Corpo e espaço Profa. Ms. Leila Rosa www.profleilarosa.comwww.profleilarosa.com Estética: Filosofia da arte.

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Transcrição da apresentação:

Corpo e espaço Profa. Ms. Leila Rosa Estética: Filosofia da arte

O que é o corpo?

Quem conhece o corpo? É o próprio corpo que se conhece? Ou esse “eu” que diz “meu corpo” é distinto dele?

Corpo é movimento, sensação = Satisfação

Descartes: Negação do corpo Segundo o filósofo René Descartes, o corpo não possui uma linguagem, necessitando da “razão” para se fazer “ouvir”. “[…] o sentido da vista não nos assegura menos a verdade de seus objetos do que os do olfato ou da audição; ao passo que, nem nossa imaginação nem nossos sentidos poderiam jamais nos assegurar de coisa alguma, caso nosso entendimento não interviesse.”

Negação dos sentidos: Os homens seriam iguais aos animais se aqueles não puderem fazer o uso do pensamento – “logos”. É preciso fazer o uso do pensamento para que não se caia no erro. Isto é, “cogito, ergo sum”, ou “je pense donc je suis”. “[…] era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. […] esse eu, isto é, a alma, pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo […] para pensar é preciso existir […] julguei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintas são todas verdadeiras.” Descartes.

Dificuldade cartesiana: A razão conhece coisas simples, enquanto que o corpo é complexo Não conseguimos conhecer a mente _ pensamento do outro, enquanto que podemos conhecer seu corpo (tocá-lo, beijá-lo, abraçá-lo). Entretanto, o acesso que temos ao corpo do outro nos escapa do nosso próprio corpo.

Corpo: Objeto natural e social Qual definição temos do “corpo”? É o corpo uma substância pronta? Em uma perspectiva nietzscheana, crítica do dualismo – metafísico – mente e corpo, o corpo está diretamente relacionada noção de vida como vontade de potência. Caracteriza-se por uma multiplicidade de forças em contínuo fluxo e confronto, que periodicamente se harmonizam em distintas configurações provisórias e mutáveis. “...o corpo é atravessado por um tecido de relações e por um fluxo constante de poderes e potências de maneira que ele não é um identidade pronta, mas um devir.” Devir: vir a ser; tornar-se, transformar-se, devenir.

A busca por uma unidade corporal. Qual a fronteira entre o corpo e o mundo? O ser humano não é e, não pode ser reduzido a um mero objeto físico – corpo – haja vista que esse corpo pensa, sente, age sobre o mundo. Logo, o corpo não está isolado em uma espécie de autarquia – encerrado nele mesmo. Merleau-Ponty define o corpo como um “ser-no-mundo”, condição por vezes não refletida. Mais ainda, não é possível conhecer o corpo em si mesmo, mas o corpo no mundo – intencionalidade, não apenas biológico. A dramatização do corpo excede a tentativa de entendimento do corpo apenas como fisiológica e biológica.

Merleau-Ponty mostra que o corpo reage como um todo, recebe estímulos como um todo. Diante do perigo reagimos (fugimos ou nos defendemos), diante de um amputação o corpo se reorganiza. O corpo intervém em suas relações com o mundo, para além do intelecto – inteligência – a reflexão sobre o corpo resulta em uma reflexão sobre o mundo. Estabelecendo uma linguagem, que resulta como resposta às coisas do mundo. Leibniz definira o corpo humano como imagem do universo. Foucault exprime uma noção mais “realista” do corpo, diria perversa. Na história o corpo foi decapitado, enforcado, chicoteado, torturado. O corpo recebera a incumbência de receptáculo de castigo, punição.

A tortura praticada ao corpo tem como intenção de punir o “ser-pensante” cartesiano. Sua eficácia se confirma nas marcas deixadas – cicatrizes. O corpo passa a ser visto como como instrumento das relações de poder, sendo ele disciplinado, controlado, medido, reprimido e ou liquidado. O regime militar brasileiro apoderou dos corpos dos presos políticos como forma de punir por seus pensamentos – ideias, que contrariavam a ordem estabelecida. É o corpo pagando por querer-se ver no mundo. Com a instauração da ditadura militar através de um golpe das Forças Armadas do Brasil, no período entre 1964 e 1985, o papel dos advogados na defesa dos direitos e garantias dos cidadãos foi fundamental no confronto com a repressão, ameaças e todo tipo de restrições. "Os Advogados contra a Ditadura" propõe uma profunda reflexão sobra a época em questão, relembrando, através de depoimentos e registros de arquivos, a relevante e ativa participação dos advogados contra as imposições do autoritarismo e na luta pela liberdade. Dirigido por Silvio Tendler, o filme faz parte do Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia