Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê. Professor Pecê Rodrigues.

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Professor Marcel Matias
Os Gêneros Literários. O termo gênero é utilizado, nas diferentes formas de arte, para denominar um conjunto de obras que apresentam características semelhantes.
Transcrição da apresentação:

Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê

Professor Pecê Rodrigues

 GÊNEROS LITERÁRIOS (Divisão Clássica)  Divisão estabelecida por Aristóteles (384 a.c. – 322 a.c.), que estabelece três grandes categorias de textos literários: o gênero épico, o gênero lírico e o gênero dramático.  I – GÊNERO ÉPICO (epopeia)  Estrutura narrativa, a voz que enuncia o texto denomina-se NARRADOR.  Presença de um herói, normalmente representando um povo, uma nação.  Cenas de guerras, batalhas, aventuras.

 Composta de partes denominadas CANTOS (correspondentes a capítulos).  Apesar de haver uma certa variedade de divisões de epopeias, reconhece-se uma divisão clássica em três partes:  1 - INTRODUÇÃO PROPOSIÇÃO – Informa o assunto geral do poema. INVOCAÇÃO – O poeta pede ajuda a divindades para compor a obra. DEDICATÓRIA – O poeta oferece a obra a uma personalidade ilustre.  2 – NARRAÇÃO - Parte mais longa do poema. Como o próprio nome sugere, é a parte em que se conta a história.  3 – EPÍLOGO - Encerra o poema.

 AUTORES E POEMAS ÉPICOS IMPORTANTES: 1) HOMERO - séc. VIII a. c.  Odisseia - Relata o regresso do protagonista, um herói da Guerra de Troia, Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana). Como se diz na proposição, é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a acrópole sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes de tantos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros”. Odisseu leva dez anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos.  Ilíada – Narra os episódios da Guerra de Troia, os feitos de personagens como Helena, Menelau, Páris, Heitor, Ulisses, Aquiles e Eneias.

2) VIRGÍLIO – 70 a. c. – 19 a. c.  Eneida – Narra a história do povo romano, fundado a partir do herói Eneias, que, após fugir de Troia, estabelece-se na região do Lácio. 3) DANTE ALIGHIERI – 1265 – 1321  A Divina Comédia – Narra, em 1ª pessoa, uma viagem do próprio poeta em três partes: inferno, purgatório e paraíso. Nas duas primeiras, ele é guiado por Virgílio (de quem Dante era admirador confesso) e vê os vários estágios em que se encontram os condenados ao fogo eterno ou à expiação, com suas respectivas penas. Na terceira parte, Virgílio entrega o poeta aos cuidados de Beatriz, sua musa, que o conduz ao paraíso.

 Nel mezzo lel cammin di nostra vita  Mi ritrovai per uma selva oscura,  Ché la diritta via era smarrita.  Ahi quanto a dir qual era è cosa dura  Esta selva selvaggia e aspra e forte  Che nel pensier rinova la paura!  Tant’è amara che poco è più morte;  Ma per trattar del bem ch’i’ vi trovai,  Dirò de láltre cose ch’i’ v’ho scorte.  Io non so bem ridir com’i’ v’intrai,  Tant’ era pien di sono a quel punto  Che La verace via abandonai.   À meia idade da terrena vida,  Perdido achei-me numa selva escura,  A senda certa estando já perdida.  Quanto, dizer qual era, é cousa dura,  Esta selva selvagem rude e forte,  Que medo infunde à mente mais segura!  Acre é tanto que pouco mais é morte.  Porém das outras cousas falarei,  E o bem direi que nela achei por sorte.  Ignoro como na floresta entrei:  Com tanto sono estava em meu roteiro,  Que o rumo certo e reto abandonei

4)LUDOVICO ARIOSTO – 1474 – 1533  Orlando Furioso - O tema principal do poema é de como o valoroso cavaleiro Orlando, de paladino de Carlos Magno e enamorado da bela Angélica, por ciúme, se torna em louco furioso, e de como sem o seu mais importante cavaleiro o exército cristão fica em dificuldades na guerra santa que trava; isto até o cavaleiro Astolfo encontrar na Lua o recipiente que contém o juízo de Orlando restituindo-o ao seu legítimo proprietário, mesmo a tempo de este ajudar os cristãos na luta que travam contra mouros nos muros de Paris. 5)LUÍS DE CAMÕES – 1525 – 1580  Os Lusíadas – Narra a viagem do capitão Vasco da Gama, contornando o sul da África, em 1498, em busca de uma rota marítima para as Índias. Em determinado momento (canto terceiro), ao chegar ao reino de Melinde, na África, capitão conta ao rei do lugar a história de Portugal. Nesse momento o narrador observador dá lugar ao narrador personagem Vasco da Gama.

 As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; 2 E também as memórias gloriosas Daqueles Reis, que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles, que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando; Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte.  3 Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram: Cesse tudo o que a Musa antígua canta, Que outro valor mais alto se alevanta.  E vós, Tágides minhas, pois criado Tendes em mim um novo engenho ardente, Se sempre em verso humilde celebrado Foi de mim vosso rio alegremente, Dai-me agora um som alto e sublimado, Um estilo grandíloquo e corrente, Porque de vossas águas, Febo ordene Que não tenham inveja às de Hipoerene. 5 Dai-me uma fúria grande e sonorosa, E não de agreste avena ou frauta ruda, Mas de tuba canora e belicosa, Que o peito acende e a cor ao gesto muda; Dai-me igual canto aos feitos da famosa Gente vossa, que a Marte tanto ajuda; Que se espalhe e se cante no universo, Se tão sublime preço cabe em verso.  (...)  Vós, poderoso Rei, cujo alto Império O Sol, logo em nascendo, vê primeiro; Vê-o também no meio do Hemisfério, E quando desce o deixa derradeiro; Vós, que esperamos jugo e vitupério Do torpe Ismaelita cavaleiro, Do Turco oriental, e do Gentio, Que inda bebe o licor do santo rio;