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Pensar particulares: Fardos e substrata no pensamento Hilan Bensusan Universidade de Brasília.

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Apresentação em tema: "Pensar particulares: Fardos e substrata no pensamento Hilan Bensusan Universidade de Brasília."— Transcrição da apresentação:

1 Pensar particulares: Fardos e substrata no pensamento Hilan Bensusan Universidade de Brasília

2 Singularidade e indexicalidade  A singularidade está muitas vezes associada ao que apontamos ou ao que podemos apontar (discriminar, re-indentificar, acompanhar).  É um “este” (estidade), ou um “agora” (ou um “aquilo” etc.) e descrições definidas como “o atual primeiro-ministro em exercício” (pelo menos em uso referencial).  Quando tentamos pensar singularidades, podem ocorrer casos de vacuidade e reduplicação massiva. Em uso atributivo, descrições definidas podem se referir ao que não pretendemos; mas também no caso de “este”, parece que precisamos que haja alguma coisa que está sendo apontada.

3 Pensar uma estidade Quando consideramos o que ocorre quando usamos termos como “este” (ou falamos de uma estidade), aparecem duas questões: i. Há um substrato no mundo correspondente ao objeto independente de suas qualidades? ii. Posso pensar no objeto independentemente do que eu pense acerca de suas qualidades? A primeira questão é metafísica, a segunda é acerca da capacidade do pensamento de prescindir de descrições para individuar e identificar alguma singularidade.

4 Objetos e propriedades, substrata e fardos oDuas teorias clássicas sobre o que são particulares concretos (tipicamente, objetos): a) um particular concreto tem um substrato correspondente independente de suas propriedades e b) um particular concreto é um fardo de propriedades (em geral universais abstratos). oProblemas: para a teoria dos substrata: discernibilidade dos não-idênticos; para a teoria dos fardos: identidade dos indiscerníveis. oAlternativas: há outras teorias acerca dos particulares concretos – uma concepção popular é a concepção de Campbell que apela para particulares abstratos (tropos).

5 Estidade: Pensar sem descrições  Podemos ter uma metafísica de substratos associada a concepção de que o pensamento discrimina por descrições.  Se supusermos que pensamentos indexicais são mais do que abreviaturas de pensamentos por meio de descrições, podemos ter contato com uma singularidade no pensamento quando descrições dela estão indisponíveis ou são falsas.  Que conclusões metafísicas podemos tirar da possibilidade de que tenhamos pensamentos essencialmente indexicais?

6 A tese de Perry (TP)  TP: pensamentos com indexicais (como “eu” ou “aqui” ou “há cinco anos”) são diferentes de pensamentos que substituem indexicais por qualquer conjunto de expressões não-indexicais.  TP pode ser entendida como se a indexicalidade não fosse mais do que uma necessidade interna do pensamento dadas as nossas incapacidades cognitivas. Porém, é preciso que eu esteja apontando para alguma coisa quando penso indexicalmente independentemente do significado de qualquer expressão não-indexical.  TP parece apontar para uma individuação do que é apontado que não requeira um apelo a (expressões) não-indexicais.

7 Singularidade: interna e externa Se a singularidade está na mente (ou nas mentes) – se ela depende crucialmente de ser pensada – pode ser que o mundo seja irrelevante. Se o pensamento singular é uma relação de re com um objeto, um pensamento essencialmente indexical requer que haja discernibilidade do objeto do pensamento. Uma metafísica de fardos parece ter que ser descartada se há pensamentos essencialmente indexicais que tem conteúdos externos à mente.

8 Interlúdio: a série A essencial  Podemos entender o problema de McTaggart com respeito ao tempo da seguinte maneira: a série A (tal como em ontem, hoje, amanhã) é essencial, não pode ser reduzida à série B (tal como 17, 18, 19 de setembro).  Diante disso, podemos ter duas atitudes: ou dizer que o tempo é irreal (ou apenas uma projeção nossa) ou dizer que a essencialidade da série A para se pensar temporalmente tem consequências para a metafísica do tempo.  No segundo caso, podemos descartar uma metafísica em que fatos estão arranjados apenas em uma série B. (Podemos adotar uma metafísica em que os fatos são tensed, uma forma de presentismo etc.).

9 Contra a teoria dos fardos  Pode parecer que mesmo que todos os particulares concretos possam ser reduzidos a fardos de propriedades, isto não elimina a possibilidade de que eu esteja pensando em um “isto” que não pode ser especificado por nenhuma descrição.  Porém, o “isto” não estaria apontando para nada além de uma localização espaço-temporal.  Se vale a teoria dos fardos, todo “isto” pode ser massivamente reduplicado (ou ser vácuo); a identidade dos indiscerníveis faz com que eu não esteja pensando em uma singularidade quando penso indexicalmente. (O “isto” apontado para uma bola de metal não aponta senão para qualquer bola de metal indiscernível.)

10 Algumas conclusões metafísicas  O argumento contra a teoria do fardo aponta para restrições a metafísicas que flertam com a identidade dos indiscerníveis.  Não se trata de uma conclusão substratista.  Pensamentos (essencialmente) indexicais podem encorajar uma metafísica de tropos: instâncias de predicados podem ter contrapartes metafísicos em particulares abstratos.  Também podemos abraçar metafísicas em que singularidades são transitórias, provisórias – onde quer que haja uma medida de identidade trans-mundial.


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