Especialização em Gestão de Programas e Projetos de Esporte e de Lazer na Escola Metodologia de Pesquisa I Prof. Dr. Ayres Charles Projeto de Pesquisa.

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ANEXO I - PROJETO DE PESQUISA
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Transcrição da apresentação:

Especialização em Gestão de Programas e Projetos de Esporte e de Lazer na Escola Metodologia de Pesquisa I Prof. Dr. Ayres Charles Projeto de Pesquisa

PROJETO Gênero textual que reúne um conjunto de elementos para estruturar um plano de execução e operacionalizar a aplicação de recursos de qualquer natureza.

TIPOS DE PROJETO Quanto ao âmbito: - Projeto Político Pedagógico - Projeto Arquitetônico - Projeto de Trabalho - Projeto Social - Projeto de Lei Quanto à finalidade: - Projeto de Pesquisa - Projeto de Intervenção

PROJETO DE PESQUISA Planejamento do método estabelecido por um pesquisador que pretende realizar certa pesquisa. O projeto de pesquisa sinaliza a direção tomada pelo pesquisador. Perguntas preliminares: - O que pesquisar? (tema) - Por que pesquisar? (justificativa) - Para que pesquisar? (objetivos) - Como pesquisar? (metodologia) - Quando pesquisar? (cronograma) - Por quem?

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Lista de tabelas Lista de abreviaturas e siglas Lista de símbolos Sumário Capa (com cabeçalho, título, nome dos pesquisadores responsáveis e colaboradores, data) Folha de rosto Lista de ilustrações

ELEMENTOS TEXTUAIS Introdução Referencial teórico Metodologia Plano de desenvolvimento Recursos necessários

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS Referência Glossário Apêndice(s) e/ou anexo(s)

EXTRATO DE PRÉ-PROJETO Tema: campo semântico que estabelecemos dentro de conhecimento. “O perfil da mãe que deixa o filho recém-nascido para adoção” Problema: recorte dentro desse campo que delimita o que se quer estudar especificamente, o questionário para o qual tentaremos encontrar respostas por meio da pesquisa. “Quais condições exercem mais influência na decisão das mães em dar os filhos recém-nascidos para a adoção?”

PROBLEMA “[...] na acepção científica, problema é qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento [...] pode-se dizer que um problema é testável cientificamente quando envolve variáveis que podem ser observadas ou manipuladas. As proposições que se seguem podem ser tidas como testáveis: Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária? A desnutrição determina o rebaixamento intelectual? Técnicas de dinâmica de grupo facilitam a interação entre os alunos? Todos estes problemas envolvem variáveis suscetíveis de observação ou de manipulação. É perfeitamente possível, por exemplo, verificar a preferência político-partidária de determinado grupo, bem como o seu nível de escolaridade, para depois determinar em que medida essas variáveis estão relacionadas”. (GIL, 2006, p. 49)

EVITAR A DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS tautológicos, indemonstráveis ou irrefutáveis. “Tautológico seria, por exemplo, fazer um estudo para mostrar que os pobres não têm poder, ou que o Brasil é um país dependente. Tautológica é toda expressão em que o atributo repete o sujeito (“o sal é salgado”) ou que é redundante, de modo a pretender explicar algo se repetindo as definições já ditas, num pensamento circular que nada acrescenta, pois usa termos distintos, porém de mesmo conteúdo ou sentido, para justificar uma afirmação que se pretende que seja verdadeira. Erro lógico e recurso retórico, portanto. Uma pesquisa que vise dizer o que já foi dito ou que vise demonstrar algo evidente em si não merece nossa dedicação. Não seria tautológico, no entanto, tratar de mostrar a existência de estruturas variantes de poder no interior de populações pobres, ou analisar a variação de dependência econômica do país nos últimos vinte anos”. (ECO, 1977)

EVITAR A DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS tautológicos, indemonstráveis ou irrefutáveis. “Indemonstráveis são aquelas questões que, por definição, escapam à verificação empírica – por exemplo, as teorias conspiracionais sobre a realidade social, que são aparentemente tanto mais “comprovadas” quanto menos dados existem (porque os bons conspiradores jamais deixam pistas!). Ou sobre objetos que escapam à verificação empírica. Observe que não se trata de afirmar que somente o conhecimento científico, por se apoiar em verificação empírica, é verdadeiro ou válido, mas uma pesquisa não pode receber o status de científica se não faz “conexão” com o universo empírico”. (ECO, 1977)

EVITAR A DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS tautológicos, indemonstráveis ou irrefutáveis. “Irrefutável seria, por exemplo, um projeto sobre a semelhança (ou diferença) entre homens e mulheres, sem maiores explicações sobre a variação do conceito de igualdade (ou semelhança). Não se faz pesquisa – de natureza científica – para discorrer sobre proposições irrefutáveis. Só é científica uma proposição refutável!” (ECO, 1977)

EVITAR A DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS tautológicos, indemonstráveis ou irrefutáveis. Deve-se analisar como as coisas variam, e não como as coisas são. “[...] em um estudo sobre marginalidade social, é importante saber se determinada condição econômica produz mais marginalidade do que outra, ou se certo tipo de marginalidade produz mais ou menos conseqüências (e quais) do que outra. Mas não faz muito sentido estudar “o que é” a marginalidade (ou, da mesma forma, o que “é” a dependência, o que “são” as classes sociais etc.). As definições conceituais normalmente se desenvolvem pela acumulação de conhecimento empírico sobre determinado assunto. (ECO, 1977)

TEMAS CONCEITUAIS OU TEÓRICOS NÃO DEVEM SER PESQUISADOS? Pode, sim, em pelo menos, duas situações “[...] a primeira se refere à variação do conceito na literatura, ou entre grupos sociais determinados. Neste caso, o que se estuda é a variação de sentido do conceito, ou das ideologias a seu respeito. Por exemplo, a pergunta sobre o que ‘é’ a democracia é uma questão estritamente filosófica; mas a pergunta sobre as diversas acepções que o conceito assume para diferentes grupos sociais ou períodos históricos é um tema de teoria sociológica e política. A segunda se refere ao âmbito de variação do conceito: dada uma acepção determinada de democracia, é possível perguntar em que medida diversos países, e diversas épocas históricas, se aproximam ou se afastam dela. Como se criássemos um parâmetro por meio do qual medirmos certas variações: a idéia de ‘tipo ideal’ em sociologia se aproxima disso, pois como o definiu Max Weber, o tipo ideal é um exagero de certos traços da realidade social empírica com o intuito de percebermos sua forma ‘pura’, ou seja, ideal, e daí podermos a ela estabelecer comparações”. (ECO, 1977)

QUESTÃO DE PESQUISA “o que eu quero saber sobre o tema?”. Uma pesquisa relevante, que gere desdobramentos nas esferas social e científica, exige que o pesquisador consiga elaborar questões importantes dentro da temática escolhida. A elaboração da pergunta de pesquisa é a primeira fase na realização de um trabalho científico. Ela revela o objeto de estudo ou objeto da pesquisa, sinalizando os tipos de dados a serem coletados e o tipo de estudo a ser realizado. Aspectos necessários à questão de pesquisa: formulada de modo interrogativo, com nicho específico, claro, empírico, suscetível de solução e delimitado a uma dimensão viável.

O que diferencia esse quadro dos momentos anteriores? Que problemas podemos identificar nesse contexto? Quais são as reais contribuições que tais projetos podem dar ao público envolvido? (MELO, 2008)

Ver tese de Ivoneide e artigo de Socorro Oliveira Tendo em vista essa problemática, as perguntas que orientam a nossa reflexão neste painel são: 1) Que contribuições podem trazer os estudos de letramento e gênero para o letramento do professor?; 2) Como desenvolver com os professores práticas de letramento acadêmicas (formação inicial e continuada) que sejam significativas para o trabalho cognitivo, social e político no letramento escolar?; 3) Uma visão canônica do letramento aliada a uma abordagem de gêneros centrada no ensino explícito dos textos valorizados nas culturas dominantes assegura o desenvolvimento da competência leitora e escritora de aprendizes oriundos de variados contextos sociais?; O letramento cultural impacta de igual forma ou garante, de modo integral, a inclusão? Em suma: em face do reconhecimento da diversidade social, dos inúmeros contextos em que as práticas de leitura e escrita ocorrem, dos diferentes modos que as constituem e dos diversos valores que a ela são atribuídos, como tratar o letramento e os gêneros textuais, de modo a provocar impactos na formação docente e na apropriação de práticas letradas significativas pelo aprendiz de língua, favorecendo, naturalmente, a inclusão social? (OLIVEIRA, 2010)

...apresentamos nossa pesquisa, partindo de algumas questões, quais sejam: - qual o impacto do trabalho com projetos de letramento na constituição identitária de professores e estudantes-agentes de letramento? - como os projetos de letramento podem contribuir para a ressignificação das práticas de letramento escolarizadas? - como se desenvolve a prática da escrita voltada para ação e a mudança social? - que visões de mundo são construídas pelos educandos acerca das ações docentes e discentes, dos procedimentos de ensino e dos conteúdos trabalhados nos projetos de letramento? Em função das supracitadas questões de pesquisa, elegemos dois objetivos gerais que nortearam nossa investigação: - refletir sobre o papel dos projetos de letramento na ressignificação das práticas de letramento escolar; - investigar como se dá a ação de professores e alunos como agentes de letramento. (SANTOS, 2012 )

Ao pensarmos nas razões que justificam nosso estudo, chegamos às seguintes questões de pesquisa: (a) que aspectos retóricos são observados em exemplares de MP de coleções de Língua Portuguesa do 1º. ano do Ensino Médio? (b) qual a percepção de autores e professores de Língua Portuguesa a respeito do MP? No sentido de respondermos a essas questões, o objetivo geral desta pesquisa é (re)conhecer os aspectos sociorretóricos do Manual do Professor de LP do 1º. ano do Ensino Médio, entendido neste estudo como gênero textual. (NOGUEIRA, 2014, p. 25)

LISTA DE VERBOS DE NATUREZA QUALITATIVA ESPECÍFICOS: Demonstrar; Diferenciar; Distinguir; Comparar; Estabelecer; Indicar; Identificar; GERAL: Conhecer; Reconhecer; Compreender; Desenvolver; Entender; Aprofundar. Explicar; Mostrar; Apresentar; Sugerir; Propor; Definir; Descrever; Relacionar.

ATIVIDADE: produza croqui pré-projeto de pesquisa 1) Delimite um tema de pesquisa de seu interesse. 2) Apresente a questão de pesquisa. 3) Estabeleça o objetivo geral. 4) determine os objetivos específicos (pelo menos, 2). 5) Apresente a sua justificativa (pelo menos 1 de cada dimensão: pessoal, social e científica).

REFERÊNCIAS ECO, Umberto. Como se faz uma tese, São Paulo: Perspectiva, GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.