Os Profetas O fenômeno profético no Oriente Médio A originalidade do profetismo em Israel Movimentos proféticos Os escritos proféticos Cronologia profética.

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1 Os Profetas O fenômeno profético no Oriente Médio A originalidade do profetismo em Israel Movimentos proféticos Os escritos proféticos Cronologia profética Diocese de Guarapuava Faculdade Missioneira do Paraná (FAMIPAR) Curso de extensão em Teologia para Leigos - PROFETAS Frei Roberto Aula 6 em 18 de setembro 2014

2 REVISÃO OS PROFETAS DO SÉCULO VIII AC O profeta ISAÍAS revisão aula 11/set
Inspiração profética: 1) Experiência profunda de Deus; 2) Experiência de povo; 3) O ‘apelo’ a ação dos profetas é situada historicamente; Isaías significa Javé é a Salvação; ‘O’ livro é, na verdade, ‘três livros’ distintos; Vocação de Isaías (Is 6); Temas específicos; destaque aos "Cânticos do Servo do Senhor“ síntese do pensamento de Isaías

3 OS PROFETAS DO SÉCULO VIII a.C. Amós: o profeta da justiça social
Era pastor de ovelhas em Técua (Am1,1) ou vaqueiro e cultivador de sicômoros (Am 7,14). Foi para o Norte profetizar; exerceu seu ministério profético no Reino do Norte, no tem­po de Jeroboão II, pelo ano 750 a.C.; Parece ter desempenhado sua curta missão em Betel (um dos santuários construídos por Jeroboão I) de onde foi expulso pelo sacerdote Amasias (Am7,10-13); Temas específicos: Desigualdade e a injustiça social; Denuncia o luxo e a falsa segurança (4,1ss)

4 A mensagem de Amós Para o profeta, o maior problema de Israel é a exploração dos pobres; o Reino de Israel é como um muro torto, prestes a ruir (7,7-9), um cesto de figos quase podres (8,1-2); Apesar de explorar o pobre, todos eles oferecem sacrifícios a Deus, pagam o dizimo e celebram festas religiosas; não anuncia apenas o castigo e suas causas. O profeta apre­senta um caminho de salvação: “Procurai-me e vivereis" (5,4).

5 Oséias: o profeta do amor de Deus
Provavelmen­te, era originário do reino de Israel, onde profetizou logo depois de Amos; Oséias, a mando de Deus, desposou Gomer, uma prostitura. Com ela teve três fi­lhos que receberam nomes simbólicos (Os1-3); sua amarga experiência matrimonial serviu para descrever as relações entre Deus, sempre fiel, e seu povo infiel; deve ter conhecido os últi­mos anos de prosperidade de Jeroboão II e os difíceis anos de seus suces­sores, que levaram Israel à destruição. Seus últimos oráculos datam de 725 a.C. É possível que, por ocasião da queda de Samaria, capital do Reino de Israel (722 a.C.), o profeta tenha fugido para o reino de Judá.

6 A mensagem de OSÉIAS Oséias também denuncia as injustiças, a corrupção e o culto formalista (Os5,6; 6,6.8,11.13). Porém, o grande tema de sua prega­ção é a idolatria; analisa a história da salvação, tendo como critério o amor de Deus por seu povo: Israel não correspondeu e procurou outros deuses. Para Oséias, a idolatria é um adultério; Oséias ensina que o amor de Deus precede qualquer iniciativa humana. A conversão não é requisito para ser amado por Deus e sim resposta a seu amor;

7 MIQUÉIAS foi contemporâneo de Isaías (Mq1,1). Morava na beira da estrada. Conhecia tanto os problemas do campo como os da cidade; Talvez fosse um pequeno agricultor que perdeu suas terras devido à exploração agrária da classe dominante de Jerusalém. Por isso, seus oráculos são de denúncia contra a injustiça social;

8 MIQUÉIAS Temas específicos: Injustiça no âmbito rural;
Deus não fica indiferente e vai agir, mesmo contra o seu povo (Mq 6,3); Anúncio do Messias, nascido no interior de Judá (Mq 5); Caminhar com Deus (Mq 6,8) é respeitar o direito, amar a fidelidade;

9 A mensagem de MIQUÉIAS anuncia a destruição dos reinos de Israel e de Judá: a idolatria é a grande culpa do reino de Israel, já para o reino de Judá a acusação é de ordem social; Volta-se também contra os falsos profetas que só anunciam bem-es­tar (3,5-7); Nos capítulos 4 e 5, encontram-se oráculos de um futuro feliz;

10 OS PROFETAS DO SÉCULO VIIa.C. e INICIO DO SÉCULO VIa.C.
O final do século VII e o inicio do século VI a.C. foi a época mais dramá­tica da história dos reinos de Israel e Judá. Em 587a.C. Jerusalém foi destruída pelas tropas de Nabucodonosor; Nesse período exerceram seu ministério profético os profetas Naum, Sofonias, Habacuc e Jeremias;

11 JEREMIAS Da tribo de Benjamin, de Anatot (Jr1,1) situada 6Km ao Norte de Jerusalém. Vem de uma família sacerdotal, mas não está ligado diretamente ao sacerdócio da corte de Jerusalém. Chamado a ser profeta por volta de 627, ligado aos acontecimentos políticos de israel (1,13s) → referência aos babilônicos. O significado do nome é incerto. Há duas possibilidades. Yirmeyâhû quer dizer "Iahweh exalta", "Iahweh é sublime" ou "Iahweh abre” (faz nascer).

12 JEREMIAS Conteúdo: o livro contém testemunhos dos quase 50 anos de missão do profeta e divide-se em 3 partes: 2-25: oráculos contra Judá (Jerusalém); 26-45: notas biográficas; 46-51: oráculo contra os gentios; Tema central: Propõe uma nova aliança, fundada sobre a religião do coração (31,1-6)

13 JEREMIAS influência de Oseias sobre o pensamento de Jeremias; (fatores geográficos e familiares) Oseias e Jeremias foram os dois profetas mais radicais de todo o Israel, pois foram os que mais perto chegaram de uma compreensão profunda das causas da opressão que o povo de Israel vivia naquele tempo.

14 JEREMIAS atuou cerca de 50 anos, de 627 a 580 a.C., sob os governos de
Josias ( a.C.); Joaquim ( a.C.); Sedecias ( a.C.); Godolias/exílio (586/ca.580 a.C.); Por isso, costumamos dividir, didaticamente, sua atuação segundo estes quatro períodos.

15 10 período de sua atuação: rei Josias
No tempo de Josias, Jeremias proclamou um julgamento contra Israel por causa de sua infidelidade a Iahweh e sua adesão a outros deuses, especialmente os deuses que garantiam a fertilidade da natureza, os chamados baalim; (Jr2,1-4,4 ; Jr30,1-31,37) Jr2,1-37: Neste texto, rico em imagens, à moda de Oseias, Jeremias relembra com nostalgia a fidelidade dos primeiros tempos e a contrapõe à infidelidade atual, pois Israel trocou Iahweh (v.11) pelos ídolos que nada valem e não podem socorrê-lo na hora do aperto.

16 2º período de atuação: rei Joaquim
Denuncia o governo de Joaquim como ganancioso, assassino e violento (22,13-19), um dos mais duros oráculos proféticos já pronunciados contra um rei, pois não cumpre sua função real de exercer a justiça e o direito e de proteger os mais fracos; violento discurso contra o Templo (7, ,1-24): só a Aliança Iahweh-Israel poderia garantir o povo;

17 O que mais ameaça Judá neste momento?
um “inimigo que vem do norte” Jr4,5-6,30 e Jr8,13-17; Iahweh aplicará a Judá tal castigo, pois acontece uma ruptura da Aliança: não há o mínimo "conhecimento de Deus“; Percorrendo as ruas de Jerusalém, Jeremias constata a ausência do direito e da verdade entre as pessoas comuns (Jr5,1), mas maior corrupção encontra entre os grandes e poderosos, que não agem mal por ignorância, senão por determinação consciente e persistente (Jr5,4-5);

18 30 período: o governo de Sedecias
Jeremias começa criticando as pretensões do novo governo através da visão dos dois cestos de figos de Jr 24,1-10: os exilados (2ª deportação) correspondem a figos bons, enquanto o atual governo se parece com figos estragados; escreveu aos exilados de 597a.C. (Jr29,1-23): tenta desfazer as ilusões alimentadas por falsos profetas de que o exílio estava para acabar; disse ao rei Sedecias que Iahweh entregara a cidade nas mãos do inimigo, já que não houve conversão (Jr34,1-7);

19 a principal missão de Jeremias
“Para arrancar e para destruir” (Jr45,4); Mas alimenta a esperança de seu chamado para “construir e para plantar” (Jr1,10); espalhados pelo livro de Jeremias, encontram-se poucos textos que manifestam alguma esperança; Jr31,31-34, o famoso texto que fala da nova aliança;

20 40 período da atuação: sob Godolias
Após a queda de Jerusalém em a.C., acontece o crepúsculo do profeta: Deixado livre pelos babilônios, Jeremias escolheu ficar com o governador Godolias, junto ao resto do povo pobre que ficou no país; Foram poucos meses até o assassinato de Godolias por um príncipe davídico chamado Ismael, que escapara para Amon (41,1s). Os sobreviventes, entre eles Jeremias, fugiram para o Egito, temendo uma represália babilônica (Jr42,1-43,7).

21 Confissões de Jeremias
(Vocação: 1,5ss) Textos que permitem compreender por dentro o drama do profeta. São meditações sobre sua própria experiência de profeta: 11,18 – 12,6; 15,10-21; 17,14-18; 18,18-23; 20,1-18.