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Transtornos de Ansiedade
Residentes de Psiquiatria HUOL Douglas Serrano Maria do Socorro Transtornos de Ansiedade
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Introdução Aumento de prevalência nos estudos
Aumento da taxa de mortalidade relacionada a problemas cardiovasculares Tratamento Medicação, TCC, psicodinâmica: entre os mais efetivos da medicina psiquiátrica
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Medo x Ansiedade Medo Ansiedade
Resposta a uma ameaça conhecida, externa, definida e sem conflitos Ansiedade É um sinal de alerta Indica um perigo iminente e capacita a pessoa a tomar medidas para lidar com a ameaça Ameaça desconhecida, interna, vaga e conflituosa
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Ansiedade normal x patológica
Sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão Por vezes acompanhada de sintomas autonômicos Diarréia, vertigem, hiperidrose, reflexos aumentados Hipertensão, palpitações, dilatação das pupilas Inquietação (ex. marchar), síncope, taquicardia Extremidades formigantes, tremores, irritação estomacal Freqüência urinária, hesitação, urgência
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Ansiedade normal x patológica
Ansiedade patológica Epidemiologia (freqüência) Maior em mulheres do que homens Maior nas classes sociais menos favorecidas Componente genético pode estar associado
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Etiologia Teoria psicanalítica Teoria comportamental
Teoria existencial
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Etiologia Teoria Psicanalítica: FREUD
A ansiedade era percebida como resultados do conflito psíquico entre desejos inconscientes sexuais ou agressivos, com as ameaças correspondentes do superego e da realidade externa Em resposta a este sinal, o ego mobiliza mecanismos de defesa para evitar que pensamentos e sentimentos inconscientes inaceitáveis emergissem para a percepção consciente
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Etiologia Teoria Comportamental Teoria Existencial
A ansiedade é uma resposta condicionada a estímulos específicos do ambiente Teoria Existencial A ansiedade é a resposta ao vazio de sentido e existência Não há um estímulo identificável para a sensação crônica de ansiedade
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Etiologia Neurotransmissores Neuroanatômicos
Norepinefrina: problemas de regulação no sistema noradrenérgico Serotonina Ácido γ-aminobutírico (gama) Neuroanatômicos Sistema límbico e córtex cerebral Estudos de neuroimagem: alterações em lobo temporal D, núcleo caudado e giro parahipocampal
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Classificação – CID 10 e DSM IV
Divide o transtorno de ansiedade em: Transtorno de pânico e agorafobia TOC Fobia social e fobias específicas Transtorno de ansiedade generalizada Transtorno de estresse pós-traumático Transtorno misto de ansiedade e depressão
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Transtorno de Ansiedade Generalizada
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Epidemiologia Prevalência: 3 a 8% Razão homem/mulher - 1:2
Igual dentre os tratados Homens: abuso de álcool concomitante 25% dos casos de ansiedade Parentes de primeiro grau: 25% Gêmeos: 50% em homozigóticos e 15% em dizigóticos
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Co-morbidade Provavelmente no TAG se observe os maiores índices de co-morbidades 50 a 90%: outra patologia mental associada Fobia social, fobia específica, distimia, abuso de substâncias, transtorno de pânico e depressão. 25% associada a transtorno de pânico
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Etiologia EEG no sono: redução do sono delta, estágio 1 e REM
Cognitiva: visão global negativa sobre a capacidade de lidar com os problemas Psicanálise: ansiedade de acordo com níveis de desenvolvimento Medo de aniquilamento ou fusão com outra pessoa Separação de um objeto de amor Perda do amor de um objeto importante Ansiedade de castração: fase edípica do desenvolvimento Medo de não corresponder aos próprios ideais e valores: superego
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Diagnóstico Distinção com ansiedade normal
“Excessiva” e “difícil de controlar” Comprometimento significativo ou sofrimento
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Características Clínicas
Ansiedade Excessiva e interfere em outros aspectos da vida Tensão muscular Contraturas musculares, inquietação e cefaléias Hiperatividade autonômica Falta de ar, sudorese excessiva, palpitações e vários sintomas gastrointestinais Vigilância cognitiva Irritabilidade
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Características Clínicas
Grande procura de clínicos gerais e outros especialistas (queixas específicas) Alguns não aceitam diagnóstico de TAG e continuam procurando outros profissionais
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Diagnóstico Diferencial
Anamnese + exame psíquico Transtorno do Pânico Procuram tratamento mais cedo Mais incapacitados Sintomas mais súbitos e menos somáticos Depressão e distimia Difícil: coexistência freqüente Fobias, TOC, hipocondria, Tr adaptação com ansiedade, TDAH em adultos, Tr somatização e Tr Personalidade
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Diagnóstico Diferencial
Excluir Condição médica: rotina sanguínea, ECG e exames de tireóide Intoxicação por cafeína e estimulantes Abstinência de álcool, sedativos epilépticos e BZD
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Curso e prognóstico Difícil de dizer pelo alto índice de comorbidades
Idade de início Após 20 anos chamam mais atenção clínica Maioria relata que sempre esteve em estado ansioso Problemas Dificuldade de mensuração das queixas ansiosas Apenas 1/3 procuram Psiquiatra: demais vão a outros especialistas “Condição crônica que pode durar toda a vida”
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Tratamento Mais eficaz: associação das modalidades Psicoterapia
Cognitivo-comportamental Eficaz a curto e aparentemente a longo prazo Cognição: focam nas distorções cognitivas hipotéticas Comportamental: componente somático (relaxamento e biofeedback) Apoio Duvidoso efeito a longo prazo Tentativas de mudança ambiental
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Tratamento Psicanalítica Ansiedade como perturbação do inconsciente
Pacientes com visão psicológica e motivados para a compreensão Ansiedade pode aumentar com o tratamento Objetivo Aumentar a tolerância ou modulação, não eliminá-la Utilização dos sintomas como um sinal para expandir insight e compreensão
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Tratamento Raramente prescrever ansiolítico na 1ª consulta
Intervenção de 6 a 12 meses: opiniões de que deva durar longo prazo (talvez toda a vida) Recaída após fim do tratamento 25% em 1 mês 60 a 80% após 1 ano
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Tratamento Benzodiazepínicos Medicamento de escolha
Períodos rápidos enquanto abordagens psicossociais sejam implementadas Duração: 2 a 6 semanas com desmame em 1 a 2 Problemas 25 a 30% deixam de responder: dependência e tolerância Acidentes automobilísticos ou maquinaria OBS: Leve ação desinibidora semelhante a pequenas doses de álcool
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Tratamento Iniciar com dose efetiva mais baixa possível
Ação rápida em situações de particular ansiedade Ação intermediária (8 a 15h): menos efeitos desagradáveis em relação aos de meia-vida mais longa Doses divididas: evita efeitos adversos conseqüentes ao pico plasmático da droga
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Tratamento Buspirona Agonista serotoninérgico
Eficaz em 60 a 80% em TAG Sintomas cognitivos > somáticos Não substitui BZD: sem efeito relaxante muscular Efeitos após 2 a 3 semanas de uso Associar a BZD durante período inicial Associação constante parece positiva
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Tratamento ISRS Outras drogas
Especialmente na comorbidade com Depressão Paroxetina e Sertralina Associação com BZD nas primeiras 2 a 3 semanas Evitar fluoxetina Outras drogas Tricíclicos B- bloqueadores: ansiedade de desempenho
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Estudo
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Estudo
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Estudo Resistência Aumentar dose não parece eficaz Potencialização
ISRS + clonazepam Troca Outros ISRS (Citalopram) ?, IMAo ? TAG Cerca de 50% de resistência 1 estudo sugere Ziprasidona 40 mg/dia Outros estudo apontam ISRS + antipsicóticos atípicos
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Transtorno Misto Ansioso-Depressivo
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Introdução Sintomas ansiosos e depressivos sem enquadrar nos critérios específicos Comprometimento significativo do indivíduo Crítica: pode desestimular o esforço a uma anamnese completa visando o diagnóstico diferencial correto
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Epidemiologia Depressão Tr. Pânico
Até 2/3 apresentam sintomas ansiosos relevantes 1/3 podem satisfazer critérios para Tr. Pânico Tr. Pânico 20 a 90% têm episódios de Depressão Maior Dados formais do Tr. Misto ainda não estão disponíveis 10% na população geral e 50% em atenção primária Mais conservadores: 1% na população geral
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Etiologia Quatro linhas de evidência de relação
1ª: Menor resposta do cortisol ao ACTH, GH à clonidina, TSH e prolactina ao TRH Observado também no Tr Pânico 2ª: Hiperatividade do sistema noradrenérgico Elevados níveis de metabólitos noradrenérgicos na urina, plasma e LCS Envolvimento também da serotonina e GABA 3ª: Efeito de drogas serotoninérgicas como fluoxetina e clomipramina 4ª: Relação familiar
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Diagnóstico
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Diagnóstico Sintomas subsindrômicos de ansiedade e depressão
Sintomas autonômicos Tremores, palpitações, boca seca, “batedeira” no estômago Queixas gastrointestinais são comuns Diagnóstico diferencial TAG Distimia e transtorno depressivo menor Transtorno somatoforme Transtornos de personalidade: evitativa, dependente e obssessivo-compulsiva
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Tratamento Estudos pouco disponíveis Psicoterapia
Se tratam sintomas mais presentes, graves De acordo com a experiência do clínico Psicoterapia Cognitivo-comportamental ou voltada ao insight
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Tratamento Fármacos BZD: alprazolam por eficácia no componente depressivo associado Buspirona Antidepressivos Serotoninérgicos com melhor efeito Venlafaxina: considerado droga de escolha
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