Múltiplas Inteligências

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TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Transcrição da apresentação:

Múltiplas Inteligências “As inteligências dormem. Inúteis são todas as tentativas de acordá-las por meio da força e das ameaças.As inteligências só entendem os argumentos do desejo: elas são ferramentas e brinquedos do desejo.” Rubens Alves Professora: Ana Paula de Queiroz

Avaliação do Módulo Diário de bordo Portfólio

O papel do psicopedagogo O psicopedagogo, portanto, precisa utilizar seu papel articulador para auxiliar no enfrentamento das dificuldades que o processo de inclusão pode trazer: Entre as possíveis ações, a Psicopedagogia pode: - propiciar a reflexão na escola, auxiliá-la a repensar seus valores e crenças com relação à diversidade e à igualdade; - auxiliar os pais a pensarem sobre as dificuldades de seus filhos e perceberem se a insistência a respeito da inclusão não está atrelada à negação da dificuldade; - conhecer o real potencial da criança a ser incluída e as possibilidades que o meio possui para estimular este potencial; - não focar na doença, e sim nas possibilidades do sujeito e do contexto; - auxiliar a escola a encontrar saídas metodológicas e avaliativas não exclusivas; - divulgar uma proposta de trabalho grupal, descentralizador do papel do professor; - divulgar o ensino pela pesquisa, para que todos possam participar, independente de suas dificuldades; - indicar as possibilidades de adaptação de linguagens e materiais, quando isto for necessário .

Vamos começar refletindo... O que é inteligência?

Inteligência é a capacidade de resolver problemas, compreender idéias, interpretar informações transformando as em conhecimento e, também, a capacidade de criar. Constitui um componente biopsicológico que difere o ser humano de outras espécies animais.

Múltiplas Inteligências competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam, até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da cinestésica.

Inteligência lingüística - Os componentes centrais da inteligência lingüistica são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianças, esta habilidade se manifesta através da capacidade para contar histórias originais ou para relatar, com precisão, experiências vividas.

Inteligência lógico-matemática - Os componentes centrais desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas Gardner, porém, explica que, embora o talento cientifico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio.

Inteligência espacial - Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais.

Inteligência cinestésica - Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência cinestésica se move com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada .

Musical - expressa-se através da habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais, sendo mais forte em músicos, compositores e dançarinos.

Naturalista - traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os fenômenos e padrões da natureza. É característica de paisagistas, arquitetos e mateiros, por exemplo.

Inteligência interpessoal - Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e desejos de outras pessoas. Ela é melhor apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. Crianças especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros.

Inteligência intrapessoal - Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações lingüisticas, musicais ou cinestésicas.

Espiritual - É a capacidade de aplicar, nas ações do cotidiano, princípios e valores espirituais, com o objetivo de encontrar paz e tranqüilidade. Envolve a capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com problemas existenciais (perdas, fracassos, rompimentos).

Carlos Drummond de Andrade “E de repente o resumo de tudo é uma chave. A chave de uma porta que não abre Para o interior desabitado no solo que inexiste, mas a chave existe” Carlos Drummond de Andrade

“Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em nova sala. Você pode . Mas, se você vence a dúvida, o medo, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se. Mas, também, tem um preço...São inúmeras outras portas que você descobre. Ás vezes quebra-se a cara, á vezes curte-se mil e uma... Para a vida, as portas não são obstáculos , mas diferentes passagens...” Içami Tiba

“Não haverá existência humana sem a abertura de nosso ser ao mundo, sem a transitividade de nossa consciência.” Paulo Freire

O essencial, então, é “deixar de lado o agir/fazer repleto de repetições e sem criticidade, passo inicial para o risco, para a ousadia. Ousar e partir do que agregamos como significação ao longo de nossa trajetória, arriscar criando/recriando saberes e conhecimentos, indo em busca da interlocução com os/as outros/as, onde objetividade e subjetividade ganham corporeidade e latência.” Reconheço-me como ser que é desejante, que pensa e aprende, mas para ir além preciso do/a outro/a, que deve ser por mim visto também como desejante, pensante, o/a outro/a como único/a e legítimo/a. “Ensinantes e aprendentes autorizando-se mutuamente, sendo autores dos pensamentos que constroem, movidos por seus desejos, em busca de seus processos e movimentos de autonomia, indo além do olhar do/a outro/a para reconhecer a autoria de seu pensamento e produção”. Importante, então, na elaboração de estratégias formativas para os saberes e as práticas na/da diferença no cotidiano escolar, é continuar a ter a percepção que “ensinagem” e “aprendência” como processos de permissão a autoria de pensamentos devem ser compreendidos como necessários ao reconhecimento da alteridade nos diferenciados movimentos de minha práxis, pois devo “não excluir o outro por suas diferenças, mas ao contrário valorizá-las. Para isso é preciso, antes de tudo não auto excluir-se, ou não sentir-se excluído do universo do outro em virtude de nossas próprias diferenças, suportar estar só, ficar consigo mesmo e refletir.”     Um outro modo de ser-e-estar no mundo acaba por ser minha aposta - e proposta - para a necessária reconfiguração de minhas dimensões humanas múltiplas -, pois nos paradigmas emergentes fica cada vez mais claro que é preciso “viver a beleza de ser um eterno aprendiz” como nos ensinou Gonzaguinha. E para viver a beleza de ser um eterno aprendiz é preciso o sabor do saber em rede, que compartilho aqui.