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Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro

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Apresentação em tema: "Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro"— Transcrição da apresentação:

1 Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro
Disciplina de Obstetrícia PARTO HUMANIZADO E ASSISTÊNCIA AO PARTO Ac. Denis Schoba Ac. Katya Figueira 5º ano – Maio 2010

2 “Redefinição das relações humanas na assistência (...)”
Humanização do Parto “Redefinição das relações humanas na assistência (...)” Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

3 Humanização do Parto Diagnóstico do Problema
Institucionalização do parto Incorporação de novas tecnologias: drogas, exames, técnicas cirúrgicas, etc Transformação do parto em um “ato médico”, e não mais num momento da mulher, do recém-nato e da família A grande diferença observada entre aquelas que podem pagar e as que usam o SUS A alta taxa de cesáreas em nosso país Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

4 Humanização do Parto Seqüência de um Atendimento Habitual
Admissão em trabalho de parto Separada da família – sozinha em ambiente estranho Tricotomia e enteroclisma Sem roupa, só com uma camisola aberta Deve permanecer deitada em uma enfermaria com outras mulheres desconhecidas e gementes Não é informada sobre o que vai acontecer com ela Com dor, em jejum Profissionais desconhecidos Dores mais fortes e freqüentes Sofrimento e desamparo Nasce o bebe e logo é levado Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

5 Humanização do Parto Dr. Galba de Araújo, 1950
“Hoje, damos a seguinte orientação: só fazer as intervenções estritamente necessárias, desestimular o manuseio, respeitar a dignidade da mulher e tornar o parto mais humano” Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

6 Humanização do Parto Conferência a Iniciativa para a Maternidade Segura, Nairobi (1987) Cúpula Mundial pela Infância (1990) Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, Cairo (1994) Quarta Conferência Mundial para as Mulheres, Beijing (1995) Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Social, Copenhaque (1993) Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

7 Humanização do Parto Consulta técnica sobre a Iniciativa de Maternidade Segura, Colombia (1997) Compromisso e Ação para melhorar a Saúde e o Bem-estar das Mulheres Direito humano básico das mulheres a serviços de boa qualidade, oportunos e acessíveis Seminário OMS, UNICEF/FNUAP, 1999 Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

8 Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto
Permitir e respeitar o desejo da mulher de ter um acompanhante da família ou amiga durante o trabalho de parto e o parto, dando-lhe segurança e apoio Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher durante o trabalho de parto, até a conclusão do processo obstétrico Oferecer à mulher o máximo de informações e explicações segundo a sua demanda Respeitar o direito da mulher à privacidade no local de nascimento Permitir à mulher a liberdade de caminhar, mover-se e adotar as posições que desejar durante o período de dilatação e expulsão; encorajar as posturas verticais de parto e evitar a posição de litotomia (supino, com as pernas levantadas) Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

9 Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto
Orientar e oferecer métodos não farmacológicos e não invasivos de alívio da dor durante o trabalho de parto como massagem, banho morno e técnicas de relaxamento Ofertar fluídos via oral durante o trabalho de parto e o parto Permitir o contato precoce pele a pele entre a mãe e o bebê e o início precoce do aleitamento materno Possuir normas e procedimentos claramente definidos e realizar monitoramento cuidadoso da evolução do parto através do uso do Partograma Oferecer alojamento conjunto e esforçar-se para pôr em prática os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, tornando-se um Hospital Amigo da Criança Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

10 Humanização do Parto 2º OMS – Maternidade Segura Assistência ao Parto Normal: Um Guia Prático, 1996
Definimos parto normal como: início espontâneo, baixo risco no início do trabalho de parto, permanecendo assim durante todo o processo, até o nascimento. O bebê nasce espontaneamente, em apresentação cefálica de vértice, entre 37 e 42 semanas completas de gestação. Após o nascimento, mãe e filho em boas condições Entretanto, como o trabalho de parto e o parto de muitas gestantes de alto risco têm um curso normal, várias recomendações deste documento também se aplicam à assistência dessas mulheres Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

11 As tarefas do prestador de serviços são:
Humanização do Parto 2º OMS – Maternidade Segura Assistência ao Parto Normal: Um Guia Prático, 1996 As tarefas do prestador de serviços são: Dar apoio à mulher, ao seu parceiro e à sua família durante o trabalho de parto, no momento do nascimento e no pós-parto Observar a parturiente: monitorar o estado fetal e posteriormente o do recém-nascido; avaliar os fatores de risco; detectar os problemas precocemente Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

12 As tarefas do prestador de serviços são:
Humanização do Parto 2º OMS – Maternidade Segura Assistência ao Parto Normal: Um Guia Prático, 1996 As tarefas do prestador de serviços são: Realizar intervenções, como amniotomia e epsiotomia, se necessário; prestar os cuidados ao recém-nascido após o nascimento Encaminhar a parturiente a um nível de assistência mais complexo, caso surjam fatores de risco ou complicações que justifiquem Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

13 Práticas demonstradamente úteis e que devem ser estimuladas:
Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto Práticas demonstradamente úteis e que devem ser estimuladas: Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto, e ao longo de este último Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante o trabalho de parto e ao término do processo de nascimento Oferecimento de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações

14 Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto
Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e parto Fornecimento às mulheres de todas as informações e explicações que desejarem Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

15 Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto
Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagens e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente Uso de materiais descartáveis apenas uma vez e descontaminação adequada de materiais reutilizáveis, durante todo o trabalho de parto e parto Uso de luvas no exame vaginal, durante o parto do bebê e no manuseio da placenta Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

16 Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto
Monitoramento cuidadoso do progresso do trabalho de parto, por exemplo por meio do uso do partograma da OMS Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia pós-parto Condições estéreis ao cortar o cordão Prevenção da hipotermia do bebê Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

17 Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto
Práticas claramente prejudiciais ou infelizes e que devem ser eliminadas: Uso rotineiro de enema Uso rotineiro de tricotomia Infusão intravenosa de rotina no trbalho de parto Cateterização venosa profilática de rotina Uso rotineiro da posição supina (decúbito dorsal) durante o trabalho de parto Exame retal Uso de pelvimetria por raios-X Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto de um modo que não permita controlar seus efeitos Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

18 Humanização do Parto Recomendações da OMS – 1996 – 10 Passos para a Atenção Humanizada ao Parto
Uso rotineiro da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto Esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o segundo estágio do trabalho de parto Massagem e distensão do períneo durante o segundo estágio do trabalho de parto Uso de comprimentos orais de ergometrina no terceiro estágio do trabalho de parto, com o objetivo de evitar ou controlar hemorragias Uso rotineiro de ergometrina por via parenteral no terceiro estágio do trabalho de parto Lavagem uterina de rotina após o parto Revisão uterina (exploração manual) rotineira do útero após o parto Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

19 Humanização do Parto Portarias do Ministério da Saúde – Nº 569 de 01/06/2000 – Institui o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento no Âmbito do Sistema Único de Saúde Estabelece os seguintes princípios e diretrizes para a estruturação do programa: Toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério Toda gestante tem direito ao acompanhamento pré-natal adequado de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas no Anexo I desta Portaria Toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida no momento do parto Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

20 Todo recém-nascido tem direito à adequada assistência neo-natal
Humanização do Parto Portarias do Ministério da Saúde – Nº 569 de 01/06/2000 – Institui o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento no Âmbito do Sistema Único de Saúde Toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada de forma humanizada e segura, de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas no Anexo II desta Portaria Todo recém-nascido tem direito à adequada assistência neo-natal As autoridades sanitárias dos âmbitos federal, estadual e municipal são responsáveis pela garantia dos direitos enunciados nas alíneas acima Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

21 Humanização do Parto Portarias do Ministério da Saúde – Nº 570 de 01/06/2000 – Institui o Componente 1 no Âmbito do Sistema Único de Saúde Estimular os Estados e Municípios a incrementar a qualidade do acompanhamento pré-natal que prestam às suas gestantes, promovendo o cadastramento destas, organizando seus sistemas assistências municipais e estaduais, garantindo a realização de acompanhamento pré-natal completo e a articulação deste com a assistência ao parto e puerpério do Programa de Humanização no Pré-natal – Incentivo à Assistência Pré-natal no âmbito do Sistema Único de Saúde Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

22 Humanização do Parto Portarias do Ministério da Saúde – Nº 572 de 01/06/2000 – Institui a Nova Sistemática de Programa à Assistência ao Parto Pagamento de incentivo ao parto Humanizado Pagamento de Analgesia de Parto Pagamento do Pediatra Pagamento dos partos de Alto Risco Humanizados Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

23 Humanização do Parto Rattner, 1998
“Humanização na assistência ao parto e nascimento implica em: Respeito no acompanhamento do processo fisiológico, contribuindo para a evolução natural e compreendendo e corrigindo os desvios da normalidade; respeito a individualidade da parturiente; respeito à integridade da mulher, como um ser biológico e social, oferecendo o suporte emocional necessário nesse processo pleno de ansiedade” Tornquist CS Parto e poder: análise do movimento pela humanização do parto no Brasil.Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFSC. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): , 2005

24 Humanização do Parto “Respeito e acolhimento”
“No fim das contas, ou do conto, só posso dizer: experimentem. Tudo o que foi dito aqui é simples. Tão simples que temos vergonha de insistir. Talvez tenhamos perdido o gosto pela simplicidade. Sim, é preciso tão pouco! Nada de orçamentos caros, recursos eletrônicos, orgulhos de tecnologia, brinquedos de crianças crescidas, tão furiosamente na moda. Nada disso. Apenas paciência e modéstia. Silêncio. Uma atenção leve mas sem falhas. Um pouco de inteligência, de preocupação com o outro. Esquecimento de si mesmo. Ah! Já ia deixando passar... É preciso muito amor. Sem amor, vocês não passarão de bem intencionados...” Frederick Leboyer

25 Assistência clínica ao parto
Estudo das medidas e procedimentos que devem ou podem ser adotados no acompanhamento do trabalho de parto

26 Períodos clínicos do parto
Pré-parto ou premunitório (não é fase clínica) 3 fases 1. Dilatação 2. Período Expulsivo 3. Dequitação (Secundamento/Delivramento/Dequitadura) 4. 4º período? (até 1 hora após dequitação) Premunitorio = alteracoes uterinas antes do inicio do trab de parto

27 Assistência clínica ao parto
Muitos aspectos controversos 1º período (dilatação) geralmente se prescreve inicialmente durante a internação: tricotomia (?), enteróclise (?), dieta zero, hidratação venosa Posição: decúbito lateral (de preferência para o lado do dorso fetal), evitar decúbito dorsal. Deambulação no quarto é permitida Toque: avalia a progressão do apagamento e dilatação do colo uterino, sua orientação e consistência, além da altura do feto, variedade de posição e flexão. Também avalia o estado da bolsa das águas. Sempre com lavagem de mãos e uso de luvas estéreis. Não tocar excessivamente Posicao: Facilita flexao do polo cefalico;

28 Assistência clínica ao parto
1º período (dilatação) Observação do bem-estar fetal (BCF): a cada 30min, antes, durante e após, no mínimo 2 contrações uterinas Observação do bem-estar materno: avaliação de seus sinais vitais Aminiotomia é questionável Drogas (analgésicos, anestésicos e ocitocina) Ocitocina (1 a 8 um por minuto), dose que pode ser dobrada a cada 30min até atingir contração desejada. Efeitos adversos revertidos com suspensão da droga (MV 5min) Analgesia peridural contínua: oferecida sempre que possível Opiáceos (meperidina)

29 Assistência clínica ao parto
2º período (expulsão) Avaliação constante do bem-estar fetal: auscultar BCF a cada 15min (em gestação de alto risco, a cada 5min) Posições durante o parto: Litotomia (mais comum); Laborie-Duncan, cócoras Cuidados gerais com assepsia Anestesia perineal (bloqueio do nervo pudendo interno): realizado em nível das espinhas ciáticas bilateralmente e infiltração superficial na linha de incisão (caso for feita episiotomia) LITOTOMIA: DDH, flexao parcial das coxas sobre o abd; LD = flexao exagerada das coxas sobre o abd

30 Assistência clínica ao parto
2º período (expulsão) Episiotomia: medida de proteção do períneo e prevenção de traumatismos fetais não indicada de rotina, apenas em casos específicos Uso rotineiro: associado a maior índice de lesão de períneo posterior, suturas e complicações; porém o uso restrito está associado a maior índice de lesões de períneo anterior Mediana: mais fisiológica, melhores resultados em relação à dor operatória e dispareunia, porém maior risco de laceração retal Médio-lateral direita é a mais utilizada

31 Assistência clínica ao parto
2º período (expulsão) Manobra de Ritgen modificada: proteção perineal através da compressão do períneo posterior e controle da deflexão da cabeça fetal com a mão oposta Fórcipe obstétrico: utilizado quando há indicação de abreviação do despreendimento do pólo cefálico fetal Evitar manobra de Kristeller (compressão do fundo uterino) Circulares de cordão: reduzidas ou pinçadas e seccionadas antes da saída do feto Aspiração de vias aéreas do feto logo após despreendimento do pólo cefálico (principalmente se houver eliminação de mecônio)

32 Assistência clínica ao parto
2º período (expulsão) Suavidade ao abaixar e elevar a cabeça durante o despreendimento dos ombros Evitar tração sobre o pescoço – associada à paralisia de plexo braquial (Erb-Duchenne) Manobras para despreedimento dos ombros: McRoberts Pressão supra-púbica Manobras rotacionais (Rubin e Woods) Jacqemier (remoção do braço posterior) Gaskin (rotação com a paciente em posição de quatro) Rubin: pressao na face posterior da escapula do feto, para roda-lo 180 graus, 2 dedos

33 Assistência clínica ao parto
2º período (expulsão) Fratura intencional da clavícula (diminui diâmetros fetais) Sinfisiotomia (amplia canal de saída) Após saída do feto: mantê-lo abaixo ou na altura do intróito vaginal (evitar transfusão do feto para a placenta); com a face para baixo ou para o lado (evitar aspiração de líquido amniótico) Clampear cordão umbilical a aprox. 10 cm de sua inserção no RN

34 Assistência clínica ao parto
3º período (Dequitação) Avalia-se o descolamento da placenta Não deve ser realizada nenhuma manobra intempestiva (tração do cordão umbilical ) - risco de inversão uterina aguda, rotura do cordão → choque neurogênico → perdas sanguíneas intensas Também é proscrita a manobra de Credé (compressão vigorosa do fundo uterino), que também pode levar a inversão uterina

35 Assistência clínica ao parto
3º período (Dequitação) Atualmente, é proposta a adoção de conduta ativa Menor risco de perdas sanguíneas e hemorragia puerperal Ocitocina profilática 10U IM imediatamente após expulsão fetal Clampeamento precoce e tração controlada do cordão umbilical Manobra de Harvey (compressão leve do segmento uterino) Manobra de Jacob-Dublin: leve tração e torção axial da placenta durante sua exteriorização Se necessário, interferir no processo de dequitação Se retenção placentária → extração manual da placenta, sob anestesia

36 Assistência clínica ao parto
3º período (Dequitação) Após saída da placenta: Assepsia da genitália externa Revisão do canal do parto (identificar se houve laceração) Realizar episiorrafia por planos anatômicos e com fios absorvíveis Graus de lacerações perineais (Rezende) I. somente a mucosa da fúrcula é lesada II. Lesão muscular III. Comprometimento do esfíncter anal Realizar toque retal após procedimento

37 Assistência clínica ao parto
4º período (Greenberg) Inicia-se com o descolamento da placenta e termina 1 hora após Período onde ocorrem mais frequentemente hemorragias por atonia uterina ou por laceração do trajeto do parto. Sangramentos por retenção de restos placentários ou membranas Observação atenta da parturiente, conferindo se o útero está contido no globo de segurança de Pinard (contraído) Perda sanguínea média total no parto normal: 500 ml

38 Partograma Representação gráfica da evolução do trabalho de parto
Obrigatório em toda a maternidade desde 1994 (OMS) Friedman (1978): 1º partograma e curva de dilatação cervical com aspecto sigmoidal 2 fases distintas: fase latente e fase ativa f. Aceleração f. Inclinação máxima f. Desaceleração

39 Partograma Curva de dilatação cervical Fase latente: Fase ativa:
segmento inicial da curva, período entre o início do trabalho de parto e a fase ativa do trabalho de parto Inicia-se com aparecimento de contrações dolorosas e regulares que provocam amolecimento e apagamento do colo uterino Velocidade de dilatação ainda lenta (<1,2 cm/h) Fase ativa: Trabalho de parto propriamente dito Início com dilatação de pelo menos 3 cm em primíparas e 4 cm em multíparas Dilatação mais rápida (> 1,2 cm/h)

40 Curva de dilatação cervical
Fase ativa: 1. Fase de aceleração: dilatação inicial, com duração de cerca de 1h 2. Fase de inclinação máxima: dilatação linear e rápida 3. Fase de desaceleração: velocidade constante, ocorrendo a descida da apresentação (mais rápida após 8 cm de dilatação)

41 Partograma Vários tipos diferentes Linhas de Alerta e de Ação
Registro da hora do exame FCF Contrações uterinas Estado da bolsa das águas Medicamentos administrados Procedimentos efetuados

42 Partograma Marcações iniciadas na fase ativa do trabalho de parto (a partir de 3 ou 4 cm de dilatação cervical) Taxa normal de dilatação cervical: 1,2-1,5 cm/h Se a dilatação for inferior a 1 cm/h, as marcações se aproximarão da linha de alerta, indicando uma observação clínica mais rigorosa Se houver parada ou atraso maior da dilatação, irá ultrapassar a linha de ação, ficando à direita da linha e indicando a necessidade de correção do problema Não significa necessariamente conduta cirúrgica, porém deve-se investigar causa e avaliar parâmetros maternos e fetais

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