RISCOS PARA O BRASIL AMEAÇA PARA O TRABALHADOR DESINDUSTRIALIZAÇÃO José Ricardo Leite Diretor – Conaccovest.

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Taxa de desemprego registra aumento intenso em 2016
ECONOMIA.
Transcrição da apresentação:

RISCOS PARA O BRASIL AMEAÇA PARA O TRABALHADOR DESINDUSTRIALIZAÇÃO José Ricardo Leite Diretor – Conaccovest

Distribuição dos ocupados no complexo têxtil, vestuário, couro e calçados, segundo ramos de atividade Brasil – 2000 e 2010 O complexo contava com 2,3 milhões de trabalhadores em 2000 e passou a 2,6 milhões em 2010 CRESCIMENTO COMPROMETIDO Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000 e Resultados Preliminares do Censo Demográfico 2010 Elaboração: DIEESE

Distribuição dos ocupados no complexo têxtil, vestuário, couro e calçados por ramos de atividade, segundo Regiões Geográficas Brasil – % dos trabalhadores do setor estão na Região Sudeste, outros dois quartos dividem-se entre as Regiões Nordeste e Sul Ocupados por ramos de atividade Fonte: IBGE - Resultados Preliminares do Censo Demográfico 2010 Elaboração: DIEESE Região Geográfica Ramo de Atividade TêxtilVestuárioCouroCalçadosComplexo Norte1,73,21,90,32,4 Nordeste23,724,318,425,824,3 Sudeste42,943,540,836,842,1 Sul27,720,833,035,525,0 Centro-Oeste4,08,25,91,66,2 Total100,0 em %

Estimativas do número de ocupados no complexo têxtil, vestuário, couro e calçados e na indústria de transformação por ramos selecionados Distrito Federal e Regiões Metropolitanas – 2011 O complexo agrega cerca de 327 mil trabalhadores na região metropolitana de São Paulo e 185 mil na de Fortaleza Características do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados Fonte: Convênio DIEESE/SEADE, MTE/FAT e convênios regionais. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego. Elaboração: DIEESE Nota: (1) A amostra não comporta desagregação para esta categoria Regiões Complexo têxtil, vestuário, couro e calçados Demais Ramos Industriais Indústria de Transformação TêxtilVestuárioCouro e CalçadosTotal Belo Horizonte1134(1) Distrito Federal(1) Fortaleza Porto Alegre Recife618(1) Salvador(1)14(1) São Paulo58250(1) Total (em mil pessoas)

Ramo de Atividade Nº de vínculos emVariação em nºem % Complexo Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados ,4 Têxtil ,9 Vestuário ,7 Couro ,7 Calçados ,1 Indústria de Transformação ,9 Total de vínculos no Brasil ,0 Número e variação dos vínculos ativos no complexo têxtil, vestuário, couro e calçados e na indústria de transformação Brasil – 2000 e 2010 Fonte: RAIS 2000 e 2010 Elaboração: DIEESE Dinâmica do emprego formal Vínculos ativos (número e variação)

Nenhum setor da Indústria de Transformação tem maior potencial de gerar empregos do que o Setor Têxtil e de Confecção.

Peso da cadeia produtiva da Indústria Têxtil e de Confecção na economia brasileira Parque industrial de R$ 80 bilhões de ativos 30 mil empresas em atividade 8 milhões de empregos diretos e indiretos Faturamento anual de quase R$ 100 bilhões

Crescimento das importações de vestuário

Ranking Países Importadores de Vestuário Exportações Mundiais de Vestuário: US$ 311 bilhões (OMC) US$ 311 bilhões (OMC) Países Desenvolvidos são o destino de 80% das exportações. Brasil é destino de 0,1% das exportações globais Em US$ milhões

Desafios Distribuição de Renda Baixos salários – Em 2013 o rendimento médio real dos ocupados nas regiões metropolitanas foi de R$ 1.384, segundo dados da PED Empregados sem carteira – Cerca de 17,4 milhões de trabalhadores não possuíam carteira de trabalho assinada - 28,2% do total de empregados, segundo a PNAD, em 2011 Desemprego – No Brasil, em 2013: 9,2 milhões de pessoas estavam desocupadas, segundo a PNAD

Desafios Combate às práticas desleais de comércio – Fim da equação: (Contrabando + Subfaturamento + Pirataria = estímulo á informalidade) - Aumento das tarifas de importação de produtos têxteis e de confecção - Desenvolvimento da plena capacidade exportadora do setor

Desafios Igualdade de oportunidades – Em 2012 as mulheres ocupadas ganhavam cerca de 70,7% dos homens, segundo a PNAD – Em 2012 o rendimento-hora de pretos e de pardos foi cerca de 40% menor do que o dos brancos, segundo a PNAD Fortalecimento da organização sindical e negociação coletiva – OLT, combate as práticas antissindicais Trabalho Decente Educação e qualificação profissional

Estudo realizado com base: DIEESE PED ABIT IBGE MDIC MTE Miriam Modesto Jornalista