DZIGA VERTOV.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Eisenstein x Bazin Formalismo x realismo.
Advertisements

Festival Anima Mundi Anima mundi (latim) – “alma do mundo”
Teorias dos Processos de Criação em Artes e Mídias
ANÁLISE FÍLMICA Ensaio sobre a Análise Fílmica, Vanoye e Goliot-Lété
POP ARTE.
TEATRO DRAMÁTICO.
TEATRO ÉPICO TEATRO ÉPICO.
Definições de Roteiro “Eu comparo o roteirista a uma mãe de aluguel. Seu trabalho é conceber, gerar, parir e depois entregar o bebê para o diretor criar.
BEM-VINDO À DISCIPLINA
Ensaio: documentários sobre arte
AUTORA: PROFESSORA DENYSE PETTERLE MANFROI
Wassily Kandinsky Expressionismo Este trabalho é dedicado,
Como a Criança Pensa Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves.
INSTRUÇÕES DE COMO CRIAR VÍDEOS Gilberto Caron
ESTRATÉGIAS DE MARKETING E LIMITES DA COMUNICAÇÃO
Do Meio Natural ao Meio Técnico-Científico e Informacional
AS VANGUARDAS EUROPEIAS
A sessão tem início às 17H Verificar se tem a opção “Unmute” activada. Se o ícone de áudio, disponível no menu do canto superior direito, estiver.
Teologia Fundamental 1 Pe 3, 15: “(Estai) sempre dispostos a dar resposta a todo aquele que vos pedir a razão da vossa esperança”. - Sempre: uma tarefa.
Como ler uma imagem Análise da Imagem.
Eras Culturais – por Lucia Santaella
Programação do dia Linguagem poética e suas características – Miriam Mermelstein Intervalo Retomada do “Violino e o Cigano” - Maria José Nobrega e Alfredina.
TÉCNICO EM CONTABILIDADE SUBSEQUENTE
Fotos: TUDO BRANCO Texto: FELICIDADE.
Correção - Página 22 O que eu sei? O que eu descobri...
Imagem Paralela e Imagem Acústica
Curso Direito à Memória e à Verdade
O Elefante Acorrentado
Pastoral da Comunicação
Cap. 13. Linguagem do cinema
T iteenchallenge.org 1 DESAFIO JOVEM VALORES FUNDAMENTAIS Passos Seguintes.
Paulo Freire Elaboração: Helena Oliveira Neves
Breve história da fotografia
Federação Espírita do Paraná
Biografia de Wassili Kandinsky
Origem da Linguagem Aula introdutória
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
O QUE É FILOSOFIA ?.
O Elefante Acorrentado
Eliane de Medeiros Ramalho O Audiovisual na Educação: Recepção e Produção Núcleo de Tecnologia Educacional RJ10 – São Pedro da Aldeia – RJ Coordenação.
Anos 80 Os artistas que se descaram nos anos 80 se expressaram através dos meios consagrados: pintura, desenho, gravura e escultura, caracterizando uma.
ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC TUTORA: MARIA APARECIDA CRIVELLI
Fotos: TUDO BRANCO Texto: FELICIDADE.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
ENSINO MÉDIO INOVADOR ARTE – PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS e ARTE - CINEMA E VÍDEO O ARTIGO 26 DA LDB 9394/96 NO SEU PARÁGRAFO SEGUNDO MENCIONA QUE “O ENSINO.
Cinema História do Cinema.
ORALIDADE E ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Algoritmos e Programação I
Audiovisual: Foto e vídeo como linguagem
Animações quadro a quadro
NTD – 3ª ETAPA 9º ano - Redação
CONSPIRAÇÃO ESPIRITUAL.
ANTROPOLOGIA SUZIENE DAVID Micronarrativa Seqüência de Imagens/Movimento em um Único Take Uso de Imagens Fixas – Fotografia em Preto e Branco Ausência.
PROF. FABIO AGUIAR PLANEJAMENTO GRÁFICO PRODUÇÃO DE VÍDEO.
O Modelo GOMS Fornece um modelo de Engenharia para a performance humana, capaz de produzir predições a priori ou em um estágio anterior ao desenvolvimento.
PROJETO “O CINEMA VAI À ESCOLA”
Coordenadora: Eliana Magalhães
PROGRAMA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA – PAIC EIXO EDUCAÇÃO INFANTIL
O cinema na vida de cada um
Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 02 A organização do conhecimento: uma visão holística e fenomenológica de como as pessoas usam e produzem informação.
TIPOS DE DOCUMENTÁRIO Bill Nicholls.
DOCUMENTÁRIO E COMUNICAÇÃO CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES TELEJORNALISMO III PROF. ILKA GOLDSCHMIDT PONTOS PARA DISCUSSÃO.
ORATÓRIA.
“El culto al auteur” em Teorías del cine. De Robert Stam. Barcelona, Buenos Aires e México, Paidós, 2001.pp
Desenvolvimento Cognitivo e Social na Segunda Infância
Futurismo Que olha lá na frente. Valorizavam o futuro
Estética Antiga Objetivos do texto:
PARNASIANISMO PORTUGUÊS CAM 242 IFRJ LOUYSE FREIRE THALES SOARES PABLO DOS SANTOS MATHEUS RODRIGUES.
Ilusões de Óptica. Algo parece mover-se nesta imagem:
Transcrição da apresentação:

DZIGA VERTOV

Biografia Dziga Vertov, nascido Denis Arkadievitch Kaufman, (Bialystok, Rússia, 2 de janeiro de 1896 — 12 de fevereiro de 1954), cineasta, documentarista e jornalista, é o grande precursor do cinema directo na sua versão de cinema verdade. Ainda muito jovem, Vertov começa a escrever poemas e estuda música durante quatro anos. Com 19 anos, começa a estudar medicina, na mesma época em que cria o "laboratório do ouvido“, onde registra e monta ruídos de todo o tipo com um velho fonógrafo Pathéphone.

Biografia Denis Arkadievitch Kaufman ou Dziga Vertov, pseudônimo escolhido pelo próprio cineasta logo no início de sua carreira, nasceu em Bialysto (Polônia)

Contribuição cinematográfica O seu filme "Um Homem com uma Câmera" é um marco na história do cinema, como documentário reflexivo (Bill Nichols). Filma o cotidiano de cidades russas, principalmente Moscovo (Moscou), com criatividade e lucidez. Planos pensados e repensados, a passagem de um simples fotograma a complexa estrutura narrativa mantendo a intenção poética são, por si sós, uma aula de cinema. Para associar o olho humano ao da câmera, usa por exemplo planos de uma persiana, numa metáfora da retina, do diafragma da objectiva, do cinema-olho, capaz de apreender o real.

Contribuição cinematográfica Dziga Vertov foi um dos primeiros cineastas russos a usar técnicas de animação e desenvolver certos princípios fundamentais da montagem no cinema. Estabeleceram o ABC das linguagem cinematográfica. Para Vertov a montagem é a alma do filme, o motor da sua estética e do seu sentido. O trabalho de Dizga Vertov foi fundamental para o desenvolvimento da construção dramática e melhoria do cinema e para o surgimento do cinema direto nos anos sessenta, com o desenvolvimento das técnicas de filmagem com câmaras leves com som síncrono.

Contribuição cinematográfica Mas tal como Vertov já definira para o cinema, temos também na hipermídia mais uma expansão da incompletude do olhar humano. No filme de Vertov, janelas e portas abrem e fecham, expressando o quanto há de complexo no jogar de estruturas elementares das ações cotidianas. O olhar humano revela algo de sua essência a partir do olhar no trem, tudo se movimenta a nossa volta como que numa mistura entre imagem fotográfica e seqüência de fotogramas. O trem permite a passagem da fotografia para o cinema. O olhar do homem com uma câmera não imita, simplesmente, o mundo, mas revela uma face até então não conhecida por nenhuma outra arte.

Contribuição cinematográfica Como juntar pedaços aparentemente desconexos de imagens e sons e construirmos sentidos que vão além dos pedaços isolados.

Filmologia 1919 Kino Nedelia, A Semana no Cinema 1919 Aniversário da Revolução 1922 História da Guerra Civil 1924 Brinquedos Soviéticos 1924 Cine-Olho 1925 Kino-Pravda 1926 A Sexta Parte do Mundo 1928 O Onézimo 1929 Um Homem com uma Câmera (br) O Homem da Câmara de Filmar (pt) 1931 Entusiasmo (Sinfonia de Donbass) 1934 Três Canções para Lênin 1937 Memórias de Sergo Ordjonikidze 1938 Três Heroínas 1944 Nas Montanhas de Ala-Tau 1954 Notícias

Três cânticos para Lênin - toma como tema três canções populares inspiradas por Lênin. Mostra diversos aspectos da União Soviética, das regiões européias e asiáticas. É o filme em que Vertov pode por em prática com mais perfeição todas as teorias produzidas desde os anos 20, sobretudo acerca da montagem de imagens e sons. Vertov usa da melhor maneira, neste filme, materiais de arquivo, principalmente aqueles que registram as imagens e a voz de Lenin.

Apesar de O homem com a câmera de filmar ser um dos filmes mais montados da história do cinema, os 1692 planos estão repletos de improvisos que só foram possíveis graças às qualidades vertovianas de formação do que poderíamos chamar de bancos de cenas. Vertov dava uma importância primordial para estas etapas anteriores a filmagem, preocupação que se prolongava até o momento da montagem. Bancos que também se transformam em protagonistas do filme. Como se o filme, assim como o próprio homem-câmera, também falasse de si mesmo e da sua relação com a montagem.