Perfil da morbimortalidade brasileira

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Transcrição da apresentação:

Perfil da morbimortalidade brasileira Profª Vanessa Mesquita Ramos

Por que é importante conhecer o perfil da morbimortalidade?

Por que é importante conhecer o perfil da morbimortalidade? Refere-se à incidência das doenças e dos óbitos que incidem em uma população.

Perfil Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), há uma alta morbimortalidade relacionada às violências e aos acidentes de trânsito entre jovens até os 40 anos. Acima desta faixa, uma alta morbimortalidade relacionada às doenças do aparelho circulatório, como o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC)

De acordo com o Censo de 2010, 10% da população brasileira apresentava mais de 60 anos, o que significa mais de 20 milhões de pessoas (IBGE, 2010). Expectativa de vida e Taxa de fecundidade

Transição Epidemiológica Evolução da mortalidade segundo grupos de causas no Brasil*, 1930 a 2000 Mortalidade D. Infecciosas e Parasitárias: 46% em 1930, 5% em 2001 D.cardiovasculares: 12% em 1930, 31% em 2001 Fonte Barbosa da Silva e cols. In: Rouquairol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003 pp. 293. * Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais

Coeficiente de mortalidade das seis principais causas de óbito em Fortaleza, no período de 2000 a 2009. Fonte:SMS/Célula de Vigilância Epidemiológica

Características Epidemiológicas Fonte: SIM/DATASUS

Características Epidemiológicas Fonte: SIM/DATASUS

Impacto das Causas Externas no Perfil da Mortalidade em Fortaleza, 2009 - Quedas Suicidios ATT 7125 55,5% homens 12828 óbitos 5703 44,5% mulheres 1548 12,8 % Causas externas 276 17,8% 1306 84,4 % 242 15,6% Óbitos totais 709 45,8 % 186 12,0% Agressões 99 6,4 % (*) Dados parciais Coletados em 13/05/2010 Fonte: SMS/Célula de Vigilância Epidemiológica

Causas externas As chamadas "causas externas" ou, como preferem alguns, "causas não naturais"ou "causas violentas", englobando, segundo definição internacional os acidentes e as violências.

Doenças Cardiovasculares Entre as causas de morte e hospitalização por doenças cardiovasculares (DCV) destacam-se as síndromes coronarianas agudas (SCA), incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM) e a angina instável (AI). Com os avanços no tratamento das SCA, a mortalidade por IAM nos estudos observacionais caiu de 30% na década de 1950 para menos de 5% nos registros mais recentes em países desenvolvidos e até mesmo na rede privada em nosso País. O tratamento moderno do IAM depende do uso de terapias de reperfusão, do rápido acesso aos serviços de saúde e do uso de medicações específicas com benefício comprovado.

Acidentes de trânsito O número de acidentes terrestres provocados por motocicletas tem aumentado consideravelmente de 2000 a 2007, bem como de ocupantes de automóveis, tornando-se um problema de saúde pública que extrapola os limites de atuação do próprio setor Saúde, pela necessidade de articulação e desenvolvimento de políticas intersetoriais de promoção e prevenção da saúde, especialmente neste contexto de doenças e agravos por causas externas.

Tendo-se em vista esta tripla carga de doenças, é importante a implementação da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE), de forma a articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna, em todo o território nacional, respeitando-se os critérios epidemiológicos e de densidade populacional.