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PublicouCarlos Francisco Natal de Lacerda Alterado mais de 8 anos atrás
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O Emigrante Português em Três Romances de Aluísio Azevedo
O cortiço O Emigrante Português em Três Romances de Aluísio Azevedo
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Literatura Brasileira III
Professor Bruno Curcino Alunos: Iara Garcia Francyellen Karine da Costa Ferreira Marcelo A. Teodoro Márcia Rodrigues C. Valeriano
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O Naturalismo e o Naturalismo Brasileiro. “O Cortiço”
• O Realismo e o Naturalismo, estilos literários predominantes na segunda metade do Século XIX. • O darwinismo, o evolucionismo, o positivismo e o socialismo vão estruturar o pensamento contemporâneo e contribuir para a alteração de conceitos filosóficos, literários e sociais. • O artista não emite julgamentos a respeito dos fatos e das personagens. A pretensa neutralidade não chega, porém, ao ponto de ocultar o fato do autor carregar sempre de tons sombrios o destino das criaturas.
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• O romance será instrumento de denúncia e combate (focaliza desequilíbrios sociais), enquadrando-se no que se costuma chamar de arte engajada. Contrário à visão romântica. • O romance naturalista desenvolve-se no “princípio determinista” e apresenta-nos “o espaço como um elemento fundamental” e condicionante da vida do homem. • A obra que dá início ao movimento é o romance de Gustave Flaubert “Madame Bovary”, que faz análises impiedosas da hipocrisia romântica.
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• Dez anos depois Émile Zola Publica Thérese Raquin, na tentativa de representar paixão e assassínio, em termos neurológicos e temperamentais. “Gênese da nova corrente”. • Zola era convencido de que o romance contemporâneo tinha por missão dar respostas aqueles que, na nova sociedade se interrogavam. • Naturalismo é a extensão do realismo, ambos fiéis aos detalhes da vida contemporânea, porém diferentes nas orientações filosóficas. • O Naturalismo acentua as qualidades do Realismo. “O homem é um animal indefeso, subjugado por forças internas ou externas que não consegue controlar e que ameaçam destruí-lo”. (p.57)
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• O autor naturalista, com a sua preocupação científica publicou em 1865, o livro Introdução da Medicina Experimental. • Enquanto o drama das personagens realistas tem origem moral ou decorre de algum desequilíbrio social, o das personagens naturalistas tem origem em heranças de ordem biológica ou psicológica.
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•. Realismo e Naturalismo surgiram bem próximos no Brasil
• Realismo e Naturalismo surgiram bem próximos no Brasil. O primeiro tem como marco a publicação, em 1880, de “Memórias Póstumas de Brás Cuba” de Machado de Assis; no ano seguinte, Aluísio Azevedo daria estampa o romance “O Mulato”. • O romance “A Carne” (1888) escandalizou o Brasil pelo elevado erotismo. • “O Mulato” apresentado como obra emblemática do início do movimento naturalista no país.
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• A renovação chegou lógica e paulatinamente da França e também através de Eça de Queiroz, que se inspirava nos romancistas franceses. • Teoria de Eça de Queiroz acerca do realismo: “”não é simplesmente um processo formal; é uma base filosófica para todas as concepções do espírito, uma lei, uma carta, um roteiro de pensamento humano, na eterna região artística do belo, do bom e do justo”.
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• Naturalismo no Brasil: Os escritores naturalistas da última metade do século XIX.
• Nos romances naturalistas, surge certa tensão entre a matéria de estudo de romance e o conceito do homem. • No Brasil, o naturalismo procura fixar problemas urbanos, quer das grandes cidades, quer das cidades provinciais, problemas das classes humildes e marginais, bem como do sertão e das secas. Não se encontram em Zola, ideias reformadoras ou socialistas.
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O cortiço A importância da série de romances híbridos;
Um projeto ambicioso; Os cincos primeiros romances sociais: “O cortiço”, “A família Brasileira”, “O felizardo”, “A Loreira” e o ultimo “A Bola Preta”.
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O Cortiço foi publicado em 1890;
“O Brasil se vai transformando até chegar ao que o próprio autos chama de desmoronamento político e social”. (p.98); O Cortiço foi publicado em 1890; Retrata a realidade do Rio de Janeiro; Contraste entre os dois espaços Cortiço x Sobrado; Privilégios dos portugueses; “ Portuguesa era uma parte significante da elite comercial e financeira, portugueses eram em 1895 os proprietários de 56% dos cortiços no centro da cidade, portuguesas eram as principais fábricas da industria têxtil, e portuguesa era boa parte da mão de obra não qualificada que viera substituir o trabalho escravo na economia da cidade” (Lobo, 1994 p.15)
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Descrição do cortiço na obra;
Na obra, são colocados em confronto dois conjuntos antagônicos: a família burguesa e o “proletariado”; 0 romance denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores dos cortiços; Descrição do cortiço na obra; “o cortiço é descrito, na obra, como uma [...]” comunidade larvar, um ((formigueiro)), uma ((serpente de pedra e cal)), coleando nem chão genésico, carnal, de que se desprendem odores fortes, crus e animalescos.” (Benedito nunes, 1975 p. 100)
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O crescimento do proletariado urbano;
Expansão da cidade; A criação do cortiço; Surto de febre amarela; “Cabeça de porco” ficou conhecido em todo pais por causa da sua demolição; Assim surge as primeiras favelas; “o sossego é tão profundo nestas habitações como a imundície”.
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Formação da narrativa Com muitos personagens e suas particularidades;
Num grande corpo social; Se corrói e constrói; Protagonista do romance, herói coletivo, é o próprio cortiço: A colmeia Grandes operarias Abelha rainha
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Ao reduzir os seres humanos ao nível animal o autor despersonaliza as suas personagens;
Códigos anti-românticos;
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As personagens Sua criação e impregnada de expressividade não só nos nomes é também em seus movimentos corporais; Todas estão reunidas sob as asas de João Romão,
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A obra A obra tem valor documental; Visão sociológica;
Primeiro romance de massa da Literatura Brasileira; O cortiço que é descrito na obra foi destruído; Ambiente carioca, Ascensão social dos malandros; Vários autores viram a obra como um romance de combate;
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“A força do meio é considerada tão decisiva que se pode dizer que o cortiço é a personagem principal da obra” (p.104) “Quando não deu o seu romance o nome de um dos personagens, Aluisio Azevedo quis indicar que se tratava de uma obra onde uma coletividade seria descrita”. (Mérian p. 555).
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João Romão Português; Pobre; Sobreposto; Empregado/dono;
Taberneiro, envolvido com pessoal da estalagem, amigado com uma negra;
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“João Romão foi, dos trezes aos vinte e cinco anos empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro de Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar- se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamentos de ordenados vencidos, nem só a venda como o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro” AZEVEDO. p.15.
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Angústias e frustrações;
Sua rudeza no trato pessoal; Usura e desonestidade; Rico; Vencedor;
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“ (...) deixando de pagar todas as vezes que podia e nunca deixando de receber, enganando os fregueses, roubando nos pesos e nas medidas, comparando por dez reis de mel coado o que os escravos furtavam da casa de seus senhores” AZEVEDO.p.19
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João Romão x Bertoleza Encarnação daquela coletividade;
Valor simbólico – pessoa sugada até a ultima gota para ser desprezada; Escrava que não deixa de ser escrava; Preconceituosa;
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João Romão x Miranda Rico atacadista de tecidos;
Seu objetivo era conseguir o titulo de barão; Relação conjugal;
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João Romão x Cortiço Tentativa incêndio;
Distanciamento entre “Galegos” e “Cabras”; Se identifica com o cortiço somente quando vivia com a Bertoleza;
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João Romão x Jerónimo A história se desenvolve em direções opostas;
Trabalha na pedreira, Autentico e fiel aos costumes; Lusitano formação educacional; Isola dentro do Cortiço; Caminha para identificação com o meio; Fez –preguiçoso, amigo das extravagâncias e dos abusos e ciumento (Cortiço p.216)
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“A proporção que se entrega ao amor de Rita, vai sendo absorvido pela terra, de etapa em etapa até a completa mudança de personalidade” Mourão.p.8
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Piedade + Jerônimo= Rita Baiana
Despeito de um homem; Se diferenciam pela cor, pelo cheiro, pela alimentação, nos hábitos de vida, pela linguagem.
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Referências AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 3.ed. São Paulo: Cirando Cultural, SILVA, Susana Neves Tavares Bastos de Pinho. O Emigrante Português em Três Romances de Aluísio Azevedo. Dissertação para a obtenção. Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
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