PETRÓLEO NORDESTE Rio Claro Junho 2009 Discentes: Bruno Cavalcante de Paula Letícia L. P. Porfírio Docente: Elias Carneiro Daitx Disciplina: Recursos Energéticos Rio Claro Junho 2009
Introdução Petróleo no mundo Brasil Bacias do Nordeste Economia Definição de petróleo Usos do petróleo Petróleo no mundo Brasil Oferta interna de energia Reservas provadas Produção brasileira Bacias do Nordeste Apresentação das bacias do nordeste Bacia do Recôncavo Bacia Sergipe-Alagoas Bacia Potiguar Bacia do Ceará Economia Produção do petróleo nordeste Reservas de petróleo nordeste Preço médio por estado Refinarias Bibliografia
O que é petróleo? O petróleo é um líquido relativamente viscoso, de consistência oleosa, e de densidade menor que a da água, sendo formado por hidrocarbonetos. A sua cor é variável, desde quase incolor até preta, podendo ser esverdeada ou acastanhada. Admiti-se que sua origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o fitoplâncton.
Produtos gerados a partir do Petróleo
Petróleo Mundo
Petróleo Mundo Reservas Reservas provadas mundiais: 1,2 Trilhões de barris Oriente Médio : Cerca de 61% das reservas de petróleo do mundo Total de 755,3 Bilhões de barris Reservas provadas Brasileiras : 12,6 Bilhões de Barris 15° Lugar no Ranking mundial em reservas em 2007
Reservas provadas de Petróleo no mundo (bilhões de barris) Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Petróleo Mundo Produção 2006 a 2007 - volume produzido 81,5 Milhões de Barris/dia Queda de 0,1% na produção Os países da Opep diminuirão a produção em 1% Maior produtor do mundo: Arábia Saudita ± 10,4 milhões de barris/dia Decréscimo na produção dos países da América do Sul e Central cerca de 6,6 milhões de barris/dia Queda de 3,4% na produção A Brasil produção em 2007 : 1,8 milhões de barris/dia Crescimento 1,3% em 2007
Produção de Petróleo no mundo ( milhões de barris/dia) Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Principais Países consumidores de Petróleo no mundo em 2007 Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Petróleo no Brasil
Reservas Totais do Brasil divida em Regiões - 2008 Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Reservas Provadas do Brasil dividida por Regiões - 2008 Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Evolução das reservas provadas de petróleo, por localização (terra e mar) - 1998-2007 Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Distribuição percentual das reservas provadas de petróleo, segundo Regiões, em 31/12/2007 Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
Produção de petróleo total, por localização (terra e mar), segundo Regiões - 1998-2007 – (mil barris) Fonte: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - 2008
BACIAS DO NORDESTE
Bacias marginais do nordeste
Origem das bacias marginais brasileiras As bacias de margem continental brasileira são correlacionadas ao processo de estiramento crustal responsável pela separação dos continentes América do Sul e África e pela abertura do Oceano Atlântico Sul.
Bacia do Recôncavo Situada no estado da Bahia Limite N e NW Situada no estado da Bahia Área aproximada: 11.500 km2 Limite L Limite W Limite S
Bacia do Recôncavo Arcabouço Estrutural os esforços distensionais no embasamento: hemi-gráben falhas normais planares falha de Salvador na borda leste
Bacia do Recôncavo Evolução Tectono-Sedimentar A espessura da seção sedimentar preservada na bacia atinge no máximo 6.900 metros. Composta basicamente por depósitos acumulados no processo distensional durante os estágios pré-rifte, sin-rifte e pós-rifte Sedimentação pré-rifte ciclos flúvio-eólicos/sistemas lacustres transgressivos Sedimentação rifte estágio inicial: folhelhos, calcilutitos e turbiditos; progressivo assoreamento Sedimentação pós-rifte conglomerados e arenitos
Bacia do Recôncavo Sistema Petrolífero Rochas geradoras: folhelhos da Formação Candeias, membros Tauá e Gomo. Rochas reservatório: de natureza siliciclástica fácies fluvio-eólicas ex. formações Sergi; fácies deltaicas ex. Formação Marfim; fácies de fluxos gravitacionais ex. Formação Maracangalha.
Bacia Sergipe-Alagoas Área total da bacia = 53.000 km² Área emersa = 13.000 km² Área submersa = 40.000 km² Limite N Alto Jaboatã-Penedo divide em b. alagoas e b. sergipe Morfologia da bacia: rifte assimétrico alongado NNE-SSW Limite S: sistema de falhas Vaza-Barris
Arcabouço estrutural gráben e horst Sal rocha selante Blocos falhados
Arcabouço Estrutural
Evolução Tectono-sedimentar Apresenta a sucessão estratigráfica mais completa dividida em quatro megasequências: pré-rifte, sinrifte, transicional e pós-rifte. Sequência pré-rifte rochas cambrianas, depósitos glaciais, depósitos de sábkha costeira e sedimentos flúviolacustrinos; Sequência sinrifte sistemas siliciclásticos; Sequência transicional sequências evaporíticas depositadas pelas primeiras incursões marinhas. Sequência pós-rifte marinha, caracterizada por subisidência termal e formação de uma plataforma carbonática.
Seção geológica NW-SE da bacia do Recôncavo Muitas falhas normais planares (N30ºE) Meio-graben (NE-SW) Falha (borda leste) Seção geológica NW-SE da bacia do Recôncavo Fonte:http://www.phoenix.org.br/Phoenix51_Mar03.html
Sistema Petrolífero Muribeca Os dois sistemas petrolíferos da bacia Sergipe-Alagoas são: Muribeca Rocha fonte folhelhos pretos do Membro Itiuba. Rocha reservatório conglomerado do Membro Carmópolis Permoporosidade controlada por fraturas, microfraturas, e feições de dissolução no veio de quartzo Densidade do óleo 22° a 29° API Barra de Itiuba-Coqueiro Seco Rocha fonte folhelhos da fase sinrifte Rocha reservatório arenitos intercalado com folhehos Permoporosidade controlada por falhas e fraturas Densidade do óleo pode atingir até 41° API
Bacia Potiguar Maior porção situada no estado do Rio Grande do Norte Limite NW (mar) Alto de Fortaleza Maior porção situada no estado do Rio Grande do Norte Menor porção situada no estado do Ceará Área total: 119.295 km² emersa: 33.200 km² submersa: 86.095 km² Limite SE (mar) Alto de Touros Limite NW (terra) Limite SE (terra)
Bacia Potiguar Evolução Tectono-sedimentar Apresenta três principais estágios tectônicos: rifte, transicional e drifte. Estágio rifte subsidência e sedimentação controladas por um mecanismo de extensão e afinamento crustal sedimentação nesse estágio foi lacustre e fluvial Estágio transicional e drifte foram controlados pelo resfriamento da crosta e pela isostasia transicional fácies lagunares com influência marinha drifte fácies fluviais com influência de mar aberto seguido por magmatismo
Bacia Potiguar Arcabouço Estrutural Composta basicamente por: grábens altos internos plataforma do embasamento
Bacia Potiguar Estágio Rifte Sistema Petrolífero Pendência Rocha fonte folhelho em contato direto com os arenitos Rocha reservatório arenitos grossos a muito finos Permoporosidade 15 a 25% Trapeamento tipo estrutural ou combinado estrutural-estratigráfico Principais acumulações associadas a: falhas normais falhas de transferência deslizamentos gravitacionais
Bacia Potiguar Estágio Transicional Sistema Petrolífero Alagamar Rocha geradora folhelho Rocha reservatório arenitos finos a médios fluviais e deltaicos Porosidade 13 a15% Armadilha homoclinais truncados por canyons erosionais e domos associados a falhas transcorrentes. Estágio Drifte Sistema Petrolífero Rocha geradora folhelhos das formações Alagamar e Pendência Rocha reservatório arenitos da Formação Açu
Bacia Ceará Situa-se na plataforma continental da margem equatorial do Brasil Área: 35.000km² É dividida em quatros sub-bacias: Sub-bacia do Piauí-Camocim, Acaruá Icaraí Mundaú
Bacia do Ceará Evolução tectono-sedimentar Fase rifte sequência continental, composta por sedimentos flúvio-deltaico-lacustres Fase transicional depósitos flúvio-deltaicos Fase de deriva continental seqüência marinha, composta por sedimentos transicionais, marinhos rasos e marinhos profundos, distribuídos dentro de um grande ciclo transgressivo-regressivo.
Bacia do Ceará A sub-bacia de Mandaú possui as acumulações de óleo descobertas na bacia nos campos de Xaréu, Curimã, Atum e Espada. Nas demais sub-bacias o potencial gerador é baixo e apresentam tendência para a geração de gás. Sistema Petrolífero Paracuru No Campo de Atum Rocha fonte folhelho Rocha reservatório arenito flúvio-deltaicos da Formação Mundaú.
ECONOMIA
Preço médio do petróleo por estado, ano base 2007 Alagoas 71,1 Bahia 68,16 Ceará 59,57 Rio Grande do Norte 63,71 Sergipe 58,9
REFINARIAS DO NORDESTE
Maranhão Refinaria Premium I Localização: capital, São Luís Capacidade de processamento: 600 mil barris/dia Valor do investimento: U$20 bilhões Possível parceiro: empresa japonesa Marubeni Corporation Será a maior refinaria do país O estado foi escolhido por causa de sua proximidade com o mercado externo (Europa e EUA)
Ceará Refinaria Premium II Localização: Complexo Industrial e Portuário do Pecém Capacidade de processamento: 300 mil barris/dia Valor do investimento: U$ 11,1 bilhões Possível parceiro: empresa japonesa Mitsui Acordo: Petrobras 80% da refinaria, Mitsui 20% Início das operações : 1ª fase 2014 2ª fase 2016 Produtos: óleo diesel tipo EURO V (<10 ppm de enxofre), QAV, bunker, nafta e GLP
Pernambuco Refinaria Abreu e Lima Situa-se no município de Ipojuca, região metropolitana de Recife Capacidade de processamento: 230 mil barris/dia Ainda em 2009 será iniciada a construção civil dos prédios administrativos e de suporte da Refinaria, além da construção da casa de força com potência total instalada de 150 MW, que suprirá toda a necessidade de energia da refinaria. Possível parceiro: Venezuela Os principais motivos da escolha de Pernambuco para implementar Refinaria: boa infra-estrutura portuária (porto de SUAPE); zona industrial estruturada; Pernambuco: segundo mercado de derivados do NE A inauguração da Refinaria Abreu e Lima está prevista para 2011.
Bahia Refinaria Landulpho Alves (Rlam) Situa-se em São Francisco do Conde (BA) Capacidade de processamento atual: 323 mil barris/dia Até 2011: Petrobrás investirá R$ 3 bilhões para melhorias na infra-estrutura da refinaria além do aumento da qualidade da gasolina e diesel, por meio da redução dos teores de enxofre, e expansão da produção de derivados como lubrificantes, parafinas e asfaltos.
Bibliografia PESSOA NETO, O. C. Blocos basculados truncados por discordância angular: lições aprendidas em trapeamento combinado de hidrocarbonetos, Bacia do Ceará, Nordeste do Brasil. Boletim de Geociências da Petrobras - v. 12, n. 1 - nov. 2003/maio 2004. p. 59-71. Dr. Haroldo B. R. Lima – Apresentação – Questões do Petróleo no Nordeste Brasileiro – ANP – Novembro de 2005 E. J. Milani, J. A. S. L. Brandão, P. V. Zalán & L. A. P. Gamboa PETRÓLEO NA MARGEM CONTINENTAL BRASILEIRA: GEOLOGIA, EXPLORAÇÃO, RESULTADOS E PERSPECTIVAS Sites: www.phoenix.org.br http://www.anp.gov.br/brnd/round9/round9/palestras/Potiguar%20(portugu%C3%AAs).pdf http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/rbg/article/viewFile/10261/7359 http://www.cprm.gov.br/publique/media/capIII-l.pdf http://www.phoenix.org.br/Phoenix4_Abr99.html http://exercicios.fisicoquimica.googlepages.com/hidrocarbonetos http://www.cprm.gov.br/publique/media/capX_b.pdf http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=646943 http://portalexame.abril.com.br/ae/economia/m0159822.html http://www.canalrural.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&action=noticias&id=2524636§ion=noticias