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ARGUMENTAÇÃO E GÊNEROS TEXTUAIS

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Apresentação em tema: "ARGUMENTAÇÃO E GÊNEROS TEXTUAIS"— Transcrição da apresentação:

1 ARGUMENTAÇÃO E GÊNEROS TEXTUAIS
Historicamente, aprendemos a associar a argumentação a determinadas intenções e gêneros, a ponto de termos como “convencer” e “persuadir” são quase sinônimos do exercício de argumentar. Mas ampliando o conceito que temos de argumentação, percebemos que diariamente, a todo o tempo, estamos argumentando. Somos, na verdade, seres argumentativos, seja através de uma simples conversa pessoal, um conto de fadas, um artigo de opinião. Podemos, então, afirmar que as estratégias argumentativas são úteis para ações interativas, que vão além de convencer e persuadir. Argumentamos para retroalimentar o processo interativo intermediado pela linguagem. Este é o nosso propósito neste Encontro: perceber marcas argumentativas nos mais diversos gêneros, dando ênfase a aqueles que estão presentes no Plano de Curso Referencial Gestar. E por que enfocar a argumentação? Por dois motivos: primeiro, porque as habilidades argumentativas estão presentes na Matriz Curricular da Saeb ( e estamos em ano de aplicação da Prova Brasil) em todos os anos do Ensino Fundamental e porque a argumentação promove o exercício da interatividade tanto do professor como do estudante. ARGUMENTAÇÃO E GÊNEROS TEXTUAIS

2 “Educar é argumentar: muito do que pensamos ser educação depende da visão que temos sobre a prática da argumentação” (RORTY , 2005). Esta frase expressa bem o lugar da argumentação no processo de ensino-aprendizagem. A argumentação promove o senso crítico, estimula o amadurecimento na habilidade leitora, assim como o diálogo. Lembramos que não temos a pretensão de estudar as estratégias argumentativas nos textos ditos argumentativos, mas estimular o professor a perceber as marcas argumentativas nos mais diversos gêneros textuais. (RORTY, Richard. Filosofia como política cultural, São Paulo: Martins Fontes, 2005, p ).

3 Marca inerente em todo ato linguístico
A R G U M E N T A Ç Ã O N A L I N G U Í S T I C A Ação sobre o outro Marca inerente em todo ato linguístico O conceito de ARGUMENTAÇÃO é muito vasto. Sabemos que remota a Aristóteles o entendimento deste exercício, focado, basicamente, na arte de convencer, persuadir ou outro, e é uma concepção ainda muito presente na atualidade. É a ideia de que a argumentação busca alterar/interferir o ponto de visto do outro, esforço verbal para fazer alguém crer em algo. No campo jurídico, a argumentação está mais voltada para o exercício da retórica ( arte do bem falar), e além de considerar o elemento lógico, engloba também o caráter ético: o compromisso com a verdade. Na Linguística, ainda hoje encontra-se a concepção aristotélica ( argumentar é persuadir e convencer), mas também o entendimento da argumentação numa perspectiva mais ampla, por considerar que todo ato linguístico, independentemente de sua intenção e/ou gênero textual, já subjaz o ato de argumento, pois a intenção primordial da argumentação é retroalimentar a interação entre as partes envolvidas ( locutário/ interlocutor/situação comunicativa). O conceito de Argumentação, obviamente, não é consensual, nem mesmo na Linguística. E não é objetivo deste Encontro de Formação discutir os conceitos existentes na própria Linguística. Selecionamos dois deles, a partir do qual desenvolvemos estes slides, dialogando com os Gêneros Textuais, sendo possível pensarmos nas habilidades linguísticas pertinentes à argumentação. Alguns linguistas (FIORIN, 1997; KOCK, 2011) afirmam que argumentação está centrada em duas conceituações: Argumentação como ação sobre o outro; e Argumentação como inerente aos elementos da língua. Neste Encontro, nos fundamentamos no segundo conceito. Convencer Persuadir Discutir Retroalimentar a interação. Não há distinção entre discursos argumentativos e não argumentativos

4 A argumentação se caracteriza como uma situação de confrontação discursiva, implicando controvérsia, discussão, influência e formação de opinião, o que significa considerar o outro capaz de reagir e interagir em situações de comunicação diversificadas. (...) É no mundo da argumentação que são tecidas as relações sociais, políticas e econômicas, afetivas (...), garantindo envolvimento bilateral presente no constante diálogo (PETRONI, 2005). Este trecho expressa bem a base teórica na qual nos baseamos para o estudo da argumentação. Termos como situação discursiva, interação, relações sociais, diálogo apontam para uma concepção de argumentação que permeia toda e qualquer ação linguística. Diferenciando-se, assim, da ideia aristotélica de argumentação, limitada à persuasão e convencimento explícito. (PETRONI, Maria. Construção do objeto discutível: argumentação e interação. Revista Polifonia. EdUFMT: Cuiabá, 2005, p )

5 ARGUMENTAÇÃO GÊNEROS TEXTUAIS JUSTIFICAR EMOCIONAR SATIRIZAR PROMETER
PROFETIZAR CONVENCER QUESTIONAR Como vemos, há várias intenções no processo argumentativo. Por isso, encontramos marcas argumentativas no poema, no conto de fadas, na piada, na história em quadrinhos. Estes são alguns dos caminhos propostos pelo exercício argumentativo. Para alguns autores, o ato de convencer se dirige à razão; o ato de persuadir se dirige à emoção. No primeiro caso, usam-se argumentos lógicos e provas objetivas. No segundo, basta que os argumentos sejam plausíveis e atinjam a vontade, os sentimentos do leitor. O importante é que, na construção do texto argumentativo, todos os argumentos conduzam ao mesmo objetivo e produzam os efeitos desejados no interlocutor. há hierarquia entre convencimento e persuasão, mas apenas um deles pode ser considerado mais adequado de acordo com o objetivo do locutor. Logo, não há que se falar em subordinação, mas sim adequação. Uma construção adequada de argumentação não pode se basear apenas em opiniões sem comprovação. Por outro lado, o sucesso da argumentação não está em simplesmente aceitar ou contestar uma opinião do outro. Como argumentar significa agir sobre a vontade e a opinião do interlocutor, os caminhos da argumentação são múltiplos e variados. Um texto dissertativo difere do um texto dissertativo-argumentativo por não haver a necessidade de demonstrar a verdade de uma ideia, ou tese, mas apenas de expô-la. O texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. Nele, a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida esta correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. EXPLICAR DISSERTAR NEGAR/ AFIRMAR IRONIZAR PROVOCAR PERSUADIR

6 HABILIDADES ARGUMENTATIVAS
(DOLZ; SCHNEUWLY, 1999) RELACIONADAS À CONSTRUÇÃO DO SABER, EXIGE ORGANIZAÇÃO DE IDEIAS E DOS CONCEITOS RELACIONADAS AO DOMÍNIO DO SOCIAL, EXIGE SUSTENTAÇÃO, REFUTAÇÃO E NEGOCIAÇÃO NAS TOMADAS DE POSIÇÃO. Para que o aluno desenvolva as habilidades argumentativas de forma proficiente, é fundamental permitir que ele entre em contato com variados textos, dos mais diversos gêneros. Mas, não basta expor os estudantes aos gêneros, uma vez que para que o aluno compreenda de que maneira se constrói a argumentação dentro de cada texto, faz-se necessário que o professor o oriente e leve-o a identificar o tema abordado, as condições em que o discurso é produzido e o modo como o autor constrói sua argumentação em relação ao gênero utilizado. (DOLZ; CAMPS, 1995). CAMPS, Anna. Aprender a escribir textos argumentativos: caracterísitcas dialógicas de la argumentación escrita. Comunicación, Lenguaje y Educación, 1995, 25, p SCHNEUWLY, B. DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: Revista Brasileira de Educação. N.º 11, p. 5-16, maio/jun/jul/ago, 1999

7 Professora: Em que parte da casa Tonico estava? Aluno : No banheiro.
Tonico estava deitado folheando um livro. O local estava todo embaçado. De repente caiu sabonete nos seus olhos. Ele, depressa, procurou pegar a toalha. Então ele ouviu um barulho: ploft. Ah, não! O que iria dizer à sua professora? Ele ia ter que comprar um outro livro. Tonico esfregou os olhos e se sentiu melhor. Professora: Em que parte da casa Tonico estava? Aluno : No banheiro. Professora: Cadê isso aqui no texto? Quais as partes do texto que deram essa ideia para você? Aluno: Sabonete, toalha. Tudo isso tem no banheiro. Tava tomando banho de banheira. Professora: Tá certo. Mas de banheira? Como sabe? Aluno: Tá aqui, tia (aponta para o texto), diz que tava deitado. No começo eu pensava que ele tava lendo na cama, mas ai disse sabonete, toalha. Ai tinha que ser tomando banho. E de banheira porque no chuveiro a gente fica de pé; não fica deitado não. Formador, este é exemplo de texto oral no qual é possível trabalhar habilidades argumentativas, sem necessariamente ter um respaldo teórico sobre argumentação. Vemos, nele, habilidades relacionadas à construção do saber, exige organização de ideias e dos conceitos. Em geral, pensa-se que argumentar é extrair conclusões lógicas de premissas colocadas anteriormente, como no silogismo, forma de raciocínio em que de duas proposições iniciais se extrai uma conclusão necessária. No entanto, podemos convencer uma pessoa de alguma coisa com raciocínios que não são logicamente demonstráveis, mas que são plausíveis.(inferência). Formador: reforce, na apresentação, a ideia de que a produção de textos com intenções argumentativas não está limitado ao texto escrito. E, por isso, é importante estimular a oralidade na elaboração de teses, argumentos, opiniões. Assim, se tem sabonete e toalha (premissas), o local só pode ser o banheiro (conclusão). Esta conclusão é alcançada a partir da relação estabelecida entre as informações contidas no texto (intratextuais) e o conhecimento de mundo do leitor (extratextuais). O mesmo ocorre em relação à conclusão de que o menino estava tomando banho de banheira e não de chuveiro (premissa: o menino estava deitado).

8 DESCRITORES ANO Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto Todos os anos Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. Identificar a tese de um texto Apenas 8º e 9º ano Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato Inferir uma informação implícita em um texto Estes são alguns dos descritores presentes na Matriz Curricular da Saeb ( Prova Brasil). A maioria deles compõe o Tópico IV, mas incluímos também outros descritores de outros Tópicos, como “ inferir uma informação implícita em um texto”, pois serem imprescindíveis já que apontam para estratégias de leitura e as as marcas argumentativas, principalmente quando se trata de textos não verbais e mistos, como as histórias em quadrinhos. OBS: a classificação destes descritores com os respectivos anos nos quais são trabalhados é, em parte, uma leitura feita a partir da Matriz de Referência da Prova Brasil. Quando afirmamos que determinado descritor se aplica a todos os anos, é porque eles estão na Matriz da Prova Brasil do 5º ano. Nos slides seguintes, veremos como estas marcas argumentativas se apresentam em diversos gêneros.

9 ARGUMENTAÇÃO E DESCRITORES EM GÊNEROS TEXTUAIS
FÁBULA (6º ANO) HISTÓRIA EM QUADRINHOS (7º ANO) ARGUMENTAÇÃO E DESCRITORES EM GÊNEROS TEXTUAIS Em cada gênero, selecionamos alguns possíveis descritores que podem ser trabalhados, explorando caminhos argumentativos. CARTAZ INSTITUCIONAL ( 8º ANO) CARTAZ ESCOLAR (9º ANO)

10 A pombinha voou para longe e a formiga voltou ao seu formigueiro.
A pomba e a formiga (Esopo) Uma pombinha branca, que estava com sede, desceu à beira de um riacho. Procurava um bom lugar para beber água.  Eis que avista uma formiguinha debatendo-se nas águas do riacho, prestes a se afogar. A pombinha ficou com pena da formiga.  Depressa, apanhou um galho seco, levou-o até próximo à formiga que se salvou, agarrando-se nele com vontade. Pouco depois, um caçador passou por ali.  Vendo a pombinha numa árvore, resolveu caçá-la para o almoço. Rapidamente apontou a espingarda para matar a pobrezinha. Mas a formiga, que ainda estava ali perto, resolveu ajudar a pombinha.  Subiu no pé do caçador e deu uma boa ferroada.   Surpreso, o caçador, ao sentir a dor, perdeu a pontaria.  E não acertou a pombinha. A pombinha voou para longe e a formiga voltou ao seu formigueiro. MORAL:  Proteger os mais fracos é uma forma de garantir proteção para si mesmo. O gênero textual Fábula está muito presente nos planos de curso do 6º Ano. Através dele, o professor explora os elementos da narrativa, mas o exercício da inferência (que está no nível da compreensão textual), e o de argumentação (que está no nível da interpretação) é, às vezes, deixado de lado. Podemos ajudar os professores a perceberem que é possível apontar traços argumentativos nas fábulas, fortemente presentes na “moral da história”, que tem como um dos objetivos persuadir o leitor a uma ideia, desenvolvida a partir do enredo proposto. Uma das habilidades contempladas pode ser o reconhecimento da relação causa/consequência, assim como marcas linguísticas presentes no texto. Normalmente, os personagens articulam argumentos e contra-argumentos para alcançar seus objetivos. Este gênero não pode ser caracterizado simplesmente como tipo narrativo, pois nessa perspectiva, o interlocutor se instaura como um mero assistente, espectador não participante, que apenas toma conhecimento de fatos, enquanto que na fábula, o que se busca é sua adesão e, assim, a narrativa funciona como argumento. Sugerimos que, na apresentação deste slide, este exercício seja aplicado, oralmente. Não nos esqueçamos que a moral desta história dialoga com o tema transversal proposto para este Encontro, que é a proteção de crianças e adolescentes contra a violência. Autor da fábula: Esopo DESCRITORES: D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. (presente na própria moral da fábula) D02 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. D04 (Tópico 1) - Inferir uma informação implícita em um texto.

11 A história em quadrinhos é um dos gêneros que ganhou muito espaço nos livros didáticos e nas aulas de Língua Portuguesa. Mas, como vimos no Encontro anterior, ainda é pouco explorado, com os seus mais diversos recursos linguísticos e extralinguísticos. Na HQ deste slide, que discute o bullying nas escolas, muitas habilidades podem ser consideradas e estimuladas. Quanto à argumentação, pelas suas características de linguagem falada, é possível argumentar com o leitor, prevendo suas dúvidas e/ou dificuldades, criando um diálogo informal e divertido e conduzir o seu raciocínio até esclarecer de vez os pontos mais importantes do texto. Neste texto, especificamente, é possível desenvolver a habilidade de construir soluções para a resolução de problemas. Descritores: D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. ( Esta relação causa/consequência nos textos mistos deve ser percebida na leitura das imagens). D04 -Inferir informações implícitas.

12 O gênero cartaz está incluso no Plano de Curso do 8º Ano/ 7ª série
O gênero cartaz está incluso no Plano de Curso do 8º Ano/ 7ª série. Um cartaz publicitário institucional, marcadamente argumentativo, como é este. Nele, encontramos uma tese e argumentos – um verbal e outro não-verbal. o gênero anúncio publicitário é uma forma de provocar no aluno à curiosidade investigativa e a capacidade de análise em relação à leitura crítica de textos verbais e não-verbais que são produzidos socialmente. Qual dos argumentos presentes é mais impactante? Algum deles seria dispensável? DESCRITORES – D11 -Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. D05 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.). D08 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. D07 - Identificar a tese de um texto.

13 Este cartaz enfoca a violência sexual contra crianças e adolescentes
Este cartaz enfoca a violência sexual contra crianças e adolescentes. Aparentemente, não “vemos” marcas argumentativas no texto, mas percebemos uma posição do(a) autor(a) sobre o tema, colocando causas, assim como as consequências da violência contra crianças e adolescentes. A partir dele, o professor pode estimular os alunos a perceberem elementos argumentativos, como a relação entre causa e consequência, opinião, soluções, considerando, é claro, o diálogo entre o texto verbal e não verbal, a sua constituição. Não podemos esquecer da criatividade e das habilidades desenvolvidas para tal produção. (Um dos cartazes expostos no Teatro Nacional de Brasília, em maio de 2013, produzido por crianças de Centros de Orientação  Socioeducativos do Distrito Federal) DESCRITORES – D05 D07 D08 D11

14 TEXTOS PARA ATIVIDADE PRÁTICA:
PARTE II TEXTOS PARA ATIVIDADE PRÁTICA: PRODUÇÃO DE QUESTÕES E DESCRITORES Formador, esta é a segunda parte do Encontro de Professores. Selecionamos 4 textos – cada um para um Ano. Disponibilizamos este material também em Word, para que seja possível distribuí-lo aos grupos. A escolha de um modelo e outro,

15 Disponível em http://www. portalnabocadopovo. com
Disponível em Acesso em D05 – É necessária a leitura da imagem conjugada ao texto verbal – intertextualidade com aqueles macaquinhos que não olham, não ouvem, nem falam. Os desse anúncio fazem o contrário. D4 – Inferências D11 – Causa e consequência – se você denunciar, estará protegendo a criança...

16 Violência infantil (Jaan Maia) Mais uma vida se desfaz
Mais uma vida se desfaz Pelas mãos de um ser incapaz De compartilhar amor Era só uma criança Cheia de esperança Ficara na lembrança Perdera a sua infância Num ato imprudente Contra o pequeno inocente Que amedrontado dizia: - Não me bate, não faço mais    Todavia envolto em sua ira Não via, não percebia Vida ali não mais existia Quanta covardia! Tudo isso acontecia No seio da família Meu Deus, que ironia! Não seria ali um lugar de harmonia? A poesia especificamente, assim como texto com caráter poético pode suscitar em seu leitor provocações que podem o levar a ter um novo ponto de vista. Segundo Amarilha (2012): [...] a exigência do poema na agilidade de raciocínio, na exploração de vias alternativas de ver o mesmo objeto, fato ou situação. Todo esse exercício visa a um único objetivo, o de chegar a um sentido. O princípio estrutural do enigma (de provocação ao sentido) desencadeia o processo de evocação aos muitos sentidos que podem ser atribuídos a um mesmo texto. Para Silva e Amarilha (2014), o discurso da argumentação está carregado de subjetividade, evidenciando-se que a elaboração de argumentos não é neutra. O sujeito constrói seus argumentos de acordo com o repertório de experiência, de leituras e do impacto afetivo que determinada leitura tem sobre sua percepção. Fonte: Autora brasiliense. Disponível em DESCRITORES – 02 ( v.4) (v. 7) “sua” se refere a criança, no verso 4. “Tudo isso” (v.16) ; “ali” (v. 19) seio da família (v.17). D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto (estrofe 1) D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. “só” (somente – advérbio)

17 NÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL NA INFÂNCIA
Neste infográfico, que fala sobre violência juvenil, há argumentos baseados em dados percentuais. E estas informações ajudam no debate às discussões sobre a proteção às crianças e adolescentes no Brasil. Tais dados são uma das marcas argumentativas muito comuns nos textos que pretendem discutir determinado tema. Este gênero ainda é pouco explorado nas escolas, e uma de suas singularidades é a presença da linguagem verbal e não-verbal. É um gênero textual multimodal, apresenta desafios para análise, enriquecer os conteúdos informativos, auxiliando na compreensão de fenômenos complexos ou na sistematização de dados diversos, contribuindo para o desenvolvimento de muitas habilidades leitoras, inclusive aquelas referentes à argumentação. Descritor que pode ser explorado: Inferir uma informação implícita em um texto D05 D07 D08 D11

18 Dados de 2013 (http://www. jornalfolhadoestado
Descritores: Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la; Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato Identificar a tese de um texto Identificar causa e consequência

19 HABILIDADES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA / DESCRITORES DA PROVA BRASIL
Diversos Descritores da Matriz da Prova Brasil tratam dos elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão. Adequada interpretação dos componentes do texto. De acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do assunto do texto Compreensão do texto como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes . Este slide e o seguinte têm um caráter conclusivo. Resumimos como a argumentação se presentifica na Matriz da Prova Brasil, e as habilidades a ela pertinentes.

20 Aprender a argumentar é a pedagogia mais profunda da vida do estudante, porque ele constitui-se, ao mesmo tempo, pesquisador e cidadão. (...) Não basta apenas expô-lo aos gêneros argumentativos, uma vez que para que ele compreenda de que maneira se constrói a argumentação dentro de cada texto, faz-se necessário que o professor o oriente a levá-lo a identificar o tema abordado, as condições em que o discurso é produzido e o modo como o autor constrói a argumentação em relação ao gênero utilizado (DEMO, 2000). Iniciamos estes slides com uma reflexão sobre a relação entre o ensino de língua portuguesa e a argumentação. Concluímos este momento com a mesma reflexão lançando um olhar sobre a aprendizagem. Não que sejam processos estanques – longe disso. Sabemos que

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