Avaliação da qualidade das águas do Distrito Federal frente às classes de enquadramento propostas Camila Aida Campos Welber F. Alves, Érica Y. Freitas,

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA
Advertisements

Gestão das águas no Semi-árido: algumas reflexões
Luciana Ribeiro Campos
MONITORAMENTO Os seguintes itens devem ser monitorados:
Gestão da Qualidade de Água
INDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Geografia e Sistemas Hídricos Prof. Dr. Dakir Larara Machado da Silva
Bacias Hidrográficas do Brasil
III PLANEJAMENTO E PROJETO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Pontos que interessam à ANA, com relação à Política Nacional de Irrigação (PL nº 6.381/2005). Sustentabilidade Sustentabilidade PRINCÍPIOS Art. 1º, I.
Atividades humanas e a variação sazonal
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
PROSAB 5 Tema 4 Sub Tema: Monitoramento Quali-quantitativo
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Gestão da coleta de dados de quantidade e
enquadramento de corpos de água
Aspectos Fundamentais da Gestão das Águas
Sistemas de Informação para a Gestão de Recursos Hídricos
POLÍTICA E SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS LEI FEDERAL Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997 "Institui a Política Nacional de Recursos.
I - a água é um bem de domínio público;
Gestão de Recursos Hídricos
CAPACITAÇÃO DE MEMBROS DE COMITÊS DE BACIA NO ESTADO DO PARANÁ
RENOVAÇÃO DAS OUTORGAS DO SISTEMA CANTAREIRA ASPECTOS DE QUALIDADE
COBRANÇA DO USO DA ÁGUA ASPECTOS DE QUALIDADE
Reflexões sobre a Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos no Brasil
BENITO MARAGON MARIA DE LOURDES AMARAL NASCIMENTO.
OBJETIVO E CONTEXTUALIZAÇÃO RESULTADOS E CONCLUSÕES
Ferramenta de classificação da qualidade da água da Bacia do Rio Piracicaba na WEB Alexandre Marino 21/11/2003
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pesquisador Humberto Paulo Euclydes Coordenador Programa HIDROTEC
ENQUADRAMENTO DE CORPOS HÍDRICOS
Ciclo da água Cliviany.
FLORAÇÃO DE CIANOBACTÉRIAS
NA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
Companhia Riograndense de Saneamento CORSAN
DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO - DIGAT GERÊNCIA DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS – GEAG MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS (atualização.
Bacia do Rio Paraíba do Sul Qualidade das Águas
Profa. Dra. Renata Medici
Encontro Público Distrital do Plano Nacional de Recursos Hídricos
Professor: José Tiago Pereira Barbosa
Meio Ambiente Tratamento de Água Turma F Warlen Librelon.
Profa. Dra. Renata Medici
O FUTURO DA ÁGUA NO BRASIL
PLANEJAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
Plano de Bacia do Rio Caí
Profa. Dra. Renata Medici INSTRUMENTOS DE GESTÃO: PROCESSO DE ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ENGENHARIA AMBIENTAL GESTÃO.
Matéria Orgânica e Oxigênio Dissolvido.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
MONITORAMENTO HIDROLÓGICO PARTICIPATIVO DO RIBEIRÃO PIRACICAMIRIM
Parâmetros - Qualidade de Água
UNED Macaé CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE CAMPOS - CEFET CAMPOS/ UNED MACAÉ I Seminário Regional sobre Gestão de Recursos Hídricos Desafios.
27, 28 e 29 de outubro de Programa de Coleta Seletiva Solidária Programa de manejo e Conservação da Biodiversidade Programa de Educação Ambiental.
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Departamento.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
1 OFICINA DE AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO SUL Discussão em grupo Dezembro de 2011.
GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA
3- Manual de amostragem de água da Embrapa (pg. 14 a 35)
Estudo dos Resíduos Líquidos Gerados nas Principais Estações de Tratamento de Águas do Estado da Paraíba Gesivaldo Jesus Alves de Figueiredo
1. 2 Sumário 1 - Competências relacionadas 2 - Objetos do conhecimento associados às matrizes de referência 3 - Água 4 – Tratamento de Água 5 – Agradecimentos.
Reunião da CIEA Os Planos de Bacia no estado da Bahia 08 de julho de 2013.
Profa. Dra. Renata Medici UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ENGENHARIA AMBIENTAL GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS.
DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO - DIGAT GERÊNCIA DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS – GEAG MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS (atualização.
A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos: A Experiência Brasileira DWG, Fortaleza, 25 de novembro de 2015.
Daliana Alice Oliveira Hans Braunnier de Aguiar Silva
DIÓGENES MORTARI ADASA Relatório Final Maio/2012.
Brasília, 16 setembro de Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei n° de 08 de janeiro de 1997 Abordagem
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTE URBANO – SRHU Plano Nacional de Recursos Hídricos Brasília, 10 de junho.
UNESP Biologia Marinha Gerenciamento Costeiro LEGISLAÇÃO AMBIENTAL AULA 7 RECURSOS HÍDRICOS.
CRIAÇÃO DE COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NA AMAZONIA A SOCIEDADE COMO AGENTE DA SUSTENTABILIDADE Câmara dos Deputados, Anexo II 15 de julho
Transcrição da apresentação:

Avaliação da qualidade das águas do Distrito Federal frente às classes de enquadramento propostas Camila Aida Campos Welber F. Alves, Érica Y. Freitas, Danielle C. Carneiro e Carolina L. R. Leeuwenberg Agosto, 2015

Área de estudo: Distrito Federal IX Congresso Brasileiro de Regulação INTRODUÇÃO Área de estudo: Distrito Federal Planalto Central Brasileiro (5.780 km2) Drenagem: bacias Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná Monitoramento das águas superficiais realizado desde 2009 pelo órgão gestor de recursos hídricos Fonte: PGIRH, 2012

Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9433/1997) IX Congresso Brasileiro de Regulação Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9433/1997) instrumentos de gestão Enquadramento dos Corpos Hídricos em classes segundo os usos preponderantes Objetivo do Enquadramento: assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas, bem como diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes http://portalpnqa.ana.gov.br/images/ENQUADRAMENTO-FIG1.jpg

Plano de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos (PGIRH) IX Congresso Brasileiro de Regulação Plano de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos (PGIRH) Comitês de Bacia do Preto, Maranhão e Paranoá Resolução nº 02/2014 - Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal – Aprova o enquadramento dos corpos de água superficiais do Distrito Federal em classes, segundo os usos preponderantes

40 Unidades Hidrográficas (UHs) IX Congresso Brasileiro de Regulação 40 Unidades Hidrográficas (UHs) Ponto escolhido para realização do monitoramento é o Ponto de Controle (PC)

Mais de 90 parâmetros estabelecidos IX Congresso Brasileiro de Regulação Resolução CONAMA nº 357/2005 – Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento Mais de 90 parâmetros estabelecidos Necessidade de elaboração de um índice de conformidade ao enquadramento que reflita em um único número a situação do corpo hídrico em relação ao enquadramento do mesmo. Agilidade no processo de tomada de decisão por parte dos órgãos gestores de recursos hídricos

IX Congresso Brasileiro de Regulação 2. OBJETIVOS O objetivo deste trabalho é apresentar uma comparação entre a situação atual da qualidade das águas do Distrito Federal e o enquadramento proposto. Também identificar, para aqueles rios que estão em desacordo com a classe proposta, os parâmetros que mais contribuíram para esta situação. Embasamento para o desenvolvimento de um índice de conformidade ao enquadramento pra o Distrito Federal.

IX Congresso Brasileiro de Regulação 3. METODOLOGIA Coleta de água Ponto de Controle trimestral anos 2013 e 2014 Análises laboratoriais Parâmetros prioritários: DBO, OD, coliformes termotolerantes, temperatura. Demais parâmetros: vazão, pH, turbidez, DQO, fósforo total, nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal, sólidos totais, sólidos dissolvidos, sólidos em suspensão, condutividade elétrica Comparativo Valores observados x valores de referência para respectiva classe de enquadramento Obs: rios federais ainda não enquadrados foram comparados com valores da classe proposta pelo PGIRH

Total de 8 análises por estação de monitoramento IX Congresso Brasileiro de Regulação Total de 8 análises por estação de monitoramento Nenhum valor fora dos padrões Um valor fora dos limites estabelecidos Dois ou mais valores fora dos limites estabelecidos Bom Alerta Ruim Em conformidade com o enquadramento Em desconformidade com o enquadramento --------------------------------------->

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO IX Congresso Brasileiro de Regulação 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Parâmetros em desconformidade por Unidade Hidrológica de acordo com a classe de Enquadramento. (x) um valor em desconformidade, (xx) dois ou mais valores em desconformidade.

IX Congresso Brasileiro de Regulação Número de UH’s classificadas como boa, alerta ou ruim em relação a cada parâmetro avaliado

Mapa de uso e ocupação do solo do Distrito Federal. Fonte: PGIRH, 2012 IX Congresso Brasileiro de Regulação Coliformes termotolerantes: Apesar da variação no uso e ocupação do solo no DF, mostrou-se como um problema em todo o território; Não são de origem exclusivamente fecal; Nem sempre indica que os usos prioritários estão sendo comprometidos Melhor indicador: Escherichia coli. Mapa de uso e ocupação do solo do Distrito Federal. Fonte: PGIRH, 2012

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): IX Congresso Brasileiro de Regulação Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): Os maiores aumentos de DBO num corpo d’água são provocados por despejos de origem predominantemente orgânica; Autodepuração e localização dos Pontos de Controle favorecem os baixos valores de DBO encontrados. Oxigênio Dissolvido (OD): Fundamental para manutenção da vida aquática; A aeração provocada pela turbulência do rio faz com que valores elevados de oxigênio sejam detectados mesmo em locais com alto teor de matéria orgânica; Região sudoeste: urbana; Região leste: agrícola.

Parâmetro não prioritário para ambientes lóticos; IX Congresso Brasileiro de Regulação Fósforo: Parâmetro não prioritário para ambientes lóticos; Relacionado a diversos tipos de uso e ocupação do solo; Principal parâmetro em desconformidade com a classe de Enquadramento proposto.

5. CONCLUSÕES E AGRADECIMENTOS IX Congresso Brasileiro de Regulação 5. CONCLUSÕES E AGRADECIMENTOS Grande desconformidade dos corpos hídricos do Distrito Federal (de acordo com a metodologia aplicada); Diversidade de uso e ocupação do solo do Distrito Federal – parâmetros específicos para cada região; Inclusão do fósforo como parâmetro prioritário; Necessidade do desenvolvimento de um índice de conformidade ao enquadramento específico para o Distrito Federal; O processo de gestão tem como objetivo garantir a sustentabilidade aos usos múltiplos da água e o enquadramento passa a ser uma das ferramentas essenciais para esta garantia, pois tem como característica conciliar a questão da disponibilidade hídrica em nível qualitativo e quantitativo (Amaro, 2009). Assim, é imprescindível o desenvolvimento de ferramentas que possibilitem o acompanhamento da adequação dos corpos hídricos às classes propostas, e este estudo é um primeiro passo para a construção de um índice adequado ao Distrito Federal.

OBRIGADA! Camila Aida Campos camila.campos@adasa.df.gov.br 3961-4922