Gyovanni Augusto Aguiar Ribeiro Orientador: Flávio Luizão

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1 Gyovanni Augusto Aguiar Ribeiro Orientador: Flávio Luizão
PRODUÇÃO E TEOR DE NUTRIENTES DA LITEIRA FINA EM CAPOEIRAS SOBRE TERRA PRETA DE ÍNDIO E SOLOS ADJACENTES Gyovanni Augusto Aguiar Ribeiro Orientador: Flávio Luizão

2 PROJETO “TERRA PRETA DE ÍNDIO” NSF/ASSAI
Fontes Financiadoras PROJETO “TERRA PRETA DE ÍNDIO” NSF/ASSAI

3 Esgotamento dos recursos
Introdução Mudanças climáticas Extinção de espécies Esgotamento dos recursos naturais Atividades Humanas Impactos ao meio ambiente

4 Importância das Florestas Tropicais
Manutenção da biodiversidade; Manutenção do ciclo Hidrológico; Proteção dos solos contra erosão e desertificação e manutenção de sua fertilidade; Melhoria da qualidade do ar; Diminuição dos danos causados pelo efeito estufa; Funcionam como sumidouro de C, sua biomassa contém 40% do carbono Terrestre (Phillips et al., 1998). Florestas Tropicais Primárias Secundárias (Capoeiras velhas ou grossas) Fearnside, 2003

5 Ciclagem ou Reciclagem de nutrientes

6 Formação das Capoeiras
Floresta primária Derruba/Queima Remoção Roças/Pastagens Abandono Capoeiras Dubois et al., 1996

7 Liteira Compreendem os detritos vegetais depositados na superfície do solo pelas florestas; Também conhecida como serapilheira, serrapilheira, folhedo, manto; Uma das principais formas de entrada de matéria orgânica no solo Papel fundamental na ciclagem de nutrientes, como reservatório, manutenção da umidade, impedimento contra a erosão, lixiviação Luizão, 1983

8 Aporte de nutrientes via liteira fina
N P K Ca Mg Fe Liteira fina caída , ,2 4,53 Tabela 1. Aporte de nutrientes (Kg/ ha / ano) Luizão, 1989 N P K C/N Liteira , /1 Tabela 2. Aporte de nutrientes (Kg/ha/ano) Kiehl, 1996

9 A matéria orgânica Produto da acumulação de resíduos de plantas, animais, microorganismos parcialmente decompostos e resintetizados indispensáveis para manutenção da fertilidade dos solos tropicais (Primavesi, 1988); MOS Componente Vivo Componente Morto Fração leve _ matéria macroorgânica (liteira) Fração pesada _ substâncias húmicas e não húmicas Silva & Resck, 1997

10 Propriedades da matéria orgânica
Cor escura típica Retém 20 x água Alta CTC Insolubilidade H2O Quelação Mineralização Ação tampão Silva e Resck, 1999 Matéria Orgânica

11 Impactos ambientais causados pelas atividades humanas
Exploração madeireira; Desmatamento; Fogo; Pecuária, Agricultura ; Atividades industriais; Emissão de gases; Poluição.

12 Ciclo do Carbono Combustíveis Oceano Atmosfera Fotossíntese Respiração
Fonte Dreno Oceano Combustíveis Fotossíntese Respiração Atmosfera Biomassa viva Biomassa morta Matéria orgânica Modificado de Moreira & Siqueira, 2002

13 Solo como sumidouro de carbono
Os solos possuem potencial para estoque de C, juntamente com as florestas tropicais; Perturbação do homem em sistema natural (solo + floresta) causa mais perdas que ganhos de MO; As TPI, acumulam 2,7 x mais carbono que os Latossolos; TPI 250 Mg ha- m- e os Latossolos 100 Mg ha- m- .

14 Principais solos da Amazônia
Latossolos Argissolos Plintossolos Outros: Neossolos, Gleissolos, Cambissolos e Terra Preta de Índio 45% 17,5% 30% 7,5% Características Gerais dos principais solos: Solos profundos, bastante intemperizados com predomínio de argilas 1:1, muito lixiviados, com baixa CTC, ácidos com pH em torno de 4,0 e com teor elevado de Al. Rodrigues,1996

15 Terras pretas de Índio Descritas por Katzer (1933), Gourou (1949) Sombroek (1966); Terra Preta de índio, Terra Preta, Terra Preta arqueológica, Terra Preta Antropogênica, Solo Antrópico; Originadas em locais de antigos aldeamento indígenas de populações pré-colombianas; Ocorre em toda bacia amazônica ao longo de rios e igarapés, com áreas que variam de 1 ha até alguns Km2; Atualmente muito visadas por produtores ribeirinhos em função de sua alta fertilidade, sendo cultivada por longos períodos.

16 Terra Preta de Índio Características gerais Características Químicas
Manchas de solos em Terra firme, próximo a rios e igarapés, com coloração escura matiz que vai do cinza ao preto com grande presença de cerâmicas; Características Químicas Altos teores de C orgânico, carvão, P, Ca e Mg e de micronutrientes com pH em torno de 6,0 e baixo teor de Alumínio relação C/N 17/1. Cerâmicas

17 Terra Mulata Características Gerais
São manchas de solos consideradas como transição entre as TPI e os Latossolos, ocupam áreas de capoeiras em Terra Firme, com presença de cerâmicas menor que as áreas de TPI, coloração que vai do marrom ao cinza claro ; Características Químicas Possuem boa fertilidade, no entanto os teores de C orgânico, P, Ca, Mg e micronutrientes são inferiores aos encontrados em TPI e superiores aos teores dos Latossolos.

18 Latossolos Amarelos Características Gerais Características Químicas
São solos bastante ácidos, intemperizados e lixiviados, muito argilosos, coloração tipicamente amarelada devido a presença de goetita e hematita. Na camada superficial , em função da influência da humificação da matéria orgânica apresenta coloração escura. Características Químicas Apresentam baixos teores de C orgânico e baixos teores de macro e micronutrientes, estando sua camada fértil intimamente relacionada a deposição e decomposição da matéria orgânica do solo.

19 Perfis dos Solos Terra Preta Terra Mulata Latossolo

20 Objetivo Geral Estudar a dinâmica da liteira fina de capoeiras em áreas de Terra Preta de Índio, Terra Mulata, Latossolos Amarelos assim como as características químicas e físicas destes solos. M orgânica Capoeiras Solos

21 Objetivos específicos
1- Quantificar a liteira fina depositada pelas capoeiras em TPI e áreas adjacentes ao longo de um ano; 2- Avaliar o teor de nutrientes da liteira fina e liteira de solo produzida por estas capoeiras; 3- Avaliar a fertilidade do solo e suas correlações com o teor de nutrientes da liteira;

22 Material e método Áreas de coleta Encontro das águas Rio Preto da Eva
Rio Urubu Iranduba

23 Clima Caracteriza-se, segundo a classificação de Köppen, como Ami, clima tropical de regime pluviométrico superior a 2000 mm; Curta estação seca, onde ocorrem precipitações inferiores a 60 mm elevada UR, 90% em abril; Estação chuvosa de novembro a março e estação seca nos meses de maio a setembro, sendo os meses de abril e outubro transição entre estações.

24 Vegetação Capoeiras grossas com idade aproximada de 25 anos;
Grande presença de Palmeiras, como tucumã e limorana, ingá, vismias e lianas; Diferenças entre as capoeiras devido as barreiras geográficas e a distâncias entre as áreas.

25 Topografia Terra Firme; Áreas planas de platô;
Próximo a Rios , Lagos e Igarapés; Pequeno desnível, parcelas relevo suavemente ondulado. Topografia de ocorrência de TPI, TM e Latossolo em Iranduba. Adaptado de Lima et al., (2002).

26 Delineamento Experimental
Três parcelas em cada área com tratamentos em TPI, TM e La para avaliação da produção da liteira e das características químicas de cada solo; As parcelas terão 20 x 80 m com doze coletores, que serão distribuídos segundo sorteio. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 80 metros 20 metros

27 Análise Estatística Verificar o efeito dos Tratamentos:
Terra Preta índio Terra Mulata Latossolo Variáveis dependentes: Teor de nutrientes da liteira Camada de liteira do solo Variáveis independentes: Sazonalidade e Profundidade Será utilizada análise de variância (ANOVA). Caso verificado alguma significância teste de Tukey a 5% probabilidade Correlação entre camada de liteira e entrada de nutrientes.

28 Coleta das amostras Coletas Solos Liteira coletor Liteira de solo
15 – 15 dias 3 – 3 meses 1 x por ano

29 Processamento das amostras
Liteira coletor Liteira do solo Solos Pré-secagem Triagem Pesagem Moagem Análise química Secagem Peneira 2 mm TFSA Laboratório Análise química

30 Triagem da liteira Folhas Material lenhoso Liteira coletor
Mat. reprodutivo Resíduo Folhas inteiras Liteira solo Folhas fermentadas Material lenhoso Proctor, 1983

31 Análises químicas C N P K Ca Mg Macronutrientes Al + pH (solo)
Liteira & Solo Fe Mn Zn Micronutrientes EMBRAPA, 1999

32 Resultados esperados Chuvosa Seca Produção de liteira TPI TM La

33 Teor de nutrientes da liteira
TPI TM La Fósforo mg dm-3 o TPI TM La Potássio mg dm-3 o

34 Teor de Nutrientes em TPI, TM e La
C (%) Profundidade P (mg dm-3) Profundidade Legenda: Latossolo Terra Mulata Terra Preta

35 Teor de Nutrientes em TPI, TM e La
K (mg dm-3) Profundidade Ca e Mg (cmolc dm -3) Profundidade cm Legenda: Latossolo Terra Mulata Terra Preta

36 pH e micronutrientes em TPI, TM e La
Fe, Mn e Zn ( mg dm-3) o TPI TM La pH o

37 Resultados preliminares
3 25 275 35 40 1,9 1,5 2,3 4,4 4,70 TM/RP 0,3 9,7 1200 77 2 3,2 0,13 0,26 4,02 4,27 La/RU 1,0 13,5 96 42 6 3,9 3,5 0,06 0,62 4,37 4,65 La/LG 1,3 17,5 92 62 70 0,08 0,77 4,31 4,67 TM/LG 17,3 159,5 41 47 324 0,9 0,5 2,13 10,98 5,52 5,66 TP/LG 12,7 907,5 13 4 2,83 2,5 2,18 3,83 4,01 La/RP 55,7 172,5 30 106 1,7 0,10 8,30 4,08 5,42 TP/RP 0,1 23,7 205 39 32 2,35 2,0 0,22 TM/RU 52,7 92,5 79 219 0,24 0,0 1,15 8,07 5,40 6,06 TP/RU 0,6 633 16 5 3,31 2,2 0,04 0,02 4,17 SP H2O KCl cmolc dm-3 de solo mg dm-3 de solo Zn Mn Fe++ K P H++Al Al+++ Mg++ Ca++ pH Áreas Tabela 4. Características químicas dos solos 0-20 cm n=3

38 Bibliografia Dubois, J.C.L.; Viana, V.M. & Anderson A. B Manual agroflorestal para a Amazônia. REBRAF, Rio de Janeiro – RJ, 228 p. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos.1997 Manual de métodos de análise de solos. 2ªed Rio de Janeiro -RJ.(EMBRAPA CNPS) 412 p. Fearnside, P.M A floresta Amazônica nas mudanças globais. Manaus - AM: INPA. 134 p. Glasser, B.; Ruivo, M.L.; Guggenberger, G. & Zech, W Soil orgaic matter estability. In: Amazonian Dark Earths: Origin, Properties and Management.2003. Kiehl, E.J & Kiehl, J.C Uso de resíduos orgânicos na agricultura brasileira. In: O solo do Brasil, Viçosa – MG: SBSC; UFV; DPS. 930 p. Luizão, F.J Litter production an mineral element input to the Forest floor in central Amazonian forest. Geojornal, 19: Proctor, J Tropical Forest Litterfall. I. Problems of data comparision. Tropical rainforest: Ecology on management. Eds. Sutton, S.l.; Chadwick, A.C. & Whitmore, T.C. Blackwell Scientific Publications, Oxford. Pp Primavesi, A Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. Nobel, São Paulo. 549p. Silva J.E. & Resck D.V.S. Matéria orgânica dos solos In: Biologia dos solos dos Cerrados. Embrapa - CPAC Planaltina- DF.524p

39 Obrigado !!!