A globalização Econômica até os anos 1940

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Transcrição da apresentação:

A globalização Econômica até os anos 1940 No âmbito do capitalismo comercial No âmbito do capitalismo industrial No âmbito do capitalismo financeiro

A acumulação de capital no período do capitalismo industrial determinou a formação de poderosos conglomerados econômicos nos países industrializados. Esses conglomerados tinha interesses econômicos em outros países e passaram a investir no exterior, iniciando, com isso uma nova fase da Revolução Industrial: a da integração, ou globalização econômica no mundo, marcada pela internacionalização dos investimentos.

Os investimentos multinacionais desses conglomerados foram realizados já com base na divisão internacional do trabalho que se estabelecera no período anterior, na qual se distinguia a presença de dois grupos de países: os que forneciam matérias-primas e os que compravam essas matérias-primas para serem utilizadas na produção industrial.

Os investimentos multinacionais foram direcionados principalmente para áreas que fortaleciam essa relação ( entre centros produtores de matérias-primas e centros industriais das grandes potências), visando à implantação de infra estrutura básica, como os setores de transporte, energia e comunicação.

Os investimentos realizados pelos grandes conglomerados buscavam principalmente estimular a exploração das matérias-primas nos centros produtores ou encarregavam-se de fornecê-las para as potências voltadas à industrialização. Nesse caso incluía-se entre outras obras de infra estrutura, a construção de ferrovias, portos, canais, usinas produtoras de energia elétrica e redes de telégrafo nos países das Américas, Ásia ou África, onde se localizavam esses centros.

A 2ª Rev. Industrial e seus reflexos na economia mundial

O capitalismo financeiro ou monopolista foi implantado como forma de distorção econômica do regime capitalista: a grande concentração do capital nas mãos de algumas empresas acabou controlando a produção e a oferta de diversos bens e serviços. Assim, nessa nova etapa do capitalismo, o controle da produção de bens e serviços deixou de ser um processo pulverizado e concentrou-se nas mãos de grandes empresas, estruturadas legalmente sob a forma de sociedade anônimas.

Essa etapa do capitalismo – embora tenha se manifestado como uma nova expressão do sistema econômico desde o final do século XIX – solidificou-se após a 1ª Guerra, quando grandes empresas passaram a controlar diferentes setores de atividades que viabilizavam a geração de um produto final. Esse caso envolvia desde a produção de matérias-primas até o controle de ferrovias utilizadas para transporte dos produtos finais. Em geral, esses conglomerados econômicos assumiam a forma de trustes (empresas que monopolizam ou detêm grande parte da produção e do mercado de determinado produto) e cartéis (grupos de empresas unidas por acordos, para, em conjunto, dominarem grande parte da produção e do mercado de determinado produto). Isso implicava o fim do livre comércio nos moldes propostos pelo liberalismo clássico.

Os trustes, os cartéis e a crise do liberalismo econômicos

Quer tenha havido controle por trustes ou por cartéis, o fato é que os mecanismos econômicos estabelecidos segundo os princípios ideológicos do livre mercado ficaram bastante enfraquecidos. A crise econômica que eclodiu em 1929 nos Estados Unidos, com reflexos em todo o mundo, contribuiu ainda mais para o enfraquecimento desses princípios: deixou transparecer que o livre mercado não era capaz de evitar distorções muito graves.

As consequências dessa crise também reforçaram posições ideológicas que defendiam – no âmbito do capitalismo – a interferência do Estado na economia em determinadas situações. Representam esses princípios as posições neoliberais clássicas e as Keynesianas.

A crise econômica de 1929 colapso socioeconômico

A excessiva austeridade monetária do governo norte-americano na década de 1920. O enxugamento dos recursos financeiros internos provocou diminuição da quantidade de moeda corrente no mercado para compra de produtos.

O aumento excessivo da produção por parte das empresas durante a década de 1920. Com o tempo, o mercado consumidor não era mais capaz de absorver a produção industrial, o que levou à diminuição da produção e ao desemprego.

Uma onda de especulação nas bolsas de valores Uma onda de especulação nas bolsas de valores. Os investidores eram atraídos por lucros que não eram gerados no sistema produtivo, mas eram frutos de uma espécie de corrente da felicidade: cada um comprava as ações pela “certeza” de que as venderia por um preço mais elevado. Desse processo especulativo participava inclusive grande parte dos trabalhadores americanos, que compravam ações de empresas, confiáveis ou não, com financiamento bancário a ser pago pelos dividendos e lucros consequentes da valorização dessas ações na bolsa.

Em outubro de 1929, ocorreu a quebra da bolsa de Nova York: o preço das ações que tinham subido sem controle, começou a baixar. Em Pânico, os investidores correram para se desfazer de seus papéis, a qualquer preço. Em poucos dias, milhares de investidores perderam tudo o que tinham. A quebra da bolsa foi o marco inicial de um período de recessão econômica e desemprego que se estenderia pelos anos seguintes e afetaria todo o mundo.

Os efeitos da crise foram tão devastadores que, em muito países, o Estado passou a interferir na economia. O New Deal do presidente norte-americano Franklin Roosevetl, um programa econômico e social influenciado pelas ideias de Keynes, voltado ao combate ao desemprego e à ajuda aos carentes, foi uma expressão dessa interferência. Na Europa, países como a Inglaterra, a França e a Alemanha aplicaram as ideias keynesianas criando o “Estado do bem-estar social” (welfare state), uma política de garantia de saúde, educação e aposentadoria aos cidadãos.

A visão do Estado como instituição geradora de emprego (por exemplo, criando obras de infra estrutura) e protetora do trabalhador (favorecendo o sistema previdenciário, por exemplo) foi fortalecida após a crise. Essas visão sobreviveu por mais de quatro décadas no mundo capitalista, ou seja, até os anos 1970. Já na década de 1950 voltava-se a preconizar a atuação mínima do Estado no campo social e a sua não-intervenção nos processo econômicos.

Os reflexos da crise de 1929 no Brasil manifestaram-se primeiramente na balança comercial, em função da dificuldade de vender o principal item de exportação do país – o café – para os Estados Unidos, maior comprador do produto no período. No final da década de 1920, a produção brasileira de café foi muito superior à capacidade de exportação. A maneira que o governo encontrou para solucionar o problema foi mandar queimar os estoques armazenados do produto e erradicar cafezais, pagando um pequena indenização aos cafeicultores. Alcançou-se a longo prazo estabilidade na balança comercial, e o café permaneceu como principal item das exportações brasileiras até a década de 1950.

A globalização econômica nos anos 1950 e 1960