Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes

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Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 19: Economia Mundial após a Segunda Grande Guerra

Globalização Período recente se dá destaque ao fenômeno da Globalização – crescente integração econômica mundial nos campos comercial, produtivo e financeiro Estreitamento das relações econômicas internacionais não é um fenômeno novo, mas existe uma aceleração no momento atual

O Sistema Monetário Internacional (SMI) Objetivo: viabilizar transações econômicas entre os países Questões principais: Moeda de reserva internacional e sua gestão Regime cambial entre as moedas nacionais Mecanismos e financiamento e ajustamento dos desequilíbrios do balanço de Pagamentos Grau de liberdade dos fluxos de capitais Institucionalidade internacional – funcionamento do sistema Século XX: alterações frente a estas questões

Evolução do sistema financeiro internacional ao longo do século XX

Padrão Ouro clássico Moedas eram definidas em termos de quantidade fixa de ouro  regime de taxa de câmbio fixa Moedas conversíveis em ouro Taxa de câmbio não ajustável – sem desvalorizações! Correção automática do BP Déficit no BP  excesso de demanda por divisas Governo vende divisas (ouro)  ouro = política monetária contracionista Recessão:  M e  X  corrige o BP

Conferência de Bretton Woods Sistema de taxa de câmbio de Bretton Woods Fundo Monetário Internacional (FMI) Banco Mundial Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT)

Sistema de Bretton Woods Dólar - moeda de reserva internacional junto com ouro Dólar conversível em Ouro a uma taxa fixa (US$ 35,00 = 1 onça de ouro – 28,35 gramas) Regime de taxas de câmbio fixas mas ajustáveis - ajustes acordados com FMI Liquidez internacional – dado por Plano Marshall e depois por déficits no BP dos EUA Institucionalidade: FMI: financiar desequilíbrios no BP e controlar desvalorizações Banco Mundial: auxiliar reconstrução européia/japonesa e países subdesenvolvido ou em desenvolvimento GATT – redução das restrições ao comércio internacional

Evolução do Sistema de Bretton Woods Reconstrução Européia e Japonesa Crescimento Internacional Expansão do comércio internacional Fluxo de Capitais Início: restrições aos fluxos Depois: multinacionais, início da internacionalização bancária e formação euromercado “American way of life” Consumo de bens duráveis, expansão da indústria e progresso tecnológico

Rompimento do Sistema de Bretton Woods Problema: Paradoxo de Triffin: Para expansão econômica necessário liquidez (dólar). Para ter liquidez necessário déficits externos norte-americanos Com estoques de ouro constantes, déficits americanos e ampliação da liquidez internacional colocam confiança na conversibilidade do dólar posta em dúvida Crescimento junto com continua perda de confiança Crises especulativas final dos anos 60 rompimento da conversibilidade por Nixon em 1971 Desde 1973 prevalecem taxas flutuantes de câmbio

Globalização Produtiva Nas últimas décadas, houve grandes mudanças de caráter tecnológico-organizacional Globalização produtiva: produção e a distribuição de valores dentro de redes em escala mundial acirramento da concorrência entre grandes grupos multinacionais Progresso tecnológico e difusão das novas tecnologias (eletrônicas e informacionais) Flexibilização das estruturas organizacionais Concorrência internacional globalizada Integração vertical transnacional Desemprego estrutural

Política Comercial Países desenvolvidos: ampliam medidas protecionistas com formas por vezes mais sutis que as antigas tarifas alfandegárias Liberalização dos países em desenvolvimento Termino da Rodada do Uruguai e criada OMC Crescimento da participação dos NIC’s Crescimento do setor de serviços nas transações internacionais Alteração na divisão internacional do trabalho: Periféricos/primários X centrais/manufaturas Padrão de especialização do comércio internacional se torna mais complexo Formação e ampliação dos blocos regionais CEE (fortalecimento), NAFTA, MERCOSUL

As transformações do Sistema Financeiro Internacionalização Bancária: Anos 50/60 - Sistema Bancário multinacionais - Bancos correm atrás de seus clientes Fuga da regulamentação dos EUA centros off shore (operações com US$ sem controle das autoridades monetárias) início do euro mercado

As transformações do Sistema Financeiro Os Anos 70: fim de Bretton Woods choque do petróleo Desequilíbrio Balanço de Pagamentos Inflação Recessão Excesso de Liquidez Endividamento 3º mundo

As transformações do Sistema Financeiro A Crise da Dívida - 80’s Reversão da política monetária EUA inverter fluxo de capitais controle da inflação Conseqüência: 3º Mundo: Moratória/Recessão Bancos - problema: default/rolagem

As transformações do Sistema Financeiro Alterações ao longo da década de 80 Ampliação da Concorrência: Bancos: fuga de poupadores - diminuição do funding fuga de tomadores - aumento do custo; ajustes contábeis: aumento de provisão, diminuição de alavancagem Investidores Institucionais (fundos de pensão) - entram na disputa

As transformações do Sistema Financeiro Diminuição da participação dos bancos e das operações tradicionais de crédito dinamização do mercado de capitais e da indústria de fundos diminuição das margens, elevação do risco aumento da volatilidade internacionalização

As transformações do Sistema Financeiro Desregulamentação bancos diversificam ação legalização operações fora balanço abertura de novos mercados Inovações financeiras securitização derivativos

Globalização Financeira: um Balanço Positivos integração dos mercados: melhora alocação de recursos diminui spread - custo da intermediação Negativos instabilidade cresce aumento risco(informações convergentes) dificuldade de ação dos BC’s crise sistêmica e efeito contágio

Crises Internacionais grande crescimento do número de episódios de crises cambiais e financeiras A possibilidade das crises conjuntas, isto é, da crise cambial gerar uma crise financeira ou vice-versa, pode ser decorrência dos processos de desregulação bancária, que pode ampliar a exposição dos bancos ao risco, e da liberalização financeira em relação aos fluxos de capitais que possibilita a transmissão de uma crise para outra

Freqüência das Crises

Crises nos países emergentes “Efeito contágio” “Efeito manada” Mecanismos pelos quais as crises nos países emergentes se dão em ondas: choques comuns, como elevação da taxa de juros internacional, que coloca sob pressão diversos países; canais financeiros, estes podem vir da necessidade dos investidores diminuírem a exposição ao risco quando ocorre a crise em algum país tendo que sair de outros ou por necessidades de cobertura de liquidez decorrentes de perdas em determinado mercado; mudanças nas expectativas do mercado em relação a mercados específicos; pressões comerciais que podem advir de reavaliações da situação de um país em virtude da crise em outro país.