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Maria Teresa F Bara FF/UFG

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Apresentação em tema: "Maria Teresa F Bara FF/UFG"— Transcrição da apresentação:

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2 Maria Teresa F Bara FF/UFG
ALCALÓIDES Maria Teresa F Bara FF/UFG

3 Alcalóides São constituintes nitrogenados, dotados de acentuada atividade biológica A sua reduzida margem de segurança tem levado a uma pequena utilização das plantas que os contêm, na fitoterapia moderna, uma vez que há necessidade de se conhecer, com precisão, a quantidade de alcalóides existentes. - São encontrados principalmente nas angiospermas, de modo mais frequente nas dicotiledôneas, nas famílias Anonaceae, Apocynaceae, Lauraceae, Loganiaceae, Papaveraceae, Rubiaceae, Rutaceae, Solanaceae. etc -O teor de alcalóides nas plantas vai desde algumas partes por milhão (ppm), como os alcalóides antitumorais de Catharanthus roseus, a cerca de 15% nas cascas das quinas (Cinchona ledgeriana).

4 Gênero Fármaco Isolam . Categoria terapêutica Papaver Morfina 1805 Hipnoanalgésico Cinchona Quinina 1820 Antimalárico Atropa Atropina 1833 Anticolinérgico Physostigma Fisostigmina 1864 Anticolinesterásico Pilocarpus Pilocarpina 1875 Colinérgico Ephedra Efedrina 1887 Adrenérgico Erythroxylum Cocaína 1895 Anestésico local Chondodendrum Tubocurarina Bloqueador neuromuscular Claviceps Ergotamina 1922 Bloqueador adrenérgico Rauwolfia Reserpina 1952 Neuroléptico

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6 Alcalóides verdadeiros:
alcalóides contendo um átomo de nitrogênio num anel heterocíclico. Ex.: hiosciamina, escopolamina, quinina, pilocarpina, vincristina, papaverina, reserpina, boldina, emetina, etc  Protoalcalóides: substâncias com nitrogênio não pertencente a um sistema heterocíclico. Ex.: efedrina, colchicina  Pseudoalcalóides: compostos nitrogenados com e sem anéis heterocíclicos e que não são derivados de aminoácidos. Ex.: alcalóides terpênicos e alcalóides esteroidais

7 Base livre (alcalóide não-combinado)  insolúvel em água,
- Formam sais com ácidos  hidrossolúveis Base livre (alcalóide não-combinado)  insolúvel em água, solúvel em solventes orgânicos. Reativo de Mayer: Iodo-Mercurato de Potássio (branco) Reativo de Dragendorff: Iodo-Bismutato de Potássio (vermelho-tijolo) Reativo de Bouchardat: Iodo-Iodeto de Potássio (marron avermelhado) Reativo de Bertrand: Ácido Sílico-Túngstico (branco) Reativo de Hager: ácido pícrico (beje)

8 O átomo de N pode existir como amina primária (RNH2), secundária (R2NH) ou terciária (R3H).
O grau de basicidade varia com a estrutura molecular e a presença e localização de outros grupos funcionais. - Formam sais com ácidos minerais aquosos Sal de um alcalóide tratado com íon hidróxido - N doa um íon H e a amina livre é liberada.

9 - Atividades Farmacológicas:
Os alcalóides possuem atividade farmacológica muito variável, dependendo do subgrupo e das características específicas de sua fórmula estrutural, como por exemplo: A nível de sistema nervoso autônomo, como simpaticomimético (efedrina de Efedra sp), simpaticolítica (ioimbina de Pausinystalia yohimbe e alguns alcalóides do esporão do centeio), anticolinérgica (atropina e hiosciamina de Solanáceas midriáticas), gangliopéptica (esparteína de Cytisus scoparius e nicotina do tabaco) e parassimpaticomimética (eserina da fava de calabar, Physostigma venenosum; pilocarpina de Pilocarpus sp) A nível do sistema nervoso central, como depressor (morfina do ópio, escopolamina das Solanáceas) ou como estimulante (estricnina – Strychnos sp). Amebicida (emetina da ipecacuanha) Analgésica e ansiolítica (alcalóides da papoula – Eschscholtzia californica)

10 Atividades Farmacológicas:
Anestésica local (cocaína da coca) Antiarrítmica (esparteína da giesta Cytisus scoparius) Antifibrilante (quinidina da quina) Antimalárica (quinina da quina) Antitussígena (codeína do ópio) Antitumoral (vinblastina de Catharanthus roseus) Hipotensora (reserpina de Rauwolfia serpentina)

11 Absorção e Metabolização:
Os alcalóides são bem absorvidos por via oral e costumam ser metabolizadas no fígado. Por terem ação biológica acentuada eles têm grandes potencialidades tóxicas, sendo necessário muita cautela em seu uso terapêutico.

12 CLASSIFICAÇÃO   - De Acordo com a Natureza Química: Principais núcleos fundamentais dos alcalóides

13 Alcalóides: quinina, quinidina,
cinchonina Alcalóides: d-tubocurarina, morfina, codeína, papaverina, noscapina, narceína, boldina, emetina, hidrastina , berberina

14 tropano Alcalóides: Estricnina, Fisostigmina,
Brucina, Reserpina, Vinblastina, Vincristina, iombina Alcalóides: Atropina, Hiosciamina, Escopolamina (Hioscina), Cocaína tropano

15 Alcalóides: Pilocarpina, Pilosina
Alcalóides: Heliosupina, Necina

16 Alcalóides: Peletierina, Lobelina,
Nicotina, Tenelina Alcalóides: Coniina

17 Alcalóide: higrina Alcalóides de natureza terpênica

18 Alcalóide: Solanidina, solasodina,
tomatidina Alcalóides: Efedrina, Colchicina , catinona (amina alcaloídica)

19 Métodos de extração

20 Baseiam-se na solubilidade dos alcalóides nos solventes orgânicos imiscíveis na água (éter, clorofórmio, diclorometano, benzeno) e insolubilidade em água. Os sais alcaloídicos comportam-se de maneira oposta.

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24 cromatografia em camada delgada (CCD ou TLC)
Consiste na separação dos componentes de uma mistura através da migração diferencial sobre uma camada fina de adsorvente (sílica, alumina, etc), retido sobre uma superfície plana.

25 Vantagens :Rápida execução, versatilidade, reprodutibilidade, baixo custo (equipamentos, solventes)
Co-eluição de substância de referência para a identificação das substâncias Analíse qualitativa, semi-preparativa e quantitativa Analíse quantitativa de plantas em CCD: densitômetros: transforma as manchas de um cromatograma em picos, medindo a área e a intensidade dos sinais (curva padrão) Também conhecida por HPTLC ou cromatografia planar

26 HPLC (CLAE - cromatografia líquida de alta eficiência)
Análise quantitativa (determinação do teor de princípio ativo) – mais eficaz e segura grande aplicação na análise de princípios ativos polares (alcalóides, saponinas, heterosídeos em geral) Vantagens: elevada capacidade de separação Rapidez e reprodutibil das análises

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28 HPTLC (cromatografia de camada delgada de alta performance)
Principais diferenças: - Maior poder de resolução de substâncias em misturas -Maior reprodutibilidade, precisão e exatidão da análise

29 CG (Cromatografia Gasosa)
É uma técnica que permite a separação de substâncias volatilizáveis. Baseia-se na diferente distribuição das substâncias entre uma fase estacionária (sólida ou líquida) e uma fase móvel (gasosa). Ex.: alcalóides tropânicos

30 CG/EM (Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas)
Permite a identificação de substâncias. Associa a separação cromatográfica a detecção da espectrometria de massa. As composições separadas pela GC são transferidas para o espectrômetro pelo gás que vão se dissociar em fragmentos iônicos, que serão analisados qualitativamente por comparação com biblioteca de dados espectrais Grande importância em análises forenses (drogas ilícitas - cocaína, ópio, etc..) alto custo

31 OBS.: Alucinógenos naturais
Classificados segundo seus mecanismos primários de interferência nas atividades do SNC: drogas canabinóides, drogas serotoninérgicas e drogas colinérgicas muscarínicas Os alucinógenos diferem pelo mecanismo de ação neuroquímico e pelo grau de alteração qualitativa da consciência que provocam.

32 Embora a maconha seja uma droga narcótica euforizante, sua substância ativa, o tetraidrocanabinol (THC) tem capacidades de provocar efeitos alucinógenos moderados pela sensibilização dos receptores CB1 do SNC. As demais drogas alucinógenas de origem vegetal contêm alcalóides relacionados aos transmissores neurofisiológicos 5-hidroxi-triptamina (5-HT, serotonina) e acetilcolina As drogas colinérgicas divergem da serotoninérgicas na indução de amnésia parcial ou total, ao longo da duração dos seus efeitos, criando um estado de delírio ou sedação. Existem muitas plantas classificadas como alucinógenas colinérgicas e todas pertencem à família das Solanaceas (alcalóides tropânicos – hiosciamina), que atuam como antagonistas dos receptores colinérgicos muscarínicos, competindo com a acetilcolina. O cogumelo Amanita muscaria, produz muscarina, que age como agonista dos receptores colinérgicos.

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34 Drogas serotoninérgicas
Alcalóides do esporão de centeio: Atuam no sistema cardiovascular - Interagem com receptores alfa- adrenérgicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos. A ação vasoconstritora destes alcalóides se deve à sua interação com os receptores alfa- adrenérgicos que controlam a contração dos músculos lisos dos vasos sanguíneos.

35 Psilocybe spp Cogumelo cosmopolita, existindo mais de 80 espécies psicoativas, sendo 30 identificados no México. Alcalóides derivados triptamínicos, presentes em outros fungos como Conocybe , Panaelus, Stropharia. Psilocina e psilocibina são estruturalmente relacionados a serotonina. A psilocibina, na dose de 6 a 20 mg produz alucinações, que rapidamente causam modificações de formas e cores e alterações na percepção de tempo, espaço e na própria identidade física e psicológica. Os efeitos alucinógenos da psilocibina e LSD são similares, embora o LSD se liga a receptores 5-HT com maior afinidade

36 Peiote - Lophophora williamsii - Cactaceae
alcalóides (56) – tipo tetraidroisoquinolínico (peiotina) e feniletilamínico (mescalina - estrutura semelhante a norepinefrina) - estimula sistema nervoso autônomo Mescalina parece alterar o metabolismo da acetilcolina no cérebro e também atua como agonista serotoninérgico, junto ao 5-HT2. Compartilha o mesmo mecanismo de ação dos alucinógenos indolamínicos {LSD, psilocibina, DOM (dimetoxi-metilanfetamina), MDMA (3,4-metilenodióxi-N-metilanfetamina = ecstasy, entre outros} É teratogênica e dose letal (DL50 = 130 mg/Kg, em macacos) Há outros cactus alucinógenos

37 A mescalina produz uma série cronológica de eventos predizíveis, como modificações físicas, seguidas por eventos sensoriais. Após 30 min de ingestão, surgem náuseas frequentes e vômitos. Em seguida, diminuem esses sintomas e inicia a fase sensorial (após 1-3 h). O pulso e pressão sanguínea caem, ocorre midríase. A recuperação completa pode levar 12 h e as sensações experimentadas são lembradas e incluem agudez e intensificação do campo visual, com exaltação da percepção de cores e texturas, criação de padrões de imagens e formas surrealistas. Também surge empatia por seres vivos e objetos. min concentração máxima no plasma Vida média de 6 h. Não é metabolizada, sendo excretada intacta na urina.

38 Ayahuasca - Banisteriopsis caapi - Malpighiaceae -cortex
Usadas em seitas religiosas (Santo Daime, Santa Maria, União do Vegetal, Barquinha); índios da Amazônia Alcalóide beta-carbolínicos, harmina, harmalina e tetrahidro-harmina: potente inibidor da enzima monoaminoxidase (MAO). Associado as folhas de Psycotria viridis (chacruna) Rubiaceae, que possui derivados indólicos (N-N-dimetiltriptamina=DMT), que atua sobre receptores da serotonina aumenta a duração e vivacidade das alucinações. Esta combinação produz respostas farmacológicas semelhantes às observadas em pacientes com psicose aguda.

39 Duração de ação dos efeitos psicoativos duram 1 a 1,5 h
DMT leva a imagens visuais coloridas e confusas, com processos complexos de pensamento e estado geral de consciência aguçado. Em média, 200 ml da bebida contêm 25 mg DMT e 40 mg de beta-carbolinas Toxicidade Sintomas: embriaguez “agradável”, vômitos, vertigem, nervosismo, transpiração excessiva, visões luminosas, sono profundo acompanhado de fantasias, febre, diarréia.

40 Drogas colinérgicas Amanita muscaria – “mata-boi, frade de sapo” Cogumelo extremamente tóxico . 3 classes de toxinas: Triptaminas (bufoteninas), peptídeos cíclicos (alfa-amanita), alcalóides isoxazólicos (ácido ibotênico) Dose letal (peptídeos cíclicos) = 5 a 7 mg / adulto Muscarina leva a efeitos secundários. O muscimol (derivado do ácido ibotênico) é a principal substância psicoativa. Obs.:Envenenamento: confusão Agaricus campestris (cogumelo comestível)

41 Cogumelos alucinógenos
A. muscaria

42 Uma vez que os sintomas instalam, evoluem rapidamente:
Inicialmente ocorre excitação e mal-estar gastrointestinal (24 h), seguido de convulsões graves, vômitos, diminuição do pulso, dificuldade de respiração, delírio e coma durante 3 a 5 dias. Se medidas apropriadas não foram rapidamente efetivadas (remoção TGI e diálise sangúinea) – óbito Quando estas toxinas entram em contato com corrente sanguínea, os tecidos do fígado e rins, são rapidamente destruídos Dose letal (peptídeos cíclicos) = 5 a 7 mg (=1 cogumelo)/ adulto

43 Saia branca ou trombeteira Brugmansia (Datura) suaveolens, Solanaceae
Saia roxa Datura metel Solanaceae Estramônio Datura stramonium Solanaceae Alcalóides tropânicos: hioscina, atropina Toda a planta é tóxica Náuseas, vômitos, sintomas anticolinérgicos: pele seca, avermelhada, midríase, taquicardia, confusão mental, agitação psicomotora, alucinações, morte. Ocorre em lotes baldios, jardins

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45 D. stramonium A. belladona D. suaveolens H. niger

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48 fitoterápicos

49 UNHA DE GATO Uncaria tomentosa DC, U. guianensis Gmelin - Rubiaceae
Entrecasca (cipós adultos) Atividade anti-reumática, antinflamatória, imunoestimulante, anticâncer, anti-viral Alcalóides oxindólicos pentacíclicos e tetracíclicos, indólicos, flavonóides, triterpenos e esteróis. Toxicidade por via oral é baixa Cápsulas 300 mg dia, antes das refeições

50 Uso popular: antinflamatório
(artrite)

51 Boldo - Peumus boldus Molina Monimiaceae
Folha Alcalóide isoquinoleinico (boldina: 0,25 a 0,55) Ação colagoga, aumenta secreção biliar Ação hepatoprotetora , aumento da secreção gástrica Altas doses podem originar sinais de paralisia (boldina) – efeito narcótico

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53 colagogogos : agentes que estimulam a secreção da bílis no fígado
coleréticos: agentes que estimulam a produção da bílis no fígado colecinéticos: agentes que promovem o esvaziamento da vesícula biliar e dos dutos de bile extra-hepáticos OBS: contra-indicação: litíase (estímulo do fluxo biliar ou das contrações da vesícula biliar – “pedras poderiam ficar pressionadas”)

54 Mulungú (Erythrina mulungu L. – Leguminosa Papilionaceae)
cascas do tronco e dos ramos. Arbórea, de porte grande, espinhosa, nativa da flora brasileira (MG, RJ, SP, AC) e do Peru. Alcalóides principais: eretramina, eritratina

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57 Propriedades farmacológicas : Depressora do SNC, relaxamento da musculatura lisa
Ação: calmante, sedativo e tranqüilizante. Indicações: excitação do SNC, agitação, insônia e neuvralgias modo de usar: Extrato fluido = 1 a 4 mL / dia Tintura = 1 colher (sobremesa) – 2 X/DIA Obs: associado a maracujá (Maracujina compostaR, PassaneuroR , SedagramR)

58 Erva moura (Withania somnifera (L) Dunal
Solanacea – folha e raiz “Ginseng indiano” - ASHWAGANDHA Alcalóides tropânicos (troina) e outros (isopeletierina) Sedativos e espasmolitico Ìndia: estresse (reduzir ansiedade e facilitar o sono)

59 Bibliografia recomendada
-CUNHA, A.P. Plantas e produtos vegetais em fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian -CUNHA, A.P. Farmacognosia e Fitoquímica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian -SIMÕES, C. M. O., SCHENKEL, E. P.; GOSMAN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia, Da Planta ao Medicamento. Editora da UFRGS/Editora da UFSC, Porto Alegre Florianópolis, 6ª ed -ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M. K.; TYLER, V. E. Farmacognosia, Farmacobiotecnologia. Editorial Premier, São Paulo, 1997. -SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V.E. Fitoterapia Racional. 4ª edição. Ed. Manole, Barueri-SP -ALONSO, J.R. Tratado de Fitomedicina. Bases Clínicas y Farmacológicas. Isis Ediciones SRL – Buenos Aires, 1998. FERRO, D. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Atheneu  


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