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Parasitologia Médica
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Classificação dos Parasitas de Interesse Médico.
Protozoários Helmintos Artrópodes
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Ciclo de Vida Os parasitas podem ter formas diversas (ovos, larvas, agente adulto) Os parasitas podem necessitar de mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida Hospedeiro definitivo: reprodução sexuada Hospedeiro intermediário: reprodução assexuada
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PARASITOSES INTESTINAIS
NO MUNDO: 50% está infectada por parasitos (Penna, 2002) 25% tem ascaridíase (Motta et al., 2000) 0,5 a 20% tem giardíase (Motta et al., 2000) 500 milhões têm amebíase (Motta et al., 2000)
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PARASITOSES INTESTINAIS
NO BRASIL: 30,9% das crianças apresentam parasitose, mais comumente ascaridíase, giardíase e tricuríase. Poliparasitismo em 13,1% (Bresolin et al., 1996) 55% das crianças em estudo multicêntrico.
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PROTOZOÁRIOS Seres unicelulares eucariontes. Sem parede celular
Possuem motilidade. Transmissão: Sexual: Trichomonas vaginalis. Fecal-oral: Giardia lamblia, Entamoeba histolytica. Vetores hematófagos: Plasmodium sp., Leishmania sp., Trypanosoma cruzi.
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Morfologia dos Protozoários
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DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
Topografia Agentes Urogenital Trichomonas vaginalis Intestinal Entamoeba hystolytica Giardia lambia Isospora belli Sangue e Tecidos Toxoplasma gondii Plasmodium Trypanosoma Leishmania
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HELMINTOS
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HELMINTOS Organismos multicelulares com ciclos complexos.
Hospedeiros definitivos e intermediários. 3 classes: Nematóides: áscaris, ancilóstomos, estrongilóides, filária. Cestóides: tênia. Trematóides: esquistossomos.
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ECTOPARASITAS Artrópodes que se aderem à pele podendo causar lesão.
Ex.: escabiose, pediculose, etc.
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Parasitas Diagnóstico
Observação direta (macroscopia – microscopia) Fezes, Urina, Sangue, Tecidos em biópsia, Endoscopia Recursos de Imagem com observação das lesões Eosinofilia – somente entre os vermes invasivos Pesquisa de anticorpos Pesquisa de material genético (PCR)
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Que parasitas? HELMINTOS PROTOZOÁRIOS
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HELMINTOS Organismos multicelulares com ciclos complexos.
Hospedeiros definitivos e intermediários. 3 classes: Nematóides: áscaris, ancilóstomos, estrongilóides, filária. Cestóides: tênia. Trematóides: esquistossomos.
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Patogenia • Doenças com manifestação predominantemente digestiva
• Manifestações particulares extra-intestinais dependentes do parasita considerado • Manifestações gerais dependentes do número de parasitas infectantes e do estado do hospedeiro. • Imunidade: Eosinófilos
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HELMINTOS NEMATELMINTOS PLATELMINTOS Nematódeos Trematódeos Cestóides
ANEMIA: Todos *Desenvolvimento intestinal – migração pulmonar *Ciclo intestinal NEMATELMINTOS Nematódeos Ascaris lumbricoides* Enterobius vermicularis* Ancylostoma duodenale* Necator americanus* Strongyloides stercoralis* Trichuris trichiura* PLATELMINTOS Trematódeos Schistosoma mansoni * Cestóides Taenia saginata Taenia solium Hymenolepis nana Via transcutânea larvas infectantes
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AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
AÇÃO ESPOLIADORA Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. AÇÃO TÓXICA Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. AÇÃO MECÂNICA Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. AÇÃO TRAUMÁTICA É provocada principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de faze-lo. AÇÃO IRRITATIVA Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado.
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SINAIS E SINTOMAS ESPECÍFICOS
Ameba: disenteria, dor abdominal em cólica, evacuações frequentes mucosanguinolentas Giardia: diarréia prolongada, cólicas, distensão abdominal, fezes volumosas, fétidas e com restos alimentares Eliminação de vermes: Ascaris: cilíndricos e esbranquiçados Enteróbios: “fio de linha” Trichuris: pequenos e esbranquiçados Tenia: pedaços achatados (proglotes) Ancilostoma: anemia, melena, pica Trichuris: prolapso retal, edema mucosa reto com pequenos vermes esbranquiçados
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SINAIS E SINTOMAS ESPECÍFICOS
Enterobius: prurido anal e perianal noturno, sono agitado, vulvovaginite Trichuris / Enterobius/ Ancilostoma: diarréia aguda, as vezes muco ou sangue Ascaris: síndrome da oclusão intestinal, com vômitos, distensão abdominal, dor localizada, eliminação vermes pela boca e ânus Ancilostoma / Estrongilóides: lesões pele porção lateral dos pés ou entre os dedos, em área rural Esquistossomose: lesão hiperemiada no pé, com edema, prurido e petéquias Ascaris / Estrongilóides: Síndrome de Loeffer, com infiltrados difusos ao Rx
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AMEBÍASE (E. histolytica)
- assintomática - colite amebiana não-disentérica: diarréia - colite amebiana disentérica: febre, fezes com muco-piosanguinolenta, cólica, tenesmo, perda de peso - infecções extra-intestinais: abscesso hepático e outros Contaminação: alimentos ou água Exame: EPF, PCR em abscesso hepático Tratamento: (1) Metronidazol por 10 dias (2) Tinidazol por 2 dias (3) secnidazol por 1 dia. Em abscesso hepático: Metronidazol EV + Atb , avaliar esvaziamento guiado por US
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GIARDÍASE Transmissão: água e alimentos.
Habita o intestino delgado alto. Clínica: assintomáticos, diarréia, dor abdominal (epigástrica ou periumbilical), vômitos, má absorção intestinal, deficiência de lactase, deficiência de ferro e zinco, desnutrição, distensão abdominal. Tratamento: Metronidazol por 7 dias, albendazol por 5 dias.
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ASCARIDÍASE (A. lumbricoides)
Clínica: assintomático, diarréia aguda, Síndrome de Löeffler (pneumonite, febre, tosse, dispnéia, anorexia, perda de peso, eosinofilia, infiltrados pulmonares ao Rx), migrações (sistema porta, fígado, pulmão, pâncreas, apêndice, vesícula, etc). Transmissão: água e alimentos, aspiração em climas quentes e secos. Tratamento: levamisol, mebendazol, albendazol, pirantel e piperazina, ivermectina (200µg/Kg em dose única). Semi-obstrução intestinal por áscaris: óleo mineral (10 a 30mL de 3/3 hs até eliminação pelo ânus), a seguir piperazina (75-100mg/Kg em 3 tomadas, por 5 a 7 dias).
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ENTEROBÍASE (Oxiúro) Heteroinfecção, infecção direta, auto-infecção direta ou externa/interna, retroinfecção Assintomático Prurido anal noturno/ perda sono/ nervosismo Ceco e apêndice; fêmeas – perianal (vagina/ útero/ trompas) Rompimento fêmea – ovos detectados fezes de até 5% dos pacientes – método da fita gomada/ swab anal Albendazol, mebendazol; Pamoato de pirantel
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Ancilostomíase (A. duodenale e N. americanus)
Sintomas: Desconforto abdominal, flatulência e diarréia, anemia ferropriva, eosinolifia discreta, geofagia, náuseas, sopro cardíaco, cefaléia, enterorragia, hipoproteinemia, pneumonite, dermatite larvária. Contaminação: solo (Via transcutânea). Tratamento: Mebendazol, albendazol e pomoato de pirantel
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ESTRONGILOIDÍASE (S. stercoralis)
Clinica: diarréia, cólica, quadros pseudo- ulcerosos, dermatite larvária, estrongiloídiase disseminada. Transmissão: Heteroinfecção (solo), auto-infecção (interna e externa). Exames laboratoriais: EPF pelo método Baerman- Moraes. Tratamento: tiabendazol, cambendazol e tinidazol, ivermectina ( μg/Kg por 2 dias)
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TRICOCEFALÍASE Clínica: Assintomática ou sintomas gerais leves, enterorragia em desnutridos, prolapso retal. Exames: EPF Tratamento: mebendazol, albendazol por 3 dias, ivermectina (200μg/Kg em dose única) + albendazol (400 μg/Kg em dose única).
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ESCHISTOSSOMOSE Única espécie de trematódeo nas américas de importância médico-sanitária Maior parte dos focos no nordeste do país Contato com águas contaminadas por cercárias que penetram a pele – caramujo Biomphalaria Vermes adultos: sistema porta, pequenas veias íleo terminal e cólon Forma aguda: 45 dias após infecção – assintomática ou com fezes mucosanguinolentas com as fezes, febre alta, mal-estar, emagrecimento, fenômenos alérgicos, tosse, diarréia alternada com constipação, dor abdominal, hepatoesplenomegalia, linfonodomegalias, toxemia Forma grave: hepatoesplênica – hipertensão portal, hemorragia digestiva, distensão abdominal, cor pulmonale crônico Fase crônica: ovos nas paredes do intestino, reto e fígado, e outras localizações, podendo levar até morte EPF: ovos – também na biópsia retal Praziquantel, Oxamniquine
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TENÍASE Sintomas: diarréia, fadiga, tontura, perda de peso, urticária, eosinofilia. T. saginata: semi-obstrução intestinal, colangite, pancreatite. T. solium: cisticercose cerebral. Transmissão: carne contaminada, alimentos. Exames: EPF, Tomografia craniana (neurocistercicose). Tratamento: mebendazol, albendazol, clorossalicilamida.
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HIMENOLEPÍASE Sintomas: incaracterísticos.
O Homem é o único hospedeiro definitivo. Exame: EPF Tratamento: prazinquantel, niclosamida em 5 doses, mebendazol.
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Tratamento Anti-protozoários (inibem a replicação)
Metais pesados - arsênico e antimonio - Leishmania Aminoquinoleinas - chloroquina, quinino - Malaria Trimetoprim, sulfas – Anti-fólicos - Toxoplasmose, Malaria Síntese de proteínas - Malaria, Entamoeba, Cryptosporidium Metronidazol - DNA - Entamoeba, Giardia, Trichomonas Quinolones - Ciprofloxacin - Malaria
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Tratamento Anti-helminticos
Benzimidazóis- interfere na captação de glicose – Largo espectro: Mebendazol, Albendazol, Thiabendazol Pamoato de Pyrantel – bloqueador neuromuscular - Ascaris, Enterobius Piperazina - paralisia muscular - Ascaris, Enterobius Ivermectina - Ação – receptores do GABA, ocorre hiperpolarização e paralização do verme - Filaria Praziquantel - da permeabilidade de membrana ao cálcio – contratura e paralisia do parasita – Amplo espectro
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PARASITOSES INTESTINAIS TRATAMENTO
Amebíase Metronidazol 30-40mg/Kg/dia por 7 dias Ancilostomíase Mebendazol Albendazol Levamisol 100 mg/Kg/dia, 2 x/dia,3 dias 400mg/dia, dose única <2a: mg 2-8 a: mg > 8 a: mg Ascaridíase Ivermectina 100 mg/dia, 2x/dia, 3 dias 400 mg/dia, dose única = Ancilostomíase 200µg/Kg, dose única Estrongiloidíase Tiabendazol 25 mg/Kg/dia, 2x/dia, 3 dias 400 mg/dia, 3 dias µg/Kg, por 2 dias.
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PARASITOSES INTESTINAIS TRATAMENTO
Giardíase Metronidazol Albendazol 30-40mg/Kg/dia, 7 dias 400 mg/dia, 5 dias Himenolepíase Mebendazol Prazinquantel 200 mg/dia, 2x/dia,3 dias 20 mg/Kg, dose única Oxiuríase 100 mg/dose única, =1/15 dias 400 mg/dose única, =1/15 dias Teníase Tricocefalíase Prazinquante Levamisol (Ivermectina + Albendazol) 100 mg/dia, 2x/dia, 3 dias 400 mg/dia, dose única >8a: mg (200µg/Kg mg/Kg, dose única – em pacientes sem resposta ao tratamento)
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