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1.Como aparece o falso self ? 2.Qual é a sua função ?

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1 1.Como aparece o falso self ? 2.Qual é a sua função ?
1/32 APM, 128 1.Como aparece o falso self ? 2.Qual é a sua função ? 3.Por que o falso self é exagerado ou enfatizado em alguns casos ? 4.Por que algumas pessoas não desenvolvem o sistema do falso self ? 5. Quais são os equivalentes do falso self nas pessoas normais ? 6.Que é que existe que poderia ser denominado de self verdadeiro ?

2 2/32 [...] no fim das contas, de uma forma ou de outra, em alguma medida, cada um de nós está dividido num si-mesmo verdadeiro e num si-mesmo falso. Na verdade, preciso vincular o normal com o anormal, e solicitar sua complacência caso eu pareça sugerir, que todos nós somos doentes, ou, por outro lado, que as pessoas doentes são saudáveis. Penso que concordarão que não há nada de novo na ideia central. Poetas filósofos e videntes sempre se ocuparam da ideia do falso si-mesmo, e a traição do si-mesmo tem sido um exemplo típico do inaceitável (Winnicott, 1986e[1969]/2005, pp ) TCC

3 3/32 “Isso equivale a dizer que ainda temos de enfrentar a questão de saber sobre o que versa a vida. Nossos pacientes psicóticos nos forçam a conceder atenção a essa espécie de problema básico. Percebemos agora que não é a satisfação instintual que faz um bebê começar a ser, sentir que a vida é real, achar a vida digna de ser vivida. Na verdade, as gratificações instintuais começam como funções parciais e tornam-se seduções, a menos que estejam baseadas numa capacidade bem estabelecida, na pessoa individualmente, para a experiência total [...]. É o eu (self) que tem de preceder o uso do instinto pelo eu (self); o cavaleiro deve dirigir o cavalo, e não se deixar levar.” (Winnicott, 1967b/1975, p.137) BR

4 4/32 “Gostaria de justapor duas formulações diferentes, reconhecendo o paradoxo; um observador pode perceber que cada ser humano individual emerge como matéria orgânica da matéria inorgânica, e no devido tempo retorna ao estado inorgânico [...]; ao mesmo tempo, do ponto de vista do indivíduo e da experiência individual (que constitui a psicologia), o indivíduo emerge não do inorgânico mas da solidão. Este estado surge antes do reconhecimento da dependência, entendendo-se a dependência como ocorrendo em relação a uma confiabilidade absoluta. Este estado é muito anterior ao instinto, e mais longínquo ainda da capacidade de sentir culpa. “(Winnicott, 1988/1990, pp , itálicos meus) NH

5 5/32 “No centro de cada pessoa há um elemento não- comunicável, e isto é sagrado e merece muito ser preservado.[...] Eu diria que as experiências traumáticas que levam à organização das defesas primitivas fazem parte da ameaça ao núcleo isolado, da ameaça dele ser encontrado, alterado e de se comunicar com ele. [...] Estupro, ser devorado por canibais, isso são bagatelas comparados com a violação do núcleo do self pela comunicação varando as defesas. Para mim isto seria um pecado contra o self “ (Winnicott, 1965j [1963]/1983, p. 170) APM

6 6/32 “A cisão é um estado essencial em todo ser humano, mas não é necessário que ele se torne significativo se a camada protetora da ilusão se tornou possível através do cuidado materno. Na ausência de uma adaptação ativa suficientemente boa, a cisão se torna significativa, com os seguintes resultados: A. a raiz do verdadeiro si-mesmo dotado de espontaneidade permanece relacionada onipotentemente ao mundo subjetivo, incomunicável, e B. o falso si-mesmo baseado na submissão (destituído de espontaneidade) relaciona-se com o que chamamos de realidade externa” (Winnicott, 1988/1990, p. 158)

7 Início das relações com objetos
7/32 DEPENDÊNCIA ABSOLUTA Integração Personalização Início das relações com objetos

8 8/32 APM, 132/133 “Para se conseguir uma exposição do processo de desenvolvimento pertinente, é essencial considerar- se o comportamento da mãe, bem como sua atitude, porque neste caso a dependência é real e quase absoluta. Não é possível se afirmar o que se passa considerando só o lactente.”

9 9/32 “Ao pesquisar a etiologia do falso self, estamos examinando o estágio das primeiras relações objetais. Nesse estágio, o lactente está não-integrado na maior parte do tempo, e nunca completamente integrado; a coesão dos vários elementos sensório- motores resulta do fato de que a mãe envolve o lactente, às vezes fisicamente, e de um modo contínuo simbolicamente.

10 10/32 Periodicamente um gesto do lactente expressa um impulso espontâneo; a fonte do gesto é o self verdadeiro, e esse gesto indica a existência de um self verdadeiro em potencial. Precisamos examinar o modo como a mãe responde a esta onipotência infantil revelada em um gesto (ou associação sensório-motora). Ligo aqui a idéia de um self verdadeiro com a do gesto espontâneo.”

11 11/32 GESTO ESPONTÂNEO APM, 135 “No estágio inicial o self verdadeiro é a posição teórica de onde vem o gesto espontâneo e a ideia pessoal. o gesto espontâneo é o self verdadeiro em ação. Somente o self verdadeiro pode ser criativo e se sentir real. Enquanto o self verdadeiro é sentido como real, a existência do falso self resulta em uma sensação de irrealidade e em um sentimento de futilidade”

12 12/32 GESTO ESPONTÂNEO NH, 122 “É difícil encontrar as palavras exatas para descrever este simples evento; mas podemos dizer que em razão de uma vitalidade do bebê e através do desenvolvimento da tensão instintiva o bebê acaba por esperar alguma coisa; e então há um movimento de alcançar algo, que pode rapidamente tomar a forma de um movimento impulsivo da mão ou da boca em direção a um suposto objeto. Creio que não será inadequado dizer que o bebê está pronto para ser criativo”

13 A MÃE SUFICIENTEMENTE BOA
13/32 A MÃE SUFICIENTEMENTE BOA Adaptação da mãe = ilusão de onipotência Identidade primária NH, 123 “Se tudo vai bem, o bebê está pronto para descobrir o mamilo, e isso em si mesmo é um tremendo acontecimento, independente do ato de mamar. É muito importante do ponto de vista teórico que o bebê crie este objeto, e o que a mãe faz é colocar o mamilo exatamente ali e no momento certo para que seja o seu mamilo que o bebê venha a criar”.

14 14/32 NH, 131 “Gradualmente, surge uma compreensão intelectual do fato de que a existência do mundo é anterior à do indivíduo, mas o sentimento de que o mundo foi criado pessoalmente não desaparece”

15 15/32 “Eu formularia da seguinte maneira: alguns bebês têm a sorte de contar com uma mãe cuja adaptação ativa inicial à necessidade foi suficientemente boa. Isso os capacita a terem a ilusão de realmente encontrar aquilo que eles criaram (alucinaram). Finalmente, depois que a capacidade para o relacionamento foi estabelecida, estes bebês podem dar o próximo passo rumo ao reconhecimento da solidão essencial do ser humano.

16 16/32 Mais cedo ou mais tarde, um desses bebês crescerá e dirá: ‘Eu sei que não há nenhum contato direto entre a realidade externa e eu mesmo, há apenas uma ilusão de contato, um fenômeno intermediário que funciona muito bem para mim quando não estou muito cansado. A mim não importa nem um pouco se aí existe ou não um problema filosófico”. (Winnicott, 1988/1990, p. 135)

17 17/32 A FALHA MATERNA APM, 133 “A mãe que não é suficientemente boa não é capaz de complementar a onipotência do lactente, e assim falha repetidamente em satisfazer o gesto do lactente; ao invés, ela o substitui por seu próprio gesto, que deve ser validado pela submissão do lactente. Essa submissão por parte do lactente é o estágio inicial do falso self, e resulta da inabilidade da mãe de sentir as necessidades do lactente”

18 A mãe que faz ao invés de ser
18/32 A mãe que faz ao invés de ser A mãe impõe a sua presença ao bebê ao invés de atender às necessidades do bebê O movimento parte do ambiente e não do bebê Não chega como objeto subjetivo O bebê tem que reagir à invasão = Reage pela submissão por meio do falso si mesmo

19 A cisão entre o verdadeiro e o falso si mesmo
19/32 A cisão entre o verdadeiro e o falso si mesmo Dois tipos diferentes de relação objetal VERDADEIRO SI MESMO FALSO SI MESMO Fica incomunicável, relacionado onipotentemente ao mundo subjetivo Empobrecimento devido à falta de experiências Pode chegar a ficar inacessível para o próprio indivíduo Relaciona-se com a realidade externa com base na submissão, sem espontaneidade Mimetiza o ambiente, passa a ter as necessidades que o ambiente lhe atribui

20 A cisão entre o verdadeiro e o falso si mesmo
20/32 A cisão entre o verdadeiro e o falso si mesmo NH, 129, nota de rodapé: “Quando há um certo grau de fracasso na adaptação, ou uma adaptação caótica, o bebê desenvolve dois tipos de relacionamento. Um tipo consiste num relacionamento secreto e silencioso com um mundo interno essencialmente pessoal e íntimo de fenômenos subjetivos, e é exclusivamente este relacionamento que parece real. O outro é exercido a partir de um self falso e se estabelece para com um ambiente obscuramente percebido como exterior ou implantado. O primeiro tipo de relacionamento contém a espontaneidade e a riqueza, e o segundo é um relacionamento submisso, mantido com a intenção de ganhar tempo até o momento em que o primeiro talvez consiga, um dia, tomar posse”

21 A cisão entre o verdadeiro e o falso si mesmo APM, 167
21/32 A cisão entre o verdadeiro e o falso si mesmo APM, 167 “Através de uma metade do split o lactente se relaciona com o objeto como este se apresenta e para este propósito desenvolve o que chamei de falso self ou submisso . Com a outra metade do split o lactente se relaciona com o objeto subjetivo, ou com fenômenos simples baseados em experiências corporais, sendo estes dificilmente influenciados pelo mundo percebido objetivamente”

22 GRAUS DE FALSO SI-MESMO
22/32 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, 137 “Se a descrição destes dois extremos e sua etiologia é aceita, não nos é difícil achar lugar em nosso trabalho clínico para a possibilidade de um alto ou de um baixo grau de falso self como defesa, desde o aspecto polido normal do self ao marcadamente clivado falso e submisso self, que é confundido com a criança inteira”. “Dito de outro modo, normalidade aqui está intimamente ligada à capacidade do indivíduo de viver em uma área que é intermediária entre o sonho e a realidade, aquela que é chamada de vida cultural”. Contato com a realidade externa, mantendo o sentido pessoal da existência

23 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM 130/131
23/32 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM 130/131 1. “Em um extremo: o falso self se implanta como real e é isso que os observadores tendem a pensar que é a pessoa real. Nos relacionamentos de convivência, de trabalho e amizade, contudo, o falso self começa a falhar. Em situações em que o que se espera é uma pessoa integral, o falso self tem algumas carências essenciais. Neste extremo o self verdadeiro permanece oculto.”

24 24/32 Tensão em evitar situações em que o que se espera é a pessoa, ela mesma. Em geral, quando isso ocorre o falso si mesmo começa a falhar. O que poderia ser vivido como real, original e criativo permanece oculto, não se manifesta No caso extremo o indivíduo não se importa, de fato, de viver ou morrer.

25 GRAUS DE FALSO SI-MESMO
25/32 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, “Menos extremo: o falso self defende o self verdadeiro; o self verdadeiro, contudo, é percebido como potencial e é permitido a ele ter uma vida secreta. Aqui se tem o mais claro exemplo de doença clínica como uma organização com uma finalidade positiva, a preservação do indivíduo a despeito de condições ambientais anormais. Esta é uma extensão do conceito psicanalítico do valor dos sintomas para a pessoa doente.”

26 26/32 O si mesmo verdadeiro é percebido vagamente como potencial, mas não há esperança de que possa haver uma comunicação mais profunda com seu si mesmo verdadeiro. Nesses casos o tratamento torna pessoas bem sucedidas doentes (e é importante que possam ficar) Exemplo clínico C.

27 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, 131
27/32 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, 131 3. “Mais para o lado da normalidade: O falso self tem como interesse principal a procura de condições que tornem possível ao self verdadeiro emergir. Se essas condições não podem ser encontradas, então novas defesas tem de ser reorganizadas contra a expoliação do self verdadeiro, e se houver dúvida o resultado clínico pode ser o suicídio. Suicídio neste contexto é a destruição do self total para evitar o aniquilamento do self verdadeiro. Quando o suicídio é a única defesa que resta contra a traição do self verdadeiro, então se torna tarefa do falso self organizar o suicídio. Isto, naturalmente, envolve sua própria destruição, mas ao mesmo tempo elimina a necessidade de sua existência ser prorrogada, já que sua função é a proteção do self verdadeiro contra insultos.”

28 GRAUS DE FALSO SI-MESMO
28/32 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, 131 4. “Ainda mais para o lado da normalidade: o falso self é construído sobre identificações” “Integração postiça”, construída a partir do modelo ambiental. O que o indivíduo mostra é o padrão de cuidados ambientais que recebeu Grande capacidade de identificar e corresponder às expectativas do meio

29 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, 131
29/32 GRAUS DE FALSO SI-MESMO APM, 131 5. “Na normalidade: o falso self é representado pela organização integral da atitude social polida e amável, um “não usar o coração na manga”, como se poderia dizer. Muito passou para a capacidade do indivíduo de renunciar à onipotência e ao processo primário em geral, o ganho se constituindo o lugar na sociedade que nunca pôde ser atingido ou mantido com o self verdadeiro isoladamente” A habilidade de conciliação é uma conquista Só é possível se, antes, o si mesmo verdadeiro se tornou “uma realidade viva”

30 A MENTE E O FALSO SI-MESMO
30/32 A MENTE E O FALSO SI-MESMO APM, 132 “Um risco particular se origina da não rara ligação entre abordagem intelectual e o falso self. Quando um falso self se torna organizado em um indivíduo que tem um grande potencial intelectual, há uma forte tendência para a mente se tornar o lugar do falso self, e neste caso se desenvolve uma dissociação entre a atividade intelectual e a existência psicossomática”. (...) “O mundo pode observar êxito acadêmico de alto grau, e pode achar difícil acreditar no distúrbio do indivíduo em questão, que quanto mais é bem sucedido, mais se sente falso. Quando tais indivíduos se destroem de um jeito ou de outro, ao invés de se tornarem o que prometiam ser, isso invariavelmente produz uma sensação chocante naqueles que tinham depositado grandes esperanças no indivíduo”

31 O FALSO SI MESMO NA CLÍNICA APM, 122
31/32 O FALSO SI MESMO NA CLÍNICA APM, 122 “Somente o self verdadeiro pode ser analisado. A psicanálise do falso self, análise que é orientada para o que não significa mais do que o ambiente internalizado, só pode levar à decepção“. Análises longas e infrutíferas baseadas no falso si mesmo. Propiciar condições que permitam ao paciente delegar ao analista a carga do ambiente internalizado O paciente pode se tornar dependente, imaturo e real: regressão à dependência

32 O FALSO SI MESMO NA CLÍNICA APM, 139
32/32 O FALSO SI MESMO NA CLÍNICA APM, 139 “Baseado nisso pode-se dizer que o falso self (como as projeções múltiplas em estágios posteriores do desenvolvimento) ilude o analista se este falha em verificar que, encarado como uma pessoa atuante integral, o falso self, não importa quão bem se posicione, carece de algo, e este algo é o elemento central essencial da originalidade criativa”.


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