Segundo Wiora, é aquela que se situa no contexto das antigas civilizações (Mesopotâmia, Egito, Grécia, Oriente, Antiguidade Greco-Romana) Escrita começa.

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Transcrição da apresentação:

Segundo Wiora, é aquela que se situa no contexto das antigas civilizações (Mesopotâmia, Egito, Grécia, Oriente, Antiguidade Greco-Romana) Escrita começa a desabrochar. “[...] A escrita ajudou a separar a música da fala. As palavras escritas na argila ou no papiro podiam transmitir rapidamente mensagens simples, ao passo que a música estava vinculada à expressão de sentimentos complexos” (Menuhin 1981, p.6).

Divide a segunda idade três períodos: Primeiro: envolvendo “as altas culturas arcaicas”. Segundo: começando com o “nascimento da teoria musical e com uma concepção filosófica da música”, na Grécia e na China; Terceiro: compreendendo “a sobrevivência da Antiguidade no Oriente e o desenvolvimento posterior da música nas culturas superiores dessa parte do mundo”

Civilização sumeriana centrada na religião; Questionamento sobre a inexistência da música profana; Música associada aos mistérios sagrados; Governantes eram enterrados com instrumentos que ajudariam a “abrir o caminho para o céu”; Uma relação profunda entre a construção dos templos e a música dos templos ; Relação entre os hinos e preces cantados e um determinado instrumento e um estilo musical correspondente; instrumentos possuíam propriedades mágicas;

Além da relação entre instrumentos, hinos ou preces e estilos musicais, Wiora menciona relação entre gêneros poéticos do culto sumeriano e instrumentos; Sumerianos e egípcios, foram os primeiros a desenvolver uma profissão musical organizada: músico possuíam status equivalente ao padre; Egito e à América: música era usada em louvor aos líderes, remontando a essa época a realização de procissões reais com instrumentos musicais. Assírios (civilização calcada na sumeriana): tinha a música como função social, além de ser um símbolo de poder, de respeito e de vitória;

Egito Império Antigo : bastante semelhante sumeriana; Novo Império (1554 a 1080 A.C.)música mais viva e forte, com função ritual, religiosa e militar. Segundo algumas teorias, praticaram a música mundana, de maneira viva e dinâmica, mas toda a ênfase estava na música de cunho religioso. Música fazia parte dos banquetes; Acompanhamento ao trabalho, seja através de canto, de instrumentos, de ruídos rítmicos. É, contudo, na corte que a música e o músico têm maior prestígio; Possível situação subalterna entre os músicos egípcios;

Tem inicio com o nascimento da teoria musical e de uma concepção filosófica da música, na China e na Grécia. “Foi na Grécia onde, pela primeira vez a nível de consciência musical, apareceram a ambição de criar e o gosto de escutar. Durante milênios a música viveu a eficácia: religiosa, mágica, terapêutica, militar, se dirigia aos deuses e aos reis, aos poderes visíveis e invisíveis. Entre os gregos se converte em arte, em uma maneira de ser e de pensar: revela sua beleza ao primeiro público socialmente consciente”. (Candé 1981, p.68) Grécia atribuía grande valor à música; ser musico era ser culto. O termo para homem educado queria dizer “homem musical”.

Palavra música teve sua origem na religião grega: deriva de uma divindade; Musiki: todas as artes das nove musas; “Ensino das Musas”; “requer uma instrução que não pode ser puramente estética: se converte em disciplina escolar, em objeto de maestria, da medida de valores éticos, é uma sabedoria”. (Candé 1981, p.72). Grécia possuí danças atuais que derivam de danças comunais, com 2000 anos ou mais. Ética musical: entremeava a motivos míticos e filosóficos;

Música formava caráter; Celebrações: alegres ou tristes; Schurmann (1989), diz que o Estado, utilizava como uma das ferramenta para manter a segurança civil, garantindo os privilégios da classe dominante, a dominação cultural, que atingiria a arte em geral e a música. A ética musical: refletia diretamente a necessidade de predomínio da classe dominante sobre as classes populares. Esta entre os gregos a origem da Musicologia e a ocorrência, pela primeira vez na evolução da música, de textos que tratam especificamente de sua teoria Música, matemática e o místico se interligavam; Buscavam atingir, purificação da alma pela via monástica e pela música;

Surgimento da notação musical: separação entre teoria e notação - os escritos teóricos não continham exemplos musicais; Após absorvida pelo Império Romano, surge uma nova cultura musical, aparecendo em teatros, circos, distrações e danças; Tendência a opor a música “racional” e “divina” à “popular; Roma derrotou a Grécia, copiou-lhe a música cuja importância diminuiu, porque Roma orientava-se para a palavra, a lei e a espada. Começa a emergir no ocidente a Igreja Cristã; A música grega, através dos romanos, serviu de base para a música cristã primitiva;

“A partir da conquista Romana, e sobretudo desde o advento do Cristianismo, a música já não se destina ao povo, a não ser para sua edificação ou saúde. Durante séculos, a música ‘sábia’ será patrimônio da Igreja e dos poderes”(Candé 1981, p.22). profissão de músico não tem nenhum prestígio- elemento de luxo ou recreação. Separação dos músicos, apesar da música ser uma arte conjunta; música se converte em arte de especialistas; favoreceu a decadência da música nesse período é para uso do povo -separação entre música “popular” e música “culta”.

“à sobrevivência da Antiguidade no Oriente e ao desenvolvimento posterior da música nas culturas orientais superiores”; Quatro fases presentes em todas as civilizações orientais: 1) derivação das raízes pré-históricas (por exemplo, a herança megalítica na China); 2) modificação dessas raízes pelas culturas arcaicas superiores formadas por volta de A.C.; 3) influências (sobre o Oriente) da Antiguidade Grega e do Cristianismo; 4) desenvolvimento próprio de cada uma das civilizações orientais;

Antigas civilizações Orientais: crença metafísica na correspondência da música com a ordem do mundo, e ao caráter mágico do som. Instrumentos eram considerados um elo entre homem e o divino. Metafísica hindu: música é concebida com a força original impessoal denominada por Schopenhauer como “vontade”, base comum de toda germinação, de todo poder, de todo desejo. Concepção ética da música: música relacionada com a moral; a formação do caráter.

Judeus: menções bíblicas à música; funções rituais e militares, assim como de efeitos terapêuticos. A música possuí também referências negativas, relacionando-a ao mal e à depravação. Contar histórias utilizando música. Importância das funções rituais, mágicas, terapêuticas e políticas; “Imutáveis, essenciais: garantidas de paz e prosperidade, impõem o dever moral de respeitá-las” (Candé 1981, p.52).