Revestimento e locomoção

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Histologia Prof: EDSON ROBERT.
Advertisements

Histologia Prof: EDSON ROBERT.
TECIDO MUSCULAR PROFº RIBEIRO FILHO.
Tipos de Tecidos.
Fisiologia do Sistema Respiratório
1 Ciências Naturais e suas Tecnologias AULA DIGITAL BIOLOGIA 24. Histologia Animal.
ESCOLA EDUCANDÁRIO GOIÁS PROFESSORA: EMMANUELLA RODRIGUES 8º ANO - BIOLOGIA.
CRITÉRIOS AVALIATIVOS DE CIÊNCIAS. Caracterizar a estrutura do coração e o funcionamento desse órgão O coração é uma bomba que impulsiona o sangue pelo.
Tecido Muscular. O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente especializadas e dotadas de capacidade contrátil, denominadas fibras.
BIO-QUIMICA Professora Dra Rosi Bio-quimica.blogspot.com Profa.Rosilene Linhares Dutra TECIDO EPITELIAL.
Bioquímica Proteínas. Aminoácidos Compostos orgânicos que apresentam um grupo amina e um grupo ácido carboxílico na mesma molécula.
SISTEMA CIRCULATÓRIO PROF: JULIANA 8º ANO. Funções Transporte de gases dos pulmões aos tecidos e dos tecidos aos pulmões Transporte dos nutrientes das.
Os peixes
Fisiologia do sistema cardiovascular Parte II
Sistema Digestório..
Aulão de Ciências 8º ano Professora Patrícia.
FERMENTAÇÃO LÁTICA.
SISTEMA URINÁRIO CAPÍTULO 18 COC 07.
Histologia do Tecido Muscular
Trocas Gasosas.
Colégio Maria Imaculada
+ A Pele INTRODUÇÃO.
TECIDOS HUMANOS Os tecidos são formados por conjunto de células semelhante e que desempenham uma mesma função. A Histologia é a ciência que estuda os tecidos.
Contração Muscular.
A digestão humana Sistema digestório.
SISTEMA RESPIRATÓRIO.
TECIDO MUSCULAR Formado pelas células denominada miócitos ou fibras musculares. Capacidade de contração, geram movimentos do corpo. São classificado em.
FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA
Membrana Celular Professora Elisa :D.
Histologia do Tecido Epitelial
Tecidos Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido muscular
Professor: Guilherme Vieira
HISTOLOGIA ANIMAL.
TECIDO MUSCULAR.
PROFESSORA Ana Cecilia
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO. GLÂNDULA: é um órgão cuja função é produzir e secretar algumas substâncias com um função pré-determinada.
HISTOLOGIA HUMANA.
Diversidade Celular.
Mapeamento de Processos
Sistema respiratório.
HISTOLOGIA ANIMAL Estudo dos tecidos; Quatro grupos: Epitelial;
Professor: Guilherme Vieira
Colégio e curso Albert - GEO
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR
Estudo dos tecidos.
Unidade básica de formação do ser vivo Membrana, citoplasma e núcleo
Metabolismo Energético
SISTEMA MUSCULAR E MOVIMENTO
Corpo Humano Aula: 01 Professor: Oldair José Tavares Pereira.
Destino dos folhetos germinativos Professor Ilzo Pessoa 27/06/2018.
Os tecidos.
Músculos Características do Tecido Muscular:
Sistema Muscular.
TECIDOS HUMANOS Os tecidos são formados por conjunto de células semelhante e que desempenham uma mesma função. A Histologia é a ciência que estuda os.
TECIDO MUSCULAR FUNÇÕES Movimento do corpo;
SISTEMA URINÁRIO CAPÍTULO 18 COC 07.
Músculos Características do Tecido Muscular:
Músculo Estriado Esquelético
Fisiologia Muscular Virgínia Abreu Tecnologia de Carnes e Produtos Derivados.
ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA MUSCULATURA DOS PEIXES. Sistemas Biocontráteis Sistema de Contração Celular O movimento é uma característica importante dos animais.
Biologia Celular.
Sistema Circulatório.
Estudo do tecidos. Tecidos = conjunto de células.
Sistema Tegumentar Lena Beatriz Enfermeira/Docente.
Histologia animal Larissa de Medeiros Pereira. Histologia – histórico Histologia (do grego, hydton, tecido + logos, estudos) é o estudo dos tecidos biológicos.
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO -Constitui superfícies externas e internas do organismo. - Células fortemente aderidas, escassa substância intercelular.
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO Aula 2 – Daniella de Figueiredo (HISTOLOGIA) FHO – Uniararas.
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir o transporte de sangue pelo corpo, permitindo,
SISTEMA DIGESTÓRIO FUNÇÕES: 1. Ingestão 2. Mastigação 3. Digestão 4. Absorção 5. Eliminação de resíduos Alimentos Diferentes Funções Estruturas Modificadas.
Transcrição da apresentação:

Revestimento e locomoção Profa. Jessyca

1. Tecidos de revestimento Epitélios são tecidos de revestimento. Apresentam uniformidade de tipos celulares, com pouco material entre as células, que são justapostas e aderidas entre si. O escasso material intercelular é o “cimento” que une as células. Os epitélios são avasculares, isto é, não recebem vasos sanguíneos: suas células são nutridas e oxigenadas por difusão, a partir dos tecidos conjuntivos subjacentes.

Tipos de epitélio, classificados quanto ao números de camadas celulares e quanto à morfologia celular: (a) Pavimentoso simples (ou uniestratificado): revestimento dos alvéolos pulmonares; (b) Cuboidal simples: túbulos dos néfrons (c) Colunar simples: revestimento interno do intestino (d) Pavimentoso estratificado: epiderme

A epiderme dos invertebrados, que é uniestratificada, pode apresentar células secretoras que produzem envoltórios: o exoesqueleto dos artrópodes e as conchas dos moluscos.

A epiderme dos vertebrados possui várias camadas de células; na maioria deles, as células superficiais são mortas e impregnadas de queratina, uma proteína insolúvel e resistente. Além da epiderme, a pele inclui também a derme, uma camada subjacente de tecido conjuntivo ricamente vascularizada. Sob a derme, está a tela subcutânea (ou hipoderme), rica em tecido adiposo, que constitui reserva energética e isolante térmico.

Hipoderme

A epiderme dos peixes é fina e desprovida de queratina; A dos anfíbios, úmida, delgada e pouco queratinizada, permite a hematose. A epiderme dos répteis tem uma camada queratinizada espessa, formada por células mortas. É impermeável e dificulta a perda de água por evaporação, além de ser resistente.

Répteis e aves têm a pele praticamente aglandular. Na pele dos mamíferos, há alguns tipos de glândulas de origem epidérmica, como as sudoríparas e as sebáceas. Assim, como os répteis, as aves e os mamíferos tem epiderme com uma camada superficial queratinizada. Penas e pelos também são formados por queratina.

Os epitélios associam-se a : Proteção contra agentes físicos e químicos e contra agentes infecciosos; Absorção de nutrientes (no tubo digestório ou na epiderme); Trocas gasosas com o ambiente (na epiderme, nas brânquias ou nos pulmões); Manutenção da temperatura corporal; Secreção de substâncias (epitélio glandular).

EXEMPLOS DE EPITÉLIOS DE MAMÍFEROS Endotélio. Trata-se do revestimento interno dos vasos sanguíneos, um epitélio pavimentoso simples. A parede dos capilares é formada apenas por endotélio. Alvéolos pulmonares. Também são revestidos de epitélio pavimentoso simples, permitindo a hematose. Epitélio da mucosa intestinal. Epitélio de absorção formado por uma camada de células colunares com microvilosidades.

Epitélio mucociliar (ou epitélio pseudoestratificado ciliado). Recobre internamente as vias aéreas, sendo formado por uma única camada de células com núcleos em diferentes alturas, parecendo ter varias camadas. Apresenta células ciliares e outras produtoras de muco (as células caliciformes).

Epiderme É o epitélio pavimentoso pluriestratificado que faz parte da pele. Sua camada superficial - a camada córnea – é formada por células mortas impregnadas de queratina. À medida que as células envelhecem e acumulam queratina, novas células surgem, na camada basal, e substituem as que morrem e se desprendem na superfície. Na epiderme, estão os melanócitos, células que produzem melanina e determinam a cor da pele.

Epitélios glandulares Em determinados locais, os epitélios forma glândulas, que são órgãos secretores.

As glândulas que lançam suas secreções através de um canal, na superfície do corpo ou na cavidade interna de certos órgãos, como a boca, o estômago e as vias aéreas, são glândulas exócrinas (ou de secreção externa). Exemplos: o fígado, as glândulas sudoríparas, sebáceas, lacrimais, salivares e mamárias.

Aquelas que não têm canal secretor e lançam as secreções (denominadas hormônios) , diretamente na corrente sanguínea são glândulas endócrinas (ou de secreção interna). Exemplos: a hipófise, a tireoide e a suprarrenal.

As glândulas mistas produzem hormônios e secreções exócrinas As glândulas mistas produzem hormônios e secreções exócrinas. O pâncreas é um exemplo: secreta o suco pancreático (secreção exócrina) e os hormônios insulina, glucagom e somatostatina (secreção endócrina).

O tecido muscular movimenta o corpo todo e partes dele. Os músculos estriados esqueléticos são os responsáveis por contrações rápidas, realizadas nos movimentos de fuga, por exemplo. Formado por células cilíndricas e longas, que possuem muitos núcleos, sob a membrana plasmática, e numerosas estrias transversais.

Os músculos não estriados (ou lisos) têm contração lenta e executam atividades que não exigem muita rapidez, como a propagação dos alimentos pelo tubo digestório Formado por células longas, fusiformes e com extremidades afiladas; seu núcleo é único e central, e elas não tem estrias transversais

No coração dos vertebrados, encontra-se um terceiro tipo: o músculos estriados cardíaco (ou miocárdio) As células do miocárdio são cilíndricas e estriadas, e possuem um ou dois núcleos centrais; entre as células, há discos intercalares, que aumentam a adesão e facilitam a propagação de impulsos elétricos.

Como os músculos estriados esqueléticos dos vertebrados estão conectados aos ossos, são também chamados músculos esqueléticos. Músculos não estriados são encontrados nas paredes de órgão ocos, como o estômago, o intestino, a vesícula biliar e a bexiga urinária, sendo denominado ainda músculos viscerais.

CONTRAÇÃO MUSCULAR A célula muscular estriada esquelética é também denominada fibra muscular esquelética, e sua membrana plasmática é o sarcolema.

O citoplasma contém miofibrilas, estruturas cilíndricas dispostas em feixes longitudinais.

Cada miofibrila é formada por uma sequencia linear de miômeros (ou sarcômeros), constituídos por filamentos das proteínas actina e miosina, dispostos pararelamente.

***A actina é formada por filamentos delgados; a miosina apresenta-se como espessos filamentos com extremidades globulares. miosina actina

Na fibra muscular em repouso, os íons cálcio estão estocados no retículo endoplasmático (chamado retículo sarcoplasmático). Ca++ Ca++ Ca++ Representação de uma fibra muscular

Quando ela é estimulada, há deslocamento de íons cálcio do retículo sarcoplasmático para junto dos miômeros. Química da contração muscular

Na presença de íons cálcio, os filamentos de miosina adquirem atividade enzimática e hidrolisam moléculas de ATP, liberando energia Química da contração muscular

Com a energia liberada, as extremidades globulares dos filamentos de miosina prendem-se aos locais de ancoragem nos filamentos de actina. Os filamentos de actina e de miosina passam a deslizar uns sobre os outros , resultando no encurtamento do miômero.

Durante a contração, ocorre deslizamento entre os filamentos de actina e os de miosina. Todos os miômeros de uma miofibrila se encurtam simultaneamente e, com isso ocorre em todas as miofibrilas da fibra muscular, seu comprimento diminui.

Na fase de relaxamento, os íons cálcio são transportados ativamente de volta para o retículo sarcoplasmático. Portanto, a fibra muscular gasta ATP também para se relaxar.

A junção neuromuscular é a região onde o impulso nervoso alcança a fibra muscular. Pode ser bloqueada pelo curare, veneno que se liga a receptores nas membranas pós-sinápticas, impedindo a ação da acetilcolina, mediador liberado na extremidade dos axônios. Consequentemente, há paralisia dos músculos esqueléticos, ocorrendo morte por parada respiratória.

ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO As fibras musculares têm grande quantidade de mitocôndrias e reserva energética própria de glicogênio. Contam ainda com um reservatório intracelular de oxigênio: as moléculas de mioglobina, semelhantes à hemoglobina.

A fibra muscular não armazena o ATP produzido em excesso durante o repouso. As moléculas de ATP são instáveis e se rompem rápida e espontaneamente. As células musculares, então, estocam fosfato rico em energia como fosfocreatina, produzida nos momentos de repouso, a partir de creatina e ATP, gerados na respiração celular aeróbia.

Durante sua atividade, a fibra muscular consome a fosfocreatina armazenada durante o repouso, na geração do ATP usado na contração. Ao mesmo tempo, o ATP que está sendo produzido na respiração celular aeróbia não é convertido em fosfocreatina, mas imediatamente consumido.

À medida que diminuem os estoques de fosfocreatina e aumenta a demanda do ATP gerado na respiração celular aeróbia, ocorre maior produção de gás carbônico, cuja concentração no sangue se eleva, estimulando o centro respiratório.

Durante atividade intensa, a fibra muscular recebe oferta insuficiente de oxigênio, e parte das moléculas de ácido pirúvico resultantes da glicólise e convertida em ácido láctico, parcialmente removido do músculo pela corrente circulatória. No fígado, o ácido láctico é reconvertido em glicose.

*** a reconversão do ácido láctico em glicose é um exemplo de associação funcional entre dois órgãos: o fígado e o músculo estriado esquelético. Quando o oxigênio se torna disponível, o ácido láctico acumulado é usado para reconstituir glicogênio.

A quantidade de oxigênio necessária para a remoção do ácido láctico é o débito de oxigênio, parcialmente reposto logo no final da atividade física. Ao terminarmos uma corrida, nossa frequência respiratória permanece elevada por algum tempo. Nesse período, estamos saldando o débito de oxigênio gerado durante a corrida.

A possibilidade de estabelecer um debito de oxigênio é vital: durante certas situações, como para fugir de um predador ou para alcançar uma presa, os músculos podem executar contrações rápidas e vigorosas, independentemente de a oferta de oxigênio ser ou não suficiente. Cessada a atividade, o débito é saldado.

O acúmulo de ácido láctico nos músculos pode gerar manifestações desconfortáveis, como dores musculares, fadiga e cãibras.

Exercícios