Da crise ao crescimento: a experiência do Brasil MINISTRO GUIDO MANTEGA Rio de Janeiro, 07 de julho de 2004 II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FUNDOS DE PENSÃO.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Contas Externas Brasileiras Carlos Thadeu de Freitas Gomes Seminário APIMEC 40 anos Rio de Janeiro, 17 de Maio de
Advertisements

SETOR EXTERNO DA ECONOMIA BRASILEIRA
Seminário A Evolução Recente do Sistema Financeiro Nacional Exposição 7 Brasil: Uma Visão Externa Gustavo Marin, Citigroup.
Conjuntura Brasileira Antonio Licha Perspectivas para 2010.
São Paulo, 08 de fevereiro de 2006.
Assessoria Econômica da FEDERASUL Crise Financeira e o Impacto na Economia Mundial.
Medidas Recentes de Estímulo ao Crescimento e Evolução do Câmbio
A Crise Internacional e os Efeitos no Brasil e no Mundo
1 Assessoria Econômica da FEDERASUL A Crise Internacional e os Impactos no Brasil.
Balanço de Pagamentos 1- Transações correntes
2a Conf. Int. de Crédito Imobiliário 19 de Março de 2010
A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL
PERPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Anos 1980: Rumo perdido.
Conjuntura macroeconômica
Desenvolvimento e inserção internacional
11°Fórum de Energia Elétrica Século XXI
Perspectiva do crescimento brasileiro
Cenários da Economia Brasileira
AGRONEGÓCIO.
Preparado para Crescer Min. Guido Mantega
OBSTÁCULOS E DESAFIOS AO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMÉRICA LATINA
José Augusto Savasini Novembro, 2002
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 1 Programação Orçamentária 2004 Brasília, 15 de abril de 2004 MINISTRO GUIDO MANTEGA.
Ministro Paulo Bernardo
Balanço de Pagamentos Prof. Ricardo Rabelo
Rumos da Economia Mundial e Seus Impactos no Brasil
O Brasil e a Superação da Crise Internacional
Balanço da Atuação do Governo
CHEFE DA ASSESSORIA ECONÔMICA
PIB TRIMESTRAL Bahia – 4º Trimestre de 2009 Bahia – 4º Trimestre de 2009 CONJUNTURA ECONÔMICA: 2011 DILMA_100 dias.
RESPOSTAS DAS QUESTÕES CAP. 12 E 16
MINISTRO GUIDO MANTEGA
A DÉCADA PERDIDA PROBLEMAS NO COMÉRCIO EXTERIOR
A INFLAÇÃO E O PAEG Em 1964, a inflação acelerou e aumentou o déficit do balanço de pagamentos; No início do governo militar, a estabilização da inflação.
Perspectivas Econômicas para 2013: Brasil e Rio Grande do Sul.
República Federativa do Brasil 1 LDO 2005 GUIDO MANTEGA MINISTRO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Brasília 18 de maio de 2004.
Paulo Bernardo Dezembro
MINISTRO GUIDO MANTEGA Nova Iorque, 23 de junho de 2004
CENÁRIOS MACROECONÔMICOS Caio Duarte | Economista Chefe.
Ministério da Fazenda Secretaria de Política Econômica 1 A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL Nelson Barbosa Secretário de Política Econômica 2 de.
PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA Maílson da Nóbrega Belo Horizonte, 24 de março de 2008.
Mauá Investimentos Brasil: Perspectivas Macroeconômicas Por Luíz Fernando Figueiredo Porto Alegre, 12 de abril de 2006.
Taller Desarrollo y Características del Sector Eléctrico Brasileno
Estabilização Macroeconômica, Retomada do Desenvolvimento e Crise Mundial Domingos R. Pandeló Jr
Apresentação ao Senado Realizada nos dias 6 a 10 de junho/2014 Analistas consultados: 28 PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS.
Perspectivas de Investimento no Brasil Ministro Paulo Bernardo Londrina, 10 de junho de 2005.
IV Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas O “Apagão” Logístico Impedirá a Retomada do Crescimento? José de Freitas Mascarenhas Presidente.
Boletim de Conjuntura nº 61 Diretoria de Estudos Macroeconômicos DIMAC/IPEA Grupo de Acompanhamento Conjuntural – GAC.
Prof. Dr. Mário Vasconcellos
Apresentação ao Senado Realizada nos dias 08 a 13 de maio/2015 Analistas consultados: 22 PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS.
A MACRO E MICRO ECONOMIA
Goiânia, 3 de abril de Variação real da economia goiana, por meio da evolução física de seus principais setores de atividade: Agropecuária, Indústria.
TEORIA ECONÔMICA Objetivo: Analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens e serviços produzidos em uma economia Teoria Neoclássica.
CENÁRIO ECONÔMICO. MUDANÇA DE RUMO DE POLITICA ECONÔMICA  FIM DE POLITICAS ANTICÍCLICAS BASEADO NO ESTIMULO DA DEMANDA  AJUSTE FISCAL  REALINHAMENTO.
Apresentação ao Senado Realizada entre os dias 04 e 08 de dezembro de 2015 Analistas consultados: 25 PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS.
Apresentação ao Senado Realizada entre os dias 30 de outubro e 04 de novembro de 2015 Analistas consultados: 25 PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS.
EQUIPE:ANDREY ANTHONY CLAUDIA SEABRA DANIELE MOREIRA DONALDO JÚNIOR ELIDiMAR GAIA.
1 Luiz Fernando Figueiredo IBCPF - Junho de 2001 Banco Central do Brasil A Conjuntura Econômica e a Importância do Planejamento Financeiro.
CRESCIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL Vitória-ES, agosto de 2008, Ana Paula Vitali Janes Vescovi.
1 Henrique de Campos Meirelles Setembro de 2004 Administrando o Presente e Construindo o Futuro.
Cenário Macroeconômico Abril/2016. Economia Internacional Economia Doméstica.
Seminário Internacional: A Nova Geração de Políticas para o Desenvolvimento Produtivo: Sustentabilidade Social e Ambiental Brasil: o novo impulso de desenvolvimento.
Ministério da Fazenda 1 Crise Mundial, Desafios e Potencialidades para o Brasil Instituto de Economia - Unicamp Guido Mantega 29 de agosto de 2008.
A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2006 Guido Mantega Presidente do BNDES Março 2006.
Ministério da Fazenda 1 1 Panorama da Economia Brasileira Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Guido Mantega Brasília 01/04/2008.
PERFOMANCE RECENTE DO BRASIL E PERSPECTIVAS Antoninho Marmo Trevisan Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Porto Alegre, 5 de maio de.
Ministério da Fazenda 1 BALANÇO DA POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA Ministro Guido Mantega Abril – 2006.
ECONOMIA – Micro e Macro 1 Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: a distribuição.
1 BRASIL AGENDA PARA O SAIR DA CRISE APRESENTAÇÃO Brasília, 2016 Este documento foi desenvolvido tendo como referência a publicação Regulação.
Transcrição da apresentação:

Da crise ao crescimento: a experiência do Brasil MINISTRO GUIDO MANTEGA Rio de Janeiro, 07 de julho de 2004 II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FUNDOS DE PENSÃO

O cenário econômico mudou muito desde o início do ano passado A crise de 2002 foi superada Bons fundamentos econômicos foram restabelecidos O crescimento foi retomado Está em curso a implementação de um novo modelo de desenvolvimento

Elevação do Superávit Primário e equilíbrio fiscal Fundamentos macroeconômicos sólidos Superávit Primário (% PIB) mai/04 4,3%

Inversão na trajetória da dívida pública. Um novo modelo de desenvolvimento A nova estratégia é crescer com redução do endividamento público No passado, o endividamento público foi usado para sustentar uma taxa de câmbio irrealista e fracassou no fomento ao crescimento Dívida Pública Líquida (% PIB)

Inflação sob controle Fundamentos macroeconômicos sólidos IPCA (IBGE) Meta: 5,5% +/- 2,5%

Melhora no saldo comercial, nas contas correntes e na relação dívida externa/exportações Fundamentos macroeconômicos sólidos Transações Correntes e Saldo Comercial 12M (US$ bilhões) Dívida Externa/ Exportações (%) US$ 15 bi. no 1 o sem.04

Crescimento com forte expansão das exportações Fundamentos macroeconômicos sólidos Aumento da produtividade e da competitividade para alcançar padrões internacionais Ganhos de mercado: - Soja, Carne, Frango, Açúcar, Café, Algodão Setores Econômicos Dinâmicos: - Aviões, Automóveis, Agronegócio

Equilíbrio mais saudável do Balanço de Pagamentos Um novo modelo de desenvolvimento No passado, priorizou-se a atração de capitais financeiros e o déficit em contas correntes não elevou o investimento A nova estratégia é atrair capitais produtivos, que elevem o nível de investimento

Redução das taxas de juros Bom desempenho do setor exportador Superávit em transações correntes Redução da dívida externa Aumento da credibilidade do país Atração de capital externo não pela conta financeira, mas sob a forma de IDE Aumento do fluxo de comércio Um novo modelo de desenvolvimento

Melhor gestão macroeconômica reduziu o impacto de choques externos Fundamentos macroeconômicos sólidos Crise de 1998 Choques de 2001 Crise de 2002 Choques de 2004

Reversão do PIB já no terceiro trimestre de 2003 Retomada do crescimento PIB a preços de mercado com ajuste sazonal (var % anualizada) As taxas de crescimento do Brasil estiveram entre as mais elevadas do mundo até O país tem condições de voltar a crescer aceleradamente.

Recuperação da Indústria Retomada do crescimento Produção Industrial (IBGE) A recuperação começou no 2T03

Investimentos: Indústria de Bens de Capital Retomada do crescimento Produção Industrial de Bens de Capital (IBGE)

Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação (FGV) Retomada do crescimento Demanda Global Prevista

Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação (FGV) Retomada do crescimento Há expectativa de crescimento também da demanda interna Demanda Interna PrevistaDemanda Externa Prevista

O país precisa de grandes investimentos em infra- estrutura O Governo não dispõe de recursos suficientes para todos os investimentos necessários O setor privado é um parceiro fundamental: Como viabilizar a elevação dos investimentos? Um novo ciclo de desenvolvimento Ambiente macroeconômico estável Ambiente institucional favorável aos investimentos Novos instrumentos para a viabilizar infra-estrutura

Aperfeiçoamento dos marcos regulatórios - Novo modelo do setor elétrico e do saneamento - Agências reguladoras com mandato fixo para a diretoria c Ambiente Institucional Favorável ao Investimento Reforma Tributária Lei de Falências Lei de Inovações Reforma do Judiciário

Novo Sistema de Informações de Crédito Aperfeiçoamento legal na Construção Civil Conta Investimento isenta de CPMF Medidas de Fomento do Mercado de Capitais Aperfeiçoamento de regras do mercado de capitais em colaboração com o setor privado

Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial Modernização produtiva Inovação Comércio Exterior Retomada de uma Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior

Parcerias Público-Privadas Novos Mecanismos de Investimento O setor público e o setor privado realizam investimentos em parceria, associando eficiência privada e visão pública de longo prazo: O setor público contrata serviços e oferece ao investidor privado remuneração complementar para viabilizar o investimento privado. O setor privado assume os riscos de construção e operação, o que induz à eficiência.

Contratos de longo prazo Investimentos em infra-estrutura, com demanda constante e retorno estável Possibilidade de complementação de tarifas pelo setor público Remuneração do parceiro privado vinculada a padrões de desempenho Cláusulas de garantia de pagamento da contraprestação pública (contra risco político) Características dos Contratos de PPP Parcerias Público-Privadas

Estabilidade macroeconômica Crescimento econômico continuado Ambiente institucional estável Aumentos de produtividade e crescimento das exportações Aumento da lucratividade: - Rentabilidade das 500 maiores empresas caiu a 0,8% em 2002, mas elevou-se a 12,4% em 2003 Um cenário que entusiasme os empreendedores Despertar os espíritos animais dos empreendedores

A retomada do crescimento já é uma realidade Conclusões Um novo modelo de desenvolvimento está em curso Com o apoio do Governo e a participação do setor privado o Brasil inicia um novo ciclo de prosperidade