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TEOLOGIA LATINO-AMERICANA

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Apresentação em tema: "TEOLOGIA LATINO-AMERICANA"— Transcrição da apresentação:

1 TEOLOGIA LATINO-AMERICANA
Pós-graduação em Teologia Sistemática

2 TLA – Teologias Precursoras
Teologia da Esperança Redescoberta da Escatologia Até o séc. XX a escatologia era tratada como teologia última e das últimas coisas. A discussão em torno do assunto teve início no final do séc. XIX e começo do séc. XX. Contribuíram para isto as pesquisas em cristologia do teólogo Albert Schweitzer: A mensagem do Jesus histórico era uma mensagem escatológica; O cristianismo sofreu um processo de desescatologização; Era preciso recuperar na mensagem cristã sua dimensão escatológica; O Jesus histórico é também o Jesus escatológico, envolvido com o apocalipcismo do judaísmo tardio; Recuperou-se o conteúdo escatológico, mas na figura “escatologia presente”, ou seja “ cada momento da existência um momento escatológico”, em Bultmann e Barth “à decisão de fé transforma o instante perecível do presente em momento escatológico”. Contribuiu para isto também a teologia de Oscar Culmann, sobre o Reino presente e futuro.

3 A Teologia da Esperança
Jürgen Moltmann e a Teologia da Esperança Publicou em 1964 a obra chamada Teologia da Esperança, que trata de pesquisas sobre os fundamentos e implicações da escatologia cristã. A) PRIMAZIA DA ESPERANÇA – Moltmann afirma a prioridade da fé e o primado da esperança: - a fé implica a esperança; - fé sem esperança = enfraquecimento - esperança sem fé = utopia (perde a dimensão teológica) CRISTOLOGIA ESCATOLÓGICA - AT – religião de Israel não como epifania, mas de promessa; - Revelação como promessa – abrindo horizontes históricos e escatológicos; - Mensagem dos Profetas – momento em que a promessa veterotestamentária assume a dimensão escatológica: 1) senhorio universal de Javé; 2) um futuro que envolve todos os povos; 3) um futuro histórico- escatológico estendido a todos os povos e até os confins mais remotos da realidade.

4 A Teologia da Esperança
- Bíblia – livro das promessas de Deus; - Evangelho: 1) Caráter promissório; 2) ratifica as promessas do AT; 3) aponta para o futuro da salvação escatológica; 4) promessa aberta acerca do futuro de Cristo - Escatologia Cristã – cristologia em perspectiva escatológica; - onde foram lançados as bases do futuro da humanidade.

5 A Teologia da Esperança
C) ECLESIOLOGIA MESSIÂNICA A promessa gera missão; A missão é a esperança da fé em ação A Igreja e o cristianismo são na modernidade socialmente marginalizados. Não são mais visto como religião da sociedade, mas tão somente com funções secundárias de alívio e consolo. A comunidade dos cristãos: a) não existe em função de uma eclesialização do mundo; b) mas também não existe em função da estabilização da sociedade; c) vive de uma promessa que aponta para uma esperança para toda a humanidade. O que a coloca em missão no mundo. A Missão: a) É para todo o mundo; b) É de toda a Igreja A Bíblia é o livro da revelação na medida em que é o livro da promessa divina. A promessa alimenta a esperança e a esperança impulsiona a missão.

6 Humanismo Político Rúbem Alves, em seu livro Da Esperança, afirma que:
o homem é um ser histórico, não é acabado e nem preexiste à história; Portanto, não é somente um ser no mundo, mas é um com o mundo; A relação entre homem e mundo é dialética; É preciso que o homem seja transformado, criado pelo mundo e o mundo seja humanizado; O homem faz mais do que reagir ao mundo, responde a ele e, ao responder é transformado, torna-se diferente; Ao responder ao mundo ele se torna diferente: histórico e livre; quando então o homem também se faz histórico e livre; Homem e mundo são inconclusos ma esfera da história;

7 Humanismo Político A linguagem é a forma como o homem interage com o mundo. A linguagem histórica conta a história humana de forma interpretada e consciente. Ela: a) não se estabiliza; b) é sempre inconclusa; c) não pode ser reduzida a uma porção de símbolos; d) se movimenta conforme o homem se movimenta; e) através dela o novo sujeito faz-se presente na história; f) determina os limites da nova comunidade. A Nova Comunidade: a) surge com a nova linguagem; b) é composta por aqueles que compartilham de uma mesma experiência histórica, auto-compreensão e meta; c)quando os homens falam uma linguagem comum, e reconhecem-se como participantes de uma mesma compreensão de mundo, de projeto e vocação.

8 Humanismo Político O HUMANISMO POLÍTICO é apresentado por Rúbem Alves como a emergência de um novo tipo de consciência e de linguagem, portanto, a criação de uma nova comunidade, a qual se chama de “proletariado mundial”, referindo-se àqueles que compreendem a si próprios como proletários, no mundo em que se encontram, unindo povos do terceiro mundo a outros grupos das nações ricas, como: NEGRO NORTE-AMERICANO – aquele que vivia aquém (excluído) de uma economia abundante.

9 Humanismo Político Assim como o terceiro mundo, sonhava em fazer parte das nações desenvolvidas, com a integração e a aceitação pela sociedade branca. Mas, houve uma mudança de mentalidade: 1) a pobreza não era o problema fundamental, mas o empobrecimento a que foram submetidos; 2) o empobrecimento se dava através de uma forma de colonialismo, intrínseco às relações entre pobres e ricos, e que passou a ser visto como uma relação em que aos dominados não se permite que se tornem criadores de sua própria história, pois estão reduzidos a uma situação de reflexividade (o planejamento de suas vidas não se dava com base em suas próprias necessidades, mas as de seus dominadores) Para a consciência proletária isso explicava porque, após todos os programas de ajuda ao desenvolvimento patrocinados pelas nações desenvolvidas, as subdesenvolvidas se tornavam, mais do que nunca, uma presa fácil do crescimento anormal de suas contradições internas, da deterioração de suas economias e do abismo que as separava das nações ricas. E como poderia ser de outra forma, se não lhes havia sido permitido serem sujeitos de seu próprio desenvolvimento? (Da Esperança, p. 50)

10 Proletariado como consciência de impotência
Sentimento da geração de estudantes de meados da década de 60. Embora bem cuidados não eram criadores de sua própria história, pois: a) eram colocados em universidades que eram verdadeiras fábricas de conhecimento; b) eram preparados para servir às burocracias da sociedade, ou seja, um sistema já estabelecido, tendo que aprender a participar de um jogo onde todas as regras já foram determinadas, reprimindo seus impulsos mais criativos; c) sentiram-se explorados, pois não poderiam participar da construção do mundo, tornando-se somente objetos da história, proletários.

11 A Consciência Oprimida:
É incapaz de planejar o futuro, apenas joga com ele; O futuro pertence ao seu senhor; Retrai a sua ação como reflexo da impotência à qual foi reduzido;

12 Algo mudou... Leitura pág. 53.

13 TdL – Teologia da Libertação
Contexto de Surgimento: 1) surgimento e desaparecimento de várias teologias; 2) cansaço em relação ao questionamento intelectual do ateísmo, por não ser o único desafio da modernidade, no qual os teólogos estavam presos; 3) preocupação em relação aos desafios da opressão social e econômica dos povos na época, levantado por Karl Marx e que se apresentava como a 2ª fase do iluminismo; 4) os chamados “teólogos radicais” criticam a teologia em “torre de marfim”, que somente se ocupava em responder às críticas ateístas; 5) a busca por resposta aos oprimidos e tiranizados, bem como o esforço por responder à experiência contemporânea de opressão e da relação de Deus e do cristianismo com tal situação, deu origem à chamada Teologia da Libertação. TdLs que se destacaram: Teologia Negra Teologia Latino-americana Teologia Asiática Teologia Feminina

14 Contexto em que surgiu a TdL
SÓCIO- POLÍTICO: Situação de opressão, pobreza e marginalização da América Latina, nas décadas de 60 a 70. Conforme Leonardo Boff a Teologia da Libertação nasce “de uma indignação ética diante da pobreza e da marginalização de grandes massas de nosso continente”. Como Teologia de resposta aos movimentos libertacionistas ocorridos na AL nas décadas de 60 e 70. SÓCIO-ECLESIAL: Fase de Preparação: 62 a 68 – do início do Concílio Vaticano II à II CELAM em Medellín. Fase de elaboração: 68 A 75 – com a publicação de literaturas que tratavam do assunto. Fase de Sistematização: a partir de 76 – preocupação com o método e uma reflexão sistematizada. Surgem obras como Teologia da Libertação de Gustavo Gutiérrez (71/Lima), que se apresenta como primeiro tratado sistemático da TdL e a define como “reflexão crítica da práxis histórica à luz da fé”.

15 Contexto Sócio-político-econômico O PACTO POPULISTA
a) estimulou o clima libertário; b) fenômeno político ocorrido entre os anos 40 a 60, encarnado no Brasil nas figuras de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart;

16 Reformas de Base Reforma Agrária

17 Teologia Negra Própria dos negros norte-americanos, com ênfase nos temas: a) da igualdade de todas as pessoas; b) na justiça – como vitória final da causa da humanidade. O Movimento dos Direitos Civis na déc. de 60 desencadeou uma busca por uma resposta teológica à questão do problema do negro norte-americano, dando origem à chamada Teologia Negra (60-70). Foi bastante influenciada pela Teologia Secular de Dietrich Bonhoeffer, visando atingir a opressão mesmo dentro do ambiente cristão. Preocupações da Teologia Negra: a) concentrar-se no agir (práxis) e não na contemplação; b) desejo de mudar a realidade e não apenas refletir a sobre a sua natureza; c) ser reflexão crítica em ação na luta pela libertação. Foi um fenômeno protestante, diferentemente da TdL/TLA que surgiu primeiramente em círculos católicos.

18 Teologia Negra Década de 60 para os negros norte-americanos:
1) atividades libertacionistas de Martin Luther King Jr.

19 Teologia Negra b) publicações diversas sobre a causa negra
c) Desenvolvimento da TN 1) – fim da subordinação das Igrejas ao protestantismo branco – Movimento dos Direitos Civis e Black Power

20 Teologia Negra Trabalho de pensadores para sistematizar a TN;
77 – Contato com outros movimentos de libertação, bem como da experiência negra com a de outros oprimidos; Retorno à ênfase na Igreja Negra, treinamento de líderes, seminários e publicações para as igrejas. TEÓLOGOS DA TN Joseph R. Washington Apresentou a TN como fenômeno distinto dentro do protestantismo. Defendeu a extinção do culto segregado e a luta pela assimilação dentro da comunidade cristã em geral. Albert Cleager Jr. Pastor do Santuário da Madona Negra, afirmava a necessidade da ressurreição da igreja negra com seu messias negro. Conclamava todos os negros a deixar qualquer identificação como escravos de brancos. Afirmava que a Bíblia havia sido escrita por judeus e corrompida por Paulo para adaptá-la aos europeus.

21 James H. Cone Um dos principais e mais representativos teólogos negros (autor de Uma Teologia Negra de Libertação). Esforço: Aplicar a fé cristã a causa da libertação negra – em resposta aos opositores do cristianismo por considerá-lo uma religião dos brancos. Análise da condição negra a luz da revelação com o propósito de criar um senso de dignidade negra para fins da destruição do racismo branco. Teologia negra com a teologia étnica (forma fundamental de pecado). Compreensão que Cristo é negro, portanto a Igreja deve tornar-se negra com ele.

22 TLN Atividade libertadora de Deus como centro da Teologia.
Teologia não como ontologia, mas o estudo da atividade libertadora de Deus no mundo. A revelação como um acontecimento (Barth), neste caso, negro, aquilo que os negros estão fazendo em favor de sua libertação.

23 Pontos focais para a TLN
Manter constante tensão as comunidades bíblicas e as comunidade contemporâneas de fé (círculo hermenêutico). Deus é negro e uniu-se a condição de opressão e é conhecido onde quer que as pessoas estejam passando por humilhações e sofrimento. Jesus é o Messias negro e a revelação de Deus, que se expressa de forma concreta na situação contemporânea. A Revolução negra é o “Reino de Deus tornando-se realidade na América”. A salvação é manifesta em termos de libertação e justiça neste mundo, e não simples, escatológica.

24 242.2 Teologia da Libertação
Leonardo Boff Clodovis Boff G. Gutiérrez J.B. Libânio J. L. Segundo

25 Teoria da Dependência ISTO É Nº 1578 – 29 de dezembro de 1999   Foto: Ag. Estado Milagre econômico Anos de estupendo crescimento econômico e inflação dentro do aceitável pareciam mesmo um prodígio dos deuses. À frente do milagre econômico que turbinou a economia do País de 1969 a 1973, no governo do general Emílio Garrastazu Medici, estava o hoje deputado federal Delfim Netto (PPB-SP). Linha duríssima, Médici notabilizou-se pela truculência. A repressão dos movimentos de oposição se dava às pauladas. Para compensar a ferocidade de seu governo, o general optou por uma política econômica que encorajava o consumo da classe média com facilidades no crédito. O PIB cresceu em média 11,2% anuais, contra uma inflação que não ultrapassava os 18%. A fartura de recursos na economia mundial ajudou. Os países em desenvolvimento aproveitaram para tomar dinheiro emprestado e financiar seu crescimento. Com isso sua dívida externa explodiu. O rombo dos países não-produtores de petróleo saltou de US$ 40 bilhões, em 1967, para astronômicos US$ 97 bilhões em "Outro aspecto negativo do milagre foi a desproporção entre o avanço econômico e o retardamento ou abandono dos programas sociais pelo Estado", observa o historiador Boris Fausto.

26 A QUESTÃO DO MÉTODO Observações:
Propõe um novo modo de fazer teologia, concebida como ato segundo, para a qual a fé experimentada é o ato primeiro; No entanto, a fé como práxis histórica e situada; O processo é: a) Sócio-político – libertação dos oprimidos b) Antropológico – para uma sociedade de dimensão humana; c) Teológico – libertação do pecado, raiz última da injustiça e opressão. Os quatro elementos que estruturam o discurso da TdL: 1) Opção política, ética e evangélica em favor dos pobres: a) Opção política – que situa o teólogo socialmente, b) Ética – nasce de uma indignação c) Evangélica – sua motivação está no evangelho Neste sentido, ela pretende: - avaliar a realidade social a partir dos pobres (ver) - refletir teologicamente a partir da causa dos pobres - agir pela libertação dos pobres

27 A QUESTÃO DO MÉTODO 2) Utiliza a mediação sócioanalítica das ciências sociais: a) por visar a práxis; b) embora não exclua as demais áreas do conhecimento, principalmente a Filosofia 3) Exige uma renovada utilização da mediação hermenêutica: a) interpreta a Escritura a partir de uma situação política e social determinada e com a mediação sócioanalítica; b) Por outro a realidade é interpretada na perspectiva teológica acima descrita. Uso do círculo hermenêutico, ou seja: SITUAÇÃO CONCRETA (que produz) INTERROGAÇÕES ATUAIS (que são levadas à:) REVELAÇÃO (que responde à:) SITUAÇÃO INDIVIDUAL E SOCIAL DAQUELE QUE INTERROGA

28 SITUAÇÃO INDIVIDUAL E SOCIAL DAQUELE QUE INTERROGA
Uso do círculo hermenêutico, ou seja: SITUAÇÃO CONCRETA (que produz) INTERROGAÇÕES ATUAIS (que são levadas à:) REVELAÇÃO (que responde à:) SITUAÇÃO INDIVIDUAL E SOCIAL DAQUELE QUE INTERROGA

29 A QUESTÃO DO MÉTODO 14) Mediação prático-pastoral – é conseqüente à análise socioanalítica e ao esforço hermenêutico-teológico. Porque é teologia que visa a a ação eclesial transformadora, a partir da própria pastoral. As três mediações estão articuladas entre si e dão forma a Teologia da Libertação.


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