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Barroco Literatura – Aula 4.

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1 Barroco Literatura – Aula 4

2 Camões (Renascimento) X Gregório de Matos (Barroco)
Textos comparados Camões (Renascimento) X Gregório de Matos (Barroco)

3 Eu cantarei de amor tão docemente,
1 - CAMÕES Eu cantarei de amor tão docemente, por uns termos em si tão concertados (harmoniosos), que dous mil acidentes namorados (casos amorosos) faça sentir ao peito que não sente. Farei que amor a todos avivente (anime), pintando mil segredos delicados, brandas iras, suspiros magoados, temerosa ousadia e pena ausente (saudade).

4 Camões. Também, Senhora, do desprezo honesto
de vossa vida branda e rigorosa, contentar-me-ei dizendo a menor parte. Porém, pera cantar de vosso gesto (rosto) a composição alta e milagrosa, aqui falta saber, engenho e arte. Camões.

5 2 – GREGÓRIO DE MATOS Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia?

6 Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. Gregório de Matos.

7 Renascença (otimismo) x
Renascença x Barroco Inverso dos ideais Renascentistas: Renascença (otimismo) x Barroco (pessimismo) Tom rancoroso, desconfia do prazer e da liberdade. Erro, doença, envelhecimento e morte.

8 Renascença x Barroco Renascença: “Crescei, tomai conta do mundo, que a razão é quem governa, e ninguém pode vencer-nos”. Barroco: “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que pode supor a nossa vã filosofia” (Hamlet, fim do 1º ato).

9 Contrarreforma e seu reflexo no Barroco
1517 – Martinho Lutero (Reforma Protestante) Guerras e conflitos (protestantes x católicos) Contrarreforma: Igreja promoveu mudanças internas Católicos e protestantes: desvalorizar o prazer, a espontaneidade, a alegria

10 Barroco OPOSTOS Identidade dos contrários Ex: vida/morte claro/escuro
dia/noite feio/belo tristeza/alegria

11 O paraíso do amor — se o houvera — havia de ser amar e ser amado, e amado com certeza de nunca ser aborrecido. Mas como não há, nem pode haver no mundo, nem este amor, nem esta certeza, senão as dúvidas, os escrúpulos, as desconfianças, os receios e as suspeitas de se me amam ou não me amam, ou de que já me ama menos que dantes, ou que trocam o meu amor por outro, ou de que outrem pretende o que eu amo,

12 em que consiste por vários modos o tormento crudelíssimo do ciúme, este ciúme sempre duvidoso, sempre crédulo, sempre fixo na imaginação, e nunca satisfeito, este é o inferno inevitável e sem redenção a que todos os que amam se condenam, e em que são atormentados duramente, sem fim e sem remédio. Padre Antônio Vieira. Sermão da primeira sexta-feira da quaresma.

13 Vanitas, de Pieter Claesz

14 Barroco MEMENTO MORI “lembra-te de que a morte é inevitável”
Vanitas (vaidade): no caso, aquele que amplia seu conhecimento, aumenta proporcionalmente sua dor...

15 Barroco Barroco: - Cultismo (imagens naturistas e eróticas).
- Conceptismo (estrutura lógico-argumentativa, jogo de ideias, finuras do pensar).

16 Cultismo Enquanto, em vão, de ouro brunido brilha O sol já suplantado em teu cabelo, E tua branca fronte, enquanto a um lírio Ardente mira ao prado, mas sem vê-lo, E enquanto aos lábios teus seguindo vão Mais do que n’alva ao cravo muitos olhos, E enquanto anula com desdém loução Cristais sem par teu desdenhoso colo,

17 Goza o cabelo, o colo, o lábio, a fronte,
Antes que enfim não só tua era dourada, Tu também, mais cravo, e sol reluzente Em prata se envelheçam, flor de ontem, E disso ainda caias transformada Em fumo, em terra, em pó, em sombra, em nada. Luís de Gôngora.

18 Conceptismo A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado Da vossa alta clemência me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado.

19 Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. Gregório de Matos.

20 Barroco – Principais autores
Gregório de Matos (Boca do Inferno): foi satírico, lírico e religioso Padre Antônio Vieira: “Teve uma dialética incomparável e foi um dos maiores escritores do Barroco”. Obras: Sermões, Cartas, Quinto Império, História do futuro, Clavis Propheratum

21 A definição do pregador é a vida e o exemplo
A definição do pregador é a vida e o exemplo. Ter nome de pregador, ou ser pregador de nome não importa nada; as ações, a vida, o exemplo, as obras são as que convertem o mundo. O melhor conceito que o pregador leva ao púlpito, qual cuidais que é? É o conceito que de sua vida têm os ouvintes. Antigamente convertia-se o mundo, hoje por que se não converte ninguém? Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras são tiro sem bala; atroam, mas não ferem. Padre Antônio Vieira. Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda .


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