GESTALT TERAPIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL
Advertisements

QUAIS AS POSSÍVEIS CAUSAS? QUANDO PODE COMEÇAR A GAGUEZ?
O Início da Comunicação
TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA
2.° Bimestre/ A criança, a Natureza e a Sociedade. 2. Objetivos
Prof.a Andréia Chagas Pereira
O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
Os Conflitos e Questões Mais Importantes da Adolescência
VALORES DA CONVIVÊNCIA NA VIDA PÚBLICA E PRIVADA
Os tipos de comportamento no meio social
Pressupostos básicos GESTALT: configuração
Abordagem individual/grupal centrada na pessoa
Aprendizagem Significativa
Projeto Educar para a vida
SEMINÁRIO REABILITAÇÃO NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
A escola sustentável: apresentação da proposta aos professores da escola Zavaglia (09/02/2012)
ARTE NO COTIDIANO ESCOLAR
O Poder da Ilusão Darryl Anka.
SISTEMA HUMANISTA Abraham Maslow Carl Rogers –1987.
O Ensino de Ciências e suas Relações com o Contexto Social
Sensibilização das Famílias e Comunidades para o Desenvolvimento da Primeira Infância 1 1.
Do Outro Lado da Cerca Letícia Thompson.
Diagnóstico do Problema de Aprendizagem
Seminário - Gestalt terapia
DINÂMICA DE GRUPO?.
Desempenho Escolar: Causas... Consequências... Possíveis Soluções...
Características da criança: perspectivas teóricas
BRINCAR O DESPERTAR PSICOMOTOR
CONCEITOS, BENEFÍCIOS E TIPOS DE ATIVIDADES LÚDICAS
DOMINIO CURSOS ONLINE CAPACITAÇÃO A DISTÂNCIA.  A base do aprendizado da criança é a sociointeração. Quando ela é exposta em contato com outras crianças,
O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
REUNIÃO DE PAIS Pré – escola I
O quê. Por quê. Para quê. Para quem. Com o quê. Com quem. Onde. Como
NH Fator FIB ® Indicador de Felicidade e Bem Estar. Perfil Biográfico Profissional Com base na análise de seu inventário o FATOR NH® reconheceu os seguintes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Metodologia Ensino e Estágio de Língua Portuguesa III
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II HABILIDADES TÉCNICAS DE ENSINO
O BRINCAR E A BRINCADEIRA
Construindo uma competência específica da prática docente na Educação Infantil a partir das idéias de Terezinha Rios “Fazer um trabalho competente, ser.
MODELO ECOLÓGICO DO DESENVOLVIMENTO
Atenção professores: Ou nos desacomodamos e seguimos rumo a mudança para educação ou façamos como o avestruz. Por quê? Porque dentro da atmosfera de educação.
ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
JEAN PIAGET Jean Piaget revolucionou as concepções
(A psicologia da Forma)
Organização do espaço e do tempo na Educação Infantil
Gestaltismo ..
CONTRIBUIÇÕES DA GESTALT AO ESTUDO DA PERSONALIDADE
O BRINCAR.
Bruna Luiza Gil Saia - Terapeuta Ocupacional
Conceitos básicos do Aconselhamento não-diretivo
UNIP AHP Profa. Msc. Carolina Brum Abril/ 2011
TRABALHANDO COM A PERCEPÇÃO
CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE TERAPIA OCUPACIONAL Recife-PE 2010 Fragmentos da Liberdade: a experiência psicossocial com adolescentes atores de ato infracional.
JOGOS E BRINCADEIRAS Débora Cristina Assmmann de Moura
ONDE COMEÇA A PAZ? Profa. Dra. Denise Gimenez Ramos
O QUE Relacionados às necessidades das crianças de educação e cuidado
ciência empenhada em compreender e explicar as reações humanas””””.
A ABORDAGEM GESTÁLTICA
O BRINCAR: Uma exposição teórica Winnicott
A Relação Terapêutica Empirismo colaborativo
Formulação de casos Prof. Márcio Ruiz.
REAÇÕES EMOCIONAIS DIANTE DO SOFRIMENTO / MORTE
Potencializando a Aprendizagem “Só há ensino se houver aprendizagem” Prof. Abel Ardigó.
VISÃO INTERACIONISTA DO JOGO: PIAGET E VYGOTSKY
Aprenda a usar sempre um vocabulário positivo “Palavras são Sementes”
Conceituação Cognitiva
CRIATIVIDADE Quando ocorreu a sua última idéia criativa? ( ) Nesta Manhã ( ) Ontem ( ) Na semana passada ( ) No mês passado ( ) No ano passado Qual foi.
Diferenciação e Dialética das Polaridades  Início do processo de formação de Gestalt: ponto de indiferença criativa  Abertura  possibilidades criativas.
Transcrição da apresentação:

GESTALT TERAPIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Profa. Marta Regina Cemin PUCRS

Os conceitos teóricos da Gestalt são utilizados para compreensão de todo o processo psicoterapêutico

A figura-fundo Observada nos aspectos qualitativos da relação; Nos desenhos e outras produções como por exemplo, a argila e massinha; Nas brincadeiras, nos jogos, na utilização de fantoches; E um processo dinâmico e fluido durante todo o atendimento;

A criança e o adolescente são vistos como seres integrais no lugar de fragmentados – são totalidades dentro de totalidades; Todos os sistemas retro alimentam-se e estão em interação; orgânicos, cognitivos, comportamentais,sociais, emocionais, históricos culturais, geográficos; Uma parte afeta a outra. O olhar deve ser sempre para o contexto.

As interrupções de contato Que tipo de interrupção a criança faz para impedir o contato com ela mesmo e com os outros e consequentemente deixando de lado suas necessidades? Deflete? Conflui? Projeta? Introjeta? Retroflete? Estas interrupções devem ser identificadas e trabalhadas na própria relação com a criança ou adolescente.

Ajustamento criativo A tendência a auto-regulação ocorre em todo o ser humano. Os ajustamentos criativos ocorrem na fronteira do contato. É através de seus ajustamentos criativos com o meio que a criança vai desenvolvendo-se. Os sintomas são vistos como ajustamentos criativos não saudáveis. Que tipos de ajustamento criativo essa criança tem feito para sobreviver? Quais os sintomas e a compreensão deste sintoma como um ajustamento?

Self e self-support Self é uma integração: sentidos, corpo e intelecto.É uma maneira do ser estar se relacionando todo o tempo com o mundo. Self-support é o conjunto de ferramentas que o indivíduo necessita para desenvolver a capacidade de resolver seus problemas eficazmente. é alcançado quando a criança ou o adolescente aprendem a utilizar todos os meios que tem no momento a sua disposição e assim começar no aqui-e-agora e nele permanecer. Cada solução resolvida torna a próxima solução mais fácil, pois toda solução aumenta o self-support. .

Visão de campo A família participa da psicoterapia, uma vez que a gestalt é contextual. Em outras palavras, a família e outros sistemas fazem parte da problemática da criança.

O gestalt terapeuta Vai estar atento a qualquer interrupção do contato. Vai aumentar a consciência da criança e do adolescente em relação as suas potencialidades, dificuldades e sentimentos. Vai interferir e propor técnicas de acordo com o momento, sendo mais ativo no campo experencial. A partir de um foco pode propor um trabalho específico de modo a criança encontrar um meio de expressão. Usa recursos de fantasia dirigida, sensibilização, desenho e outros. A relação é seu principal instrumento de para criar a atmosfera necessária para a mudança.

O terapeuta Necessita ter preparo, conhecimento e sentido intuitivo, criativo e fluido. Gostar de crianças e adolescentes. Perceber suas próprias reações.

“Cabe a mim abrir as portas para seu mundo interior” Violet Oaklander

Sobre os recursos Algumas crianças dirigem seu processo e não há a necessidade de propor algum tipo de experimento. Outras necessitam métodos para expressão de sentimentos, para ter claro suas escolhas, para construir ferramentas e também para aliviar seu sofrimento. As técnicas objetivam ampliar a consciência da criança, despertando seu potencial criativo.

Na ludoterapia gestaltica A projeção A maioria dos recursos utilizados na gestalt terapia infantil e de adolescentes estimulam a projeção. Provem do interior da criança ou adolescente. Daquilo que sabemos sobre nós mesmos. Conta histórias sobre nosso senso de eu.

A criança revela nas brincadeiras e outros recursos Fantasias Ansiedades Temores Situações evitadas frustrações Padrões de organização Manipulações Impulsos Resistências Ressentimentos

Culpas Desejos Vontades Necessidades Sentimentos As vezes a projeção no brinquedo é a única maneira da criança se abrir.

“Ela pode dizer para a boneca algo que jamais diria para mim”. O simbolismo pode substituir as palavras. Quando a criança brinca é como se tivesse em auto-terapia.

No brinquedo observar O processo da criança quando brinca. Como se aproxima do material? O que escolhe? O que evita? Qual seu estilo em geral? Há dificuldade em passar de uma brincadeira para outra? É organizada ou desorganizada? Qual o conteúdo? A habilidade de contato da crianças enquanto brinca. Está em contato quando brinca?

O terapeuta durante a brincadeira.. Aproveita a própria brincadeira e dirige o foco da criança para seu processo (reflexo) “Você gosta de fazer isto devagar”. “Você gosta de animais”. Dirigir a consciência da criança para emoções sugeridas através da sua forma de brincar. “Você está zangado”. Observa corpo, gestos, voz, insinuações e comentários. Pode propor que se identifique com partes da brincadeira. A partir da brincadeira propor alguma técnica.

Exemplos de técnicas Desenho de rabisco Desenho da família Desenhar sentimentos Desenhar emoções Brincar dos contrários Cadeira vazia Brincadeiras que possibilitem a abertura das funções do contato olfativo, visual, auditivo e sinestésico Etc...

Cuidar para não interromper o fluxo da criança; esperar uma pausa no lugar de interromper. Quando o terapeuta está em contato saberá a hora de interromper. Violet Oaklander

REFERÊNCIAS OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças. São Paulo: Summus, 1980. AGUIAR, Luciana. Gestalt-terapia com crianças: teoria e prática. Editora Livro Pleno,2005.