Causas Obstétricas e Mortalidade Neonatal

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Transcrição da apresentação:

Causas Obstétricas e Mortalidade Neonatal Isabel C E Sorpreso

? Que risco Gestação de Alto Risco Identificação de

Identificação da gestação de alto risco...

Anamnese/ Pré Natal

CAUSAS MATERNAS RISCO NEONATAL ? Doenças maternas pré-existentes - HAS - Diabetes INTERCORRÊNCIAS DA GESTAÇÃO - Pré-eclâmpsia - SFA (DPP, PP) - Prematuridade - SFC (RCU) - Diabetes gestacional - RPM GEMELARIDADE - INFECÇÕES INC. CERVICAL

Causas de morte materna

Prematuridade

PARTO PREMATURO Obstétricos Sangramentos de 2o e 3º T Incompetência cervical Gestação gemelar Prematuridade anterior RPM PARTO PREMATURO Epidemiológicos Sócio-econômico Infecções Desnutrição Estresse Tabagismo Drogas Ginecológicos Amputação cervical Colo curto Malformações uterinas Miomas

Predição primaria: Fatores de risco Nivel socio-economico Baixo nivel socio-economico esta associado ao parto pretermo Fatores de risco Papiernik & Kaminski. J Perinat Med 1974; 2:30 Berkowitz & Papiernik. Epidemiol Rev 1993;15:414 Goldenberg et al. Am J Public Health 1998; 88:233 Socio-economicos Baixo peso materno Nivel socio-economico Idade materna Etnia Baixo peso materno e baixa estatura Estudos demonstram clara associacao entre BP e parto pretermo Papiernik & Kaminski. J Perinat Med 1974; 2:30 Berkowitz & Papiernik. Epidemiol Rev 1993;15:414 Analises multivariadas nao confirma BP materno com importante fator de risco em brancas Goldenberg et al. Am J Public Health 1998; 88:233 Grupo Etnico Pacientes negras tem risco de parto pretermo 2 vezes maior que as brancas Goldenberg et al. Am J Public Health 1998; 88:233 Berkowitz & Papiernik. Epidemiol Rev 1993;15:414 Papiernik et al. Med Hypotheses 1990;33:181 Na Franca, as taxas de parto prematuros sao maiores entre as francesas nascidas nas ex-colonias do Caribe, India e Africa Zeitlin et al. BJOG 2004; 111:849

Predição primaria: Fatores de risco Parto pretermo previo Mais importante fator de risco de prematuridade Aumenta c/o numero de eventos previos A idade gestacional tende a se repetir O ultimo evento e o preditor Fatores de risco Historico Papiernik & Kaminski. J Perinat Med 1974; 2:30 Berkowitz & Papiernik. Epidemiol Rev 1993;15:414 Goldenberg et al. Am J Public Health 1998; 88:233 Partos pretermos anteriores Perdas fetais anteriores Paridade Intervalo intra-parto Historia familiar Conizacao e anomalias Mulleriana Fertilizacao “in vitro” Paridade e intervalo inter-parto Resulatdos sao contraditorios Subgrupos de nuliparas e grandes multiparas tenham maior risco. Goldenberg et al. Am J Public Health 1998; 88:233 Abortos anteriores Estudos nao revelaram abortos anteriores, espontaneos e/ou eletivos, aumentam o risco de parto pretermo Tres ou mais abortos aumentam o risco. Berkowitz & Papiernik. Epidemiol Rev 1993;15:414 Goldenberg et al. Am J Public Health 1998; 88:233

PREVENÇÃO DA PREMATURIDADE PLANEJAMENTO PRÉ-CONCEPCIONAL SITUAÇÕES DE RISCO Idade materna: extremos etários Estado nutricional inadequado Uso de tabaco, álcool ou drogas ilícitas Desequilíbrio emocional por stress / fatores ambientais Infecções geniturinárias Doenças maternas (Diabetes, HA, etc...)

Diabetes

Histórico – Diabetes pré-gestacional 1970-1990 1922 presente 1922 - 1930 1930-1970 Fase pré- insulínica Insulina R Dieta internação Insulina N Cesareas eletivas corticoterapia Prevenir MF e macrossomia Cuidado neonatal Evitar a gravidez Mortalidades 50% neonatal 30% materna Menos complicações maternas Óbitos fetais tardios Complicações neonatais Infecções maternas Cetoacidose Obitos fetais tardios Internações Controle glicemico rigoroso Monitorização fetal INSULINA Banting e cols. Preocupação com as complicações a longo prazo para mãe e feto

Diabetes Melito Pré-Gestacional Consulta pré-concepcional AVALIAÇÃO DE RISCOS MATERNOS E FETAIS Progressão/piora da doença Nefropatia (microalbuminúria, proteinúria) Retinopatia (fundo de olho) Malformações fetais (Eco fetal, morfológico) ADA - American Diabetes Association, 2007

Diabetes Gestacional

Incidência Ministério da Saúde: 7% Diabetes Melito tipo 1: 0,5% Diabetes Melito Gestacional: 10% Clínica Obstétrica HCFMUSP Ministério da Saúde: 7%

COMPLICAÇÕES NEONATAIS Morbidade DMG não tratada DMG tratada RR Hiperbiirrubinemia 29 12,5 % 2,0 – 2,5 Hipoglicemia 15 – 25 % 9% 2,5 Desconforto respiratório 31 % 3 % Dependente da IG no parto Hipocalcemia 50 % 5 % 10,0 Macrossomia 15 – 45 % 5 – 15 % 3,0 Distocia de ombro 0,6 – 2,0 % 0,3 – 0,5 % 2,0 – 4,0 Moore TR, 2007 Hunter DJ, 1993

TAXAS DE MORTALIDADE COMO REDUZIR?

São cinco princípios que caracterizam a implementação bem sucedida na REDUÇÃO da Mortalidade e MELHORAR índices saúde (PAHO): Incorporação da SAÚDE MATERNO como prioridade (LINHA DE CUIDADO GESTANTE PUERPERA); Foco em iniciativas eficazes (QUICK WIN); Promoção local; Maximizando a eficiência e utilização dos recursos disponíveis ( PROTOCOLOS CLINICOS e ASSIST); criar um sistema de responsabilidade nacional (REDE CEGONHA)

? Estratégias com melhores índices: expande o acesso a vários métodos contraceptivos, cuidados pós-aborto, SERVIÇOS OBSTÉTRICOS DE EMERGÊNCIA CUIDADOS ESPECIALIZADOS NO PARTO E PUERPÉRIO

LINHA DE CUIDADO GESTANTE PUERPERA Levantamento das Instituições que registraram óbitos no Estado de São Paulo (PROMOÇÃO LOCAL) Elaboração e entrega Protocolo de Identificação de Gestação de Alto Risco Revisão do Curso 2011 com foco NO PARTO E URGÊNCIAS OBSTÉTRICAS Participação na REVISÃO MATERIAL NOTA TÉCNICA SÍFILIS CONGÊNITA (CRT_AIDS) Desenvolver estratégias do PARTO SEGURO (INCENTIVO PRÊMIO)

OBRIGADA