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TEORIA DOS CICLOS POLÍTICO ECONÔMICOS Curso de Especialização em Direito e Economia Prof. Giácomo Balbinotto Neto.

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1 TEORIA DOS CICLOS POLÍTICO ECONÔMICOS Curso de Especialização em Direito e Economia Prof. Giácomo Balbinotto Neto

2 2 Os Ciclos Político Econômicos A importância das eleições e da ideologia nos resultados macroeconômicos deu origem a uma literatura e pesquisa que se desenvolveu na Teoria da Escolha Pública conhecida como Ciclo Político Econômicos (Political Business Cycle).

3 3 Bibliografia Recomendada Bruno Frei (1978, cap. 10) Martin Paldan (1997, cap.16) Alesina + Roubini + Cohen

4 4 Referências Iniciais Akerman (1947) Kalecki (1943)

5 5 Referências Iniciais Baseada na crítica de Antony Downs (1957), em meados dos anos 1970, surgiu a teoria dos ciclos político-econômicos (political business cycles theory), que relaciona as flutuações econômicas aos eventos políticos. De acordo com essa concepção, os policymakers desviam a condução da política econômica do “socialmente ótimo” a fim de atender aos seus próprios interesses.

6 6 Political Business Cycles The Political Business Cycle,William D. Nordhaus The Review of Economic Studies, Vol. 42, No. 2 (Apr., 1975), pp. 169-190

7 7 Political Business Cycles Os modelos político econômicos pretendem introduzir o setor econômico e analisar de que modo o estado da economia influencia das preferências dos eleitores e, consequentemente, a avaliação dos partidos, e de que forma o governo, por sua vez, influencia o estado da economia (inflação, desemprego, investimento, taxa de juros, gastos governamentais, transferências, subsídios etc..)

8 8 Political Business Cycles A teoria do ciclos político econômico estuda as interações entre as decisões de políticas econômicas e as considerações políticas. A previsão mais conhecida da teoria é que o ciclo de negócios espelha a agenda do ciclo eleitoral.

9 9 Political Business Cycles Assume-se que os eleitores se preocupam com a inflação e com o desemprego quando eles são altos. Estudos de pesquisas eleitorais revelaram que os eleitores se preocupam também com o nível e a taxa de variação das taxas de inflação e desemprego. O desemprego ascendente aumenta a preocupação do público com o desemprego. A preocupação com a inflação depende das expectativas de inflação ascendente bem como do nível de inflação.

10 10 Political Business Cycles Os modelos político econômicos pretendem introduzir explicitamente o setor econômico e analisar de que modo o estado da economia influencia as preferências dos eleitores e, consequentemente, a avaliação dos partidos, e de que forma o governo, por sua vez, influencia o estado da economia. A ênfase está na interdependência entre os setores econômico e político.

11 11 Political Business Cycles A idéia básica de um modelo político econômico é que o governo é capaz de influenciar o setor econômico com o auxílio de instrumentos de política econômica (políticas fiscal, monetária, cambial, de crédito, etc.). Aqui assumimos que os eleitores julguem o desempenho do governo somente pelas condições econômicas no ano das eleições.

12 12 Political Business Cycles Economia Governo Oposição Eleitores Decisão pelo voto Variáveis econômicas Instrumentos de política econômica

13 13 Political Business Cycles William Nordhaus (1974) desenvolveu uma teoria dos ciclos políticos, argumentando que o ocupante de um cargo usa a política expansionista para estimular a economia, geralmente temprariamente, durante o anos eleitoral. Isto é, ele tenta aumentar suas chances de reeleição buscando políticas que busquem estimular o crescimento do PIB real e reduzir o desemprego.

14 14 Political Business Cycles A hipótese do ciclo politico-econômico assume que os políticos adotam políticas restritivas no início do governo, aumentando o desemprego para reduzir a inflação. Contudo, à medida em que as eleições vão se aproximando, a expansão se instaura para a garantir que a queda do desemprego obtenha a aprovação do eleitor mesmo até quando o nível de desemprego chegue a pressionar a inflação. Assim, haveria uma ciclo sistemático no desemprego, aumentando na primeira parte do mandato presidencial e diminuindo na segunda.

15 15 Political Business Cycles Pressupostos: os eleitores avaliam negativamente o desemprego e a inflação. Eles preferem um estado de pleno emprego e preços estáveis. É assumido também que os eleitores têm o governo como responsável pelo desemprego e pela inflação. Quanto maiores forem as taxas de desemprego e de inflação, menor será a quota de votos do governo.

16 16 Political Business Cycles A curva de isovotos mostra todas as combinações de curto prazo entre inflação e desemprego que proporcionam ao governo uma proporção constante de votos. Quanto mais próxima da origem estiverem as curvas de isovotos, maior será a quota de votos do governo. Se um governo quiser ser reeleito, ele terá que, por exemplo, obter uma parcela de, pelo menos, 51% dos votos.

17 17 Political Business Cycles 0 Taxa de desemprego Taxa de inflação Curva de isovotos 48%60%52%

18 18 Political Business Cycles 0 Taxa de desemprego Taxa de inflação 54%52% A B Espaço discricionário V CP lp

19 19 Political Business Cycles Um governo maximizador de votos que segue uma política econômica de desemprego e de inflação constantes irá selecionar um ponto no qual a curva de Philips de longo prazo que seja tangente á curva de isovotos.

20 20 O que é uma Curva de Phillips? Uma curva de Phillips é uma curva que mostra uma relação inversa entre taxa de inflação e taxa de desemprego.

21 21 Os três estágios da Curva de Phillips Estágio I – formulação do conceito da curva de Phillips (1958) por Alban William Phillips e Richard Lipsey (1960) – baseado na existência de uma relação estável e negativa entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. Richard Lipsey

22 22 Curva de Philips para para os EUA, 1961–1969

23 23 Os três estágios da Curva de Phillips Estágio II – formulação da hipótese da taxa natural de desemprego por Edmund Phelps (1967) e Milton Friedman (1968), na qual é feita uma diferenciação entre as curvas de Phillips de curto e longo prazo.

24 24 Deslocamentos da Curva de Phillips

25 25 Oferta e Demanda Agregadas e Curva de Phillips

26 26 Os três estágios da Curva de Phillips Estágio III – a escola das expectativas racionais [ Robert Lucas, Thomas Sargent e Neil Wallace. Na qual se assume que não há um dilema (trade off) sistemático entre inflação e desemprego, mesmo no curto prazo.

27 27 A Formulação Phillips/Lipsey A contribuição original de A.W Phillips (1958) foi a de concluir, com base em observações empíricas para a Grã- Bretanha, no período de 1861 a 1957, que havia uma correlação negativa entre a taxa de mudança de salários nominais e a na taxa de desemprego, e que esta relação era estável.

28 28 Curva de Phillips para os EUA, 1961–1969

29 29 Political Business Cycles Após as eleições, o desemprego é aumentado de forma a diminuir as expectativas inflacionárias. Essa política só têm efeito negativo por curto período. O conflito entre desemprego e inflação é então mitigado até a data da eleição. O desenvolvimento do ciclo-político econômico maximizador de votos têm lugar se os eleitores avaliam o governo de acordo com as condições econômicas no ano eletivo.

30 30 Political Business Cycles Inflação Desemprego tempo Inflação e Desemprego 0 Eleição

31 31 Political Business Cycles Conforme essa proposta, com a proximidade das eleições, os policymakers se sentirão tentados a manipular os instrumentos de política econômica, a fim de expandir a economia e desenhar o cenário econômico ideal para conseguir a reeleição do governante ou a manutenção do seu partido no poder.

32 32 Political Business Cycles Passado o período eleitoral, os policymakers tomarão medidas para reverter os efeitos adversos da política econômica implementada anteriormente. Sendo assim, ao analisarmos a trajetória das variáveis macroeconômicas, deveríamos observar a ocorrência de um ciclo econômico, no qual os pontos de inflexão coincidem com o calendário eleitoral.

33 33 Political Business Cycles

34 34 Figure 10: The Political Business Cycle

35 35 Political Business Cycles A oscilação regular do sistema político- econômico acima pode ser chamada de ciclo eletivo, pois se deve aos requisitos de reeleição do governo e sua extensão se iguala exatamente a um período eletivo.

36 36 Political Business Cycles Os ciclos eleitorais podem ter três causa: (i) horizonte de tempo restrito para os eleitores; (ii) horizonte de tempo restrito para o governo; (iii) uso das propriedades dinâmicas do sistema.

37 37 Political Business Cycles: Fase I Meados dos anos 1970 – utilizavam modelos macroeconômicos tradicionais no qual os governos obtinham vantagens de explorar uma curva de Phillips, eles podiam influenciar, de modo sistemático os resultados macroeconômicos (especialmente a inflação e o desemprego). Este ramo da literatura enfatizava a motivação oportunista dos formuladores (policy makers) de política econômica. Principais autores: Nordhaus (1975) e Lindbeck (1976).

38 38 Political Business Cycles: Fase I Hibbs (1977) enfatizou a motivação partidária dos formuladores de política econômica. Aqui temos que os partidos políticos estão relativamente mais preocupados com o desemprego são os partidos de “esquerda” e os partidos de “direita” com a inflação.

39 39 Political Business Cycles Alesina e Mankiw argumentaram que, para os EUA, os governos Democratas se preocupam mais com o desemprego e relativamente menos com a inflação do que os Republicanos. Os democratas tendesm a buscar ou implementar políticas expansionistas enquanto os republicanos perseguem políticas contracionistas.

40 40 Political Business Cycles: Fase II Meados dos anos 1980 – surgem modelos de ciclo político que incorporam as expectativas racionais e enfatizam que o comportamento racional dos agentes limita a extensão pela qual os formuladores de política econômica podem influenciar o ciclo econômico. Autores: Kindlay e Prescott (1977); Barro e Gordon (1983); Cukierman e Meltzer (1986); Rogoff e Sibert (1988); Rogoff (1980); Person e Tabelini (1990); Alesina (1987) Modelos oportunistas Modelos partidários

41 41 Political Business Cycles: Modelos Oportunistas X Modelos Partidários Os modelos partidários focalizam as diferenças nas políticas e resultados com conseqüências de diferentes orientações ideológicas do governo. Os modelos oportunistas afirmam que cada governo se comporta do mesmo modo, ou seja, oportunisticamente, para vencer uma reeleição.

42 42 Political Business Cycles: Modelos Oportunistas X Modelos Partidários ComportamentoModelos OportunistasModelos Partidários Modelos com uma curva de Phillips explorável Nordhaus (1975) Lindbeck (1976) Hibb (1977) Modelos com Expectativas Racionais Rogoff e Siebert (1988) Person e Tabellini (1990) Rogoff (1990) Alesina (1987)

43 43 Modelos de Ciclos Político Econômicos

44 Political Business Cycles O Modelo Oportunista

45 45 Political Business Cycles: Modelos Oportunistas Os modelos oportunistas afirmam que cada governo se comporta do mesmo modo, ou seja, oportunisticamente, para vencer uma reeleição.

46 46 Political Business Cycles O Modelo Oportunista Segundo Nordhaus (1975), atingir o poder é o único objetivo dos partidos políticos. Essa perspectiva é conhecida como modelo de “ciclos eleitorais oportunistas” e está associada a uma concepção dos partidos políticos como maximizadores de votos.

47 47 Political Business Cycles O Modelo Oportunista Aplicando o enfoque racional à política, esses autores argumentam que os partidos políticos não ganham eleições para formular políticas, mas formulam políticas para ganhar eleições.

48 48 Political Business Cycles O Modelo Oportunista O modelo oportunista está elaborado sobre quatro premissas básicas acerca do comportamento de governantes e eleitores: (i) o principal objetivo dos partidos no governo é manter-se no poder e, em virtude disso, intervêm na economia a fim de maximizar os votos na próxima eleição; (ii) os resultados eleitorais dependem de forma significativa dos resultados econômicos;

49 49 Political Business Cycles O Modelo Oportunista O modelo oportunista está elaborado sobre quatro premissas básicas acerca do comportamento de governantes e eleitores: (iii) os governos podem, mediante suas decisões e instrumentos de políticas públicas (fiscal, monetária, cambial, credito etc.), gerar, antes das eleições, um maior crescimento produtivo e uma diminuição do desemprego a níveis não sustentáveis a médio prazo; (iv) os eleitores têm um comportamento eleitoral retrospectivo míope.

50 50 Political Business Cycles O Modelo Oportunista A lógica do ciclo político funcionaria da seguinte forma: - os governos, preocupados principalmente em manter-se no poder, procuram maximizar as preferências do eleitorado diante da proximidade das eleições, particularmente no nível de emprego. Com esse objetivo, implementam políticas que estimulam um rápido aumento da atividade econômica e uma diminuição do desemprego antes das eleições para níveis inferiores aos sustentáveis pela capacidade da economia.

51 51 Political Business Cycles O Modelo Oportunista A reativação da economia gera um aumento da inflação no período logo posterior às eleições, para mais tarde começar a descer como conseqüência das políticas de ajuste pós-eleitorais que visam conter o aumento de preços. As medidas de ajuste resultam num menor crescimento do produto, enquanto o desemprego volta a crescer.

52 52 Political Business Cycles O Modelo Oportunista Uma premissa básica do modelo de ciclo político eleitoral oportunista é de que a percepção dos eleitores está dominada pela experiência passada – o voto retrospectivo -, limitado basicamente ao último ano, a chamada miopia política do eleitor. Ou seja, o fato de que, para suas escolhas, os eleitores valorizam muito mais o estado recente da economia do que a evolução da mesma em todo o período de governo.

53 53 Political Business Cycles O Modelo Oportunista Uma melhoria no desempenho econômico que seja concentrada no ano das eleições só será politicamente benéfica para o governo se os cidadãos priorizarem, em sua decisão de voto a situação daquele ano, não considerando o desempeno do governo no restante do período.

54 54 Political Business Cycles O Modelo Oportunista Na medida em que se supõe que os custos decorrentes da manipulação das variáveis macroeconômicas podem ser calculadas pelos governo para se manifestarem depois das eleições, entende-se que as preferências da população favorecerão este tipo de política.

55 Political Business Cycles O Modelo Partidário

56 56 Political Business Cycles O Modelo Partidário Os modelos partidários focalizam as diferenças nas políticas e resultados com conseqüências de diferentes orientações ideológicas do governo.

57 57 Political Business Cycles O Modelo Partidário Hibbs (1977) argumentou que a motivação dos partidos e de seus membros não se baseia exclusivamente em alcançar o poder, mas está orientada para a obtenção do governo com o objetivo principal de implementar políticas partidárias sustentadas por suas principais bases de apoio eleitoral, ou seja, não só somente as eleições e a lógica de maximização dos votos que motivam os partidos políticos; a ideologia partidária também importa.

58 58 Political Business Cycles O Modelo Partidário No modelo partidário, os eleitores têm preferências variadas segundo sua posição no contexto socioeconômico, ou de acordo com a situação econômica geral.

59 59 Political Business Cycles O Modelo Partidário De acordo com este modelo, os governos de partidos ou coalizões de esquerda tendem a gerar níveis mais altos de inflação e mais baixos de desemprego, porque, em termos relativos, suas bases eleitorais estão mais interessadas em reduzir o desemprego, pelo fato de serem mais afetadas, aumentando o risco de iniciarem-se períodos inflacionários.

60 60 Political Business Cycles O Modelo Partidário Por outro lado, os partidos ou coalizões de direita contam, em geral, com apoios que preferem baixos níveis de inflação, mesmo que isto implique maiores níveis de desemprego, podendo derivar em períodos de recessão econômica.

61 61 Political Business Cycles O Modelo Partidário A teoria dos ciclos partidários se baseia numa relação estável entre inflação e desemprego. Aqui, assume-se tratar-se de uma relação estável de médio e longo prazo. Uma vez no poder, os partidos políticos procuram atender às necessidades de seu eleitorado seguindo objetivos e estratégias em função da orientação ideológica.

62 62 Political Business Cycles O Modelo Partidário “Governos de direita”, preocupados principalmente com a estabilidade monetária geram um desemprego maior em relação aos “governos de esquerda”. Já os “governos de esquerda”, mais preocupados com os efeitos distributivos do crescimento e da situação dos setores menos favorecidos, centram suas políticas na expansão do gasto e na diminuição do desemprego, mesmo que isto implique num aumento da inflação.

63 63 Political Business Cycles O Modelo Partidário O modelo assume que existe diferenças na valorização relativas entre os partidos, mas não que “os partidos de direita” não se importem, em termos absolutos, com o desemprego, ou que os “partidos de esquerda” não se interessem pela estabilidade da moeda.

64 Oportunismo Eleitoral e o Modelo de Tufte (1978)

65 65 Oportunismo Eleitoral e o Modelo de Tufte (1978) Segundo Tufte (1978) os políticos no governo buscam manter-se no poder melhorando duas variáveis econômicas chave: renda e desemprego. Contudo, Tufte (1978) analise também os instrumentos de política econômica que tem um amplo impacto sobre a renda real e que podem ser implementados de modo relativamente rápido: transferências diretas e indiretas de recursos, via diminuição de impostos ou aumento de salários e benefícios sociais.

66 66 Oportunismo Eleitoral e o Modelo de Tufte (1978) Na medida em que a renda pode ser afetadas de forma direta e quase imediata mediante a manipulação desses instrumentos, seria esta uma das variáveis chaves da ação governamental em anos eleitorais.

67 67 Oportunismo Eleitoral e o Modelo de Tufte (1978) Segundo Tufte (1978), seria a combinação de crise econômica e ideologia partidária é que iria determinar a política econômica de curto prazo a ser efetivamente implementada antes das eleições: (i) se existir um problema econômico grave, a prioridade será obter soluções para esse problema, independentemente da orientação política do governo;

68 68 Oportunismo Eleitoral e o Modelo de Tufte (1978) (ii) se não há uma situação de crise dominante, a opção política pré- eleitoral estará de acordo com a plataforma ideológica do partido governante.

69 69 Alesina e Mankiw argumentaram que, para os EUA, os governos Democratas se preocupam mais com o desemprego e relativamente menos com a inflação do que os Republicanos. Os democratas tendem a buscar ou implementar políticas expansionistas enquanto os republicanos perseguem políticas contracionistas. Political Business Cycles O Modelo Partidário Evidências Empíricas

70 70 Political Business Cycles: Modelos Tradicionais X Modelos com Expectativas Racionais Os modelos tradicionais assumem que o governo explora suas habilidades para predizer e influenciar os resultados macroeconômicos. Já os modelos com expectativas racionais enfatizam os limites da capacidade dos formuladores de política econômica de influenciar, de modo permanente e previsível, o estado da economia. As restrições da racionalidade afetam tanto a política como a economia.

71 71 Political Business Cycles: Modelos Oportunistas Tradicionais Implicações Empíricas: - expansão no ano ou dois antes das eleições; - o PIB cresce acima da taxa média ou normal antes das eleições; - o desemprego cai abaixo do normal antes das eleições; - política monetária expancionista antes das eleições;

72 72 Political Business Cycles: Modelos Oportunistas Tradicionais Implicações Empíricas: - evita-se a desvalorização cambial antes da eleição; - a inflação começa a aumentar imediatamente antes ou imediatamente após as eleições; - recessão após as eleições, com gradual redução da inflação; - não há diferenças nas políticas e resultados entre diferentes governos; - os governantes são reeleitos quando o crescimento é alto e o desemprego é baixo;

73 73 Political Business Cycles: Modelos Oportunistas com expectativas racionais - manipulações de curto prazo dos instrumentos de política econômica imediatamente antes das eleições; - aumentos nos déficits públicos; - aumento na inflação; - aumento na oferta de moeda dois ou três trimestres antes das eleições; - políticas fiscais e monetárias rígidas após as eleições; - os governantes são reeleitos quando o crescimento é alto e o desemprego é baixo nos anos eleitorais.

74 O Modelo de Alesina (1987)

75 75 O Modelo de Alesina (1987) Alesina (1987) partiu do princípio de que processos eleitorais justos têm por característica a incerteza quanto ao resultado da apuração. Nos anos de eleição, os eleitores, mesmo que possuam expectativas racionais, não saberão ao certo qual partido estará no poder no próximo ano e, conseqüentemente, a política econômica a ser adotada

76 76 O Modelo de Alesina (1987) Alesina (1987) considera que o governante tenha pleno controle sobre os instrumentos de política econômica, o que o possibilita escolher o nível de inflação de sua preferência, implementando a ideologia do partido. Os trabalhadores negociam seus salários de forma sincronizada pelo período de um ano, visando obter um reajuste nominal que mantenha o seu poder de compra.

77 77 O Modelo de Alesina (1987) Para Alesina (1987) nos anos de eleição, como há a incerteza quanto ao futuro político, os trabalhadores irão acertar seus contratos salariais para o próximo período levando em consideração apenas as probabilidades de vitória de cada partido, perfeitamente observáveis através das pesquisas realizadas pelos órgãos especializados, sendo as informações sobre o desempenho da economia no passado totalmente irrelevantes. Portanto, a taxa de crescimento do salário nominal antes das eleições será determinada pela taxa de inflação esperada, estimada a partir das taxas de inflação esperadas dos partidos, ponderadas pelas chances de vitória de cada um.

78 78 O Modelo de Alesina (1987)

79 79 O Modelo de Alesina (1987) Sintetizando os resultados do modelo podemos constatar que quanto mais surpreendente for o resultado da eleição maior será a flutuação do produto da economia.

80 80 O Modelo de Alesina (1987) Por exemplo, se antes da data da votação (E2) as pesquisas apontarem o candidato do partido de direita como favorito, os agentes econômicos, conhecendo a ideologia do partido, irão esperar uma inflação baixa para o ano seguinte. Supondo que o resultado das urnas contradiga as pesquisas e o candidato do partido de esquerda seja eleito, o governante conseguirá reduzir a taxa de desemprego (u) abaixo da sua taxa natural no primeiro ano de mandato, sem, contudo, elevar o nível geral de preços, pois as expectativas de inflação já haviam sido formadas.

81 81 O Modelo de Alesina (1987) Posteriormente, à medida que os agentes econômicos reformulam suas expectativas de inflação, a taxa de inflação (π ) aumenta e a economia é reconduzida a sua taxa natural de desemprego (u *). Caso o resultado da eleição siga a tendência das pesquisas, como na eleição seguinte (E3), o impacto sobre o desemprego das políticas expansionistas implementadas pelo partido de esquerda será menor, pois os agentes já incorporaram essa informação ao formarem suas expectativas de inflação.

82 82 Resumo

83 83 Political Business Cycles: Evidências Para o Caso Brasileiro Fialho, Tânia Marta Maia (1997), RBE. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 80502007000100002&script=sci_arttext

84 84 Political Business Cycles: Evidências Para o Caso Brasileiro http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 80502007000100002&script=sci_arttext

85 85 Political Business Cycles: Evidências Para o Caso Brasileiro

86 86 Political Business Cycles: Evidências Para o Caso Brasileiro http://www.scielo.br/pdf/ecoa/v11n1/02.pdf http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde- 30012008-104913/ http://www.eg.fjp.mg.gov.br/seminarioiv/download/vieira.pdf http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/Eventos/ForumBNB2007/docs/cicl os-politicos.pdf http://www.anpec.org.br/encontro2004/artigos/A04A028.pdf http://www.sober.org.br/palestra/12/06O329.pdf

87 87 Sites Recomendados http://pages.stern.nyu.edu/~nroubini/bci/bcibase.htm http://www.datacomm.ch/dbesomi/biblio/bibliocycles.2.html http://www.rep.org.br/pdf/74-8.pdf http://www.ceaee.ibmecmg.br/wp/wp42.pdf

88 88 Sites Recomendados http://www.rep.org.br/pdf/74-8.pdf http://www.fgv.br/cps/pesquisas/Politicas_sociais_alunos/ BES/BES4_04_CicloPol_HO.pdf http://www.ufrgs.br/ppge/pcientifica/2002_05.pdf

89 89 Bibliografia Recomendada

90 90 Sugestão de Leitura cap.6

91 Fim ESCOLHA PÚBLICA Curso de Especialização em Direito e Economia Prof. Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS/PPGE)


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