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Avaliação e Diagnóstico

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Apresentação em tema: "Avaliação e Diagnóstico"— Transcrição da apresentação:

1 Avaliação e Diagnóstico
Neste capítulo abordaremos a metodologia de avaliação dos transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Conceitos básicos, porém importantes à matéria serão aqui tratados. João Carlos Dias

2 2 x mais chances de procura
Cuidados primários 20% problemas por uso de AOD (Bradley,1994) Pacientes com problemas por abuso de AOD (Rush,1989) 2 x mais chances de procura João Carlos Dias

3 A avaliação é o primeiro estágio do tratamento.
A avaliação deve ser considerada não apenas como uma etapa de coleta de dados, prévia ao tratamento, e sim sua etapa inicial, que precisa ser executada de forma dinâmica, visto que tem dois objetivos em foco: 1.Investigar a manifestação e intensidade dos comprometimentos apresentados pelo paciente, nas diversas áreas de sua vida, bem como suas necessidades e características: Os problemas decorrentes do uso de substâncias psicoativas envolvem uma série de aspectos com diferentes manifestações e níveis de comprometimento. Cada paciente, em função de suas características e necessidades particulares, requer um tratamento específico. Por sua vez, os resultados do tratamento tem relação direta com a identificação e atenção ampla destas necessidades, seja no próprio local de atendimento, seja através de uma rede de serviços. Neste sentido, é fundamental que seja realizado um exame completo do paciente. 2.Estabelecer uma boa interação com o paciente: A avaliação, além de ser um processo de investigação da presença, extensão e histórico de diversos problemas, tem necessariamente, que ser vista como um momento inicial de interação entre médico e paciente, que se não for bem conduzida, gera um importante risco à adesão ao tratamento. Na dependência química este fato é ainda mais relevante pois, via de regra, o paciente com transtorno por uso de substâncias psicoativas encontra-se ambivalente em relação a modificação do padrão de uso, ou mesmo, nega que tenha problemas com o abuso de substâncias, dissociando-os dos demais comprometimentos existentes, o que torna a avaliação um momento ainda mais sensível e crucial para a positiva evolução do tratamento. Exame completo do paciente Adesão ao tratamento João Carlos Dias

4 Adesão ao tratamento está
relacionada com: conduta terapêutica aspectos individuais Capacidade do profissional de estabelecer um bom vínculo terapêutico Plano de tratamento seja adequado às necessidades e características do paciente, sendo fundamental a avaliação O paciente tenha conhecimento dos objetivos do tratamento Interface com outros serviços motivação para modificar o comportamento de uso de spa intensidade do apoio da família e amigos pressão: sistema criminal; serviço de proteção à criança; emprego e da família Ainda com foco na adesão ao tratamento,devemos analisar os principais aspectos identificados, atualmente, como facilitadores, a fim de que possamos compreender a importância de determinadas medidas durante a avaliação, bem como ao longo do tratamento. Estes se referem tanto às características pessoais e circunstanciais do paciente quanto à conduta do profissional assistente. João Carlos Dias

5 Procedimentos João Carlos Dias

6 - características gerais - problemas associados
Aspectos a serem avaliados Natureza dos problemas em 3 dimensões - características gerais - padrão de uso - problemas associados Objetivos apropriados e possíveis A avaliação deve ser dividida, basicamente, nos seguintes itens: 1. Natureza do problema. Neste existem 3 dimensões diferentes e complementares: a- características gerais do indivíduo: pessoais, familiares, sociais, culturais e econômicas; b- o padrão do uso da (s) substância (s); c- problemas associados ao uso e sua magnitude. 2.Outro aspecto que deve ser considerado na avaliação diz respeito aos objetivos do tratamento, sendo necessário considerar-se as prioridades em termos de intervenção.Estas prioridades são estabelecidas a partir da identificação da hierarquia em termos da gravidade e risco dos problemas existentes. 3.Os aspectos dificultadores e facilitadores a serem enfrentados durante o processo de tratamento também precisam ser identificados, a fim de que sejam contornados e utilizados, respectivamente. Fatores de auxílio e dificuldade João Carlos Dias

7 Especificidades na intervenção
Características gerais (ex.gênero, idade) Como em outras especialidades, e talvez de maneira mais contundente, na dependência química populações específicas exigem abordagens próprias. A diferença de gênero já promove uma evolução da dependência com características distintas e implica, por sua vez, em cuidados diversos. Outra diferença primordial é a de idade: um adolescente requer tratamento diferente de um adulto e este de um idoso. As características quanto à moradia, acesso a serviços de saúde, nível sócio - cultural, cultura ligada ao uso de drogas no local onde reside e trabalha, é também fundamental para o adequado estabelecimento da atenção necessária. Especificidades na intervenção João Carlos Dias

8 Problemas com substâncias psicoativas: continuum de gravidade
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA USO USO NOCIVO LEVE Conforme exposto na figura, o padrão de uso de substâncias psicoativas apresenta uma diversidade importante. Este espectro de possibilidades varia desde a ausência do contato com qualquer substância, passando pela experimentação, uso eventual, uso nocivo até a manifestação da síndrome de dependência. Em relação, especificamente, à dependência existe uma gradação entre leve, moderada e grave. Tais identificações são essenciais ao estabelecimento da conduta. MODERADO GRAVE João Carlos Dias

9 Uso da substância psicoativa
1. Idade de início de cada spa 2. Quantidade 3. Freqüência Uso alternado/ Uso concomitante Consumo mais contínuo ou intermitente “Organização” do consumo dependente 4. Substância de escolha 5. Último uso 6. Fatores reforçadores do uso 7. Períodos de abstinência 8. Manifestação de sintomas de abstinência 9. Tolerância 10. Coerência do quadro Em virtude da extrema relevância de definição dos padrões de uso da(s) substância(s), apresentamos neste slide, os aspectos que compõem este exame. Cada um deve ser detidamente investigado, conforme exposto a seguir: 1.A idade de início de cada substância, assim como a circunstância que envolveu este uso inicial; 2. A quantidade atualmente consumida e o histórico em relação a estas quantidades; 3. A freqüência atual e sua evolução,sendo que neste item destacamos a observação nos seguintes aspectos: - os padrões de uso alternado ou concomitante de substâncias - a apresentação de uso contínuo ou intermitente - a presença de uso ordenado ou caótico 4. A definição da droga de escolha. A impossibilidade desta definição também configura um dado relevante; 5. Quando foi o último uso:substância(s) utilizada (s), data, circunstância, quantidade; 6. Fatores que contribuem para o uso; 7. Investigação de períodos de abstinência: motivação, data, duração,situação de retorno ao uso, modificação do padrão de uso após o período de suspensão; 8. A presença e intensidade de sintomas de abstinência: este item terá um capítulo exclusivo do curso; 9. Tolerância: perda progressiva da sensação de efeito da substância, o que leva ao aumento das doses. Deve ser verificada sua manifestação ao longo do tempo de uso; 10. Coerência do quadro: Deve ser verificado se o relato do paciente é coerente ou se existem informações contraditórias. Por exemplo, um paciente que afirme utilizar diariamente 5 latas de cerveja e refira sintomas de abstinência matinal. Ou a informação sobre o tipo de bebida e quantidade consumida está errada ou os sintomas matinais tem outra origem. João Carlos Dias

10 (+) Problemas II III (-) (+) Dependência I IV (-) João Carlos Dias
Neste slide apresentamos o gráfico elaborado por Griffth Edwards e col. para ilustrar os diferentes níveis de ingestão de bebida alcóolica e surgimento de problemas associados. Um vetor é utllizado para dependência e outro para problemas e quatro quadrantes são formados. O quadrante I representa o uso social da substância sem haver, portanto, manifestação de dependência ou existência de problemas (seguindo o gráfico:( -) problemas e ( -) dependência). No quadrante II já há a apresentação de determinados problemas sem a manifestação de dependência, sendo caracterizado o uso nocivo da substância. Note-se que as duas setas entre o quadrante I e II mostram a possibilidade de retorno, na vigência de um quadro de uso nocivo, ao padrão de uso social. Fato que não ocorre do quadrante II para o III, este último positivo para dependência e para problemas. O quadrante IV representa o que nunca ocorre, já que associa a presença de dependência à ausência de problemas. Este gráfico, além de auxiliar na visualização do processo de instalação da síndrome de dependência, traz a idéia central da avaliação em dependência química, já aludida anteriormente: a presença e gravidade da dependência tem relação direta com o aparecimento de problemas associados, os quais precisam ser examinados para que sofram a devida intervenção. I IV (-) João Carlos Dias

11 Classificação João Carlos Dias

12 Diretrizes diagnósticas - CID10
Uso Nocivo Definição: Padrão de uso que causa dano à saúde que pode ser físico e/ou psíquico Cuidado importante: Percepção de outras pessoas Em nosso país a classificação utilizada para fins diagnósticos é a CID 10 (10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde),portanto, faz-se aqui necessário o exame de seus critérios para uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas. A definição de uso nocivo pressupõe a manifestação de problemas com o consumo da(s) substância (s), sem haver o preenchimento dos critérios para dependência. É importante salientar que estes problemas podem não ser percebidos ou reconhecidos pelo paciente. Assim, devem ser considerados também os problemas relatados por outras pessoas, em geral, familiares ou pertencentes da rede social do paciente. João Carlos Dias

13 Diretrizes diagnósticas - CID10
Síndrome de dependência Presença de três ou mais requisitos abaixo durante o ano anterior: A - Forte desejo ou compulsão para consumir a substância; B - Dificuldade de controlar o consumo no início, término ou quantidades consumidas; C - Sintomas da abstinência, quando o consumo é reduzido ou interrompido; D - Aumento progressivo da tolerância, requerendo doses cada vez maiores da droga para alcançar seus efeitos originais; E - Abandono progressivo dos interesses e atividades de lazer, aumentando a quantidade de tempo necessário para obter, tomar e/ou recuperar-se dos efeitos da droga; F - Persistência no uso da substância, apesar das evidências nocivas. Este slide mostra as diretrizes diagnósticas da Síndrome de Dependência. João Carlos Dias

14 Outros critérios de avaliação
Sinais e sintomas importantes de serem investigados: Estreitamento do repertório. Proeminência da substância Alívio ou evitação dos sintomas de abstinência com o uso da substância Reinstalação da síndrome de dependência após um período de abstinência. Muitos fenômenos e conceitos encontrados nas diretrizes propostas pela OMS na CID - 10 foram desenvolvidos por Griffth Edwards e col., com referência específica à Síndrome de Dependência do Álcool. Assim, além dos aspectos que compõem as diretrizes diagnósticas da CID - 10, outros fenômenos merecem destaque na avaliação por fornecerem informações a respeito não apenas do grau, mas das características do comprometimento manifesto. Estes se referem ao: 1. Estreitamento de repertório: relativo a intensidade de tempo e esforço dispendidos pelo paciente para aquisição e consumo da(s) substância(s). Este padrão se torna cada vez mais rígido, havendo intervalos cada vez menores de abstinência. 2. Proeminência do uso da(s) substância(s): Há, gradualmente, uma tendência a priorizar o consumo da(s) substância(s) em detrimento das demais atividades cotidianas, laborativas, familiares e etc. 3. Alívio ou evitação dos sintomas de abstinência com o uso da substância: No caso do uso para alívio é fundamental que o profissional compreenda que este uso tem um valor especial para o indivíduo pois gera a redução ou eliminação de determinada sensação desagradável. A ingestão para alívio ocorre não apenas para a abstinência ampla, mas também em resposta a sintomas de baixa intensidade, em geral identificados como um mal estar, relativos à abstinência incipiente. É importante não restringir a idéia da abstinência ou do uso para alívio a um determinado momento do dia, como por exemplo ocorre com o álcool e o período da manhã. Em algumas situações há além do alívio, um mecanismo de evitação dos sintomas. O paciente aprende que ao manter determinado nível da substância de maneira constante não sofre com os sintomas da privação. 4. Reinstalação da síndrome de dependência: A duração do período entre a recaída até a manifestação da síndrome de dependência é muito variável. A brevidade, após um período de abstinência, com que o paciente retoma o padrão de uso mal adaptativo da substância, é uma das indicações de gravidade da síndrome de dependência. Nas situações de mais gravidade, de modo geral, em poucos dias ocorre a reinstalação da síndrome, ao passo que em casos de dependência moderada pode levar semanas ou até meses para retorno ao padrão comprometido de uso. João Carlos Dias

15 Problemas associados João Carlos Dias

16 Problemas associados clínicos laborativos psiquiátricos legais
familiares sociais Como já colocado anteriormente, há uma série de problemas que podem estar associados ao uso nocivo/dependência de drogas.Uma vez que são problemas com naturezas diferentes e podem se manifestar com características e intensidades distintas é necessário o exame cuidadoso de cada uma das áreas indicadas no slide. A atenção aos comprometimentos manifestos é determinante para o bom resultado do tratamento. Os itens " resistência ao tratamento" e " resistência à continuidade do tratamento" se referem à motivação do paciente para iniciar e se manter em tratamento. Estes são aspectos importantes na avaliação que serão a seguir explicitados. resistência ao tratamento resistência à continuidade do tratamento financeiros João Carlos Dias

17 Avaliação com o familiar
Segmento da avaliação muito importante Procedimento: diferentes membros da equipe entrevistem o paciente e o(s) familiar(es) Aspectos que compõem na entrevista Haverá, ao longo do curso, um módulo dedicado exclusivamente à família, em virtude de sua importância no entendimento do processo de instalação da síndrome de dependência do indivíduo, bem como sua abordagem ser um aspecto crucial no tratamento.Neste sentido, abordaremos de forma breve neste módulo as condutas referentes à família na avaliação. Apesar de todos os membros da família serem importantes é necessário que se escolha na avaliação aquele(s) com contato direto e cotidiano com o paciente. Em geral, este é o cônjuge. Caso haja a possibilidade é adequado que o(s) familiar(es) a ser entrevistado não o seja pelo mesmo profissional que examina o paciente. Na entrevista é necessário que se estabeleça: 1. história pessoal do familiar; 2. uso de substância(s) e padrão; 3. relato da história de abuso de substâncias do paciente. João Carlos Dias

18 Comorbidade psiquiátrica
João Carlos Dias

19 Termo: comorbidade psiquiátrica
Presença conjunta de transtorno por uso de spa e outras patologias psiquiátricas que coexistem num determinado momento ou fazem parte da história clínica da pessoa Durante o curso haverá um tópico dedicado às comorbidades, em função de sua alta prevalência e importância clínica. Neste módulo, abordaremos, de forma breve, alguns aspectos afeitos a esta etapa inicial do tratamento. Neste slide apresentamos a definição de comorbidade. João Carlos Dias

20 CONSUMO PESADO DE ÁLCOOL OU OUTRAS DROGAS PODE CAUSAR SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS E SIMULAR SÍNDROMES PSIQUIÁTRICAS Este é um dos aspectos mais importantes de ser considerado diante de uma queixa de qualquer natureza quanto de uso indevido de substância(s) psicoativa(s). João Carlos Dias

21 Hipóteses de comorbidade
Transtorno mental abuso de substância Abuso de substância Transtorno mental Duplo diagnóstico primário (sem relação causal) Mesmo fator causal (transtorno e abuso) Aqui destacamos as hipóteses de comorbidade. 1. O abuso da(s) substância (s) surge secundariamente a manifestação de transtorno psiquiátrico. Ex. Um quadro de ansiedade e o uso nocivo/dependência de benzodiazepínico. 2. A incidência de determinado transtorno mental como resultado de um uso indevido de substância(s). Ex. Psicose cocaínica. 3. Não é possível a identificação de transtorno primário e secundário, assim como da relação entre os transtornos presentes. 4. Há um fator desencadeante, havendo o curso concomitante dos transtornos manifestos. Ex. O apareceimento de um transtorno de estresse pós traumático e o uso nocivo de álcool, a partir da ocorrência de um acidente. João Carlos Dias

22 Diagnóstico O transtorno psiquiátrico identificado num usuário de drogas pode ser apenas de origem tóxica e não representar um transtorno adicional Em virtude dos seus diferentes significados clínicos e necessidades distintas é fundamental a diferenciação entre: 1. o quadro psiquiátrico manifesto em função do uso da(s) substância(s) que emerge em consequência da toxicidade da(s) substância(s) utilizada(s) 2. a presença de transtorno psiquiátrico com curso concomitante ao uso da(s) substância(s) ou ao transtorno decorrente do uso da(s) substância(s) As síndromes induzidas não tem o mesmo significado clínico que os transtornos independentes João Carlos Dias

23 Repercussões da comorbidade
precocidade na manifestação sintomas mais graves resposta terapêutica menor recaídas mais rápidas ou mais freqüentes maior grau de incapacitação Também é importante que o profissional tenha conhecimento do impacto que o transtorno por uso de substância tem sobre o transtorno mental e vice versa, apresentados neste e no próximo slide. Estas informações são importantes para definição das estratégias e objetivos do tratamento. interferência com a farmacoterapia maiores dificuldades de adesão ao tratamento exclusão de certos serviços João Carlos Dias

24 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Existem disponíveis atualmente uma série de instrumentos com metodologias e objetivos diversos, direcionados tanto à clinica como a pesquisa. Neste capítulo serão apresentados instrumentos que complementam a investigação incia e, a avaliação dos diferentes comprometimentos envolvidos na vigência de transtorno por uso de substância(s) psicoativa (s). Cabe salientar que não são instrumentos diagnósticos e, especialmente, que não substituem o exame clínico, sendo portanto, apenas procedimentos auxiliares que podem ser agregados. João Carlos Dias

25 C.A.G.E. Ewing and Rouse - 1970 / A.P.A . - 1974
Cut down Annoyed Guilty Eye-opener questionário breve, para detecção de alcoolismo dirigido a adultos e adolescentes acima de 16 anos mais significativo em aplicação clínica do que em pesquisa As iniciais que formam a palavra CAGE são referentes, em português, às seguintes avaliações: - C - Cut-down - diminuição da quantidade consumida - A - Annoyed - estado de irritação ao ser criticado sobre sua forma de uso de álcool - G - Guilty - sentimento de culpa relacionado ao modo de beber - E - Eye-opener - expressão da língua inglesa correspondente ao que alguns pacientes denominam de "firmadeira", o uso matinal da substância para aplacar sintomas de abstinência. É usualmente utilizado em settings de cuidados primários de saúde. João Carlos Dias

26 C.A.G.E. 1. Você já pensou que deveria beber menos?
2. Já se aborreceu por alguém criticar seu modo de beber? 3. Já se sentiu mal ou culpado sobre seu modo de beber? 4. Já tomou uma dose pela manhã, logo ao acordar? Escore: 0 para resposta negativa e 1 para positiva Resultado: ou mais - clinicamente significativo, indicativo de problema com álcool 1 - necessidade de avaliação mais detalhada O instrumento, de rápida e simples aplicação, é composto por estas 4 questões, podendo ser urilizado em diversos "settings". Neste slide também é descrita a metodologia na obtenção do resultado. Cada questão do instrumento comporta apenas dois tipos de resposta, sim ou não, sendo que as afirmativas são pontuadas com 1(um) e as negativas com 0 (zero). O resultado é obtido com a soma das respostas positivas. Na presença de uma afirmativa positiva é indicado que seja realizada uma avaliação mais detalhada a respeito do uso de álcool. E duas ou mais respostas positivas indicam a presença de problemas com álcool. João Carlos Dias

27 AUDIT Alcohol Use Disorders Identification Test
Desenvolvido pela OMS Identificar indivíduos nos quais o consumo de álcool tornou-se perigoso ou prejudicial à saúde População - alvo: Adultos Aplicação: clínica e pesquisa Clínica: - intervenção breve - referência para tratamento especializado Pesquisa: estudos epidemiológicos O AUDITfoi desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde para identificar os indivíduos em que o consumo de álcool representa um risco para a saúde. É direcionado à população adulta e pode ser aplicado em diversos segmentos e rotinas, como: cuidados primários, pronto-socorro, pré-operatório, pacientes psiquiátricos, programas de empresas, prisões, dentre outros. Em sua aplicação clínica, o procedimento de investigação está associado à intervenção breve ou referência para centros especializados. Na pesquisa o AUDIT é frequentemente utilizado numa enorme variedade de projetos e em estudos epidemiológicos. João Carlos Dias

28 AUDIT Alcohol Use Disorders Identification Test
Composto por 10 itens: 3 - quantidade e freqüência do consumo 3 - dependência 4 - problemas causados Tempo de administração: 2 minutos Requer treinamento Aplicado por profissional da área de saúde É composto por 10 questões, divididas em três linhas de investigação: quantidade e frequência de consumo - 3 questões; presença de dependência alcóolica - 3 questões, e ; problemas decorrentes do uso indevido do álcool - 4 questões. Sua aplicação leva em torno 2 minutos, exige formação na parea de saúde e treinamento específico. João Carlos Dias

29 SADQ Severity of Alcohol Dependence Questionnaire
Edward e Gross (1976) auto-aplicável população alvo: adulta utilização clínica: previsão da possibilidade de controle do uso do álcool e gravidade da síndrome de abstinência 20 itens divididos em 5 sub-escalas: abstinência física, abstinência psicológica, alívio da abstinência ao beber, consumo alcóolico (quantidade) e rapidez de reinstalação Este instrumento,elaborado por Edwards, G. e Gross, M. em 1976, é de fácil aplicação, podendo ser auto-aplicável. Direcionado á população adulta. Sua utilização clínica se refere a prognosticar as possibilidades de controle do uso do álcool e a gravidade da síndrome de abstinência. É composto por 20 itens subdivididos em 5 escalas,que compreendem, respectivamente a avaliações relativas a manifestação dos sintomas físiológicos e psicológicos da abstinência, ao fenômeno, descrito por Edwards e abordado no capítulo anterior, de consumo do álcool para aliviar os sintomas de abstinência,ao padrão de utilização do álcool e a rapidez de instalação da síndrome de dependência, conceito também já desenvolvido. João Carlos Dias

30 SADQ Severity of Alcohol Dependence Questionnaire
Escala de resposta do paciente: 0 - quase nunca 1 - às vezes 2 - muitas vezes 3 - quase sempre Escore: Máximo: 60 > 30: indicativo da presença de dependência grave Para cada item existe a possibilidade de respostas que vão de quase nunca a quase sempre, havendo uma variação de 0 a 3, conforme indicado no slide. O resultado é obtido com a soma das respostas, sendo a pontuação mínima 0 (zero) e máxima 60 (sessenta).A pontuação acima de 30 indica a presença de grave dependência alcóolica. João Carlos Dias

31 SADQ Severity of Alcohol Dependence Questionnaire
Dose Padrão = 13,6g de álcool absoluto 1 lata de cerveja (350 ml) = 5% álcool 1 copo vinho (90 ml) = % álcool 1 cálice de destilado (25 ml) = % álcool As bebidas alcóolicas apresentam gradações de álcool bastante diversas. Ante a necessidade de se ter algum grau de precisão foi estabelecida uma dose-padrão que corresponde a 13,6 gramas de álcool absoluto. Suas correlações com as bebidas mais usualmente consumidas estão expostasneste slide. João Carlos Dias

32 CIWA-Ar Clinical Institute Withdrawal Assessment for Alcohol, Revised Addiction Research Foundation - Sullivan et al.1989 Escala de avaliação e classificação da gravidade de sintomas da abstinência Clinicamente utilizável para diagnóstico, planejamento e monitorização da resposta ao tratamento instituído Deve ser aplicada por pessoal treinado O CIWA AR, desenvolvido pela Addiction Research Foundation, é um instrumento direcionado a clínica e a pesquisa e utilizado para avaliar a gravidade de manifestação dos sintomas de abstinência. É utilizado tanto na avaliação inicial quanto no monitoramento do paciente. É importante que seja aplicado por profissional que lide com questões clínicas, como médico clínico ou enfermeiro. João Carlos Dias

33 CIWA-Ar CIWA Ar 1. Náuseas e vômitos ---------------(0-7)
2. Tremores (0-7) 3. Sudorese (0-7) 4. Cefaléia (0-7) 5. Distúrbios táteis (0-7) 6. Distúrbios auditivos (0-7) 7. Distúrbios visuais (0-7) 8. Turvação da consciência (0-4) 9. Ansiedade (0-7) 10. Agitação (0-7) João Carlos Dias

34 CIWA-Ar CIWA-Ar Pontuação de cada item: de 0 a 7
Turvação de consciência: de 0 a 4 pontuação máxima = 67 escore: até = LEVE entre = MODERADA acima de = GRAVE João Carlos Dias

35 ASI - Addiction Severity Index Dr. A
ASI - Addiction Severity Index Dr. A. Thomas McLellan (1980) University of Pennsylvania - NIDA Entrevista clínica semi-estruturada Princípio: Indivíduos com problemas por uso de substâncias psicoativas, em geral, apresentam múltiplos problemas em diferentes áreas Utilização clínica: - planejamento do tratamento - avaliação dos resultados - avaliação da efetividade do sistema de tratamento Aplicação: Requer treinamento específico. O ASI é um instrumento valioso pois investiga de maneira ampla sete áreas da vida do indivíduo. Neste sentido, fornece importantes subsídios para definição do planejamento terapêutico. Sua aplicação abrange ainda um follow-up que oferece as seguintes informações: 1. no curso do tratamento: aponta novas necessidades de intervenção; 2. no pós tratamento: apresenta os resultados do tratamento. Apesar de ser um recurso que traz um incremento significativo ao tratamento, já que configura-se como um importante instrumento de avaliação, tanto no que diz respeito ao estabelecimento da conduta inicial quanto no curso do tratamento, não é de fácil nem rápida aplicação. Além de não ser um instrumento auto-aplicável, exige treinamento específico do profissional que conduza a aplicação. Em função destas peculiaridades so instrumento associado ao fato de que é composto por aproximadamente 200 itens estão sendo expostas apenas suas principais características. João Carlos Dias

36 ASI - Addiction Severity Index
Áreas Abordadas 1.Condições clínicas 2.Condições de emprego e sustento 3.Uso de álcool/drogas 4.Situação legal 5.História familiar 6.Relações familiares e sociais 7.Situação psiquiátrica As sete áreas que são avaliadas são representadas nas seguintes escalas:condições clínicas, condições de emprego e sustento, uso de álcool e outras drogas, situação legal, história familiar,relações familiares e sociais e situação psiquiátrica. O exame de cada um destes segmentos abrange a investigação de problemas ao longo da vida e nos últimos 30 dias. João Carlos Dias

37 Contrato Terapêutico Objetivos terapêuticos compartilhados
Abstinência nos dias de consulta “Screening” toxicológico Deve ser definido na avaliação o contrato terapêutico que mediará o trabalho desenvolvido. Neste devem estar considerados: - os objetivos do tratamento, especialmente em relação à abstinência - a necessidade de abstinência nos dias de consulta; - " screening" (triagem) toxicológico: Esta á uma valiosa ferramenta terapêutica. Contudo, para sua aplicação são necessários: 1. confiabilidade no laboratório; 2.respeito às condições de coleta,e; 3. a análise confiável do resultado. João Carlos Dias

38 Obrigado! jcdias@casasaude.com.br Tel./Fax: 21 2548 3616
João Carlos Dias


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