POPULAÇÃO E POVOAMENTO 1. A evolução da População

Apresentação em tema: "POPULAÇÃO E POVOAMENTO 1. A evolução da População"— Transcrição da apresentação:

1 POPULAÇÃO E POVOAMENTO 1. A evolução da População
GEOGRAFIA 3º CICLO POPULAÇÃO E POVOAMENTO 1. A evolução da População

2 INDICADORES DEMOGRÁFICOS (glossário)

3 Conceitos a saber 1/3 : “estudo científico de um universo de pessoas, instituições ou objectos físicos com o propósito de adquirir conhecimentos, observando todos os seus elementos e fazendo juízos quantitativos acerca de características importantes desse universo.”Em Portugal, de dez em dez anos, realiza-se o Recenseamento Geral da População. Recenseamento ou Censo:

4 Conceitos a saber (2/3): Taxa de natalidade – Número de nascimentos por cada mil habitantes, durante o ano. Taxa de mortalidade – Número de óbitos por cada mil habitantes, durante um ano. Taxa de mortalidade infantil – Número de óbitos com menos de um ano por cada mil nascimentos, durante um ano. Crescimento natural – Diferença entre a natalidade e a mortalidade, durante um ano. Taxa de Crescimento natural – Diferença entre a natalidade e a mortalidade por cada mil habitantes, durante um ano. Taxa de fecundidade – Número de nados-vivos por cada mil mulheres em idade fecunda, durante um ano. Saldo migratório – Diferença entre o total de indivíduos que entram e saem do país. Crescimento Efectivo – Somatório do crescimento natural e do saldo migratório

5 Conceitos a saber (3/3): Índice sintético de fecundidade – Número médio de filhos que cada mulher tem durante o seu período fértil. População absoluta – Total de indivíduos que reside num país num dado ano. Estrutura etária da população – É a composição de uma população, em termos de idades e sexos. Distribui-se por grupos etários:0-15 anos – jovens; anos – Adultos;+ 65 anos – Idosos. Pirâmide etária - A pirâmide etária é o gráfico que representa a estrutura de sexo e idade de uma população. Permite tirar conclusões quanto à esperança média de vida, quanto ao grau de envelhecimento de uma população entre outros. Índice de renovação de gerações – É a capacidade de uma população se renovar. Para que haja renovação de gerações é necessário que cada mulher fértil tenha, pelo menos, 2,1 filhos. Imigração – Entrada de população num país estrangeiro para aí trabalhar. Emigração – Saída da população de um país para trabalhar no estrangeiro. Esperança média de vida - É o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, se submetido, desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas no momento (ano de observação).

6 1. A evolução da População

7 Revolução Demográfica
Explosão Demográfica Revolução Demográfica Regime Demográfico Primitivo

8 Na evolução da população mundial podem distinguir-se três fases caracterizadas por ritmos de crescimento populacional diferentes. O regime demográfico primitivo, até meados do século XVIII, caracterizou-se por um ritmo de crescimento populacional lento. Tanto a taxa de natalidade, como a de mortalidade apresentam valores elevados, pelo que o crescimento natural é fraco. A revolução demográfica, desde meados do século XVIII até à Segunda Guerra Mundial, caracterizou-se por um rápido crescimento da população mundial. A taxa de mortalidade sofreu uma acentuada redução, em particular nos países industrializados, enquanto a taxa de natalidade se manteve elevada. A explosão demográfica, iniciada após a Segunda Guerra Mundial, corresponde à fase de maior crescimento populacional da História da Humanidade. A descida da taxa de mortalidade em todo o Mundo e a manutenção de altas taxas de natalidade na maior parte das regiões menos desenvolvidas provocaram um crescimento da população mundial muito rápido. \

9 Os 2 modelos da evolução da população a partir da Revolução Demográfica
O evento histórico que marcou o início destas “duas” demografias foi a Revolução Industrial. Na sequência da Revolução Industrial, passaram a existir, pela primeira vez, diferenças entre os países industrializados (desenvolvidos) e não industrializados (subdesenvolvidos). Nessa época houve alterações ao nível do ritmo de crescimento demográfico, com os primeiros a verificarem aumentos populacionais decorrentes da descida da mortalidade e os segundos a manterem os ritmos característicos do regime demográfico primitivo (não alteraram a situação anterior). Situação actual - Indicadores - Países industrializados (ricos) Países não industrializados (pobres) Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de mortalidade infantil Crescimento natural Grau de desenvolvimento Esperança média de vida Reduzida Elevada baixa Elevada A aumentar A diminuir Reduzida Elevada Reduzida ou negativo Explosivo Mais desenvolvida Menos desenvolvida Reduzida a aumentar Elevada

10 MODELO DE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Tendo em conta a forma como a população evoluiu nos países desenvolvidos, foi elaborado um modelo que pretende explicar o crescimento demográfico através da evolução das taxas de natalidade e de mortalidade – O MODELO DE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Regime primitivo, as taxas de natalidade e de mortalidade apresentam valores elevados e relativamente próximos, verificando-se um fraco crescimento demográfico. Regime de transição, numa primeira fase, ocorre uma queda acentuada da taxa de mortalidade enquanto a de natalidade se mantém elevada, registando-se um aumento do crescimento demográfico; numa segunda fase, a taxa de natalidade diminui e, gradualmente, aproxima-se dos valores da taxa de mortalidade, assistindo-se a um abrandamento do crescimento demográfico. Regime moderno, as taxas de natalidade e de mortalidade apresentam valores baixos e relativamente próximos, voltando a registar-se um fraco crescimento demográfico.

11 A evolução da taxa de crescimento natural nos países desenvolvidos
2º Período Regime de Transição 1º Período Regime Primitivo 3º Período Regime Moderno 1ª fase 2ª fase

12 A evolução da taxa de crescimento natural nos países em desenvolvimento

13 Comparação dos 2 modelos de evolução demográfica.
Países desenvolvidos Países em vias de desenvolvimento

14 2 evoluções demográficas distintas PD = TNb e TMb= TCb
Nos países desenvolvidos as taxas de natalidade e de mortalidade são baixas e muito próximas, logo , a taxa de crescimento natural é baixa. A taxa de natalidade é baixa, principalmente, devido: Aumento da idade média do casamento. Diminuição da taxa de nupcialidade (número médio de casamentos por cada mil habitantes). Acesso da população feminina a uma melhor instrução, maior participação e desempenho profissional. Necessidade de os pais renunciarem a determinadas actividades com o nascimento de um filho. Aumento dos encargos com a educação dos filhos. A taxa de mortalidade é baixa, principalmente, devido: - Avanços tecnológicos no sector agrícola proporcionaram aumento da produção e, consequentemente, uma melhoria importante na alimentação das populações. o que proporcionou uma redução dos períodos de fome e consequente diminuição das doenças. A medicina, quer curativa quer preventiva, foi alvo de grandes progressos, associada ainda a uma relevante melhoria da assistência médica e materno-infantil. Melhoria das condições de trabalho e de higiene

15 PVD = TNa e TMb= TCa Nos países em vias de desenvolvimento as taxas de natalidade são elevadas e as de mortalidade são baixas (em relação aos países desenvolvidos registam valores, ainda, bastante elevados). Assim, a taxa de crescimento natural é alta. A taxa de natalidade é alta, principalmente, devido: Ausência ou ineficácia de programas de saúde reprodutiva e planeamento familiar Elevada percentagem de população jovem e consequentemente em idade de procriar Casamento precoce. Baixos níveis de escolaridade A taxa de mortalidade é, relativamente, baixa principalmente, devido: Ajuda Internacional, com os países desenvolvidos e organizações humanitárias (por exemplo a UNICEF;AMI) a contribuírem com alimentos e medicamentos Melhoria das condições de habitação

16 Estrutura etária – Repartição dos indivíduos por grupos de
A evolução das taxas de natalidade e de mortalidade, bem como a esperança média de vida de uma população influenciam a sua estrutura etária. Estrutura etária – Repartição dos indivíduos por grupos de idades ( grupos etários) A estrutura etária de uma população considera 3 grandes grupos de idades. É habitual, representar-se a estrutura etária de uma população através de um gráfico denominado por pirâmide etária. Pirâmide Etária - é o gráfico que representa uma população por classes de idades (classes etárias) e sexo. Classe etária – conjunto de indivíduos vivos nascidos no mesmo período de tempo, normalmente de 5 anos. Nesse tipo de gráfico, cada uma das metades representa um sexo ( o lado esquerdo – população masculina ; o lado direito – população feminina); a base representa o grupo jovem (até 15 anos); a área intermediária ou corpo representa o grupo adulto (entre 16 e 64 anos); e o topo ou ápice representa a população idosa (acima dos 65). Através da sua análise podemos analisar uma população praticamente ao longo de um século segundo: As idades e o sexo; A população jovem e envelhecida; a existência de classes ocas (é a classe etária que possui um valor inferior à classe etária seguinte ; A evolução da população do país considerado. Jovens Menos de 15 anos Adultos Dos 15 aos 64 anos Idosos Mais de 64 anos

17 Pirâmide típica dos países desenvolvidos(pág.32, pirâmide A)
A forma de uma pirâmide etária permite identificar que tipo de países retrata (países desenvolvidos ou países menos desenvolvidos). Assim: Uma pirâmide etária típica dos países desenvolvidos apresenta o topo dilatado e a base estreita devido: Reduzidas taxas de natalidade; Reduzidas taxas de mortalidade; Envelhecimento da população; População em decréscimo; Pirâmide típica dos países desenvolvidos(pág.32, pirâmide A)

18 Pirâmide típica dos paises em vias de desenvolvimento
 Elevadas taxas de natalidade;  Altas taxas de mortalidade;  Rejuvenescimento da população;  População em expansão e em forte crescimento

19 Políticas demográficas Muitos responsáveis governamentais estão preocupados com a evolução demográfica dos seus países Os países desenvolvidos tentam solucionar o seu problema através de politicas natalistas (medidas que incentivam a natalidade). Alguns exemplos de politicas natalistas: Subsídios de nascimento; Abonos progressivos em função do número de filhos; Condições especiais para as mães trabalhadoras, nomeadamente trabalho tempo parcial; Benefícios fiscais para famílias numerosas; Escolaridade gratuita;

20 Campanhas de informação;
Os países em vias de desenvolvimento tentam solucionar o seu problema através de politicas antinatalistas (medidas que visam diminuir a natalidade). Alguns exemplos de politicas antinatalistas: Campanhas de informação; Incentivos aos casais para constituírem famílias reduzidas; Difusão de centros de apoio ao planeamento familiar, com divulgação de anticoncepcionais; Penalizações a famílias numerosas (dificuldades de acesso a emprego, habitação, etc.) Esterilização forçada;