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APLICABILIDADE CLÍNICA
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Faculdade de Medicina - FAMED Departamento de Gineco-Obstetrícia PARTOGRAMA APLICABILIDADE CLÍNICA Ernesto Antonio Figueiró-Filho
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PARTOGRAMA VISÃO GRÁFICA DO PERÍODO DE DILATAÇÃO
REGISTRO GRÁFICO DO TP
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Partograma - História FRIEDMAN, 1954
Padrão de dilatação cervical normal Menor velocidade até 4 cm – fase latente Maior velocidade após 4 cm – fase ativa
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Partograma - História PHILPOTT – África Central e do Sul
Nomograma com identificação de desvios da normalidade Base científica para intervenção precoce
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Partograma Mortalidade materna anual = meio milhão
Trabalho de parto anormalmente prolongado Trabalho de parto obstruído
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Partograma Rotura uterina
Uma das cinco maiores causas de mortalidade materna em países em desenvolvimento
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Partograma OMS – estudo multicêntrico (Indonésia, Tailândia, Malásia)
Eficaz e de baixo custo Redução TP > 18h (50%) Redução taxa cesáreas (5,2% para 3,7%) Redução hemorragia pós-parto Redução rotura uterina
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Índices de trabalho de parto prolongado, cesariana e mortalidade perinatal antes e depois da introdução do partograma no manejo do parto (OMS) Zimbabwe Malasia Antes do Após o Antes do Após o programa programa programa programa TP acima de 24h 13.0 0.6 14.0 3.0 Mort. perinatal 5.8 0.6 5.3 3.8 Cesariana 9.9 2.6 12.3 9.5
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Partograma - História PHILPOTT & CASTLE, 1972 Rodésia - parteiras
Linha de alerta – observação cuidadosa Linha de ação – intervenção médica
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RODÉSIA LINHA DE ALERTA LINHA DE AÇÃO PHILLPOTT & CASTLE, 1972
Planos De Lee 9 - AM 8 - 3 7 - 2 6 - 1 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 5 4 + 1 3 + 2 2 + 3 1hora 1 2 3 4horas 1 + 4 + 5 Tempo (horas)
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PARTOGRAMA
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RECOMENDAÇÃO Ministério Saúde, 2001
LINHA DE ALERTA MELHOR OBSERVAÇÃO CLÍNICA LINHA DE AÇÃO INTERVENÇÃO MÉDICA
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EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
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DEFINIÇÃO registro gráfico do trabalho de parto Análise conjunta
ESVAECIMENTO DILATAÇÃO CERVICAL descida apresentação Função do tempo EVOLUÇÃO TP Normal Anormal vs
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Curva de dilatação em nulíparas
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Até dilatação completa –
CURVA DA CÉRVICODILATAÇÃO Schawarcz e cols, 1996 10 9 Dilatação cervical (cm) 8 7 6 5 Até 4-5 cm – 2/3 do tempo 4 Até dilatação completa – 1/3 do tempo 3 2 FASE LATENTE FASE ATIVA 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 EVOLUÇÃO – Horas
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FALSO TRABALHO DE PARTO
FASE LATENTE CONTRAÇÕES IRREGULARES DILATAÇÃO AUSENTE SENSÍVEL À SEDAÇÃO superior a 20 horas FALSO TRABALHO DE PARTO CONDUTA EXPECTANTE AMBULATORIAL EVITAR OCITÓCICOS
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FASE LATENTE Perda de líquido Sangramento vaginal Contrações 5/5 min
ORIENTAÇÕES SINAIS DE ALERTA FASE LATENTE Perda de líquido Sangramento vaginal Contrações 5/5 min MF RETORNAR À MATERNIDADE
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FASE ATIVA VERDADEIRO TRABALHO DE PARTO PARTOGRAMA CONTRAÇÕES
REGULARES MAIOR DURAÇÃO MAIOR INTENSIDADE DESCONFORTO costas e abdome VERDADEIRO TRABALHO DE PARTO ASSISTÊNCIA CLÍNICA AO PARTO DILATAÇÃO CERVICAL PRESENTE SEDAÇÃO NÃO PARTOGRAMA
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PERÍODOS FUNCIONAIS DO PARTO
Friedman, 1978 PERÍODOS FUNCIONAIS DO PARTO dilatação descida Tempo Fase Aceleração Inclinação Máxima Fase Desaceleração Período Expulsivo FASE LATENTE FASE ATIVA
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FASE ATIVA ACELERAÇÃO INCLINAÇÃO MÁXIMA DESACELERAÇÃO Colo apagado
Friedman, 1978 Colo apagado Dilatação cervical = 3 cm DU = 3 contrações/10min Phillpott & Castle, 1972
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MATERIAL NECESSÁRIO PARTOGRAMA
PAPEL QUADRICULADO 1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) Planos De Lee eixo X eixo Y 10
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RECOMENDAÇÕES BÁSICAS
certeza da Fase Ativa dúvida? – aguardar 1 hora e reavaliar velocidade dilatação > 1cm/h CADA DIVISÓRIA – 1hora na abscissa (tempo) 1cm ordenada (dilatação) TRIÂNGULO OU X – dilatação cervical CIRCUNFERÊNCIA – apresentação / variedade posição LINHA DE ALERTA – 1 hora LINHA DE AÇÃO – 4 horas
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Avaliação da descida cefálica Planos de De Lee
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Partograma - Padronização
Registro Padrão contrações BCF Líquidos e drogas Analgesia Bolsa das águas
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EVOLUÇÃO NORMAL V dilatação 1 cm/h Dilatação esquerda linha alerta
Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm)
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Partograma Trabalho de parto - Fase ativa
Curva dilatação à D da linha de alerta: Parto prolongado (hospital) Curva dilatação à D da linha de ação: Decisão para eliminar causa da demora
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ABERTURA DO PARTOGRAMA – Fase Latente
CUIDADO - ERRO CONSTRUÇÃO 1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 11 ABERTURA DO PARTOGRAMA – Fase Latente Fase Latente – PROLONGADA
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Partograma errado Iniciado na fase latente
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DIAGNÓSTICOS DO PARTOGRAMA
PERÍODOS DISTÓCIAS FASE ATIVA CÉRVICODILATAÇÃO Fase Ativa Prolongada Parada Secundária Dilatação Parto precipitado PERÍODO PÉLVICO DESCIDA APRESENTAÇÃO Período Pélvico Prolongado Parada Secundária da Descida
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FASE ATIVA PROLONGADA Dilatação cervical lenta
Velocidade dilatação < 1cm/h 1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 10 12 distócia funcional
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Contrações deficientes ATIVIDADE FÍSICA “bola”
FASE ATIVA PROLONGADA Contrações deficientes FALTA MOTOR TÉCNICAS DE HUMANIZAÇÃO ATIVIDADE FÍSICA “bola” DEAMBULAÇÃO BANHEIRA MORNA CHUVEIRO OCITOCINA AMNIOTOMIA
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Dilatação cervical MANTIDA dois toques sucessivos
PARADA SECUNDÁRIA DILATAÇÃO Dilatação cervical MANTIDA dois toques sucessivos intervalo de 2 horas 1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 10 12 DCP - ABSOLUTA / RELATIVA
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DESPROPORÇÃO CÉFALO-PÉLVICA ROTURA ARTIFICIAL MEMBRANAS
PARADA SECUNDÁRIA DILATAÇÃO DESPROPORÇÃO CÉFALO-PÉLVICA Sofrimento Fetal Agudo Pior Prognóstico Perinatal DCP absoluta CESÁREA DCP relativa DEAMBULAÇÃO ROTURA ARTIFICIAL MEMBRANAS ANALGESIA PERIDURAL
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PARTO PRECIPITADO Dilatação cervical Descida e Expulsão t 4 horas
1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 10 12 TAQUI / HIPERSISTOLIA
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ESPONTÂNEO - primíparas IATROGÊNICO - ocitocina
PARTO PRECIPITADO ESPONTÂNEO - primíparas IATROGÊNICO - ocitocina IATROGENIA SUSPENDER OCITÓCICOS VIGILÂNCIA BEFetal REVISÃO CANAL PARTO
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PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO
DILATAÇÃO COMPLETA Descida Apresentação Progressiva e Lenta 1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 10 12
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Contrações deficientes
PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO Contrações deficientes FALTA MOTOR POSIÇÃO VERTICALIZADA OCITOCINA AMNIOTOMIA FÓRCIPE VÁCUO-EXTRATOR
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PARADA PROGRESSÃO DESCIDA ALTURA APRESENTAÇÃO MANTIDA
PARADA SECUNDÁRIA DESCIDA DILATAÇÃO COMPLETA PARADA PROGRESSÃO DESCIDA 1 HORA APÓS INÍCIO ALTURA APRESENTAÇÃO MANTIDA 2 TOQUES SUCESSIVOS t 1 hora 1 Tempo (horas) 2 3 + 3 4 + 2 5 + 1 6 7 - 1 8 - 2 9 - 3 - AM + 4 + 5 CÉRVICODILATAÇÃO (cm) 10 12
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DCP absoluta DCP relativa PARADA SECUNDÁRIA DESCIDA
CESÁREA DCP relativa FÓRCIPE DE ALÍVIO VÁCUO-EXTRATOR FÓRCIPE DE ROTAÇÃO altura da apresentação respeito às condições aplicabilidade fórcipe
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DISTÓCIAS Sinônimo de parto difícil
Pode ser por três fatores alterados o canal (bacia e partes moles) a força (contratilidade uterina) o móvel (feto)
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Distócias: Classificação
Maternas: Distócia óssea Distócia funcional Distócia de partes moles Feto-anexiais Distócia fetal Distócia anexial
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DISTÓCIA FUNCIONAL distócia de força
alterações da contratilidade uterina ex: hipossistolia, taquissistolia, etc Duas complicações: parto precipitado ou prolongado
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Distócia funcional Parto precipitado: maior ocorrência de lesões de partes moles, hipotonia uterina e hemorragia cerebral no RN
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Distócia funcional Parto prolongado: maior ocorrência de infecções pela morosidade da evolução da dilatação
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Distócia funcional Classificação:
Ondas contráteis normais (tríplice gradiente presente): Oligossistolia polissistolia
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Distócia funcional Classificação:
2. Ondas contráteis anormais (Tríplice gradiente ausente) Estados hipertônicos Ação uterina assimétrica
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Distócia funcional Classificação: 3. Resistência cervical anormal
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Distócia funcional Oligossistolia:
Redução do número (bradissistolia), da intensidade (hipossistolia) CONDUTA: administrar agentes ocitócicos
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Distócia funcional Polissistolia: Aumento da frequência
Pode ocasionar: hipertonia ou redução da intensidade das contrações Risco para SFA
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Distócia funcional Polissistolia - CONDUTA: Afastar DCP
Afastar administração iatrogênica de ocitócicos Correção do decúbito da parturiente Romper membranas Considerar uso de uterolíticos
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TAQUISSISTOLIA COM DIPS VARIÁVEIS
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Traçado após reversão da taquissistolia
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