Hidrodinâmica Aula 10 (1 0 Sem./2016) 1 Prof. Helio Salim de Amorim.

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Hidrodinâmica Aula 10 (1 0 Sem./2016) 1 Prof. Helio Salim de Amorim

A camada limite 2Prof. Helio Salim de Amorim

3 Quando um fluido passa sobre uma superfície sólida a influencia da viscosidade sobre o escoamento fica usualmente confinado sobre uma camada fina sobre a superfície. Fora dessa fina camada os efeitos da viscosidade são pouco significantes. O fluxo como um todo, para efeitos de cálculo, pode ser assim dividido em dois domínios que podem ser tratados separadamente. O primeiro domínio é chamado de camada limite: um fina camada imediatamente acima da superfície. Neste domínio a velocidade é zero sobre a superfície sólida e cresce rapidamente até a velocidade do fluxo livre da ação viscosa. No segundo domínio a influencia da viscosidade é pequena e o fluxo pode ser tratado como um fluido ideal.

Camada limite laminar Prof. Helio Salim de Amorim4

1. Escoamento estacionário uniforme sobre uma placa plana de um fluido incompressível Prof. Helio Salim de Amorim5 Equação de Navier – Stokes no caso de um escoamento bidimensional: e a equação da continuidade, z* é a cota vertical; não é necessariamente Igual a z.

Prof. Helio Salim de Amorim6 Hipóteses simplificadoras: 1. A velocidade varia rapidamente em y, sendo zero sobre a placa e alcançando a velocidade do escoamento livre a um distância igual a espessura da camada limite (  ). A espessura da camada é definida de forma arbitrária: podemos dizer que se estende até um ponto em que velocidade u difere de 1% do valor do escoamento livre U 0. Assim todas as derivadas em y são muito maiores que as derivadas em x. Conseqüentemente, na primeira equação temos, o termo, pode ser desprezado.

Prof. Helio Salim de Amorim7 2. A velocidade v transversal à camada limite é muito menor do que a velocidade u ao longo do escoamento. Assim, sendo, na segunda equação v pode ser negligenciado restando, Essa hipótese estabelece que a pressão é hidrostática ao longo do eixo y e depende apenas de x, o que nos permite escrever,

Prof. Helio Salim de Amorim8 A equação de Navier – Stokes se reduz assim a, Equação da Camada Limite Em adição a esta equação temos as seguintes condições de contorno, A solução da equação da camada limite para a placa plana semi-infinita é possível mas muito trabalhosa.

Método Integral de von Kármán Prof. Helio Salim de Amorim9 Von Kármán desenvolveu um método aproximado para avaliar as quantidades necessárias, baseado no Teorema do Momentum. Considere um elemento ABCD (volume de controle) de um fluxo bidimensional estacionário. as forças aplicadas consistem em forças de pressão e as tensões de cisalhamento sobre a placa plana semi-infinita. Esse termo é nulo, pois vamos considerar um fluxo estacionário.

Prof. Helio Salim de Amorim10 A vazão sobre AD é, e sobre CB é, (10.1) (10.2) A diferença entre a 10.2 e a 10.1 deve ser suprida pela parte superior do volume de controle de forma a satisfazer a continuidade. (10.3) 1. Cálculo do fluxo do momentum através da superfície de controle:

Prof. Helio Salim de Amorim11 Similarmente o fluxo liquido de momentum nas paredes verticais será, Por sua vez, no topo do volume de controle há uma entrada de massa e conseqüentemente temos uma entrada de momentum. Como a velocidade u na linha limítrofe DC é igual a U 0, a entrada de massa é  U 0. Assim sendo a entrada de momentum é dada pelo produto de  U 0 por 10.3: E assim o fluxo total de momentum através da superfície de controle é, (10.4)

Prof. Helio Salim de Amorim12 2. Cálculo da resultante das forças. Força sobre AD: Força sobre CB: Podemos negligenciar a taxa de variação da espessura da camada, d  /dx. A Força líquida devido a pressão é assim, - Forças de pressão nas paredes verticais: Se aplicamos a equação de Bernoulli sobre o domínio externo à camada limite encontramos,

Prof. Helio Salim de Amorim13 - Tensão de cisalhamento: Aplicando os termos calculados no Teorema do Momentum: Cancelando dx e reagrupando os termos encontramos, Esta expressão pode ser simplificada se adotamos as seguintes definições:

Prof. Helio Salim de Amorim14 Vamos agora aplicar o resultado precedente para resolver o problema simples de um escoamento uniforme sobre uma placa plana. O escoamento uniforme significa U 0 = cte., isto é, independente de x: Vamos assumir um perfil parabólico, e assumir as seguintes condições de contorno, (10.5)

Prof. Helio Salim de Amorim15 Das condições de contorno conseguimos determinar as constantes a 1 e a 2, Substituindo no perfil de velocidade obtemos, Deste resultado nós podemos calcular  e  0,

Prof. Helio Salim de Amorim16 Substituindo esses resultados em 10.5 nós obtemos, Integrando a relação acima e assumindo que em x = 0,  = 0, obtemos:

O número de Reynolds Prof. Helio Salim de Amorim17

Prof. Helio Salim de Amorim18 Fonte: Manchester School of Engineer (

Prof. Helio Salim de Amorim19 Número de Reynolds (admensional) Viscosidade cinemática Em tubulações cilíndricas a velocidade crítica de transição do regime laminar para o turbulento corresponde a um número de Reynolds da ordem de

Camada limite turbulenta Prof. Helio Salim de Amorim20

Prof. Helio Salim de Amorim21 Vimos que para uma camada limite laminar a sua espessura tende a crescer com a distância x a partir da borda da placa. Na medida em que essa espessura cresce o escoamento tende a se tornar turbulento: O critério da transição é o número de Reynolds onde U 0 é a velocidade do fluxo livre, x é a distância a partir da borda da placa e é a viscosidade cinemática do fluido

Prof. Helio Salim de Amorim22 - O valor do número de Reynolds para o qual a camada limite torna-se turbulenta depende em parte do nível de turbulência na domínio livre: varia, tipicamente, entre 10 5 e A tensão de cisalhamento na camada limite é muito maior no regime turbulento. A determinação do ponto em que se dá a transição tem um grande interesse prático. -Após a transição a parte principal do fluxo na camada limite é turbulento. Entretanto imediatamente acima da placa forma-se uma subcamada laminar. Nesta região o fluxo pode ser dividido em três domínios.

FIM Prof. Helio Salim de Amorim23