Para se contrapor a ausência de Políticas Públicas para a Pesca Artesanal e a falsa idéia de participação dos pescadores e pescadoras nós realizamos a.

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Transcrição da apresentação:

Para se contrapor a ausência de Políticas Públicas para a Pesca Artesanal e a falsa idéia de participação dos pescadores e pescadoras nós realizamos a Conferência da Pesca Artesanal. Durante a Conferência, os diversos grupos temáticos, indicaram como resultado das discussões os conflitos com os grandes projetos que ameaçavam até a continuidade da atividade pesqueira. A perda do território apareceu como elemento central.

Nós, pescadores e pescadoras artesanais, agentes de pastorais sociais, representantes de entidades e movimentos sociais presentes no Seminário Nacional sobre Território Pesqueiro,realizado nos dias 21, 22 e 23 de Outubro de 2010, em Olinda/PE, após uma profunda reflexão da situação em que se encontram os territórios pesqueiros no Brasil... e, com indignação, denunciamos as destruições e ameaças que o sistema econômico capitalista, neoliberal, está impondo aos recursos naturais e ao processo de reprodução física e cultural das comunidades pesqueiras. Carta do Encontro

O que tem ameaçado o Território Pesqueiro

CARCINICULTURA É a técnica de criação de camarões em viveiros. Tem deixado no mundo inteiro um rastro de violência e insustentabilidade. Representa uma das atividades no mundo que mais degrada áreas de manguezais e reduz o habitat de numerosas espécies.

CARCINICULTURA

MINERAÇÂO A intensificação de atividades de mineração recoloca o Brasil numa condição de exportador de matéria-prima mineral à custa da destruição de recursos naturais e contaminação de mananciais de água, de pescados e da população, causando doenças. Polo-Mineração-BA Alcooa-MA

A POLÍTICA ENERGÉTICA É praticada no Brasil uma política energética destinada a subsidiar a energia produzida em grandes volumes em vista de diminuir os custos da produção industrial voltada para exportação. No alto custo desta água e desta energia, que é pago pelas populações tradicionais e todo o povo brasileiro não são contabilizados os rios destruídos, estuários afetados, populações expulsas de seus territórios, estoques pesqueiros diminuídos ou eliminados.

HIDRELÉTRICAS Têm um custo social e ambiental muito alto. A maioria das barragens construídas nos rios brasileiros foi à custa da expulsão de quase um milhão de pessoas. Elas usam BARRAGENS que alteram o curso dos rios, impedindo a piracema. Trazendo, assim, um impacto significativo para pesca, pois barram o processo natural da correnteza, das cheias e vazantes. O que não permite que se reproduzam as espécies importantes para a segurança alimentar, nutricional e econômica das comunidades. Eclusa de Tucurui

Os Militantes do MPP num momento de reivindicação como o Ministério da Pesca e Aquicultura, após a realização do Grito da pesca Artesanal, se depararam com os quadros seguintes:

Empreendimentos Aquícolas com pedido de Autorização de Uso das Águas na Região Nordeste. Fonte:MPA

Empreendimentos Aquícolas com pedido de Autorização de Uso das Águas na Região SUDESTE.

Autorizações de uso em processo nas Águas Doces

ONDE ESTÁ O 0,5% DAS ÁGUAS PÚBLICAS QUE ESTÃO SENDO PRIVATIZADAS

Diante das ameaças e os constantes conflitos, os pescadores e pescadoras em 2011, decidiram construir de forma coletiva uma campanha nacional pela regularização dos territórios das comunidades tradicionais pesqueiras, objetivando fortalecer ou provocar a resistência entre as comunidades, garantir o direito ao território e sensibilizar a sociedade sobre a realidade dos pescadores e a ameaça aos recursos naturais.

COM OBJETIVO DE: 1º Empoderar as comunidades pesqueiras sobre os direitos territoriais; 2º Sensibilizar a sociedade sobre a importância, as ameaças e violações de direitos que sofrem comunidades pesqueiras artesanais; 3º Fortalecer a luta dos Pescadores e Pescadoras no Brasil; 4º Arrecadar para a Lei de Iniciativa popular a cerca da regularização dos territórios das Comunidades Tradicionais Pesqueiras. 5º Conquistar instrumento jurídico que reconheça e regularize os territórios tradicionais pesqueiros.

FOI REALIZADO UM SEMINARIO PARA DISCUTIR O CAMINHO A SER PERCORIDO E VER COM QUEM PODERIA CONTAR.

Foram realizadas Caravanas de Mobilização Alagoas Piaçabuçu Penedo

Litoral Sul Caravanas na Bahia Litoral Norte

Caravana no Ceará

Caravana no Espírito Santo Norte Sul

Caravana em Natal

Caravanas em Pernambuco Itamaracá Petrolândia

Caravana no Piauí

Caravana no Norte AmazonasRio Branco

CARAVANA NO SUL -PARANÁ

CARAVANA NO SUL – SANTA CATARINA

SEMINÁRIOS e DEBATES

Lançamento da Campanha em Brasília

QUEM APOIA A CAMPANHA? Via Campesina Brasil Movimento dos Pequenos Agricultores, MAB MST CPP CÁRITAS BRASILEIRA CIMI CPT NEGA – UFRPE LETNO-UEFS GEMARES-UFSG GEOGRAFAR – UFBA CNBB MISEREOR CESE SSPN FUNDAJ AMB RENAP Caldeirão AATR MCP ANAÍ Rede MangueMar Brasil; Entre outros...

PRINCIPAIS GARGALOS MODELO DE DESENVOLVIMENTO QUE AMEAÇA O MODO DE VIDA DAS COMUNIDADES PESQUEIRAS; PRIVATIZAÇÃO DAS ÁGUAS E FALTA DE REGULARIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS DOS PESCADORES E PESCADORAS; CRIMINALIZAÇÃO DOS PESCADORES; A AUSÊNCIA DE ORDENAMENTO PESQUEIRO SÉRIO; A AUSÊNCIA DE ESTATÍSTICA CONFIÁVEL DA PESCA NO BRASIL QUE PERMITA A GESTÃO E MOSTRE A IMPORTANCIA ECONOMICA E SOCIAL DOS PESCADORES E PESCADORAS; A AUSENCIA DE UMA POLÍTICA SÉRIA E À ALTURA DA IMPORTANCIA SOCIAL E ECONOMICA DESTE SEGUIMENTO QUE DESENVOLVA OS MAIS TRABALHADORES ENVOLVIDOS NO SETOR

REALIZAÇÃO