Estado do Rio Grande do Sul

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Transcrição da apresentação:

Estado do Rio Grande do Sul Avaliação de Impacto de Políticas Públicas: uma experiência com o projeto Inverno Gaúcho Leonardo Maranhão Busatto Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul Junho 2010

Estado do Rio Grande do Sul Introdução Infecções Respiratórias Agudas (IRAs): 4% dos óbitos entre as crianças com menos 1 ano, no RS. Pneumonia: 8% da demanda por doenças respiratórias dos ambulatórios de pediatria. 50% dos óbitos por IRA. Quarta causa de morte em menores de 1 ano. 2005 – implantação do Projeto Inverno Gaúcho (PROIG): atendimento de pacientes em razão de IRA foco na atenção à criança menor de 5 anos

O projeto Inverno Gaúcho Estado do Rio Grande do Sul O projeto Inverno Gaúcho Composto por um conjunto de ações : Abertura do terceiro turno de atendimento em postos de saúde (até as 22h) Fornecimento de kits de medicamentos Capacitação de técnicos das CRS que são responsáveis pela multiplicação das informações das Normas Técnicas e Operacionais (NTO) para rede básica municipal Ações de educação com foco nas doenças de inverno através dos meios de comunicação. O principal indicador para avaliação do impacto do PROIG: Taxa de Internação por Infecção Respiratória Aguda (IRA) em menores de 5 anos.

Evolução do número de municípios participantes Estado do Rio Grande do Sul Evolução do número de municípios participantes Número de municípios participantes do PROIG e participação percentual em relação ao total dos municípios do RS – 2005-2008 Ano Número de municípios Percentual em relação ao participantes Total de Municípios do RS 2005 346 69,8 2006 314 63,3 2007 274 55,2 2008 292 58,9 Fonte: SES-RS

Estado do Rio Grande do Sul Metodologia Estatísticas descritivas: diferenças de médias entre participantes e não do PROIG. Regressões multivariadas – variável dependente: taxa de internação por IRA no momento posterior ao PROIG menos a mesma taxa no momento anterior ao PROIG. Estratégia da diferença da diferença: PROIG (=1) Não PROIG (=0) (Int IRA2005-Int IRA2004) - (Int IRA2005-Int IRA 2004)

Estado do Rio Grande do Sul Metodologia Após uso de análise multivariada, usou-se técnica do pareamento. Pareamento: identificar quais unidades não tratadas (municípios que não aderiram ao PROIG) são similares às unidades tratadas (municípios que aderiram ao PROIG). Através de uma regressão logística, estimando a chance de participar, cada município (entre participantes e não do projeto) tem um escore. Escores similares ficam na amostra.

Variáveis independentes Estado do Rio Grande do Sul Variáveis independentes Nº de leitos pediátricos e UTI pediátrica (2003 até 2008) Consultas pré-natal (2003 até 2008) Cobertura vacinal até 1 ano de idade (2003 até 2008) Número de crianças com baixo peso ao nascer Presença de Programa de Saúde da Família Presença do Programa Viva Criança Presença do Primeira Infância Melhor Nº de leitos Recursos financeiros transferidos aos municípios Taxa de fecundidade População total Taxa de urbanização IDESE

Número de internações somente Estado do Rio Grande do Sul Resultados Número de internações por IRA nos municípios do RS - 2004-2008 Ano Número de internações por ano Número de internações somente nos meses do PROIG 2008 25.831 9.843 2007 29.683 10.985 2006 31.281 11.021 2005 31.298 11.804 2004 38.286 13.806 Fonte de dados brutos: SIH-DATASUS-MS

Análise Descritiva Aderiu em 2005 N Média da diferença Desvio padrão Estado do Rio Grande do Sul Análise Descritiva Diferença de médias da diferença 2005-2004 entre participantes e não participantes do PROIG Aderiu em 2005 N Média da diferença Desvio padrão Erro padrão txin0504 1 Sim 346 -0,8474 3,57921 0,19242 0 Não 150 -0,9732 4,84119 0,39528 P=.64

Análise Descritiva Aderiu em 2008 N Média da diferença Desvio padrão Estado do Rio Grande do Sul Análise Descritiva Diferença de médias da diferença 2008-2004 entre participantes e não participantes do PROIG Aderiu em 2008 N Média da diferença Desvio padrão Erro padrão txin0804 1 Sim 292 -1,3711 4,66345 0,27291 0 Não 204 -0,9776 4,89570 0,34277 P=.36

1 sempre esteve no programa Estado do Rio Grande do Sul Análise Descritiva Diferença de médias da diferença 2008-2004 entre participantes durante todos os anos do PROIG e aqueles que nunca participaram Constância na adesão N Média da diferença Desvio padrão Erro padrão txin0804 1 sempre esteve no programa 214 -1,0744 3,90961 0,26726 0 nunca esteve 107 -1,1728 5,02862 0,48613 P=.84

Estado do Rio Grande do Sul Análise multivariada Modelos de impacto (análises de regressão multivariadas), para cada ano do PROIG, foram muito pouco explicativos. Comparando os anos do PROIG entre si: a variável que mede o impacto do programa não se manifestou significativa em nenhuma das comparações. Impacto do PROIG no ano de 2008 comparado com o ano base 2004 – Em média ele é muito pequeno Confronto entre aqueles que nunca participaram e aqueles incluídos em todos os anos do PROIG. Tal análise também não apontou tendências expressivas de impacto.

Análise com pareamento Estado do Rio Grande do Sul Análise com pareamento Taxas de internação 2005 para participantes e não, antes e após pareamento (n=435) Variável Amostra No PROIG Fora do PROIG Diferença erro padrão T-stat tax_in05 Não pareado 4,62049 4,61059 0,00990 0,42131 0,02 Pareado 4,68229 4,20513 0,47716 0,73612 0,65

Análise com pareamento Estado do Rio Grande do Sul Análise com pareamento Taxas de internação 2008 para participantes e não, antes e após pareamento (n=487) Variável Amostra No PROIG Fora do PROIG Diferença erro padrão T-stat tax_in08 Não Pareado 4,31585 4,26199 0,05386 0,33654 0,16 Pareado 4,35300 4,71974 -0,36675 0,54662 -0,67

Considerações Finais: Sugestões Estado do Rio Grande do Sul Considerações Finais: Sugestões Incluir novas variáveis independentes, tais como clima Conhecer condições de adesão dos municípios ao projeto: avaliação de processo Reforçar supervisão Aprimoramento do banco de dados Nova avaliação: IRA em população idosa Incluir mês de setembro no projeto

Considerações Finais: Limitações do Estudo Estado do Rio Grande do Sul Considerações Finais: Limitações do Estudo Projeto não foi desenhado para ser avaliado Falta de dados atualizados em termos de características sócio-demográficas Limitações da variável taxa de internação: nem sempre internações seguem critérios inteiramente técnicos

Considerações Finais: Contribuições Estado do Rio Grande do Sul Considerações Finais: Contribuições Presença de técnicos na área da saúde, finanças, economia, sociologia, estatística e administração, bem como de uma consultora externa. Interdisciplinaridade. Caráter interinstitucional do trabalho, pois ele foi construído com a colaboração de três órgãos públicos: Secretaria da Saúde, Secretaria da Fazenda e Fundação de Economia e Estatística.

Leonardo Maranhão Busatto Estado do Rio Grande do Sul Obrigado Leonardo Maranhão Busatto leonardo.busatto@sefaz.rs.gov.br www.sefaz.rs.gov.br