Biocombustíveis: Oportunidades e Desafios Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis 1° Seminário de Tecnologias Sustentáveis no Transporte Biocombustíveis: Oportunidades e Desafios Ricardo Gomide ricardo.gomide@mme.gov.br Rio de Janeiro, 26.07.2011
MOBILIDADE URBANA PLANEJAMENTO URBANO TRANSPORTE ENERGIA EFEITOS ADVERSOS PLANOS E REGRAS ÔNIBUS DERIV. PETRÓLEO POLUIÇÃO SONORA ORDEN. TERRITORIAL METRÔ & TREM GÁS NATURAL POLUIÇÃO DO AR GESTÃO DO TRÁFEGO CARRO BIOCOMBUSTÍVEIS RESÍDUOS INVESTIMENTO BICICLETA ELETRICIDADE INEQUIDADE SOC. INFRAESTRUTURA TRAÇÃO ANIMAL EFICIÊNCIA DESEQUILÍB. URB. CUSTO CONFORTO TEMPO DE TRAJETÓRIA ACESSIBILIDADE SEGURANÇA DISPONIBILIDADE PROCESSO DECISÓRIO
BIOCOMBUSTÍVEIS MOBILIDADE URBANA PLANEJAMENTO URBANO TRANSPORTE ENERGIA EFEITOS ADVERSOS PLANOS E REGRAS ÔNIBUS DERIV. PETRÓLEO POLUIÇÃO SONORA ORDEN. TERRITORIAL METRÔ & TREM GÁS NATURAL POLUIÇÃO DO AR BIOCOMBUSTÍVEIS GESTÃO DO TRÁFEGO CARRO BIOCOMBUSTÍVEIS RESÍDUOS INVESTIMENTO BICICLETA ELETRICIDADE INEQUIDADE INFRAESTRUTURA TRAÇÃO ANIMAL EFICIÊNCIA DESEQUILÍBRIO
CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE ECONOMIA SOCIEDADE AMBIENTE
FONTES RENOVÁVEIS NOS TRANSPORTES: UM INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE 5 Situação Brasileira (em conteúdo energético TEP) Fonte: MME.
FONTES RENOVÁVEIS NOS TRANSPORTES: UM INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE 6 Situação Brasileira (em conteúdo energético TEP) Biocombustíveis: EUROPA = 3,5% BRASIL ≈ 20% (+5,7 vezes) Fonte: Nature (Outlook Policy: Fuelling politics Jun/2011) Fonte: MME.
Cresceu 442% Energéticos nos transportes: resumo 40 anos 7 Período 1970-2010: Cresceu 442% +95% +28% +44% +51% Rodoviário Individual Rodoviário Coletivo e Cargas Destaques última década: Retorno do Etanol Biodiesel Gás Natural Fonte: MME.
APENAS TRANSPORTE rodoviário 8 Participação renovável (2010) Ciclo Otto: 39% (transporte individual) Ciclo Diesel: 5% (transporte coletivo/cargas) Fonte: MME.
Importância dos biocombustíveis Fatores estratégicos: Diversificação da matriz Ampliação das fontes renováveis Segurança energética Fatores socioeconômicos: Geração de emprego e distribuição de renda Agregação de valor às matérias-primas agrícolas Fortalecimento da indústria nacional Multiplicidade de empresas Fatores ambientais: Redução de emissões poluentes Balanço CO2 e mitigação do aquecimento global Visibilidade internacional do País como uma economia “verde”
DESAFIOS PARA BIOCOMBUSTÍVEIS NO MUNDO Baixa competitividade, pequena escala, preço mais elevado Resistências geopolíticas a uma nova dinâmica energética “Status Quo” orientado para combustíveis fósseis Debates sobre uso da terra, alimentos, mudanças climáticas Matéria-prima precificada no mercado não-energético Barreiras e restrições ao comércio internacional Pouco conhecimento agrícola em novas matérias-primas
PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS Crescimento da demanda Etanol Forte crescimento da demanda interna Expansão moderada da exportação Introdução de projetos comerciais de 2ª geração Desenvolvimento de carros híbridos bicombustível Crescimento da demanda Fonte: MME / PDE 2011-2020 (versão em consulta pública)
PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS Biodiesel Novos percentuais de mistura obrigatória Início das exportações de biodiesel Redução de custos de produção e diversificação Desenvolvimento do veículo “flex-diesel”: B100 + Diesel + Etanol Novos substitutos renováveis: “diesel de cana” Crescimento da demanda interna (Cenário B5) Fonte: MME / PDE 2011-2020 (versão em consulta pública)
“Diesel RENOVÁVEL” a partir de açúcares O diesel é o principal combustível consumido no país Processo de conversão microbial de açúcares Diversas empresas de tecnologia Apresenta-se como uma demanda extra para cana-de-açúcar Contribuirá para manter preços de etanol e açúcar em patamares melhores para o produtor
BIOGÁS Necessidade de despertar o interesse público e privado Agregação de valor a resíduos, inclusive da cana-de-açúcar Tecnologia disponível no mercado Mercado ainda mais focado na geração elétrica a partir de oportunidades específicas Diversos casos concretos em andamento em outros países
Quanto tempo? A que custo? 2ª GERAÇÃO Etanol Celulósico Algas Quanto tempo? A que custo? A espera por novas tecnologias não pode ser desculpa para falta de ações. A 1ª geração é uma tecnologia dominada, competitiva e pode ser adotada. Bom/Ótimo x Sonho
ESTUDOS DE CASO
ÔNIBUS UTILIZANDO 100% DE ETANOL Projeto BEST (Bio Ethanol Sustainable Transport), uma iniciativa de 1993 da União Europeia, coordenada pela prefeitura de Estocolmo (Suécia) com apoio da Scania Projeto já realizado em Madrid (ESP), Roterdã (HOL), La Spezia (ITA), Somerset (UK), Dublin (IRL) e Nanyang (CHI). 600 ônibus utilizando etanol + aditivo especial na Suécia Projeto iniciado no Brasil em 2007 Demonstração em São Paulo (50 ônibus )
ÔNIBUS UTILIZANDO 100% DE BIODIESEL Testes iniciados em 2009 na Linha Verde em Curitiba 6 ônibus movidos a B100 de soja 60 mil km por mês Expansão do projeto para mais 150 ônibus até 2012 Redução de 25% da fumaça Redução de 30% de CO
ÔNIBUS E CAMINHÕES UTILIZANDO O DIESEL DE CANA Transformação do caldo de cana em hidrocarbonetos Provável produção comercial em menos de dois anos Perspectiva de preço competitivo com o diesel fóssil Os motores não requerem adaptação Testes de laboratório em ônibus utilizando 100% de diesel de cana Testes em frota de ônibus em São Paulo (10% de diesel de cana)
ÔNIBUS HÍBRIDO (ELÉTRICO + ETANOL) O protótipo integra o Projeto Veículo Elétrico da Itaipu Lançado em dezembro de 2010, com participação do então presidente Lula e outros 11 chefes de Estado da América do Sul, na 40ª Cúpula de Presidentes do Mercosul Autonomia de 300 km (sendo 60 km puramente elétrico)
ÔNIBUS HÍBRIDO (ELÉTRICO + DIESEL + BIODIESEL) Iniciativa: Prefeitura do Rio de Janeiro, Fetranspor, Volvo e CCI Testes em andamento no Rio de Janeiro Já passou pelas cidades de Curitiba e São Paulo 30% menos de gases de efeito estufa 30% de economia de combustível
Tecnologia FLEX: diesel-etanol-biodiesel Projeto Iveco, FPT, Bosch e Raízen: Iveco Trakker Testes em andamento em Barra Bonita (SP) Projeto Delphi, Valtra e Agco: trator flex diesel-etanol Motor Valtra Iveco Trakker Bi-Fuel Etanol-Diesel
CONSIDERAÇÕES FINAIS São muitas as alternativas tecnológicas. Existem experiências e estudos de casos em todo o mundo. Os biocombustíveis são parte da solução do transporte urbano. Contribuem para a redução das principais emissões, entre outras externalidades positivas. O biodiesel ainda tende a ser a 1ª opção (predominância do ciclo diesel em veículos pesados). Busca pela viabilidade técnica e econômica de novas rotas produtivas (biodiesel de 2ª geração e diesel de cana). Mas o etanol também apresenta casos de sucesso em veículos pesados. Perspectiva da introdução comercial da tecnologia “flex biodiesel-diesel-etanol” num futuro próximo. A principal barreira atual é equilibrar a questão econômica. O biodiesel e o etanol tendem a apresentar maior custo por quilômetro rodado. Preocupações sobre a revenda posterior do veículo.
Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis Publicação mensal destinada a consolidar informações conjunturais sobre os combustíveis renováveis. Destina-se a público em geral e é distribuído em meio eletrônico para lista de e-mails cadastrados. Disponível para download gratuito em www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html Para nova inclusão: dcr@mme.gov.br
Muito Obrigado!