A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Economia Monetária Gustavo Lucas.

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Economia Monetária Gustavo Lucas."— Transcrição da apresentação:

1 Economia Monetária Gustavo Lucas

2 Aula 1 Dinheiro: definições e funções

3 1. O que é “dinheiro”? Definição: Denominaremos “dinheiro” o meio de pagamento geralmente aceito para a compra de bens e serviços e para a liquidação de dívidas. Ex: moedas, papel-moeda, cheques, depósitos de poupança etc.

4 1. O que é “dinheiro”? Não confundir com:
- Renda; um indivíduo recebe X por mês.Logo, é uma variável de fluxo (unidades são em montante/unidade de tempo). Dinheiro é uma variável de estoque: é um montante que existe em um momento no tempo.

5 1. O que é “dinheiro”? Não confundir com
-Riqueza (ou patrimônio): alguém pode ser muito rico por ter muito dinheiro na conta corrente ou porque tem bens e posses valiosas. Logo, muita riqueza e muito dinheiro nem sempre são sinônimos (ainda que ambos sejam variáveis de estoque!)

6 2. Economia de escambo X economia monetária
O camponês A produz trigo e o camponês B pesca. O camponês A produz mais trigo do que precisa para consumir e manter a produção na mesma escala. Além disso, ele se interessa em comprar uma certa quantidade de peixe de B. Supondo que B também produz um excedente e que esteja interessado em comprar trigo, uma troca pode ocorrer.

7 2. Economia de escambo X economia monetária
Se a troca ocorrer, teremos que A comprou peixes de B e B comprou trigo de A. Ou, A vendeu trigo para B e B vendeu peixes para A. Conclusão: não existe diferença entre atos de compra e venda em uma economia de escambo. Condição necessária para ocorrerem trocas: é preciso haver interesses que coincidem de ambas as partes.

8 2. Economia de escambo X economia monetária
Suponhamos agora uma economia com camponeses A, B, C, D, E etc. cada um especializado na produção de um bem. - Como seria possível coordenar tantos e tão diversos interesses? - Se esses camponeses precisam comprar insumos uns dos outros para poderem produzir os seus respectivos produtos, como eles podem trocar algo que ainda não foi produzido para ter os insumos necessários?

9 2. Economia de escambo X economia monetária
Resposta: introduzindo um meio de pagamento que seja consensualmente aceito (dinheiro, seja lá sob que forma). Portanto, podemos concluir que: Só faz sentido haver dinheiro em economias em que seja possível produzir excedente de vários bens e que haja alguma divisão social do trabalho, onde alguns se especializam na produção de bens específicos. Do contrário, no caso de dois pescadores ou de várias comunidades auto-suficientes (i.e., que não recorrem ao mercado para ter insumos e que quase não produzem excedente), não haveria necessidade de ter dinheiro

10 2. Economia de escambo X economia monetária
2) Com a introdução do dinheiro, não há mais necessidade de ocorrer coincidência mútua de interesses para haver comércio. Porém, consequentemente, atos de compra e venda passam a ser dois elementos distintos: A compra de B e B compra de C, mas sem comprar nada de A.

11 2. Economia de escambo X economia monetária
3) Nem toda a produção precisa ser consumida ou investida: suponhamos que A vende todo o seu excedente de trigo no mercado e ganha 10 unidades do que se convencionou como dinheiro. Porém, A só gasta 6 unidades de dinheiro com a compra de peixes e poupa as outras 4. No exemplo apenas com A e B sem moeda isso era impossível (supondo que A e B são racionais e não queiram simplesmente jogar fora os seus estoques perecíveis!). Ou seja, surge a possibilidade de que parte da produção não encontre escoamento (não vale a ‘Lei de Say’)

12 3. Funções do Dinheiro Meio de pagamento: não há necessidade de ter peixes para poder comprar trigo. Basta que se tenha dinheiro que o trigo pode ser comprado. Em uma economia monetária, o dinheiro é o meio de troca universal Unidade de conta: todos os preços da economia são representados em dinheiro. Na economia de escambo com vários produtores seria preciso conhecer o valor do trigo em peixe e em outros produtos que houvesse interesse por parte de um produtor individual.

13 3. Funções do Dinheiro 3) Reserva de valor: uma vez que o dinheiro não é um bem perecível como trigo ou peixe, ao não gastá-lo, o produtor pode transportar poder de compra no tempo. OBS: outros bens que não são dinheiro podem ser reserva de valor. Por exemplo, patrimônio físico ou títulos que pagam juros. Todavia, nenhum desses ativos pode ser trocado pelo montante de valor que possui de maneira tão rápida quanto o dinheiro.

14 4. Funções do Dinheiro LIQUIDEZ
Definição: velocidade e facilidade que um ativo possui para ser convertido em meio de troca. Logo, o dinheiro possui maior “liquidez” que qualquer outro ativo na economia, pois, por definição, é o meio de pagamento da economia.

15 4. Características físicas do Dinheiro
Historicamente muitos objetos foram utilizados como dinheiro (trigo, gado, sal, metais etc.). Algumas características precisam ser atendidas para que um objeto possua o papel de dinheiro de forma eficiente, tais como Custo nulo de estocagem e carregamento Divisibilidade (capacidade de ser fracionado) Ser de difícil falsificação (não replicável)

16 4. Características físicas do Dinheiro
Evolução do sistema de pagamentos à luz destas características: Primeiras “moedas” (dinheiro): a escolha óbvia seriam objetos não perecíveis e não replicáveis e de valor (não poderia ser a areia da praia por exemplo). Exemplos de dinheiro-mercadoria nos primórdios das sociedades humanas: gado e sal.

17 4. Características físicas do Dinheiro
Com a descoberta dos metais, esses passaram a ser a moeda-mercadoria de maior eficiência: não são perecíveis, não são replicáveis facilmente e, em algum grau, são divisíveis. Problemas: O que fazer diante de uma transação que envolva muitas quantidades de moeda metálica? É possível misturar certos metais e tirar o seu lastro de valor como mercadoria.

18 4. Características físicas do Dinheiro
O passo seguinte da história do sistema de pagamentos, naturalmente, passa por desvincular o dinheiro de um objeto com valor intrínseco como o ouro ou a prata pelas razões mencionadas As moedas passam a ser de metais pouco nobres tendo seu valor garantido pelo Estado, que possui o monopólio de cunhar as moedas metálicas. Ou seja, o valor do dinheiro se separa do valor da mercadoria que representa o dinheiro

19 4. Características físicas do Dinheiro
A evolução natural foi a introdução de papel moeda. Um objeto que não possui nenhum valor intrínseco mas apenas aquele definido pelo Estado. Obs: em algumas épocas e para alguns países o papel -moeda em circulação tinha um lastro em ouro (ou prata). Isso garantia plena-conversibilidade (i.e., qualquer um que fosse a um banco poderia trocar $ por ouro pois isso era garantido pelo Estado)

20 5. Agregados Monetários Numa economia moderna além do dinheiro sob a forma de cédulas e moedas, temos os bancos comerciais. Portanto, os meios de pagamento são representados pelo papel moeda em poder público (PMPP, cédulas e moedas) mais os depósitos à vista (DV). MP= PMPP + DV Obs: também encontramos com frequência as expressões “moeda manual” (PMPP) e “moeda escritural” (DV).

21 5. Agregados Monetários Emissão de papel-moeda: é um monopólio do Banco Central. Seja PME o papel-moeda emitido pelo Bacen, e EBACEN os encaixes de moeda que ficam no Bacen, teremos que: PME-EBACEN=PMC Onde PMC é o papel moeda em circulação, a diferença entre o total emitido e retido pelo Bacen.

22 5. Agregados Monetários Todavia, nem todo PMC se transforma em PMPP, pois os bancos comerciais também retêm parte do PMC sob a forma de reservas bancárias R. Logo PMPP=PMC-R PMPP=PME-EBACEN-R

23 5. Agregados Monetários Os bancos são obrigados por lei a deixarem uma parte das reservas bancárias no Bacen (em parte, para que o governo controlar se os bancos estão emprestando muito mais do que possuem). Além disso, precisam ter reservas para atenderem as necessidades dos clientes. Portanto do total R, uma parte constitui as reservas normais dos bancos para o seu funcionamento (reservas técnicas, Rt), e outra parte são as reservas dos bancos no bacen (Rbc): R=Rt+Rbc

24 5. Agregados Monetários O total de meios de pagamentos de uma economia (total da oferta de moeda) é normalmente definido pelo agregado monetário chamado M1. Este agregado inclui os ativos de maior liquidez da economia: PMPP e DV. Logo: M1=PMPP+DV

25 5. Agregados Monetários Os agregados seguintes são definidos em adição ao M1, colocando ativos que não são tão líquidos quanto M1 porém são próximos: M2= M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias M3=M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

26 B=M0=PMC+(R-Rt)=PMC+Rbc
5. Agregados Monetários Base monetária (M0, “high powered money”): é o total de papel moeda em poder público e reservas dos bancos. B=M0=PMPP+R Lembrando que: PMPP=PMC-Rt Temos que: B=M0=PMC+(R-Rt)=PMC+Rbc

27 5. Agregados Monetários Como R<DV (veremos porquê mais a frente, mas basicamente porque bancos emprestam mais do que possuem), teremos que: M0<M1 Além disso, por definição: M1<M2<M3

28 5. Agregados Monetários Até agora, só lidamos com definições contábeis. Não há divergência sobre elas. Economistas divergem sobre como elas se comportam e quais são os seus impactos na economia Em relação ao que discutimos, algumas correntes teóricas consideram fundamental saber o quanto de dinheiro circulando na economia existe em um determinado momento. Para estas correntes é fundamental medir corretamente o total de meio de pagamentos, portanto.

29 5. Agregados Monetários Será sempre o M1 a melhor aproximação para a oferta de moeda da economia? Resposta: não. Até 1994 o Brasil vivia em alta inflação. Em determinado momento, todas as contas bancárias pagavam juros. Logo, M1 era muito inferior ao M2 e perdia relevância como medida para a oferta de moeda.

30 5. Agregados Monetários Se os agregados monetários forem diferentes mas sempre se moverem na mesma direção não haveria problema em usar M1 ou M3. Porém, isso não acontece:


Carregar ppt "Economia Monetária Gustavo Lucas."

Apresentações semelhantes


Anúncios Google