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A EXPRESSÃO DO SAGRADO NA ARTE

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Apresentação em tema: "A EXPRESSÃO DO SAGRADO NA ARTE"— Transcrição da apresentação:

1 A EXPRESSÃO DO SAGRADO NA ARTE
O significado da expressão artística na tradição da Igreja

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3 “O mistério só é pensado, só é vivido, por meio do simbólico”
Claudio Pastro

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5 A experiência religiosa e o Espaço Sagrado: a presença escondida
EMENTA 1ª Parte do Programa: O Sagrado: oposição ao profano O que é o Sagrado? A experiência religiosa e o Espaço Sagrado: a presença escondida O Mito O Sagrado e o Profano A Linguagem do SAGRADO: a IMAGEM (Símbolo) A Hierofonia

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7 ÍCONES: símbolos da beleza divina
2ª Parte do Programa: ÍCONES: símbolos da beleza divina Diferença entre o Belo clássico e a Beleza Divina dos Ícones A Tradição Sacra e a devoção religiosa na arte Vídeo: ÍCONES - Imagens da Rússia Cristã Debate e Visita aos Ícones da Capela da USC

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9 O Sagrado: oposição ao profano
Introdução Para o Homem moderno e ocidental, sobretudo para o homem areligioso, tornou-se difícil aceitar que o mundo é algo mais que estas cidades gigantescas e caóticas, progressivas, com problemas e inventos práticos.

10 A perda da sacralidade Para o cidadão atual, as funções vitais como alimentação, sexualidade, trabalho são meras funções fisiológicas e não estariam carregadas de uma “sacralidade”.

11 “Sagrado” é a palavra indo-européia que significa “separado”.
O que é o Sagrado? “Sagrado” é a palavra indo-européia que significa “separado”. A sacralidade, portanto, não é uma condição espiritual ou moral, mas uma qualidade inerente ao que tem relação e contato com potências que o homem, não podendo dominar, percebe como superiores a si mesmo, e como tais atribuíveis a uma dimensão denominada “divina”, considerada “separada” da “outra”, isto é, do plano humano.

12 O homem tente a manter-se distante do Sagrado, como sempre acontece diante do que se teme, e, ao mesmo tempo é por ele atraído, como se pode ser com relação à origem de que um dia nos emancipamos.

13 Religião Essa relação ambivalente é a essência de toda religião, que, como denota a palavra, contém, tendo-a em si reunida (re-legere), a área do sagrado, de modo a garantir simultaneamente a separação e o contato, que ficam todavia regulados por práticas rituais capazes de evitar, por um lado, a expansão descontrolada do sagrado e, por outro, a sua inacessibilidade.

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15 O Espaço Sagrado Para o contato com o mundo sagrado são designadas pessoas consagradas, distintas dos demais integrantes da comunidade (sacerdotes), espaços destacados de outros por serem imbuídos de poder (nascentes, árvores, montes e depois templos e igrejas), tempos diferentes dos outros e chamados festivos, que distinguem os períodos “sagrados” dos “profanos”.

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17 O Espaço Profano Fora do templo (fanum), desenvolve-se a vida diária marcada pelo trabalho e pelas proibições (os tabus), as quais dão origem às normas e às transgressões.

18 A oposição sagrado-profano remete à oposição puro-impuro, que circunscreve a esfera da relação bem/mal, criando esquemas de ordem apoiados sobre a antítese de um pólo positivo e um negativo. Ritos, sacrifícios, etc, servem para propiciar os efeitos benéficos do Sagrado, aproximando-o do nosso dia-a-dia. O rito é a forma de atualização do mito.

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20 O Mito Para o homem primitivo, a caça, a pesca e o plantio são gestos sacrais. Essas sociedades atualizam o mito (gesto primordial que narra quando algo “surgiu” ou “aconteceu” pela primeira vez) através de um rito específico.

21 Religião pode, assim, ser definida como o conjunto das atitudes e atos pelos quais o homem se prende, se liga ao divino ou manifesta sua dependência em relação a seres invisíveis tidos como sobrenaturais.

22 Tomando-se o vocábulo num sentido mais estrito, pode-se dizer que a religião para os antigos é a reatualização e a ritualização do mito. O rito possui, "o poder de suscitar ou, ao menos, de reafirmar o mito".

23 Ao homo religiosus não basta a contemplação e a lembrança da presença divina

24 A ação ritual realiza no imediato uma transcendência vivida.
Através do rito, o homem se incorpora ao Sagrado, beneficiando-se de todas as forças e energias que jorraram nas origens dos mitos. A ação ritual realiza no imediato uma transcendência vivida.

25 A forma sensível dessa ação é o rito.
O homem quer entrar em contato íntimo com o divíno, unir-se a ele, participar da sua força vital e da sua magnificência. Quer conviver com Deus, e que Deus conviva com ele. O homem reclama a ação de Deus e, ao mesmo tempo, não quer apenas receber, mas também dar, doar a Deus. A forma sensível dessa ação é o rito.

26 O rito é uma ação sagrada ligada essencialmente, substancialmente, ao mito e, portanto, à realidade divina e ao evento sagrado representado por ele; o rito é a reedição simbólica do evento.

27 Portanto, o rito e o mito estão estreitamente ligados entre si: o rito evoca o mito e o atualiza, enquanto o mito ilustra o rito e o explica em forma lingüística. O conjunto dos atos simbólicos (narrativas sagradas, hinos, orações, bênçãos, imagens, etc.) constitui aquilo que se chama de liturgia

28 Tal como no mito, também no rito existe o perigo de se perder, de se ignorar sua intencionalidade simbólica. No rito, com a ausência do significado Sagrado e Simbólico (que remete à realidade) cai-se no sacramentalismo, na superstição e na magia.

29 O rito toma, "o sentido de uma ação essencial e primordial através da referência que se estabelece do profano ao sagrado". Em resumo: o rito é a praxis do mito. É o mito em ação. O mito rememora, o rito comemora.

30 O Sagrado é o Centro Esses homens sabem que não são o centro do mundo e que participam dele por uma concessão. Existe, pois, um Centro, de onde tudo foi criado e de onde tudo emana: O SAGRADO. Assim, em todas as culturas e religiões há dois mundos, dois modos de ser no mundo:O SAGRADO e o PROFANO.

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33 Há uma incapacidade humana em exprimir toda uma “presença escondida”.
O que é o SAGRADO? Há uma incapacidade humana em exprimir toda uma “presença escondida”. O homem toma conhecimento do Sagrado porque ele se manifesta, se mostra como outra coisa absolutamente diferente do profano, do usual, do cotidiano.

34 Dessa forma, como vimos, há um espaço sagrado, forte, significativo e há outros não sagrados e sem estrutura nem consistência.

35 A experiência religiosa
Para uma verdadeira experiência religiosa, é necessário um ponto fixo, o eixo central de toda orientação futura. Na manifestação do Sagrado há uma revelação que convida a um senso de orientação e unidade. A manifestação revela um ponto fixo absoluto, um centro, fundando o mundo.

36 A VIDA através do SAGRADO
Nas sociedades em que todas as atividades são RITUALIZADAS com um SIGNIFICADO VITAL, participa-se de certo modo do SAGRADO (é vital porque é parte do Sagrado): vem d´Ele, toda ação é sagrada, a vida vem de UM OUTRO.

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38 A Linguagem do SAGRADO é a IMAGEM
O Mundo antigo tinha um pressentimento obscuro do Mistério: pressentia que todo terrestre é a imagem e obra de algum poder e de alguma beleza supra terrestre. Assim, o SAGRADO se manifestava.

39 A HIEROFANIA (manifestação do SAGRADO) podia se dar em qualquer objeto (pedra, árvore, fogo, água, etc.)

40 A Imagem como espaço do SAGRADO
Não se tratava da veneração de uma pedra como pedra, de um culto de árvore como árvore. A pedra sagrada, a árvore sagrada, não eram adoradas como pedras ou como árvores.

41 São-no justamente por que são hierofanias, porque “mostram” qualquer coisa que já não é pedra ou árvore, mas o SAGRADO, “OUTRA COISA”.

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44 Exemplo Toda construção religiosa possui uma significação cósmica. Este princípio se aplica sem dúvida alguma à arquitetura cristã em geral, e à bizantina em particular. Aqui chama a atenção na arquitetura bizantina, em especial, o significado místico que se encontra presente em um elemento específico: a cúpula.

45 Esta, como podemos constatar, não é apenas um elemento arquitetônico decorativo, pois corresponde à concepções estéticas fundamentadas em um simbolismo preciso. A cúpula não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a abóbada celeste.

46 Esta, como podemos constatar, não é apenas um elemento arquitetônico decorativo, pois corresponde à concepções estéticas fundamentadas em um simbolismo preciso. A cúpula não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a abóbada celeste.

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48 A Imagem é o lugar da presença do Invisível
Manifestando o SAGRADO, um objeto qualquer torna-se outra coisa e continua a ser ele mesmo, porque continua a participar do seu meio cósmico envolvente.

49 Assim, para aqueles a cujos olhos uma IMAGEM se revela SAGRADA, a sua realidade imediata transmuda-se numa REALIDADE SOBRENATURAL.

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51 Eis a máxima HIEROFANIA, DEUS revelando-se na CARNE, na IMAGEM.
Para aqueles que têm uma experiência religiosa, toda a natureza é suscetível de revelar-se como sacralidade cósmica. O cosmos pode tornar-se uma hierofania.

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53 Começamos a perceber que as Hierofanias (O SAGRADO) se manifestam em muitas coisas e pessoas que se tornam consagradas, sagradas junto ao sagrado, ao vital, ao Um, à aquilo que É.

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55 A Revelação Aquilo que É e que torna tudo sagrado (Javé= Deus), Ele mesmo como homem se revelou. O que ante era “imagem e semelhança” do totalmente Outro, esse mesmo Outro quis revelar-se como Filho do Homem.

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58 “o lugar que Deus brilha” ou “o lugar que Deus se manifesta”.
A Beleza Da sua antiga raiz sagrada, o sânscrito, a palavra BELEZA ( “Bet El Za”) significa “o lugar que Deus brilha” ou “o lugar que Deus se manifesta”. Assim , podemos afirmar que a expressão da beleza é a forma mais próxima da GLÓRIA DIVINA.

59 CRISTO: a BELEZA PRIMEIRA
O Evangelho de São João cita“ o milagre da ENCARNAÇÃO na REVELAÇÃO DA BELEZA”.

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61 Seguindo este princípio, o escritor russo DOSTOIEVSKI (séc
Seguindo este princípio, o escritor russo DOSTOIEVSKI (séc. XIX )em sua obra “Os Demônios” exclama: “ A BELEZA SALVARÁ O MUNDO”. Ele está se referindo à BELEZA PRIMEIRA: “O Verbo Encarnado, JESUS CRISTO”.

62 O Divino e o Humano formam o CRISTO
CRISTO é o UM, o ÚNICO BELO, ou seja, o Divino e o Humano. O Incorpóreo se torna Homem por nossa causa: DEUS QUIS UNIR-SE À FIGURA DO CORPO. O VERBO (CRISTO) ao se encarnar se sujeita às condições humanas sem perder sua DIVINDADE.

63 A ARTE NA TRADIÇÃO CRISTÃ O Ícone

64 O significado do Ícone Para se interpretar o significado do ícone, é preciso desvinculá-lo da representação que a cultura ocidental faz dele quando o caracteriza simplesmente como um objeto de arte.

65 A iconografia, arte verdadeira e própria dos primeiros cristãos, se desenvolve através dos séculos a partir das catacumbas, atravessa os concílios, a iconoclastia, perfazendo um longo caminho. A iconografia é arte teológica, tornando possível a união da arte e da teologia na criação de um ícone.

66 Mais que uma obra de arte, o ícone faz um apelo àquela arte que permite a passagem do visível ao invisível. A beleza de um ícone não é exclusivamente estética, nem exclusivamente espiritual, mas interior. Quem o contempla deve acolher a luz que é Deus para poder perceber no olhar purificado, a clareza do Tabor, que transfigura a matéria.

67 O ícone, representação de uma realidade transcendente, preenche a nossa visão de um universo de beleza. A meditação diante do ícone se torna um suporte de ordem porque fixa no espírito através da imagem, que o envia e o concentra através da realidade simbólica. No ícone a matéria não é violentada, mas é como Deus a criou.

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69 O ícone, portanto é a Palavra em cor e forma.
Porque todos os materiais e os ingredientes utilizados provêm do mundo mineral, vegetal e orgânico e são chamados a participar da transfiguração do cosmo, pois o iconógrafo deve espiritualizar a realidade sensível. O ícone é teofânico, signo visível da presença invisível, e ultrapassa o pintor e o espectador, a causa do elemento transcendente que nela habita. O ícone, portanto é a Palavra em cor e forma.

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71 O ícone possui um valor sacramental.
Não só reflete a Glória do Reino, mas contém a energia vivificante, possui uma função mediadora na oração mais pessoal.

72 O conteúdo do ÍCONE não se esgota somente como revelação religiosa, artística e cultural, no seu âmago porém encontra-se um ideal que vai muito além de uma pura expressão estética

73 “eikon” Para entender um pouco de sua riqueza expressiva, devemos voltar à origem da palavra grega “EIKON” cujo significado não termina no sentido de imagem ou o que é pintado.

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75 Akeropita O ícone é teofânico, signo visível da presença invisível, e ultrapassa o pintor e o espectador, a causa do elemento transcendente que nela habita. Possui um valor sacramental.

76 Não só reflete a glória do reino, mas também a energia vivificante e possui uma função mediadora na oração pessoal. A meditação diante de um ícone se torna um suporte de ordem, porque fixa, no espírito através da imagem, que o envia e o concentra através da realidade simbólica.

77 O ideal procurado e que se esconde na palavra “EIKON” diz respeito a um conceito abstrato que significa a criação de uma verossimilhança ou a reprodução do que é vivo ou ainda a imagem da lembrança que substitui a imagem original desaparecida ou inatingível.

78 A composição do ícone está em íntima relação com a teologia e a espiritualidade da Igreja. Não se trata de um quadro na concepção ocidental, mas de um momento e lugar epifânicos.

79 O fundo é despojado, limpo, ausente de paisagens de onde emana a luz e a transparência das cores testemunham o diáfano  o mundo espiritual no carnal. As figuras são estáticas, como receptáculos de graça. A perspectiva é inversa à ótica lógica pois, como arte sacra, o Mistério vem até o espectador.

80 Não se trata de uma pintura passiva, realista, fotográfica.
A luz dessa obra, como luz tabórica emana da presença na figura retratada e a luz não é tratada como numa obra acadêmica, vindo de fora da obra, de um ponto externo, uma janela ou vela, mas do próprio ser, da pureza da  cor chapada e não de tons e subtons ilusórios que provocam realismo.

81 DEUS: o primeiro artista
Os criadores de ícones afirmam que DEUS foi o primeiro artista, dado que ao criar o ser humano, o fez à sua IMAGEM.

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83 Deste modo, o arquétipo do ser humano (tanto forma e espírito) é o próprio Deus. Assim, o ÍCONE seria a imitação do original (sua denominação funda-se na semelhança de uma relação face à face).

84 Em outras palavras: DEUS concedeu ao ser humano, por meio da imaginação, a força espiritual de recriar formas e tornar visível, através da arte, o mondo puramente ideal.

85 O ícone é um testemunho visível tanto do abaixamento e Deus até  o homem como do lançamento do homem para Deus. Se a palavra e o canto da Igreja santificam a nossa alma mediante o ouvido, a imagem a santifica mediante a vista, o primeiro dos sentidos... a nossa vocação é de adquirir a semelhança do nosso Protótipo Divino, completar na nossa vida, o que nos foi revelado e transmitido pelo Deus- Homem.

86 O ÍCONE é a arte que melhor consegue expressar a harmonia entre o ideal abstrato e a espiritualidade dos personagens retratados. Fundamentada na realização desse ideal, a arte dos ícones atravessou os séculos espalhando religiosidade e beleza.

87 ÍCONE: símbolo da beleza divina.
A religiosidade como expressão espontânea d alma profundamente religiosa do povo se originou e se nutriu da espiritualidade dos padres de sua Igreja e por meio da arte tentou transferir para o ÍCONE uma MISTERIOSA PRESENÇA DO TRANSCENDENTE, tornando-se desse modo um SÍMBOLO DA BELEZA DIVINA.

88 Como expressão religiosa, o ÍCONE exerce dupla função, ou seja, a de ser participante ao mesmo tempo da natureza do modelo e da descoberta da sua realidade espiritual.

89 Concluímos, assim, que a arte do ÍCONE tem consciência dos limites espaciais e temporais do ser humano. Contudo, esta arte pretende que o ÍCONE seja capaz de superar tais limites e possa levá-lo pelos caminhos da descoberta do invisível e inatingível.

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92 A MODERNIDADE E OS ÍCONES

93 CLAUDIO PASTRO

94 Simbolicamente, todo cristão é um nobre (
Simbolicamente, todo cristão é um nobre (...) No momento em que somos batizados, todos somos herdeiros de Cristo." Claudio Pastro

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100 Bibliografia Indicada:
PASTRO, Cláudio. Arte Sacra – O Espaço Sagrado Hoje. São Paulo: Edições Loyola, 1993. ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1994. MONDIN, Battista. Quem é Deus – elementos de teologia filosófica. São Paulo: Paulus, 1997


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