Energia e meio ambiente PROF. DR. ALEXANDRE H. DE QUADROS
Consumo energia no mundo O consumo de energia é um dos principais indicadores do desenvolvimento econômico e do nível de qualidade de vida de qualquer sociedade; Ele reflete tanto o ritmo de atividade dos setores industrial, comercial e de serviços, quanto a capacidade da população para adquirir bens e serviços tecnologicamente mais avançados, como automóveis (que demandam combustíveis), eletrodomésticos e eletroeletrônicos (que exigem acesso à rede elétrica e pressionam o consumo de energia elétrica); De 2003 a 2007 a economia mundial viveu um ciclo de vigorosa expansão, refletida pela variação crescente do PIB: 3,6% em 2003; 4,9% em 2004; 4,4% em 2005; 5% em 2006 e 4,9% em 2007,
Figura - Consumo de energia elétrica per capita em 2007.
Gráfco - Participação das diversas fontes de energia no consumo (1973 e 2006) no MUNDO.
Gráfico - Consumo final energético por setor (Mtep) nos anos de 2006 e 2007 no BRASIL.
Geração de eletricidade no Brasil A GERAÇÃO DE ELETRICIDADE no Brasil cresceu a uma taxa média anual de 4,2% entre 1980 e A energia hidráulica foi dominante, uma vez que o Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. A geração vinda do carvão é modesta, pois o país dispõe de poucas reservas e elas são de baixa qualidade. A capacidade instalada de hidroeletricidade é de cerca de megawatts (MW, milhões de watts) e existem 433 usinas hidrelétricas em operação. Essas, 23 têm capacidade maior do que MW e representam mais de 70% da capacidade total instalada. Existe ainda um potencial considerável – cerca de MW ainda não utilizadas, principalmente na região da Amazônia, e, portanto, distante dos grandes centros consumidores do sudeste. O custo de produção de 1 kW em uma usina hidroelétrica é de aproximadamente us$ O potencial para reforma e melhoria das grandes usinas construídas há mais de vinte anos (com capacidades instaladas especialmente entre e MW) é de MW. Isso pode ser obtido a um custo de us$ por kW instalado, sendo, portanto, significativo.
O modelo energético brasileiro O modelo tradicional estabelecido de 1940 a 1960 colocou a produção e distribuição de eletricidade, petróleo e gás sob o controle do governo. Petrobras, Eletrobrás e outras foram criadas para gerir a produção energética e inclusive seriam responsáveis pelo planejamento energético do país. Esta forma de gestão foi eficaz até a década de 80 do século XX, mantendo preços da energia baixo e promovendo o desenvolvimento da indústria, contudo, sérios problemas ocorreram: 1. Tarifas artificialmente baixas para eletricidade, como aliás foi feito com quase todas as tarifas de serviços públicos pelo governo federal num esforço vão de controlar a inflação. 2. O uso político das empresas de produção e distribuição de gás e eletricidade envolvendo gerenciamento incompetente e a construção de inúmeras usinas hidrelétricas para obter benefícios políticos sem os recursos necessários para completá-los, o que garantiria um mínimo de retorno econômico.
O modelo energético brasileiro Como solução na década de 1990 foi promovida a desestatização parcial do sistema: i. Desverticalização da produção/geração, transmissão e distribuição de energia. ii. A introdução de competição na produção/geração, transmissão e distribuição de energia, bem como o livre acesso à rede. iii. Adoção de agencias reguladoras independentes e privatização das empresas públicas.
Bibliografia José Goldemberg e Oswaldo Lucon. Energia e meio ambiente no Brasil. Estudos Avançados, vol.21 no.59, Disponível em: ANEEL. Energia no Brasil e no mundo.