1 BOLETIM N o 5 - ANDA SOLOS SOB “CERRADO”:MANEJO Parte 1 Alfredo Scheid Lopes Engo Agro, MS, PhD Professor Emérito Luiz Roberto Guimarães Guilherme, Eng o Agr o, MS, PhD Professor Adjunto Departamento de Ciência do Solo Universidade Federal de Lavras Lavras - MG
2 1 – Adubações “corretivas” para construção da fertilidade do solo CONCEITO MODERNO DO USO DE FERTILIZANTES 2 – Adubações de manutenção para repor o que é removido Solos de baixa fertilidade Barreiras químicas para as raízes Alta probabilidade de “veranicos”
3 Calagem CONSTRUÇÃO DA FERTILIDADE Gesso Agrícola Adubação fosfatada corretiva Adubação potássica corretiva Adubação corretiva com micronutrientes Manejo da matéria orgânica Adubações de manutenção
4 CALAGEM
5 1006,86,2 926,66,0 846,45,8 766,25,6 686,05,4 605,85,2 0525,65,0 7445,44, ,24, ,04, ,84, ,64,0 9044,43,8 Sat. Al (%)Sat. Bases (%)pH H 2 OpH em CaCl 2 0,01M Fonte: Raij & Quaggio, 1982 RELAÇÃO ENTRE ATRIBUTOS DA ACIDEZ DO SOLO
6 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 H CTC a pH 7,0 CTC efetiva pH atual do solo Ca 2+ Mg 2+ K + Na + Al 3+ SB Fonte: Raij, O SOLO COMO RESERVATÓRIO DE CÁTIONS
7 BALANÇO ECONÔMIC0 DA CALAGEM (MOCOCA, SÃO SIMÃO e GUAÍRA) kg/ha Em kg/ha: Custo do calcário Aumento de produção: No 1º ano No período (5 anos) (3 anos)(4 anos) Fonte: Raij & Quaggio, MilhoSojaAlgodão , ,609 Em kg/ha: Custo do calcário Aumento de produção: No 1º ano No período
8 RETÔRNO MÉDIO - 5 MILHO, 1 SORGO, 1 SOJA vs DOSES E MÉTODOS DE INCORPORAÇÃO DE CALCÁRIO Fonte: Miranda et el., Custo de calcário + custos fixos Custos fixos Doses de calcário (t/ha) Retorno médio ( Cr$/ha) 2 x Al SMP a pH x Al – 2 – (Ca + Mg) MEE SMP a pH – 30 cm 0 – 15 cm Profundidade de incorporação
9 EFEITO RESIDUAL DA CALAGEM % Al Calcário (t/ha) Fonte: CPAC Al e Ca + Mg pH 5,5 pH 6,0 Meses após a calagem:
10 PRODUTIVIDADE DA SOJA vs SATURAÇÃO POR BASES Proteina Óleo Ribeirão Preto Mococa Saturação por bases (%)v ,4 0,8 1,2 Produtividade (t/ha) Fonte: Tanaka et al., 1990.
11 Adiciona Ca e Mg, pH CALAGEM: EFEITOS Lixiviação de K Fixação de P Disponibilidade de Al, Fe e Mn Disponibilidade de Mo, N, P, K, Ca, Mg e S Toxidez de Al, Fe e Mn
12 Atividade microbiana Melhora o meio ambiente para bactérias Fixação de N Cargas dependentes de pH Induz, dependendo da dose, a maior movimentação de Ca e Mg em profundidade Decomposição da matéria orgânica CALAGEM: EFEITOS
13 ASSIMILAÇÃO DE NUTRIENTES vs pH DO SOLO N P K S Ca Mg ,55,05,56,06,57,0 26,746,264,279,593,8100,0Média Nutriente pH Fonte: Embrapa, 1980.
14 Arroz Feijão Milho Soja Trigo Algodão Cacau Café Cana SP PR GO MG RS GO BA MG SP Aumento de produtividade Estado Cultura kg/ha% CALAGEM vs PRODUTIVIDADE Fonte: Malavolta, 1991.
15 MÉTODOS DE RECOMENDAÇÃO DE CALCÁRIO Fonte: Sousa et al., ) Método do Al e Ca + Mg 1) Método do Al e Ca + Mg 1.1 Solos com > 15% de argila, CTC > 4 cmol c /dm 3 e Ca + Mg < 2,0 cmol c /dm 3 e Ca + Mg < 2,0 cmol c /dm 3 Dose (t/ha) = (2 x cmol c /dm 3 Al) + (2 - cmol c /dm 3 Ca + Mg) Dose (t/ha) = (2 x cmol c /dm 3 Al) + (2 - cmol c /dm 3 Ca + Mg) 1.2 Solos com > 15% de argila, CTC > 4 cmol c /dm Solos com > 15% de argila, CTC > 4 cmol c /dm 3 e Ca + Mg > 2,0 cmol c /dm 3 Dose (t/ha) = (2 x cmol c /dm 3 Al) Dose (t/ha) = (2 x cmol c /dm 3 Al) 1.3 Solos com < 15% de argila 1.3 Solos com < 15% de argila Dose (t/ha) = (2 x cmol c /dm 3 Al) ou (2 - cmol c /dm 3 Ca + Mg) Dose (t/ha) = (2 x cmol c /dm 3 Al) ou (2 - cmol c /dm 3 Ca + Mg) Aplicar a dose maior de acordo com o cálculo 1.3
16 Fonte: Quaggio et al., ) Método de aumento da saturação por bases Dose (t/ha) = T x (V2 – V1) / PRNT, onde: T = CTC a pH 7.0 V2 = saturação por bases adequada para a cultura V1 = saturação por bases da CTC a pH 7,0 PRNT = PRNT do calcário
17 Fonte: Sousa et al., 2002 V2 (SATURAÇÃO POR BASES PARA ALGUMAS CULTURAS) - CERRADOS Algodão, cana-de-açúcar, arroz, feijão, sorgo, milheto, soja, leguminosas para adubo verde, culturas perenes : 50% Algodão, cana-de-açúcar, arroz, feijão, sorgo, milheto, soja, leguminosas para adubo verde, culturas perenes : 50% Culturas perenes: 50% Pastagens: Andropogon, maioria das Brachiarias, Paspalum, Stylosanthes, Andropogon, maioria das Brachiarias, Paspalum, Stylosanthes, Calopogonium, Pueraria : 30 – 35% Calopogonium, Pueraria : 30 – 35% Setaria, Brachiaria brizantha, Panicum cv Vencedor and cv Centenário, Setaria, Brachiaria brizantha, Panicum cv Vencedor and cv Centenário, Arachis: 40 – 45% Arachis: 40 – 45% Panicum (outros), Pennisetum, Cynodon, Leucaena, Neonotonia: Panicum (outros), Pennisetum, Cynodon, Leucaena, Neonotonia: 45 – 50% 45 – 50%
18 VANTAGENS DO CRITÉRIO DO Al e Ca + Mg Menor possibilidade de “desbalanço” (B, Cu, Zn, etc.) Possivelmente é mais adequado ao nível de tecnologia mais usado na região Menores investimentos
19 LIMITAÇÕES DO DO CRITÉRIO DO Al e Ca + Mg Não considera textura e matéria orgânica poder tampão Menor efeito residual Não permite a máxima geração de cargas dependentes de pH Não considera tolerância a pH, toxidez de Al, Fe e Mn Menor efeito abaixo da camada de incorporação Menor efeito global da taxa de aproveitamento de N, P, K, Ca, Mg, S e Mo
20 LIMITAÇÕES DO CRITÉRIO DO V% O V% é tomado em relação ao valor “T” (CTC a pH 7,0) Possibilidade de “desbalanço” Exige alteraçoes na rotina dos laboratórios (H + Al) Exige estimativa de V% para as diversas culturas
21 VANTAGENS DO CRITÉRIO DO V% Integra os fatores que afetam o poder tampão: textura, mineralogia matéria orgânica Mais científico e mais adequado para tecnologia de altos insumos Maior efeito global na taxa de aproveitamento de N, P, K, Ca, Mg, S e Mo Maior efeito residual A análise de H + Al permite estimar as cargas dependentess do pH
Produção (kg/ha) Fonte: Com. Tec. CPAC, DOSES DE P vs DOSES DE CALCÁRIO vs SOJA UFV Doses de fósforo (kg P 2 O 5 /ha) Calcário (t/ha) 0 3,3 6,6
23 INTERAÇÃO DE N vs P vs K vs CALAGEM TRIGO IRRIGADO P aplicado (kg P 2 O 5 /ha) Produção (kg grãos/ha) Calagem: 8 t/ha 200 kg K 2 O/ha Calagem: 0 t/ha 0 kg K 2 O/ha N (kg/ha) Fonte: CPAC
24 GESSO AGRÍCOLA
25 TEMPERATURA (T), PRECIPITAÇÃO (P) e EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL (E) – BRASÍLIA mm OCOC JFMAMJJASOND (T) (P) (E) Fonte: Goedert, 1989 Meses Período seco
26 PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE VERANICOS DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA E SEUS EFEITOS NA UMIDADE DO SOLO – BRASÍLIA 40 cm 50 cm 65 cm 90 cm 110 cm 3/ano2/ano1/ano2/7 anos1/7 anos Dias de veranico Frequência em Brasília Profundidade do solo que atinge o Ponto de Murcha Permanente Fonte: Adaptado de Wolf, 1975
27 ÁGUA DISPONÍVEL vs CLASSES TEXTURAIS DOS SOLOS SOB CERRADO Fonte: Reichardt, 1985, adaptado de Lopes, Areia Areia franca 4,9 8,5 9,8 9,1 Argila Densidade do solo Água disponível % Classe textural 6,9 11,0 11,8 10,9 6,9 11,0 11,8 10,9 Peso Volume mm/10 cm Franco-argilo- arenosa Argilo-arenosa Argila Argila pesada 1,4 1,3 1,2 < – 60 > 60 g/cm %
,9 4,8 4,9 5,0 5,0 5,0 5,2 4,9 5, ,9 2,0 1,6 1,5 1,8 1,4 0,6 0,01 0,01 0,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,10 0,05 0,03 0,01 0,08 0,05 0,03 0,02 0, Camada pH Argila AlCa + MgK Sat. Al (cm)(%) (cmol c /dm 3 ) (%) LAT. VERM. ESCURO vs LAT. VERM. AMARELO Fonte: EPFS, 1966.
29 ARMAZENAMENTO DE ÁGUA (CERRADOS SOLOS < 18% ARGILA ,9 20,7 41,4 69,0 96,6 0 8,7 29,4 57,0 84, ,4 33,0 60, ,0 36, , Armaze- namento máximo (mm) Profun- didade (cm) Armazenamento residual após n dias sem chuva e ET de 6 mm/dia n = 2n = 6n = 10n = 14n = 16 Fonte: Adaptado de Lopes, 1977, por Reichardt, 1985.
30 ARMAZENAMENTO DE ÁGUA (CERRADOS SOLOS > 18% ARGILA ,1 33,3 66,6 111,0 155,4 0 21,3 60,6 99,0 143, ,6 75,0 119, ,6 51,0 95, ,0 71, ,4 Armaze- namento máximo (mm) Profun- didade (cm) Armazenamento residual após n dias sem chuva e ET de 6 mm/dia n = 2n = 6n = 10n = 14n = 24 Fonte: Adaptado de Lopes, 1977, por Reichardt, 1985.
31 ORIGEM DO GESSO AGRÍCOLA H2OH2OS O2O2 ROCHA - P H 2 SO 4 H 3 PO 4 Ca(H 2 PO 4 ) + CaSO 4.2H 2 O Superfosfato simples CaSO 4.2H 2 O (Gesso) NH 3 ROCHA - P Ca(H 2 PO 4 ) 2 Super triplo NH 4 H 2 PO 4 (MAP) (NH 4 )2HPO 4 (DAP) +
32 GESSO AGRÍCOLA: COMPOSIÇÃO APP. Característica Umidade livre CaO S P 2 O 5 SiO 2 (Insolúvel em ácidos) F (Fluoretos) R 2 O 3 (Al 2 O 3 + Fe 2 O 3 ) 15 – – – 16 0,6 – 0,75 1,3 0,6 0,4 % Fonte: Malavolta & Vitti, 1985.
33 ÂNIONS DIFERENTES vs DISTRIBUIÇÃO DE Ca NO PERFIL DO SOLO Profundidade (cm) ,51,01,54, CO 3 2- Cl - SO 4 2- kg Ca/ha Fonte: Perfil artificial Latossolo argiloso – mm de chuva Fonte: CPAC, Ca cmol c /dm 3
,02,03,04,0 Ca + Mg (cmol c /dm 3 Profundidade (cm) Perfil reconstruido Lixiviação: mm 0 – 15 cm: 8 t calcário dolomítico/ha kg P 2 O 5 /ha MOVIMENTO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO NO PERFIL DO SOLO Fonte: CPAC, 1979.
35 RAÍZES DE MILHO vs TSP vs SSP vs 15 DIAS SEM CHUVA Profundidade (cm) Profundidade (cm) Umidade do solo (%) TSP 180 kg P/ha SSP 350 kg P/ha Sem raízes Fonte: Lobato & Ritchey, 1980.
Testemunha 3 t calcário 6 t calcário + 2 t gesso X X X X 6 t calcário + 1 t gesso Saturação por Al (%) Profundidade (cm) Fonte: Alves & Lopes, SATURAÇÃO POR Al vs CALAGEM vs GESSO - LVA
37 Cl 2 Ca(NO 3 ) 2 CaSO 4 Ca CaCO 3 HPO 4 Ca MOVIMENTAÇÃO DO Ca NO PERFIL vs ÂNION ACOMPANHANTE
38 a) Dissociação do gesso H 2 O CaSO 4.H 2 O Ca 2+ + SO CaSO 4 0 a) Dissociação do gesso H 2 O CaSO 4.H 2 O Ca 2+ + SO CaSO 4 0 b) Dissociação do CaSO 4 0 em profundidade CaSO 4 0 Ca 2+ + SO 4 2- b) Dissociação do CaSO 4 0 em profundidade CaSO 4 0 Ca 2+ + SO 4 2- c) Troca iônica: Ca 2+ do gesso pelo Al 3+ adsorvido Arg-Al 3+ + Ca 2+ Arg-Ca 2+ + Al 3+ c) Troca iônica: Ca 2+ do gesso pelo Al 3+ adsorvido Arg-Al 3+ + Ca 2+ Arg-Ca 2+ + Al 3+ b) Complexação do Al 3+ (tóxico) pelo SO 4 2- Al 3+ + SO 4 2- AlSO 4 + (não tóxico) b) Complexação do Al 3+ (tóxico) pelo SO 4 2- Al 3+ + SO 4 2- AlSO 4 + (não tóxico) MECANISMOS DE REAÇÃO DO GESSO NO SOLO Al 3+ Al(OH) 2+ Al(OH) 2 + Al(OH) 3 0 AlSO 4 +
39 Argila KCa Al(OH)y K Mg KAl Mg Ca 2+ Mg 2+ Ca 2+, Mg 2+, SO 4 2- CaSO 4 o MgSO 4 o SO 4 2- AlSO 4 + Al[(OH) y-z (SO 4 ) z + CaSO4. X H 2 O X H 2 O Ca 2+ + SO 4 2- Fonte: Pavan, Solução do solo Lixiviação REAÇÕES DO GESSO EM SUB-SOLOS CONTENDO Al
40
41 DISTRIBUIÇÃO DE RAÍZES DE ALGODÃO EM PROFUNDIDADE NA AUSÊNCIA E PRESENÇA DE GESSO, CADA QUADRÍCULA 15 cm x 15 cm. Sem gesso Com 3 t/ha de gesso Fonte: Sousa et al., Produção: 1,8 t/haProdução: 2,6 t/ha 56% de aumento na absorção de nutrientes
42 DOSES E FONTES DE CÁLCIO vs DESENVOLVIMENTO DE RAÍZES TestemunhaCaCl 2 Ca(H 2 PO 4 )H 2 OCaCO ,21 cmol c Ca/100g ,42 cmol c Ca/100g cm CaCl 2 Fonte: CPAC, pH 5,7 Trigo Milho Soja pH 5,0 pH 5,9 pH 4,9 pH 6,0
43 ESPÉCIES QUÍMICAS DE Al vs CRESCIMENTO DE RAÍZES DO CAFEEIRO Al totalAl 3+ AlOH 2+ AlSO 4 + Peso de raízes g/planta mol/L Fonte: Pavan, CaCl 2 0,01 mol/L CaSO 4 0,01 mol/L
44 6 t/ha 0 t/ha 53% % ,1 0, cm (A) (B) N-NO 3 - (cmol c /100 g) GESSO vs SISTEMA RADICULAR DO MILHO (% - A) e DISTRIBUIÇÃO DE NITRATO NO SOLO (B) ESTAÇÃO SECA 1983 – “CERRADO” OXISOL Fonte: Sousa & Ritchey, 1986.
45 DOSES DE GESSO vs “ESTRESSE” HIDRICO – 82/ Doses de gesso (t/ha) Produção (kg/ha) Carvalho et al., Milho (Seca – 82)Soja (Chuvas – 82/83) 0 dias sem irrigação 21 dias sem irrigação Estação chuvosa
46 DOSES DE GESSO vs “ESTRESSE” HIDRICO - 83/ Doses de gesso (t/ha) Produção (kg/ha) Carvalho et al., Milho (Seca – 83)Soja (Chuvas – 83/84) 0 dias sem irrigação 21 dias sem irrigação Estação chuvosa
47 REFLEXÃO Reeve & Sumner, 1972: 5 t gesso perdas de mais da metade do Mg Uso isolado do gesso perdas de Mg e K Quaggio et al., 1982 Pavan et al., 1984 Ririe et al., 1982 Rosolem & Machado, 1984 Embrapa, 1982 Dal-bó, 1985 Ca/Mg 1 tonelada gesso 0,48 cmol c /dm 3 Ca 2+
48 APLICAÇÃO DO GESSO AGRÍCOLA Condicionador das camadas sub-superficiais do solo para maior desenvolvimento radicular
49 Avaliar: pH, Ca, Al trocáveis e CTC efetiva nas camadas de: 20 – 40, 40 – 60 e 60 – 80 cm Para culturas perenes: (pelo menos 30 – 50 cm)Critério: ≤ 0,4 cmolc/dm 3 Ca e/ou ≥ 0,5 cmolc/dm 3 Al ou mais e/ou > mais de 30% de saturação de Al da CTC efetiva Cálculos: Dose de gesso (kg/ha) = x argila (%) para melhorar a camada de 20 a 40 cm (Lopes et al., 1986) 2) Dose de gesso = 50 x argila (%) para melhorar a camada de 20 a 60 cm (Sousa et al., 2002) Para culturas perenes multiplicar cálculo 2) por 1,5 MELHORIA DA ACIDEZ DO SUB-SOLO
50 CRITÉRIO PRÁTICO DE RECOMENDAÇÃO: Solos arenosos: 500 kg/ha Solos Barrentos: kg/ha Solos argilosos: kg/ha Solos muito argilosos: kg/ha Fonte: CFSEMG, 1989.
51 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA
52 Recurso natural não renovável relativamento escasso, sem suscedâneo As plantas absorvem o fósforo da solução do solo dissolver e reagir como solo Uma vez incorporado ao solo, a única perda real é por erosão FÓSFORO Fonte: Goedert, 1984.
53 Baixa disponibilidade natural Alta capacidade de “fixação” de fósforo O maior insumo em termos de fertilizantes INTRODUÇÃO Respostas marcantes à adubação fosfatada
54 Maximização da eficiência dos fertilizantes convencionais OBJETIVOS Avaliação de fontes alternativas
55 Fosfatos naturais vs fosfatos solúveis 20 anos até definição conclusiva POLÊMICA Vejamos alguns trabalhos
56 Super triplo Hiperfosfato Termo Mg Termo IPT Pirocaua Araxá Patos Abaeté Catalão Testemunha PRODUÇÃO DE TRIGO vs FONTES DE FÓSFORO Fontes de fósforo (800 kg/ha de P 2 O 5 total) 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0 t/ha Fonte:CPAC, º cultivo
57 PRODUÇÃO DE TRIGO vs FONTES DE FÓSFORO Fontes de fósforo (800 kg/ha de P 2 O 5 total) Produção relativa Fonte:CPAC, Super triplo Hiperfosfato Termo Mg Termo IPT Pirocaua Araxá Patos Abaeté Catalão 4º cultivo
58 Fonte: Goedert et al., EFICIÊNCIA AGRONÔMICA vs FONTES DE FÓSFORO Termofosfato magnesiano Superfosfatos e Fosfatos de amônio Fosfatos de uréia Fosfonitrosulfocálcio Fosfatos de uréia Parc. Acid. Fosfórico Parc. Acid. Sulfúrico Adutos de uréia Fosf. Natural Eficiência Agronômica (%) Fontes Culturas anuais
Anuais AndropogonTotal Super triploTermo MgHiperfosfatoPirocaua Termo IPTPatosAraxáCatalão EFEITO DE FONTES DE FÓSFORO (8 ANOS) vs IEA (%) IEA (%) Fonte: CPAC, 1981.
60 ANDROPOGON GAYANUS + ESTYLOSANTHES CAPITATA vs DOSES E FONTES DE P (LA, 3º ANO) 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0 Test. Fosfato de Patos (FP) FP + ST) Super Triplo (ST) MS (t/ha) Fonte: Couto et al., P total (kg/ha)
61 x x x x x SUPERTRIPLO vs FOSFATO PATOS vs CALAGEM Milho ST (com calagem) ST (sem calagem) FP (sem calagem) FP (com calagem) P 2 O 5 (kg/ha) Matéria Seca (g/vaso) Fonte: Tanaka,
62 x x SUPERTRIPLO vs FOSFATO PATOS vs CALAGEM kg soja/ha, LE, argiloso ST (400 kg P 2 O 5 /ha) 0 1,0 2,25,0 Dose de calcário (t/ha) Produção Relativa (%) Fonte: CPAC, x pH 4,8pH 5,2pH 5,9 FP (400 kg P 2 O 5 /ha)
63 INTERAÇÃO: CALAGEM vs FOSFATAGEM vs SOJA MÉDIAS DE 4 ANOS, DADOS DE 3 LOCAIS Calagem + Adub. Fosf. Corr. (Super triplo) = kg/ha Produção (kg/ha) (C) = Calagem; (F) kg/ha Fosfato de Patos Fonte: Silva et al., (C) + (F) 60 dias após (C) + (F) 360 dias após (C) + (F) mes- mo dia (C) (F) + (C) 60 dias após (F) + (C) 360 dias após (F) Test. Tratamentos
Matéria Seca (t/ha) P 2 O 5 (kg/ha) Super simples Fosfato de Araxá FONTES DE FÓSFORO vs PASTAGEM – SOLO GLEY Fonte: CPAC Capim Angola pH = 4,6; P = 1 mg/dm 3 Al = 2,2 cmol c /dm 3 Sat. Al = 69%
65 FONTES DE FÓSFORO vs PRODUÇÃO DE SOJA Número de culturas Produção Relativa (%) 400 kg P 2 O 5 lanço (1º cultivo) + 50 kg sulco (anual) 800 kg P 2 O 5 lanço (apenas no 1º cultivo) Fonte: CPAC. Fosfato de Patos Super simples
66 EFICIÊNCIA AGRONÔMICA vs FONTES DE P vs DIÂMETRO DOS GRÂNULOS P absorvido (mg P 2 O 5 /vaso) Pó ,2-2,0 2,0-4,0 3,4-4,0 Diâmetro Grânulos (mm) Super triploHiperfosfato Milho 120 mg P/vaso Trigo 200 mg P/vaso Fonte: Sousa; Barreto, 1977.
Água Y = 11,6 + 0,8X R 2 = 0,86 Ác. cítr. Y = - 3,4 + 1,0X R 2 = 0,88 P extraido (% do P total) INDICE DE EFICIÊNCIA AGRONÔMICA (IEA)%) vs EXTRAÇÃO DE P (FNPA) Fonte: Goedert & Sousa, IEA (%)
68 PRODUTIVIDADE DE SOJA EM vs APLICAÇÃO DE P 2 O 5 DE DIFERENTES FONTES 86,370,964,559,123,370,680,072,780,277,890,4 Fonte: Prochnow et al., (2001) Fontes t/ha Amplitude: 13,3 a 47,4% de P 2 O 5 sol. em CNA + água % de P 2 O 5 solúvel em água no P 2 O 5 solúvel em CNA + água. A BBBBBBBBBBB
69
a1a 2a2a 3a3a 4a4a 5a5a 6a6a 7a7a 8a8a 9a9a 10 a ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA APLICAÇÃO NO SULCO (4 1º s PRIMEIROS CULTIVOS) 8,09,54,65,312,56,15,4 320 kg P 2 O 5 /ha (x4) 160 kg P 2 O 5 /ha (x4) 80 kg P 2 O 5 /ha (x4) Produção Relativa (%) Colheita Fonte: CPAC, ,06,66, kg P 2 O 5 /ha (Lanço)
71 MODO DE APLICAÇÃO (SS) vs PRODUÇÃO DE MILHO Dose de fósforo (kg P 2 O 5 /ha) Grãos Palha Produção (t/ha) LE – Arg., 1º cultivo Modo de aplicação Sulco Lanço Fonte: Yost, 1977.
, x x x320640L320+S4x80880L80+S10x80 Doses de fósforo (kg P 2 O 5 /ha) Produção acumulada (t/ha) LançoSulcoLanço + Sulco Fonte: CPAC, ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA PRODUÇÃO ACUMULADA DE MILHO (10 COLHEITAS) LANÇO vs SULCO vs LANÇO + SULCO
73 1- Solos ácidos Calagem 1ª prática Produção Culturas sensíveis 2- Técnica moderna Solos baixa fertilidade Adubação corretiva + adubações de manutenção 3 - Calagem SS, ST, Termo, Map, Dap, etc Calagem Fosfatos naturais baixa reatividade MANEJO PARA MAXIMIZAR A EFICIÊNCIA: Base para os modelos sugeridos
74 4 – Avaliação dos retornos Longa duração Efeito residual 5- Calagem e adubação fosfatada Dois componentes importantes Não esquecer os demais 6 - Os modelos são flexíveis e devem ser adaptados à situações locais MANEJO PARA MAXIMIZAR A EFICIÊNCIA: Base para os modelos sugeridos
75 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA ALTERNATIVA 1 (CULTURAS ANUAIS) Produção (%) Produção desejada (Ex: 3 t soja/ha) Tempo (Anos) Fonte: Lopes, Calagem (0 -10 cm) + NPK pequenas doses ?
76 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA ALTERNATIVA 2 (CULTURAS ANUAIS) Produção (%) Produção desejada (Ex: 3 t soja/ha) Tempo (Anos) Fonte: Lopes, Calagem (0 – 20 cm) + Fosfatagem (Fosfato natural pouco reativo) + NPK, etc.
77 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA ALTERNATIVA 3 (CULTURAS ANUAIS) Produção (%) Produção desejada (Ex: 3 t soja/ha) Tempo (Anos) Fonte: Lopes, Calagem profunda + Fosfatagem (8-10 kg P 2 O 5 /1% Argila) (Termo, SS, ST, Fosfatos Reativos (+ solúvel) + K corretivo (?) + NPK + S + Micro +...
78 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA ALTERNATIVA 4 (CULTURAS ANUAIS) Produção (%) Produção desejada (Ex: 3 t soja/ha) Tempo (Anos) Fonte: Lopes, Calagem profunda + Fosfatagem (4 kg P 2 O 5 /1% Argila) (Termo, SS, ST, Fosfatos reativos (+ solúvel) + K corretivo (?) + NPK + S + Micro +...
79 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA ALTERNATIVA 5 (CULTURAS ANUAIS) Produção (%) Produção desejada (Ex: 3 t soja/ha) Tempo (Anos) Fonte: Lopes, Calagem profunda ( cm) + N P K (Doses mais altas) + S + Micro +...
Rendimento Potencial (t/ha) Adubação fosfatada corretiva (kg P 2 O 5 /ha) Fonte: Wagner, PRODUTIVIDADES POTENCIAIS (A ) E MÉDIAS (B) AGRICULTURA DE SEQUEIRO (CERRADOS) Cultura: Milho Soja Trigo (A) 80 (B)
81 RECOMENDAÇÃO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA TOTAL PARA A REGIÃO DOS CERRADOS Sistema agrícola VariávelDisponibilidade de P no solo Muito baixaBaixaMédia kg de P 2 O 5 /ha SequeiroTeor de argila 2 4 x argila (%)2 x argila (%)1 x argila (%) IrrigadoTeor de argila 2 6 x argila (%)3 x argila (%)1,5 x argila (%) SequeiroP-rem – (4 x P-rem)130 – (2 x P-rem)65 – ( 1 x P-rem) IrrigadoP-rem – (6 x P-rem)195 – (3 x P-rem)98 – ( 1,5 x P-rem) 1 Fósforo solúvel em citrato neutro de amônio mais água, para os fosfatos acidulados; solúvel em ácido cítrico a 2% (relação 1:100) para termofosfatos e escórias; e total para os fosfatos naturais reativos. 2 Teor de argila expresso em %. 3 P remanescente expresso em mg/dm 3. Fonte: Sousa & Lobato, 2002.
82 PRODUTIVIDADE DA SOJA vs ADUBAÇÃO FOSFATADA, SOLO ARGILOSO (60% DE ARGILA), MUITO BAIXO EM P (0,6 mg/dm 3 ), Sapezal (MT). MÉDIA DAS SAFRAS DE 1999/2000, 2000/2001 e 2001/2002s. P 2 O 5 no sulco (kg/ha) P 2 O 5 a lanço antes da semeadura e incorporado (kg/ha), apenas no primeiro plantio Super triplo Fosfato natural reativo (1) Super- simples Sacas/ha 0 6,818,931,239,3 20,028,937,5 40,4 3727,137,146,151,5 38,145,049,2 54,4 7945,651,657,361,9 51,955,359,6 61, ,358,762,465,0 59,562,363,8 65, ,862,564,765,7 64,163,566,3 (1) Granulometria bastante fina. 1 o ano: ST = 65,3; FN = 61,4; SS = 63,4. 2 o ano = 58,7; 58,2; 61,2. 3 o ano = 61,7; 59,2; 60,8. Fonte: Zancanaro et al. (2002).
83 ADUBAÇÃO FOSFATADA CORRETIVA GRADUAL EM 5 ANOS, EM SISTEMAS DE SEQUEIRO NOS CERRADOS Argila Disponibilidade de P no solo % Muito baixaBaixaMédia kg de P 2 O 5 /ha/ano (2) < ou = 15 (1) a a > (1) Para esta classe textural, teor de (argila + silte) < ou = 15%. (2) Utilizar produtos com alta solubilidade em água e citrato neutro de amônio. Fonte: Sousa & Lobato, 2002.
84 NÍVEIS CRÍTICOS E CAPACIDADE TAMPÃO DE FÓSFORO PARA DETERMINAR A ADUBAÇÃO CORRETIVA DE P PARA CULTURAS ANUAIS EM FUNÇÃO DO TEOR DE ARGILA. Teor de argila Nível crítico de P para o sistema de sequeiro (1) Capacidade tampão de fósforo (CT) (2) Mehlich 1 Resina % (kg de P 2 O 5 /ha)/(mg de P/dm 3 ) (1) Para obtenção do nível crítico em sistema irrigado multiplicar por 1,4. (2) Dose de P 2 O 5 solúvel para elevar o teor de P no solo em 1 mg/dm 3, com base na camada de 0-20cm Resina mg/dm Fonte: Sousa et al., 2006.
85 (Continua)