das primeiras ferramentas, tais como faixas e outras formas de carregar bebês, cestos para carregar plantas coletadas, e possivelmente ferramentas para cavar em procura de raízes e tubérculos, mas também é provável que estas ferramentas afetaram nossa evolução. “Ferramentas para coleta significavam que as mães podiam coletar mais comidas para seus filhos, que podiam então ser cuidados por mais tempo antes de se tornarem independentes” – sendo que um longo período de dependência é característico da nossa espécie.

41 Humanos e primatas Evolução humana e gênero Foi esta criatividade que fez possível que as crianças tivessem um período mais longo no qual podiam “aprender tradições sociais e tecnológicas” Este foi um desenvolvimento chave na evolução humana, já que ele também levou a um papel muito maior da cultura na moldagem de nosso comportamento quando comparada com outras espécies Foi esta criatividade que fez possível que as crianças tivessem um período mais longo no qual podiam “aprender tradições sociais e tecnológicas”. Este foi um desenvolvimento chave na evolução humana, já que ele também levou a um papel muito maior da cultura na moldagem de nosso comportamento quando comparada com outras espécies.

42 Humanos e primatas Linguagem humana
Com as ferramentas e métodos de cozimento, os dentes deixam de ser o meio principal para amolecer a comida, os grandes molares se tornaram menos necessários, deixando mais espaço craniano A redução do dente molar deixa lugar para as caixas de voz necessárias para as verbalizações complexas da linguagem humana – que possibilitou desenvolvimentos complexos nas áreas sociais, tecnológica e artística que nós chamamos de cultura humana Pode-se mesmo especular que como nós incrementalmente tínhamos nas ferramentas e métodos de cozimento, e não nos dentes, o meio principal para amolecer a comida, os grandes molares característicos de outros primatas se tornaram menos necessários, deixando mais espaço craniano para cérebros maiores. Como notado por muitos cientistas, é o tamanho relativo de nosso cérebro – em média 1350 centímetros cúbicos (um salto quântico mesmo em relação aos primeiros hominídeos ancestrais, que tinham um tamanho de cérebro de 450 centímetros cúbicos) – que caracteriza nossa emergência humana. Poder-se-ia especular adicionalmente que esta redução em tamanho do molar também deixou lugar para as caixas de voz necessárias para as verbalizações complexas da linguagem humana – levando a uma capacidade de comunicação e simbolização muito maior, e que fez possível os desenvolvimentos complexos nas áreas sociais, tecnológica e artística que nós chamamos de cultura humana.

43 Humanos e primatas Linguagem humana Linguagem humana
Paul MacLean, também defende que provavelmente o complexo uso da linguagem tenha se originado da relação dos laços de cuidado e amor entre mãe e filho Humberto Maturana e Gerda Verden-Zoller também enfatizam a biologia do amor Sem esta capacidade humana para o amor nossa espécie não poderia sobreviver Realmente, como argumenta Paul MacLean, é altamente provável que a mais única e importante ferramenta humana – nosso altamente complexo uso da linguagem, tenha se originado da relação entre mãe e filho – em outras palavras, dos laços de cuidado e amor entre mãe e filho. Adicionalmente, como enfatizam Humberto Maturana e Gerda Verden-Zoller ao escrever sobre o que Maturana chama de biologia do amor, um dos mais importantes desenvolvimentos de nossa evolução foi esta capacidade humana para o amor. Sem esta capacidade humana para o amor nossa espécie não poderia sobreviver. É somente pelo cuidado motivado pelo amor que bebês humanos, os quais são incapazes durante um prolongado período de tempo, não somente sobrevivem, mas continuam a desenvolver seus cérebros depois do nascimento.

44 Vida Possibilidades Unidade Essencial Ênfase no Altruísmo: apreciar e respeitar, outras formas de vida e nossa Mãe Terra e a Capacidade Humana para amar Cuidado e Criatividade: temas de nossa evolução Identidade mais primária e significativa: como seres humanos independentemente de sexo, raça, religião ou nacionalidade Importância da evolução cultural e tecnológica Sem esta capacidade humana para o amor nossa espécie não poderia sobreviver. É somente pelo cuidado motivado pelo amor que bebês humanos, os quais são incapazes durante um prolongado período de tempo, não somente sobrevivem mas continuam a desenvolver seus cérebros depois do nascimento. (Novamente, veja a caixa “Evolução do Amor e da Empatia). Esta abordagem para o estudo da evolução humana possibilita que as pessoa jovens tirem a ênfase do egoísmo e violência como os principais temas de nossa evolução, para o cuidado e criatividade, temas de igual importância, e de certa maneira até mais importantes. Também possibilita que eles vejam nossa identidade mais primária e significativa como seres humanos, independentemente de sexo, raça, religião ou nacionalidade. Este lembrete de nossa unidade essencial como uma espécie é uma questão de grande importância em uma época de crescente regressão para violência e culpa entre o que são e os que não são de um grupo. Ao mesmo tempo, esta abordagem encoraja os jovens a apreciar, e a respeitar, outras formas de vida e nossa Mãe Terra, assim equipando-os melhor para lidar com responsabilidade com desafios ambientais que enfrentamos. Ela também destaca a importância da evolução cultural e tecnológica – o assunto do capítulo seguinte.

45 Abordagem Vida Ferramentas Histórias Voz Imaginar Desenhar
Contar histórias e IM

46 Vida Abordagem Dimensões Ecológica Histórica Antropológica Sociológica Biológica Espiritual Modelo de Parceria : formação educacional interdisciplinar centrada na Visão Ampla dos Seres vivos Contar histórias e IM Emergência

47 FIM???


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