Bolsa Família ou Desempenho da Economia? Determinantes da Reeleição de Lula em 2006 Mauricio Canêdo-Pinheiro IBRE/FGV
2 1. Introdução
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4 Ampla literatura: –Nicolau & Peixoto (2007) –Abensur, Cribari-Neto & Menezes (2007) –Zucco (2008) –Soares & Terron (2008) –Carraro et alli (2009) –Marques et alli (2009)
5 1. Introdução Ampla literatura: –Nicolau & Peixoto (2007) –Abensur, Cribari-Neto & Menezes (2007) –Zucco (2008) –Soares & Terron (2008) –Carraro et alli (2009) –Marques et alli (2009) Modelos lineares não são adequados quando a variável dependente assume valores no intervalo [0;1].
6 1. Introdução Ampla literatura: –Nicolau & Peixoto (2007) –Abensur, Cribari-Neto & Menezes (2007) –Zucco (2008) –Soares & Terron (2008) –Carraro et alli (2009) –Marques et alli (2009) Modelos lineares não são adequados quando a variável dependente assume valores no intervalo [0;1]. modelo linear
7 1. Introdução Ampla literatura: –Nicolau & Peixoto (2007) –Abensur, Cribari-Neto & Menezes (2007) –Zucco (2008) –Soares & Terron (2008) –Carraro et alli (2009) –Marques et alli (2009) Modelos lineares não são adequados quando a variável dependente assume valores no intervalo [0;1]. Ademais, nenhum artigo trata adequadamente a questão do viés gerado pela agregação de modelos de escolha individuais intrinsecamente não lineares. Com exceção de Zucco (2009), nenhum artigo considera explicitamente o efeito da ‘economia’. modelo linear
8 2. As Escolhas Individuais Utilidade indireta do eleitor que vota em Lula: Defina-se: Se tem distribuição logística tem-se o modelo logit.
9 2. As Escolhas Individuais Nesse caso tem-se: em que e
10 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado Definam-se:
11 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado Pretende-se estimar um modelo tal que: Fazer é partir do pressuposto equivocado de que: ? A maioria da literatura assume η = μ
12 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado O que fazer? Kelejian (1995) mostra que:
13 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado O que fazer? Kelejian (1995) mostra que: viés de agregação
14 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado O que fazer? Kelejian (1995) mostra que: E sugere viés de agregação
15 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado Então: Teste de viés de agregação: H0:H0:
16 3. Das Escolhas Individuais para o Modelo Agregado Efeito Marginal: Note que: Assume-se e estima-se o modelo por MQNLG ponderando cada observação por.
17 4. Dados e Especificação do Modelo
18 5. Resultados
19 5. Resultados
20 5. Resultados LULA2002: embora tenha havido mudança no padrão eleitoral, o desempenho eleitoral no passado ainda é fator explicativo importante. NBRANCO: maior votação nos municípios com maior proporção de negros, pardos e índios, provavelmente resultado das políticas de ação afirmativa (cotas em universidades, por exemplo). GOVPT e PT2004: aumentam votação de Lula, embora PT2004 não seja significativa. PREFPT: efeito negativo. Eleitores habituais de Lula o abandonaram? Lula é o candidato dos ‘rincões’? Os sinais de URB, DENS, DIST, GINI e TXLOCAL indicam que não. Mas RENDA, ANALF e PUBLICO indicam que sim. Efeito marginal de BOLSA (0,55) é superior ao de CRECS (0,21).
21 5. Resultados
22 5. Resultados Na prática a diferença do impacto de BOLSA e CRECS é maior do que os efeitos marginais fazem supor. Tanto que a elasticidade de BOLSA (0,15%) é muito maior do que a de CRESC (0,00015%). Média de CRESC: 1,4% Média de BOLSA: 28,9% + 1 p.p. significa aumento de 70% (1 ÷ 1,4) + 1 p.p. significa aumento de 3,5% (1 ÷ 28,9)
23 5. Resultados
24 5. Resultados
25 5. Resultados
26 5. Resultados
27 5. Resultados
28 5. Resultados
29 5. Resultados
30 5. Resultados Escândalos?
31 5. Resultados Escândalos? Incumbency Effect ?
32 6. Considerações Finais Mudança no padrão eleitoral: nem Bolsa Família nem economia. Escândalos + Incumbency Effect? O efeito da economia está bem medido? A mudança não seria resultado da melhora no mercado de trabalho para os pobres (economia, portanto), não capturada pela taxa de crescimento do PIB per capita? Próximos passos: –usar dados estaduais da PNAD e mixed logit. –tentar medir o incumbency effect com dados de diversas eleições.