ORIGENS E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO URBANISMO EM CURITIBA.

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ORIGENS E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO URBANISMO EM CURITIBA

A origem da cidade de Curitiba está ligada á lógica do desenvolvimento socioeconômico e político do Brasil no seu período colonial. Seu primeiro nome foi oficializada como Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

Controle do uso do solo urbano Em 1853 aconteceu a emancipação política do Paraná, que se transformou em uma nova província. Pierre Taulois, engenheiro francês, foi encarregado de estabelecer novos traçados para cidade.

Século XX: Novo século, nova cidade A virada do século e suas primeiras décadas foram marcadas por intensas modificações físicas no quadro urbano de Curitiba. Foram instaladas as primeiras redes de distribuição de água e de coletas de esgoto, além de largas avenidas, o bonde elétrico, o Passeio Publico, o primeiro parque, a Universidade do Paraná, a primeira do pais.

A aceleração da urbanização e a reação do governo local Progresso econômico da região norte Produção de café – valorização das terras Exploração imobiliária Curitiba 2º maior taxa de crescimento demográfico 1953 criado controle do meio ambiente 1956 criado o departamento de planejamento e urbanismo Zoneamento da cidade

Anos 60: a década decisiva PLANEJAMENTO X CONHECIMENTO Criação da URBS (Companhia de urbanização e saneamento) liberação de recursos somente em 1964 AV 7 de setembro - AV Marechal Deodoro Primeira cidade a utilizar concorrência publica em um plano diretor (Vencido por empresa Paulista)

Primeiro plano preliminar aberto (Passível de modificações) 1965 Plano SERETE 1965 “Mês do urbanismo” (Participação popular) 1965 Criação oficial do IPUC

INSTITUCIONALIZAÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL EM CURITIBA Estruturação Física Cultural Econômica

Anos 70 O ajuste dos “desequilíbrios sociais nas cidades” competia aos técnicos e não aos políticos(“incompetentes”, “clientistas”). Primeira Gestão Lerner: Do cinza ao verde Curitiba configurar-se-ia, a partir dos anos 70, como a antítese de Brasília.A Brasília das longas avenidas, automóvel em contraste com a Curitiba das ruas para pedestres, do transporte coletivo. Curitiba, década de 1970, encontrava-se em insustentável condição de uma cidade que desde os anos 50 duplicava sua população a cada dez anos. As intervenções feitas com base no Plano Agache haviam se tornado obsoletas. Lerner nomeou membros do Ippuc no desenvolvimento de estudos e projetos na década de Ippuc - Planejamento - levantamento Fisico URBS - Orgão executivo Fundação Cultural - Dava vida a obra, Projetos de ocupação

Curitiba passa ser “adotada” como exemplo da eficácia do planejamento urbano pretendido para o resto do país A prefeitura resolveu fechara principal rua do centro (hoje Rua das Flores), transformando-a em rua para pedestres. Tal medida fazia parte da diretriz do Plano Serete de pedestrializar a região central. A idéia dos “calçadões” estava legitimada e o modelo foi copiado por várias outras cidades do país.

A humanização da cidade Repensou-se a cidade como um todo naqueles setores: circulação, recreação, educação e insdutrialização. Na prática o discurso de Lerner significava reciclar formas, criar, animar e promover pontos de encontro capazes de fazer com que os habitantes pudessem usufruir e assumir a cidade. Resgatar amemória histórico- cultural da cidade. Dessa interação deveria resultar orgulho de seus valores e tradições. A execução do Plano de Revitalização do Setor Histórico recorreu-se a práticas simbólicas para impulsionar o processo. Foram reciclados aqueles espaços que no passado haviam servido como ponto de referência e encontro na vida da cidade. O centro histórico foi protegido; um depósito de pólvoras transformado em teatro(Paiol); um antigo quarte militar na sede da Fundação Cultural; além da recuperação e da reciclagem das praças e da área central da cidade, transformando-a em área de circulação de pedestres. Para dar forma e alimentar esse processo cultural pretendido foi criada a Fundação Cultural de Curitiba. Primeira fundação cultural do Brasil, a FCC passou a ser a responsável pela olítica cultural da cidade. Entre seus principais objetivos estavam a preservação do patrimônio histórico, estimular os estudos da memória da cidade.

Com a população respondendo positivamente às propostas do planejamento, a gestão Lerner buscou enfatizar um modelo próprio de desenvolvimento – fugindo do padrão nacional. Havia um incentivo nacional ao uso de automóvel e iniciavam-se as construções das primeiras linhas de metr^no país (SP e RJ), Curitiba investia um valor bem menor no seu sistema viário: onibus expresso ao longo das “vias estruturais”. 1% do valor destinado a implantação do metro. Em 1974 foi aprovada a Lei de Zoneamento. Sistema Trinário, ele consta de uma via central de tráfego lento, corredores exclusivos para ônibus e de duas vias laterais com sentidos opostos (centro/bairro – bairro/centro). Jaime Lerner “o segredo foi entendermos pensar a a partir de nossa realidade. A instalação da Cidade Industrial de Curitiba sociopolítica e ambiental. “Sombra e água fresca”: A institucionalização da preservação de áreas verdes Foi durante a primeira gestão Lerner que ocorreu a preservação de áreas verdes Assim, de um índice inferior a 1 m de área verde por habitante no final dos anos 60, atingiuse 16m por habitante no final de 1974 – índice estipulado pele Organização Mundial de Saúde. Três grandes parques foram implantados: Barreirinha, São Lourenço e Barigui. Os dois últimos financiados pela BNH, projetados com o objetivos de se encontrar uma alternativa para a contenção das enchentes dos rios que cortam a cidade. Ambos são parques lineares de fundo de vale.

“ A abertura Democrática” e a segunda gestão de Lerner A segunda gestão ( ) de Jaime Lerner como prefeito foi dedicada a humanizar mais Curitiba. Foram construídas 20 creches, as primeiras da cidade, e também os primeiros postos municipais de saúde, num total de 13. A prefeitura ampliou a rede de esgoto, ao mesmo tempo em que atuou em 34 áreas faveladas, beneficiando mais de seis mil famílias (cerca de 35 mil pessoas).

Com a criação do Parque Iguaçu, o maior parque urbano do Brasil (com oito milhões de metros quadrados), Curitiba se reconcilia com as águas, reduzindo drasticamente as enchentes na região sul. E o zoológico da cidade foi transferido para este parque. Nesta gestão entram em operação as linhas Inter- bairros, que tangenciam o centro da cidade e atendem bairros de Curitiba, a linha Estudantes, que serve aos universitários e percorre, a partir da região central, os endereços dos principais cursos universitários, e os primeiros ônibus articulados, com capacidade para 160 passageiros.

Planejamento Urbano de Curitiba Os primeiros tempos Plano Agache Plano preliminar de urbanismo Plano diretor de Urbanismo Anos 70

Anos 80 Anos 90 Novo milênio Mobiliário Urbano