CAPÍTULO 01 FUNDAMENTOS SÓCIO, POLÍTICO E HISTÓRICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL AULA 01 Para compreender o contexto histórico educacional do nosso país; deve-se.

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Transcrição da apresentação:

CAPÍTULO 01 FUNDAMENTOS SÓCIO, POLÍTICO E HISTÓRICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL AULA 01 Para compreender o contexto histórico educacional do nosso país; deve-se atrelar às partes social, econômica e política do mundo na época. A partir do século XVI (1500 em diante) no mundo, os acontecimentos estavam voltados para a Europa, uma vez que resultava a expansão comercial da burguesia enriquecida com a Revolução Comercial. Essa revolução Comercial no mundo, foi o período da mudança do eixo comercial do oceano Mediterrâneo para o oceano Atlântico; ou seja a produção e a troca de mercadorias deixaram de ter caráter de subsistência e a moeda tornou-se primordial da riqueza e das transações comerciais. Ocorre portanto; a substituição da ferramenta pela máquina; a passagem do artesanato manual para produção industrial, surgindo a luta de classes: burguesia ( que detém os meios de produção e o capital) contra os proletários ( mão de obra). ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.

No Brasil o contexto sócio, político e econômico a partir de 1530, encontrava-se o início da colonização, com o sistema de capitanias hereditárias e a monocultura empregada já era a cana-de-açúcar (anterior ao pau-brasil). A nossa economia colonial recorreu-se ao trabalho escravo, inicialmente dos índios, e depois dos negros africanos. Os lucros das plantações ficavam com os comerciantes na metrópole; ou seja com os portugueses, que nesta época tinham o monopólio da produção de açúcar brasileiro; mas as refinarias eram construídas na Holanda, Inglaterra e França; por isso nossa economia era de modelo agrário exportador dependente.

E COMO ENCONTRAVA-SE A EDUCAÇÃO NO BRASIL??? Neste contexto econômico do Brasil, com a plantação da cana-de-açúcar, a EDUCAÇÃO não constituía meta prioritária, já que o desempenho de funções na agricultura, não exigia formação especial. Mas mesmo assim, as metrópoles européias enviaram os religiosos; ou seja os jesuítas (1549) para o trabalho missionário e pedagógico; mas com finalidade mais política do que pedagógica; ou seja primeiramente impedir que os colonos, donos do engenho; se desviassem da fé católica e assim uniformizavam a fé a consciência.

Os jesuítas fundaram vários colégios como: em Salvador, no ano de 1549 uma escola de “ler e escrever” para os filhos dos índios e dos colonos; com separação dos “catequizados” e dos “instruídos”; ou seja para os índios assumiu-se em cristianizar e pacificar; tornando-se dóceis para o trabalho nas aldeias; em contra partida, com os filhos dos colonos podiam se estender além da escola elementar de ler e escrever.

No curso de grau médio, os jesuítas ensinavam latim e gramática para os meninos brancos e mestiços de branco com índio. Nos colégios da Bahia, Rio de Janeiro e São Sebastião eram oferecidos também 2 cursos: de artes e de teologia, já de grau superior. O governo de Portugal apoiava a educação e fazia doações generosas de terra para os jesuítas; pois sabiam o quanto a educação era importante como meio de domínio político, e portanto não intervinha nos planos dos jesuítas.

Nesse contexto histórico do Brasil, portanto a origem das instituições escolares; ou seja o início das escolas no nosso país; pode ser localizada com a chegada dos jesuítas (1549). Nesse período de 210 anos, os jesuítas promoveram maciçamente a catequese dos índios, a educação dos filhos dos colonos, a formação de novos sacerdotes e da elite intelectual, além do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra. Mas os portugueses iniciam as discussões diplomáticas entre Portugal e Espanha sobre fronteiras; posses de terra e eles desobedecem a divisão proposta, ficando então com as Sete Missões e os espanhóis com a colônia do Sacramento; com isso os jesuítas foram expulsos pelo Marquês de Pombal. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.

Com a expulsão dos jesuítas; Marquês de Pombal traz para o Brasil ideias iluministas “significavam o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo; tinham a concepção da valorização do ser humano com a harmonia da natureza, para conhecê-la e dominá-la; era a natureza desvinculada da religião”. Acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante, substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.

Alguns pensadores Iluministas: 1-John Locke1-John Locke ( ), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; da experiência;empirismo 2-Voltaire2-Voltaire ( ), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau ( ), ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; 3-Montesquieu3-Montesquieu ( ), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário;Legislativo 4-Denis Diderot ( ) e Jean Le Rond d´Alembert ( ), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época;Diderot 5-Rousseau ( ), o homem é bom por natureza, a sociedade que o corrompe.

Inspirada nas ideias iluministas (1759) surge a primeira tentativa de se instaurar uma escola pública com as ideias de Igualdade, Liberdade e Fraternidade; portanto estas alterações tiveram repercussão na EDUCAÇÃO; uma vez que não fazia mais sentido atrelar a educação à religião. A EDUCAÇÃO portanto passou: 1- a ser encargo do Estado; 2- com obrigatoriedade e gratuidade do ensino elementar; 3- ênfase nas línguas vernáculas (nativas) em detrimento do latim;

4- orientação prática, voltadas para as ciências, técnicas e ofícios, não mais privilegiando o estudo exclusivamente humanístico; 5- escolas insuficientes e mestres sem qualificação adequada, mal pagos; 6- mestres sem experiências, portanto não conseguiam disciplinar as classes; 7- abusavam da prática de castigos corporais; 8- dualismo escolar, apesar da educação à todos os cidadãos; 9- escolas elementares quase inexistentes dadas aos pobres e o nível secundário às classes privilegiadas; 10- os homens são produto da educação e da sociedade em que vivem; ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.

11- veneravam a ciência, por isso estudaram matemática, ciências naturais (física, química e astronomia). Somente a ciência pode demitizar os mitos, ou seja separar das narrativas bíblicas o essencial de sua forma literária mítica; pois ela explica o funcionamento do Universo; 12- a razão gera ciência e essa gera progresso. O raciocínio é a prerrogativa para o surgimento do conhecimento e este responsável pelo progresso, que se manifesta na tecnologia. Em síntese, as atitudes do Marquês trouxeram para a educação: baixos salários, má formação profissional, má distribuição e aplicação de rendas na educação, deficiência dos modelos pedagógicos; uma verdadeira problematização da educação pela falta de organização estatal.

PERGUNTA-SE: Pra você o período pombalino afeta significativamente o rumo da educação brasileira? Leia mais em: historia-da-educacao-no-periodo- pombalino/38741/#ixzz4GfN6zTwd Leia maishttp:// historia-da-educacao-no-periodo- pombalino/38741/#ixzz4GfN6zTwd em: em-seu-contexto-historico-desafios-da-educacao- publica-brasileira-frente-ao-terceiro- milenio/16486/#ixzz4GfS7RLaNhttp:// em-seu-contexto-historico-desafios-da-educacao- publica-brasileira-frente-ao-terceiro- milenio/16486/#ixzz4GfS7RLaN