Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega, em Foi tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos e general aos 27 anos, saindo vitorioso em várias batalhas na Itália e na Áustria.
Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos e nesse tempo conquistou grande parte da Europa. Para os biógrafos, seu sucesso se deu devido a sua grande capacidade como estrategista, seu espírito de liderança e ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas Significado Histórico – Consolidação da revolução burguesa na França através da contenção dos inimigos internos (monarquistas e jacobinos) e a sua expansão para a Europa.
CONSULADO – CONSULADO TRIPLO – Napoleão, Sieyés e Ducos. Um mês após o Golpe do 18 Brumário de 1799 era posta em vigor uma nova Constituição. Estabelecia que Napoleão seria o primeiro Cônsul pelo prazo de 10 anos, com poderes ditatoriais e a quem caberia as decisões, enquanto os outros dois teriam apenas o voto consultivo.
– CONSULADO UNO: REALIZAÇÕES Fundação do Banco da França, que controlaria a emissão do papel-moeda, reduzindo o processo inflacionário. Instituição de um novo padrão monetário: Franco Criação da Sociedade Nacional de Fomento à Industria. Fortalecimento do Ensino Público, a instalação de escolas públicas em cada aldeia ou cidade francesa e a criação de Liceus ( centros de preparação para professores ).
Publicação do Código Civil Napoleônico: igualdade formal perante a lei; garantiu o direito de propriedade; ratificou a reforma agrária realizada pelos revolucionários; proibiu as greves operárias e a organização sindical => manteve o fim dos privilégios desfrutados pela Nobreza no Antigo Regime, mas favoreceu os privilégios conquistados pela Burguesia O Sistema Tributário francês foi reformado, com a criação de uma nova moeda : o franco, e o aumento na arrecadação de impostos deu ocupação a milhares de desempregados através de um programa de construção de obras públicas, como
alargamento de portos, construções de edifícios públicos, estradas, canais, pontes, drenagem de pântanos, etc. Restauração da união Igreja - Estado, que havia existido antes da Revolução, visto que a religião poderia ser usada como instrumento de domínio político e social. Em 1801, o papa Pio VII e Napoleão assinaram a Concordata, estabelecendo que o governo francês nomearia os bispos e pagaria salários ao Clero.
No plano externo, Napoleão conseguiu estabelecer a paz por meio de vitórias militares e de negociações diplomáticas, neutralizando os adversários da França. Nessa esfera, um dos pontos altos do governo foi o acordo de paz assinado em 1802 com a Inglaterra, que pôs fim a anos de conflitos, o que aumentou ainda mais seu prestígio. Em 1804, Napoleão, que dois anos antes tinha se tornado cônsul vitalício, foi autorizado, por meio de um plebiscito, a assumir o título de imperador.
IMPÉRIO Obra de Jacques-Louis David, pintada entre 1805 e 1807, retrata a coroação de Napoleão Bonaparte. Perceba que a coroa está nas mãos de Napoleão e não nas do Papa, deixando muito claro que havia um novo poder na França pós-revolução. Um poder que não era religioso, mas econômico e político.
As várias coligações européias foram sempre obra da diplomacia do mais obstinado adversário francês, a Inglaterra, onde o poder da burguesia estava consolidado havia mais de um século. Somente ali os setores dominantes da burguesia não nutriram simpatias pela Revolução Francesa. Para a Inglaterra, a luta contra os franceses tornava-se inevitável, pois sua Revolução Industrial já havia sido iniciada e a França afigurava-se como concorrente comercial e industrial nos mercados europeus. Além disso, o exemplo francês poderia instigar na Inglaterra o levante de camadas da população que, desde 1689, data da Revolução Gloriosa, mantinham se sujeitas ao controle da burguesia.
Para as monarquias absolutistas européias, partidárias do Antigo Regime e defensoras dos privilégios aristocráticos, derrotar a França era uma questão de sobrevivência. Por esses motivos as coligações européias colocaram, lado a lado, a Inglaterra parlamentar e burguesa e a Europa absolutista e aristocrática unidas contra o inimigo comum: a Revolução na França.
14 de janeiro de Aliança entre Inglaterra e Espanha para lutar contra Napoleão, cujas tropas haviam invadido a Espanha.
A França, por seu lado, teria de arrebatar os mercados consumidores europeus, até então sob controle inglês, ao mesmo tempo em que precisava consolidar sua revolução internamente, o que somente seria possível com a expansão para os países aristocráticos. Dessa maneira, a paz francesa só viria com a disseminação das instituições burguesas sobre o restante da Europa – a estabilização da ordem burguesa na França tinha como contrapartida necessária a destruição dos regimes aristocráticos europeus.
Diante de interesses antagônicos da Inglaterra e das nações absolutistas de um lado e da França do outro, apenas a força das armas despontava como solução. Em 1803 formou-se a TERCEIRA COLIGAÇÃO antifrancesa (Inglaterra, Rússia e, em 1804, também a Áustria) à qual se opôs a Espanha que apoiou a França. Em outubro de 1805, a marinha franco-espanhola foi dizimada na Batalha de Trafalgar, na qual os ingleses foram comandados pelo Almirante Nelson. Em terra, porém era clara a superioridade francesa nas Batalhas de Ulm e Auterlitz, Napoleão derrotou as tropas austríacas e russas.
Uma das raras peças que sobreviveu ao sangrento confronto foi a bandeira toda furada de bala e conforme alguns exagerados, cheirando a pólvora. Num leilão em que se travou outra verdadeira batalha ela foi arrematada por um colecionador anônimo. O ‘martelo foi batido’ por 320 mil euros.
Em 1806, o Imperador francês suprimia o que restava do Sacro Império Romano-Germânico e criava a Confederação do Reno, reunindo a maioria dos Estados alemães e nomeando a si próprio “protetor”. Formou-se, então, a QUARTA COLIGAÇÃO (Inglaterra, Rússia e Prússia), mas a Prússia foi rapidamente derrotada na Batalha de Iena e os russos caíram em 1807 nas Batalhas de Eylau e Friedland, assinando o Tratado de Tilsit, pelo qual se tornavam aliados dos franceses.
CARTOGRAPHIE LATITUDE – ADAP. O IMPÉRIO ( )
Derrotada a quarta coligação, Napoleão tornou-se o grande senhor da Europa Continental. Os territórios que não eram diretamente dominados pelo Imperador estavam entregues a aliados e familiares – seus irmãos José, Luís e Jerônimo tornaram-se, respectivamente, rei de Nápoles, Holanda e Vestfália. Em cada local por onde seus exércitos passavam, a velha ordem era destruída, implantando-se constituições, divulgando-se o Código Civil Napoleônico e modernizando- se a estruturas econômicas. A jovem nação burguesa impunha-se às velhas nações aristocráticas; as instituições burguesas substituíam as arcaicas estruturas feudais.
Do outro lado do Canal da Mancha, entretanto, protegida por suas esquadras, a Inglaterra mantinha-se incólume. Para atacá-la, a França, tendo perdido boa parte de suas forças marítimas em Trafalgar e impossibilitada de derrotar militarmente os ingleses, decidiu tentar asfixiar economicamente o reino britânico. Napoleão promulgou em Berlim o decreto que estabelecia o Bloqueio Continental, proibindo os países europeus de adquirirem produtos ingleses.
BLOQUEIO CONTINENTAL A linha azul delimita as zonas da Europa que aderiram a este bloqueio. Como se pode observar, Portugal não acatou a ordem de Napoleão.
QUEDA DO IMPÉRIO NAPOLEÔNICO O declínio do Império Napoleônico se dá gradualmente de 1808 a 1815 e é explicado por vários motivos conjuntos: Bonequinhos que eram usados pelo imperador francês Napoleão Bonaparte para montar suas estratégias de guerra, expostos no Museu de Arte Brasileira, em São Paulo, em 2003
a) O nacionalismo das nações conquistadas – Napoleão cometeu um grave erro político ao difundir instituições francesas por toda a parte, ignorando as tradições e o sentimento nacionais dos vários povos europeus. A burguesia dos países dominados, que antes recebera os exércitos napoleônicos como libertadores, voltou-se mais tarde contra os franceses, que assumiam, na prática, o papel de opressores estrangeiros. A Espanha, antiga aliada, levantou-se quando Napoleão colocou no trono espanhol seu próprio irmão José Bonaparte. Organizando-se sob a forma de guerrilha, os espanhóis destruíram o mito da invencibilidade francesa, derrotando-a em 1808, na Batalha de Baylem. O exemplo espanhol alastrou-se
O exército de Napoleão em Moscou. TIFO