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ECONOMIA BRASILEIRA II

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Apresentação em tema: "ECONOMIA BRASILEIRA II"— Transcrição da apresentação:

1 ECONOMIA BRASILEIRA II
Professor: Cezar augusto pereira dos santos

2 INTRODUÇÃO AO PLANO REAL
TEMA: PLANO REAL CONTEXTO E FASES ASSUNTO: Contexto de lançamento; Diagnóstico; Fases;

3 O Plano Real: Concepção e Prática - GIAMBIAGI
Plano concebido como um programa em três fases: FASE FASE I: Promover um ajuste fiscal que levasse ao “estabelecimento do equilíbrio das contas do governo” FASE II: “Criação de um padrão estável de valor denominado Unidade Real de Valor — URV”; FASE III: Concessão de poder liberatório à unidade de conta e estabelecimento das “regras de emissão e lastreamento da nova moeda (Real) de forma a garantir a sua estabilidade”.

4 O Plano Real: Concepção e Prática - GIAMBIAGI
Diagnóstico dos formuladores do Plano Real sobre a principal causa da Inflação no Brasil? No Plano Cruzado o diagnóstico inercial estava correto, mas a concepção do Plano e a condução da política econômica pós plano inviabilizou seu sucesso; Os demais planos partiram de um diagnóstico equivocado, pois a própria sucessão de choques fazia com que a inflação perdesse seu caráter inercial (tendência de retorno de novos choques); Base Reforma Monetária (LARIDA);

5 O Plano Real: Concepção e Prática - GIAMBIAGI

6 O Plano Real: Concepção e Prática - GIAMBIAGI

7 O Plano Real: Fase I: O Ajuste Fiscal (GIAMBIAGI)
A chamada “primeira fase” do Plano Real foi composta por dois esforços de ajuste fiscal: PAI: Programa de Ação Imediata FSE: Fundo Social de Emergência Objetivo do ajuste fiscal: equacionar o desequilíbrio orçamentário para os próximos anos e impedir que daí decorressem pressões inflacionárias;

8 O Plano Real: Fase I: O Ajuste Fiscal (GIAMBIAGI)
Essas medidas deveriam ser de caráter temporário, serviriam para dar um fôlego fiscal durante a vigência das mesmas, mas não se constituíam em solução definitiva. Nesse prazo temporário o que o Governo deveria fazer? Conforme o governo, pretendia-se, com o FSE, resolver a questão do financiamento dos programas sociais brasileiros, identificados como prioritários; O caráter “emergencial” do FSE se devia ao fato de que, originalmente, era previsto para vigorar por um período de apenas dois anos ( ), mas foi sistematicamente prorrogado, com outros nomes até 1997;

9 O Plano Real: Fase I: O Ajuste Fiscal (GIAMBIAGI)
O FSE foi aprovado em 28 de fevereiro de Nesse ano tivemos um primeiro semestre de elevada inflação (em média, 43% ao mês) e um segundo semestre de inflação relativamente baixa, 3% ao mês, em média (INPC/IBGE); Se o FSE tivesse sido efetivo, as contas fiscais deveriam permanecer relativamente inalteradas pelo fim da inflação. Mas, dados mostram que, ao longo do ano de 1994 (com a aprovação do Fundo), houve uma melhora nas contas fiscais de 1,08% do PIB e, em 1995, uma piora significativa;

10 O Plano Real: Fase I: O Ajuste Fiscal (GIAMBIAGI)
O ajuste fiscal não se comprovou, na prática, como precondição para a estabilidade da moeda; Em contrapartida, a desindexação promovida pela URV (Unidade Real de Valor) teve papel fundamental para o combate à inflação; Esta foi a segunda fase do Plano Real;

11 O Plano Real: Fase II: Desindexação (Giambiagi)
Esta fase buscava eliminar o componente inercial da inflação; Partiu-se do princípio de que para acabar com a inflação era preciso “zerar a memória inflacionária”; A estratégia de redução do reajuste dos preços (superindexação) para posterior desindexação partia da observação de que, paradoxalmente, é mais fácil combater uma hiperinflação do que eliminar inflações altas e institucionalmente enraizadas (alta inflação). Qual a base de argumento para isto? São retirados os vínculos dos preços com o passado e criam-se as pré-condições para acabar com a inflação, através de uma “nova moeda”, sem memória;

12 O Plano Real: Fase II: Desindexação (Giambiagi)
O governo criou um novo indexador a Unidade Real de Valor (URV). Como ela funcionava? Através da URV se recuperaria, primeiramente, a função de unidade de conta (já que URV era apenas um indexador para contratos, permanecendo o cruzeiro real com a função de meio de pagamento), para depois transformar a URV em Real, resgatando sua função de reserva de valor, pelo fim da inflação; Uma série de preços e rendimentos foi convertida instantaneamente em URV – preços oficiais, contratos salários, impostos, etc.. E os demais preços foram convertidos voluntariamente pelos agentes; BIMONETARISMO????

13 O Plano Real: Fase II: Desindexação (Giambiagi)
As correções dos valores das mercadorias em URV (para cima e para baixo) refletiam o processo de disputa dos agentes pela participação na renda nacional, ou seja, o processo de ajustamento dos preços relativos (objetivo desta fase) para evitar choques posteriores; A partir de do primeiro dia de março de 1994, os salários foram fixados em URV, e eram pagos pela URV do dia do pagamento. Isso equivalia à correção mensal dos salários — uma reivindicação antiga dos sindicatos; Ficou estabelecido que, no primeiro dia de julho de 1994, todas as demais obrigações contratuais deveriam estar expressas na nova unidade de conta. Este voluntarismo na adesão à chamada UVERIZAÇÃO dos contratos reforçava que idéia?

14 O Plano Real: Fase II: Desindexação (Giambiagi)
A URV durou apenas quatro meses. Na prática, houve aceleração inflacionária no mês em que a URV foi introduzida e no mês que antecedeu à emissão do Real. Entretanto, a inflação entre abril e maio não se acelerou; Quando praticamente todos os preços estavam expressos em URV, o governo introduziu a nova moeda – R$ - no primeiro dia do mês de julho de 1994; R$ 1,00 era equivalente a uma URV (CR$ 2750,00) e equivalente a US$ 1,00; Todos os preços foram convertidos em R$, dividindo-se pelo valor da URV do “dia D”;

15 O Plano Real: Fase III (Giambiagi)
Teve início com a Medida Provisória (MP) 542, que apresentava medidas como: (1) A oferta monetária doméstica (no conceito de base monetária) em reservas cambiais deveria ter como lastro a equivalência de R$1,00 por US$1,00 (Art. 3 da MP) ainda que essa paridade pudesse ser alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN); (2) a fixação de limites máximos para o estoque de base monetária por trimestre (até março de 1995), podendo as metas serem revistas em até 20%; e (3) introdução de mudanças institucionais no funcionamento do CMN, buscando dar passos em direção a uma maior autonomia do Banco Central;

16 O Plano Real: Fase III (Giambiagi)
O Real adotou uma âncora monetária (metas) e o câmbio foi deixado livre para oscilar para baixo, mas manteve o teto fixo em R$1,00 = US$ 1 (banda assimétrica); Além dessas medidas, o Banco Central anunciou um enorme aperto de liquidez. Os recolhimentos compulsórios sobre depósitos à vista (novos) foram, em junho, aumentados de 40 para 100%, enquanto os de depósitos compulsórios a prazo e de poupança foram fixados em 20%, limitou as operações de crédito. Por que? Síntese da Âncora Monetária do Plano Real nesta Fase?

17 O Plano Real: Fase III (Giambiagi)
Em outubro de 1994, devido, entre outras razões, ao insucesso das metas monetárias, o governo resolveu mudar de âncora, abandonando a monetária em prol da cambial, sem compromisso formal com o lastro; As duas grandes virtudes da adoção de uma âncora cambial, geralmente ressaltadas pelos economistas, são: Exercer forte pressão sobre os preços no setor de bens comercializáveis (tradables) — sendo o impacto sobre o nível geral dos preços dependente do grau de abertura da economia em questão e do grau de desequilíbrio entre oferta e demanda no setor de bens não comercializáveis (nontradables). Permitir o estabelecimento (uma vez que a âncora seja crível) de contratos de longo prazo (inviáveis em regimes de elevada Inflação)

18 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL
Final do Governo Itamar Franco (julho de 1994/outubro) Taxa de inflação; Surto de demanda; Superâncora Cambial; Piora no Balanço de Transações correntes;

19 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL (Gremaud)
O impacto imediato do Plano Real foi a rápida queda da taxa de inflação. Mas é preciso observar que:

20 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)

21 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL
Conseqüência imediata do Plano foi também um grande crescimento da demanda e da atividade econômica;

22 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL (Gremaud)
Fatores que explicam o aumento da demanda? Aumento do poder aquisitivo pelo fim do imposto inflacionário; Estabilidade X diminuição da incerteza; Previsibilidade proporcionava trabalhar com uma taxa de juros nominal compensatória e fornecer empréstimos com taxa de juros fixa; O consumidor se sentia atraído para tomar empréstimos (mesmo com taxas de juros elevadas) pelos seguintes motivos: Demanda reprimida nos anos anteriores; Previsibilidade da renda futura e da participação da prestação na renda; Ilusão monetária;

23 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL (Gremaud)

24 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)
Variação no preço dos alimentos foi de 20% em dois anos e meio, enquanto a variação no preço do item comer for a de casa, por exemplo, ficou quase 50% mais caro, no mesmo período; SUPERÂNCORA CAMBIAL;

25 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)
A apreciação cambial, juntamente com a demanda aquecida, levou ao aparecimento de déficits na balança comercial, tanto pelo aumento substancial das importações como pelo fraco desempenho das exportações;

26 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)

27 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)
Duas questões devem ser analisadas a respeito da economia brasileira na época de lançamento do Plano Real: A primeira tem a ver com a pauta de importações. Apesar de todos os componentes terem crescido, os dois itens que mais cresceram foram automóveis e bens de consumo;

28 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)
A segunda se refere à natureza do capital que ingressou no país na época – forte predomínio dos chamados investimentos de portfólio (ações e fundos de aplicações financeiras); Característica deste tipo de investimento?

29 IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL(Gremaud)
Após a vitória de FHC introduziram-se algumas restrições à entrada do capital estrangeiro para tentar evitar maiores pressões cambiais; Com as restrições, diminuíram as entradas de US$. A partir de outubro, a queda de reservas, que tinha se mantido estável de junho a setembro mostrou a determinação do BACEN em evitar a desvalorização cambial; Sem alterar o câmbio e com a economia aquecida, no final de 1994, o déficit em transações correntes se mantinha;

30 CRISE DOS EMERGENTES (Gremaud)
Conforme Gremaud (2014), vários países da América Latina adotaram a estratégia da estabilização baseada na âncora cambial (Argentina, Brasil e México são exemplos); Todos tiveram deterioração de suas contas externas, principalmente em decorrência da apreciação cambial; O México, no final de 1994, foi o primeiro a sentir os limites de tal estratégia; Apenas em janeiro de mexicanos perderam o emprego; 4000 falências;

31 CRISE DOS EMERGENTES (Gremaud)
Qual a opção do governo para fazer frente à perda de reservas internacionais que o país vinha sofrendo em março de 1995?

32 1996 – NOVA FASE DO PLANO REAL(Gremaud)
Principal instrumento passa a ser a Política Monetária (via aumento da taxa de juros) (GREMAUD, 2014). COM QUE OBJETIVOS? Outro ponto importante decorre da mudança da política cambial: Na fase imediatamente pós-REAL, como o Governo deixou o câmbio flutuar, a entrada de US$ provocou a apreciação da taxa de câmbio; Nesta nova fase, quando os recursos voltaram, para IMPEDIR NOVA APRECIAÇÃO, os novos recursos converteram-se em reservas; Para evitar o impacto monetário expansionista – esterilização – dívida;

33 1996 – NOVA FASE DO PLANO REAL

34 FASE FINAL DO PRIMEIRO MANDATO DE FHC
Outro indicador relevante é a dinâmica do produto e do desemprego:

35 FASE FINAL DO PRIMEIRO MANDATO DE FHC(Gremaud)
Com a crise russa ocorreu uma perda de reservas da ordem US$ 30 bilhões entre agosto e setembro de 1998; Apesar do aumento da taxa de juros e do anúncio de um pacote fiscal, não mais se recuperou, o que refletia a descrença na possibilidade de o governo manter a taxa de câmbio; O primeiro mandato de FHC terminou em meio a um processo de crise cambial, por causa de profundos desequilíbrios gerados nesse período com a deterioração das contas externas e da situação fiscal; Sobrava para o novo mandato fazer as correções dos desequilíbrios herdados do primeiro mandato, mantendo a estabilização e recolocando o país na rota do crescimento (GREMAUD, 2014);

36 REFERÊNCIAS GIAMBIAGI, Fabio et al. Economia brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. GREMAUD, A.; VASCONCELOS, M.A.S.; e TONETO JUNIOR, R. Economia Brasileira Contemporânea. 5ª. Edição; São Paulo, Atlas, 2014. Gráficos construídos com dados do site:


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