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FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09

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Apresentação em tema: "FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09"— Transcrição da apresentação:

1 FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09
MORTE “Morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).” João Cabral de Melo Neto FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09

2 Direitos do paciente à luz da legislação brasileira
1) O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de Saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento; 2) o paciente tem direito a morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento, e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida; 3) o paciente tem direito a dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito; 4) o paciente tem direito a não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação;

3 FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09
Aproximação da Morte Proporcionar conforto é o objetivo primário da equipe de enfermagem à pessoa agonizante; Dependerá das circunstâncias, estado emocional e crenças, bem como do grau de sensibilidade e preparo da equipe que presta atendimento; Deve-se envolver a família e pessoas próximas nos cuidados. FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09

4 ETAPAS DO PROCESSO DE MORRER
ETAPA DA NEGAÇÃO Essa primeira fase é determinada por uma série de comportamentos e atitudes do paciente que tendem a negar ou a minimizar sua situação; A pessoa reage utilizando um mecanismo de defesa para reduzir sua angústia; Esse tipo de negação se caracteriza por observações como: “não pode ser que isto esteja acontecendo comigo”, “o médico equivocou-se quanto ao meu diagnóstico”, ou qualquer outra expressão que reflita a dificuldade para aceitar uma realidade.

5 ETAPAS DO PROCESSO DE MORRER
ETAPA DA RAIVA Quando não se pode continuar mantendo a primeira atitude, que é a negação, passa-se à expressão de sentimentos de ira, raiva, inveja ou ressentimento; A reação violenta é observada no ambiente mais próximo do sujeito, sua família e os que cuidam dele. Geralmente descarrega a sua rebeldia, a sua cólera nas pessoas que mais ama. Nessa fase é importante que as pessoas que cuidam dele percebam que a agressividade ou crítica nada tem a ver com eles, mas é a expressão das dificuldades vividas pelo paciente.

6 ETAPAS DO PROCESSO DE MORRER
ETAPA DA BARGANHA Durante essa fase, o paciente pode fazer determinadas promessas ou contrapartidas caso os seus desejos sejam satisfeitos, essas promessas estão relacionadas às crenças da pessoa e a seus sentimentos de culpa. Pode pactuar com Deus ou qualquer outra pessoa superior na qual creia.; É assim que começam as promessas, as súplicas, as chantagens etc., com a finalidade de alongar o seu tempo de vida; Diferentemente da anterior, é uma etapa silenciosa, que às vezes não é percebida pelas pessoas que rodeiam.

7 ETAPAS DO PROCESSO DE MORRER
ETAPA DA DEPRESSÃO Essa etapa coincide com o momento no qual o paciente se dá conta do avanço da sua doença e das dificuldades que acarreta o seu estado físico. Surge assim uma intensa sensação de perda e torna-se potente uma intensa reação de depressão, diante da consciência de que vai perder tudo e todos; O silêncio, as lágrimas, o semblante triste, o olhar perdido e as expressões de autocomiseração são manifestações que permitem identificar facilmente que o paciente está passando por uma fase depressiva generalizada.

8 ETAPAS DO PROCESSO DE MORRER
ETAPA DA ACEITAÇÃO Nessa última fase o paciente aceita o seu destino de maneira consciente e serena, preparando-se para a morte. Deixa de lutar, e o interesse pelas pessoas que o cercam diminui consideravelmente, habitualmente o paciente deseja estar sozinho e não demonstra nem o desespero nem a raiva das etapas anteriores, sinal de que parece estar em paz, aguardando o momento da morte; Nesse momento, a família do paciente necessita de mais compreensão e ajuda do que o próprio paciente, para poder despedir-se dele e passar por seu próprio processo de luto.

9 ETAPAS DO PROCESSO DE MORRER
NECESSIDADES ESPIRITUAIS Muitos dos pacientes agonizantes encontram grande ajuda e consolo em suas crenças religiosas. É importante conhecer as necessidades espirituais de um paciente que enfrenta a morte e esforçar-se para que seja assistido conforme sua crença.

10 Alterações que antecedem a morte
Neurológicos: agitação psicomotora, estado de inconsciência, diminuição ou abolição de reflexos, relaxamento muscular, queda da mandíbula, incapacidade de deglutição, acúmulo de secreção orofaríngea, relaxamento esfincteriano e midríase. Cardiocirculatório e respiratório: pulso filiforme, hipotensão arterial, choque, taquicardia ou bradicardia, dispnéia acentuada, respiração ruidosa e irregular, cianose, equimoses, pele pálida e fria, sudorese fria e viscosa.

11 Cuidados paliativos “Da mesma forma que existe uma preparação para o nascimento, é preciso ter uma diante da morte”. O objetivo do grupo de cuidados paliativos é preparar o enfermo e seus familiares para uma passagem tranquila.

12 FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09
Cuidados paliativos O primeiro passo é aliviar a dor do doente. Se não há mais meios de tratar a enfermidade, a idéia é controlar ao máximo os sintomas e diminuir a agonia. Como há muitos pacientes que preferem ficar em casa, a assistência pode ser prestada a domicílio. "O sofrimento somente é intolerável quando ninguém cuida" (Cicely Saunders) FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09

13 Chamando a família de um paciente em iminência de morte
Ajudar alguém enlutado requer compaixão, discernimento e muito amor da sua parte. Não diga simplesmente: Se houver algo que eu possa fazer... descubra você mesmo este “algo”, e depois tome a devida iniciativa. “Os médicos têm o costume de olhar apenas para a doença. Ao perceberem que não é possível fazer mais nada, deixam o paciente de lado. É preciso entender que o foco do tratamento é o doente, e não seu problema de saúde”. Marco Tullio de Assis Figueiredo FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09

14 O Enlutado Sintomas físicos, que são decorrências fisiológicas normais do enlutamento: Solidão e isolamento; A forte intensidade do luto às vezes acompanhado por sentimentos de pânico ou idéias suicidas; Medo do colapso nervoso, muitas vezes referido após a experiência de ver ou ouvir o morto; Falta de um espaço para a expressão de culpa ou raiva, uma vez que a família está enlutada e, muitas vezes, não oferece espaço para essas manifestações.

15 O que fazer... Escute - Seja “rápido no ouvir”, uma das coisas mais prestimosas que podemos fazer é partilhar a dor da pessoa enlutada por escutar. Inspire confiança - Assegure-lhes que fizeram tudo o que era possível (ou aquilo que sabe ser verdadeiro e positivo).

16 O que não fazer... Não evite o contato com eles por não saber o que dizer ou fazer; Não se precipite em aconselhá-los a desfazer-se dos objetos pessoais do falecido antes de estarem dispostos a fazer; Não os pressione para deixarem de sentir pesar; Não evite mencionar a pessoa falecida; Não se precipite em dizer: “Assim foi melhor”.

17 Realizando os cuidados terminais
Objetivo último da medicina "curar às vezes, aliviar freqüentemente e confortar sempre“ (Adágio Francês do século XVI) Geralmente o médico comunica o óbito a família. É necessário lembrar que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que sua família deve ser atendida com toda a atenção, respeitando-se sua dor e informando-a cuidadosamente, de modo compreensível, sobre os procedimentos a serem realizados. FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09

18 Realizando os cuidados terminais
Após a constatação do óbito inicia-se o preparo do corpo: limpeza e identificação, evitar odores desagradáveis e saída de secreções e sangue e adequar a posição do corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica. Durante o ritual de preparo do corpo, as cortinas em torno dele devem ser cerradas ou os biombos colocados ao redor do leito, evitando mal-estar aos demais clientes do lado, que muitas vezes percebem o ocorrido por intermédio da linguagem não-verbal que a equipe utiliza.

19 Realizando os cuidados terminais
A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da parada cardiorrespiratória, as manobras de reanimação e os medicamentos utilizados, a hora e a causa da morte, assim como o nome do médico que constatou; Nos casos de trauma (arma de fogo, arma branca, acidentes de qualquer tipo, suicídio), os cadáveres devem ser encaminhados ao IML, sem tamponamento, com uma guia especial. Neste caso não preenchimento de atestado de óbito.

20 Cuidados Terminais Colocar biombos em volta do leito se for enfermaria; proporcionar ambiente calmo, arejado, silencioso. Quanto à integridade de pele e mucosas: manter o paciente limpo, seco, confortável, livre de odores, mudança de decúbito, tendo-se o cuidado de manter o alinhamento correto do corpo, em cama confortável e com grades, massagem de conforto, higiene oral frequente, mantendo os lábios lubrificados, higiene ocular com água boricada e proteção se estiver sem reflexo palpebral (pode-se ocluir os olhos, abaixando-se as pálpebras e colocando tira fina de esparadrapo, ou proteger com gaze umedecida em água boricada), manter curativos limpos.

21 Cuidados Terminais Manter o controle dos sinais vitais, sondas, drenos, eliminações, venóclise. Zelar pela permeabilidade das vias aéreas superiores, retirar prótese dentária, aspirar secreção orofaríngea e endotraqueal, umidecer o ar inspirado. Observar e anotar qualquer anormalidade, notificando a enfermeira ou médico. O conforto, o apoio e o encorajamento são essenciais, tanto para o paciente como para os familiares. Contudo, a maneira de abordá-los vai depender das circunstâncias, do estado emocional em que se encontram, da concepção filosófica e também do grau de sensibilidade e preparo da equipe.

22 Cuidados Terminais Estar ciente de que a audição é o último sentido que se extingue, de maneira que a equipe deve zelar por uma atitude de respeito, propiciando ambiente calmo, sem tecer comentários alusivos a sua doença ou que possam ferir a sua sensibilidade.

23 Cuidados Terminais A assistência ao corpo de um paciente após a morte deve ser prestada com dignidade e respeito, independentemente do procedimento a ser seguido. Os profissionais da equipe de enfermagem extrapolam a dimensão do cuidar e do cuidado para além do momento de morte já que a eles cabem o cuidado com o corpo pós-morte. O decreto ­/87, que regulamenta a Lei nº 7.498/86, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem em nosso país, determina:

24 Cuidados Terminais “Art. 11– O auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas a equipe de Enfermagem, cabendo-lhe: VIII – Participar dos procedimentos pós-morte.” O Código de ética dos profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN nº 311/2007), em sua Seção I, das relações com a pessoa, família e coletividade; das responsabilidades e deveres dos profissionais de enfermagem, afirma: “Art. 19 – Respeitar o pudor, a privacidade e intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte.”

25 TIPOS DE ÓBITO Definido – quando a causa da morte é conhecida;
Mal-definido – quando a causa da morte é desconhecida. O corpo é submetido à autópsia; Caso de polícia – tem comprometimento legal. São óbitos decorrentes de acidentes e agressões, o corpo é encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

26 Preparo do Corpo

27 Preparo do Corpo

28 Preparo do Corpo DETALHES IMPORTANTES AO PREPARAR O CORPO
Observar à hora, fechar os olhos, elevar ligeiramente a cabeceira deixando os membros alinhados, colocar a prótese dentária se houver, retirar sondas, drenos, cateteres, cânulas e etc. Retirar da cama travesseiro e roupas extras, cobrir o corpo com um lençol, reunir o material para o preparo do corpo.

29 Preparo do Corpo FINALIDADES:
Deixar o corpo limpo e asseado, colocar em boa posição, evitar a saída de gases, evitar mal odor, evitar a saída de sangue e excreções, preservar a aparência natural do corpo, preparar o corpo para o funeral, facilitar a identificação do corpo.

30 Preparo do Corpo MATERIAL
Bandeja, que deve ser colocada em um carrinho ou mesa auxiliar, contendo: uma bacia com água, duas etiquetas com os dados do falecido, uma cuba-rim com pinça anatômica, esparadrapo, ataduras, luvas de banho, gaze ou pedaço de pano, luvas de procedimento, algodão, absorvente, saco plástico para resíduos, alfinetes de segurança ou fita crepe, tesoura, material de curativo, avental, lençóis, hamper, biombos, roupas limpas para o sepultamento.

31 Preparo do Corpo MÉTODO DE PREPARO
Cercar o leito com biombos, colocar o avental e calçar as luvas de procedimento e outros equipamentos de proteção individual (EPI), com máscara e óculos caso necessário; Retirar todos os travesseiros, deixando o cadáver em decúbito dorsal horizontal; Trazer o material, colocando a bandeja na mesa de cabeceira ou aproximar o carrinho ou mesa auxiliar; Retirar sondas, drenos, cateteres e trocas os curativos, fixando-os bem; Soltar as roupas de cama; Retirar a roupa do corpo colocando-a no hamper (Caso seja do paciente, guardar pertences para entregar a família);

32 Preparo do Corpo Lavar o corpo mantendo-o coberto com o lençol;
Tamponar orelha e orofaringe (Boca e faringe). Na orelha, introduzir o algodão o mais profundamente possível; Para a região orofaríngea tracionar a língua para frente. Com a pinça introduzir o algodão de modo a bloquear a orofaringe; Tamponar o ânus e a vagina (Caso seja o sexo feminino), introduzindo algodão, e externamente colocar o absorvente ou algodão para coletar urina ou fezes; Colocar uma das etiquetas no peito do falecido fixando com esparadrapo ou outra fita adesiva;

33 Vestir a roupa a ser usada para o sepultamento;
Enfaixar o queixo, pés e mão usando ataduras; Virar o corpo em decúbito lateral e estender o lençol sobre o colchão; Envolver o corpo com o lençol; Colocar a segunda etiqueta presa com alfinete ou fita adesiva no lençol, a altura peito, com as informações viradas para o lençol, impossibilitando a leitura indesejável ao transportar o cadáver; Colocar o corpo sobre a mesa (sem colchonete) e transportá-lo ao necrotério; Providenciar a limpeza e a ordem do material; Tirar o avental, as luvas e lavar as mãos; Anotar no prontuário “óbito”, horário e outros dados do interesse.

34 OBSERVAÇÕES Se o paciente tiver prótese dentária colocá-la imediatamente após a morte; Fechar os olhos, fazendo compressão nas pálpebras ou colocando compressas de gaze embebida em água fria, gelada ou éter; Se houver curativo, substituir por curativo limpo; O tamponamento só pode ser efetuado após a assinatura do atestado de óbito; Nas etiquetas devem constar: nome, leito, clínica, data e hora do falecimento e o nome de quem preparou o corpo do falecido; Se o morto tiver objetos de uso pessoal (aliança, relógio, etc.). Entregar a família ou a seção competente;

35 O corpo deve permanecer no necrotério até que seja feita a necropsia ou o enterro;
Zelar para que a família seja imediatamente avisada. Dar apoio emocional e orientação para o funeral se necessário. Nos locais onde a funerária faz o tamponamento a técnica descrita acima deve ser reavaliada. No caso de portador de HIV ou de outra doença transmissível: Usar avental, luvas, óculos e máscara; Manipular o corpo o mínimo possível; Envolver o corpo em lençol e plástico (para o transporte), quando apresentar possibilidade de extravasamento de secreções, colocando o rótulo “RISCO DE CONTAMINAÇÃO”. A urna deve permanecer fechada.

36 FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09
OBRIGADO Espera-se que a equipe de enfermagem, mediante o cuidado profissional, desenvolva suas ações objetivando não somente assistir o ser humano no instante sublime que é seu nascimento, mas se comprometer com esse momento desconhecido em sua essência, ou seja, o momento da morte. Prof. Euler Esteves Ribeiro, M.D., Ph.D. FMT - Enfermagem - T IV - 3º semestre - Dez/09


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