CLICAR 2ª PARTE Gil Vicente 1465 - 1562 As obras de Gil Vicente atravessaram todas as épocas e ainda se mantêm actuais. O autor do ‘Auto da Barca do.

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Transcrição da apresentação:

CLICAR 2ª PARTE

Gil Vicente As obras de Gil Vicente atravessaram todas as épocas e ainda se mantêm actuais. O autor do ‘Auto da Barca do Inferno’ e da ‘Farsa do Juiz da Beira’ destacava-se pelo espírito crítico e satírico com que abordava os vícios do seu tempo, não poupando a prepotência dos reis, o parasitismo dos nobres ou a hipocrisia do clero. Ainda assim era protegido pela corte.

Gil Vicente é o pai do teatro português. Foi poeta, dramaturgo e ainda hoje as suas peças são tão actuais que algumas companhias de teatro as utilizam. A obra vicentina é repleta de realidades históricas que testemunhou com o novo mundo dos Descobrimentos.

Marquês de Pombal Dotado de uma energia inesgotável, o seu nome ficará para sempre associado à reconstrução de Lisboa na sequência do terramoto de O marquês de Pombal, primeiro-ministro do rei D. José, inaugurou a intervenção reformadora e autoritária do Estado e do Governo. O Processo de suplício da família dos Távora e a expulsão dos jesuítas marcaram a sua passagem pelo Governo de então.

Rodeando-se dos melhores arquitectos e engenheiros, Sebastião José de Carvalho e Melo planeou e reedificou uma nova cidade de desenho octogonal, com ruas largas e de grandes edifícios. O caso mais emblemático é o da Baixa lisboeta, que conserva o desenho então delineado.

Bocage Bocage constitui uma voz singular na literatura portuguesa. Elmano Sadino, pseudónimo que usou, simboliza a frontalidade, irreverência, desprezo pelos bens materiais e a luta contra o despotismo e a solidariedade. Poeta e pensador, Manuel Maria Barbosa du Bocage traduziu com rigor e originalidade clássicos latinos, entre os quais Virgílio e Ovídio.

Bocage distinguiu-se na poesia erótica. De entre os muitos e diferentes poemas, o mais conhecido intitula-se “A um tabelião que casou com uma moça nova”. De resto, a irreverência de Bocage parece ter continuado a incomodar os diferentes regimes, mesmo depois da sua morte.

Almeida Garrett Escritor romântico, foi o proponente da edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e da criação do Conservatório. Nomeado cronista-mor do reino, em 1838, organizou um curso de leituras públicas de História. Revolucionário, exilado em Inglaterra, o visconde João Baptista Leitão de Almeida Garrett, distinguiu-se por uma vida tão apaixonada quanto a sua obra.

A Almeida Garrett se deve o impulso e a regeneração do teatro em Portugal. Em 1844 é publicada a sua obra-prima, Frei Luís de Sousa, considerada como uma das mais geniais da língua portuguesa, e que um crítico apreciou como a “Obra mais brilhante que o teatro romântico produziu”.

Alexandre Herculano Alexandre Herculano Pelo seu carácter íntegro e empenhamento cívico em momentos cruciais da política interna, Alexandre Herculano foi considerado pelos seus contemporâneos como símbolo e referência moral. A própria geração de então admirou-o e respeitou-o, apesar das discordâncias sobre a difícil relação entre liberdade e igualdade. Fonte de inspiração para outros autores, Herculano introduziu em Portugal o romance histórico.

Como ficcionista, Alexandre Herculano escreveu, entre outros, o romance histórico ‘Eurico, o Presbítero’. Além de escritor, jornalista, poeta e historiador, foi ainda bibliotecário e político, tendo participado numa tentativa de golpe de estado que o obrigou ao exílio em França, regressando mais tarde a Portugal.

Camilo Castelo Branco O mais profícuo escritor do século XIX teve vida de tamanha diversidade que ele próprio dizia não haver biografia mais atrapalhada do que a sua. Camilo Castelo Branco ganhou relevo na vida literária quando se fixou na cidade do Porto. E foi ali, preso na Cadeia da Relação, acusado de adultério, que, em apenas 15 dias, escreveu o seu romance mais famoso, ‘Amor de Perdição’. Depois fez da escrita o seu modo de vida.

Camilo Castelo Branco foi jornalista, dramaturgo, poeta, romancista e investigador histórico. A maioria dos seus livros são escritos em S. Miguel de Ceide, para onde se mudou com Ana Plácido, seu grande amor e com quem casou, e onde residiu até ao fim da sua vida.

Antero de Quental Poeta e filósofo, Antero Tarquínio de Quental recebeu uma esmerada educação religiosa ao ponto de ter planeado tornar-se sacerdote. No entanto, preferiu seguir os estudos de Direito em vez de entrar para um seminário. Toda a sua obra está marcada pela profundidade do pensamento filosófico, de um modo inigualado em toda a história da literatura portuguesa.

Antero de Quental marcou profundamente a vida cultural e política portuguesa da segunda metade do séc. XIX. Precursor do socialismo, estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde tomou atitudes revolucionárias que viriam a ser repetidas ao longo da sua vida.

Eça de Queirós Fez da língua portuguesa um instrumento de modelação dos homens e das suas vidas. Talvez por isso a obra de José Maria Eça de Queirós tem a grandiosidade da tradução em 20 línguas. Figura maior do realismo, satirizou e criticou diferentes aspectos da sociedade portuguesa. É considerado por muitos especialistas como o maior escritor realista do século XIX.

‘Os Maias’, último romance que escreveu, retrata a aristocracia e a alta sociedade lisboeta. Eça de Queirós viu parte da sua obra dispersa por jornais e folhetins, sendo exemplo disso a publicação de ‘O Mistério da Estrada de Sintra’ que escreveu com Ramalho Ortigão.

Rafael Bordalo Pinheiro Rafael Bordalo Pinheiro foi o mais importante e significativo caricaturista do século XIX e um dos melhores de sempre de Portugal. O seu corrosivo espírito satírico marcou a sociedade da época, mas conseguiu sempre manter- -se actual. Muitas das críticas que fez à sociedade portuguesa ainda hoje são surpreendentemente contemporâneas e oportunas. A galeria de figuras que criou retrata e caricaturiza as gentes de então.

É impossível dissociar Bordalo Pinheiro do Zé Povinho. A explicação é simples: foi o personagem por ele criado que mais destaque teve na sociedade portuguesa do séc. XIX. Com incursões no domínio da cerâmica, artes decorativas e jornalismo, a sua obra constitui uma hilariante crónica de vicissitudes e misérias colectivas da História de Portugal.

Cesário Verde José Joaquim Cesário Verde foi um poeta português que se estreou colaborando na imprensa lisboeta. Formado dentro dos moldes do realismo literário, o poeta afirmou-se sobretudo pela sua oposição ao lirismo tradicional. Em 1877 a tuberculose começou a dar sinais, doença que já lhe tirara os irmãos. Estas mortes são inspiração para um dos seus principais poemas: Nós.

Apesar de nunca ter tido o merecido reconhecimento da sua obra em vida, ninguém ousará hoje renegar a criatividade de Cesário Verde, figura incontornável da poesia portuguesa de finais do séc. XIX. Postumamente, Fernando Pessoa chamou-lhe mestre.

Mouzinho de Albuquerque Figura muito respeitada na sociedade portuguesa de então, Joaquim Mouzinho de Albuquerque era visto pelos africanistas como esperança e símbolo máximo da reacção portuguesa às ameaças dos interesses lusos em África por parte das grandes potências. Mouzinho da Albuquerque era um militar intelectual. Tinha hábitos de leitura e dava-se com escritores do seu tempo. A sua vida no exército só se alterou quando foi enviado para terras africanas.

Em finais de 1895, o então capitão Mouzinho realizou uma façanha que lhe granjeou fama. À frente de uma pequena coluna de cerca de 50 soldados conseguiu aprisionar Gungunhana, chefe de um vasto domínio zulu, que ameaçava passar-se para o lado inglês, alienando assim as pretensões da soberania portuguesa em Moçambique.

Gago Coutinho Foi com Sacadura Cabral que Carlos Viegas Gago Coutinho voou pela primeira vez. A partir desse dia entrega-se ao estudo da conversão à aeronáutica dos processos e instrumentos de navegação marítima com vista a viagens de longo curso. Deste trabalho resultará em 1919 o sextante adaptado que originará outras viagens. Percorreu os quatro cantos do mundo ao serviço da marinha e fica na história ligado à aviação.

A viagem que efectuou com Sacadura Cabral em 1922 foi a primeira ligação aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro. O hidroavião Lusitânia deixou Lisboa no dia 30 de Março. Depois de várias paragens, o aparelho perde um dos flutuadores e afunda-se junto aos penedos brasileiros de S. Pedro e S. Paulo. A bordo de novo hidroavião, os dois pilotos partem de Fernando Noronha, a 11 de Maio, mas o azar persegue-os. Nova avaria e a ‘morte’ do motor. O Governo português envia para Fernando Noronha o Vera Cruz, o último Fairey 16 da Marinha. É com ele que completam a viagem.

Sacadura Cabral Notabilizou-se ao efectuar, com Gago Coutinho, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, mas Sacadura Cabral realizou diversas travessias aéreas memoráveis. Fez carreira como instrutor da Escola Militar de Aviação, director dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa. Desapareceu no Atlântico Norte, quando pilotava de Amesterdão para Lisboa, com o mecânico com quem planeara uma volta ao mundo.

Artur de Sacadura Freire Cabral formou-se em França, e fundou a Aviação Marítima portuguesa. Através da invenção de Gago Coutinho, o sextante com bolha de ar, realiza uma viagem experimental de Lisboa ao Funchal, seguindo-se a famosa viagem de Lisboa ao Rio de Janeiro.

Egas Moniz Egas Moniz foi o primeiro português a ser galardoado com o Prémio Nobel, que recebeu em 1949, depois de uma primeira nomeação ainda nos anos 20. As suas descobertas no campo da medicina, ainda que polémicas, em alguns casos, estão entre os mais notáveis contributos portugueses para a ciência contemporânea. A angiografia cerebral, uma das suas contribuições, manteve- -se viva durante décadas como técnica de diagnóstico.

António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, médico e diplomata, é conhecido sobretudo pela actividade precursora que desenvolveu no campo científico, mais concretamente na área da neurocirurgia, trabalhos que seriam reconhecidos em 1945 pela Faculdade de Medicina de Oslo, quatro anos antes da atribuição do Prémio Nobel.

António Silva António Maria da Silva nasceu em Lisboa no dia 15 de Agosto de Oriundo de uma família modesta, começa a trabalhar muito cedo como marçano. Também muito cedo começou a representar – em 1910 estreia-se no Teatro Condes, com a peça ‘Novo Cristo’. Viverá entre 1913 e 1921 no Brasil, mas os registos do seu trabalho ali são quase inexistentes. De grande potencial humorístico e excelente actor é, sem dúvida, um ícone da comédia portuguesa.

Rei da comédia portuguesa, António Silva participou em inúmeros filmes do período de ouro do cinema nacional, deixando para a posteridade desempenhos extraordinários. É de talentos e histórias como a de António Silva que se faz a história de ser português,

Texto compilado de ‘Grandes figuras portuguesas’ do jornal «Diário de Notícias» Fotos e desenhos do Google Formatação de JBVIEIRA 28 - MAIO Música: Marine Life